terça-feira, dezembro 04, 2012

Segurança, mesmo consciente de tempos difíceis

   1ª “Então mandou aos seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era Jesus o Cristo.”, Mateus 16:20.
2ª “E mandou-lhes expressamente que ninguém o soubesse; e disse que lhe dessem de comer.”, Marcos 5:43.
3ª “E ordenou-lhes que a ninguém o dissessem; mas, quanto mais lhos proibia, tanto mais o divulgavam.”, Marcos 7:36.
4ª “E admoestou-os, para que a ninguém dissessem aquilo dele.”, Marcos 8:30.
5ª “E, descendo eles do monte, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, até que o Filho do homem ressuscitasse dentre os mortos.”, Marcos 9:9.
6ª “E seus pais ficaram maravilhados; e ele lhes mandou que a ninguém dissessem o que havia sucedido.”, Lucas 8:56.
7ª “E, admoestando-os, mandou que a ninguém referissem isso,”, Lucas 9:21.

Naquele momento, conforme as passagens acima, os milagres deveriam ficar em segredo, tanto quanto possível, senão o fim, que Jesus sabia que teria na cruz, poderia ser apressado. Ele não queria isso por dois motivos: primeiro, porque sabia que Deus tinha o tempo certo pras coisas, e segundo, porque vivendo encarnado, como um homem, Jesus, com todos os temores e cuidados de um ser humano comum, não iria propositalmente para um fim que lhe causasse mal.
Entenda que Jesus não pecou nessa intenção, já que no Getsêmani Ele orou pedindo que se fosse possível que Deus o livrasse do fim que teria, mas Ele estava pronto para cumprir esse fim: “E afastou-se deles a uma curta distância, e, ajoelhando-se, orava dizendo: Pai, se queres, afasta de mim este cálice; todavia, não seja feita a minha vontade, mas a tua. Então apareceu-lhe um anjo do céu, que o encorajava. E, cheio de angústia, orava mais intensamente; e o seu suor tornou-se como gotas de sangue, que caíam no chão.” (Lucas 22.41-44).
Em Lucas 9.22, após uma das vezes que Ele pediu segredo, ele explica o que aconteceria com Ele, como que justificando porque estava pedindo aquela discrição: “E disse: é necessário que o filho do homem sofra muitas coisas, seja rejeitado pelas autoridades, pelos principais sacerdotes e pelos escribas, seja morto e ressuscite ao terceiro dia.”. (Mesmo que os discípulos não entendessem o que realmente aconteceria com Jesus, conforme Lucas 9.45.)
Sem tamanho foi a dor que Jesus padeceu, ter que conviver o tempo todo, mesmo em momentos de aparente paz e alegria, com a certeza de que teria que viver um fim terrível de agonia física, psicológica e espiritual, de absoluta solidão e abandono. A certeza de uma dor bem menor nos daria uma vida cheia de ansiedades, de amargura, de frustração, absolutamente infeliz, que poderia “somatizar” em nós tantas enfermidades. Mas a convicção de que Deus estava no controle, de que o objetivo de Deus com a experiência era bom, era maravilhoso, era o de salvar toda a humanidade, essa convicção conduziu Jesus em segurança até o final.
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