24/04/13

Religião se discute, sim

Enquanto Paulo esperava por eles em Atenas, sentia grande indignação, vendo a cidade cheia de ídolos. Por essa razão, discutia na sinagoga com os judeus e os gregos tementes a Deus, e todos os dias na praça com os que ali se achavam.
Alguns filósofos epicureus e estoicos puseram-se a debater com ele. Uns perguntavam: O que este falador quer dizer? E outros diziam: Parece ser propagador de deuses estranhos. Pois Paulo anunciava a boa-nova de Jesus e a ressurreição.” (Atos 17.16-18).

Não se faz guerra por religião, não se comete qualquer forma de violência, seja física ou verbal, em nome de convicções religiosas, contudo, religião se discute, sim, argumenta-se, se ouve e se fala, estabelece-se diálogo, franco, sincero, não somente com argumentos lógicos e intelectuais, doutrinários e técnicos, mas também com troca de experiências sensoriais, com o coração, como não conversaríamos sobre algo que define a eternidade da identidade humana? Mas para isso tem que se conhecer o que se acredita e acreditar no que se conhece.
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23/04/13

Você tem certeza disso?

Insisto na constatação de que muitos cristãos têm posicionamentos equivocados sobre os homoafetivos porque na realidade nunca tiveram que conviver realmente com eles, principalmente dentro da igreja, acompanhá-los em oração, caminhar dia a dia com eles.
Quando digo conviver significa conviver com várias pessoas com essa característica, não somente com algumas, já que cada caso é um caso diferente. Só depois disso tudo é que podemos bater no peito e dizer que temos uma opinião bíblica, fechada e completa sobre o assunto.
Mas isso não acontece somente em relação à homossexualidade, muitas outras questões os evangélicos não conhecem na prática, muito preconceito, hipocrisia e superficialidade existe em nosso meio, e eu não estou me colocando fora desse meio.
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22/04/13

Culto racional

Está cheio do Espírito Santo? Está avivado? Mostre isso com atitudes de amor, de justiça, de misericórdia, de santidade equilibrada, isso é bem mais produtivo e agrada muito mais ao Pai que manifestações imaturas, egocêntricas, emocionais e corporais, que muitas vezes não levam a nada, a nenhuma transformação de mente, isso sim é oferecer um culto racional a Deus.
Não digo isso me achando maduro, mais espiritual, mas como alguém que já convive há alguns anos com a Igreja de Cristo, em todas as suas facetas, tradicionais e pentecostais, já vi que existem coisas que não passam da noite de domingo para a manhã de segunda-feira, demonstrações equivocadas de avivamento que não geram qualquer fruto na realidade de uma segunda-feira, quando nossa espiritualidade tem realmente que funcionar.
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21/04/13

Sepulcros caiados

"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia." (Mateus 23:27). 
Forma bonita, arrumada, mas conteúdo mal resolvido, totalmente desarmonizado, em se tratando de crente, reagir com religiosidade positiva, recheando o argumento com versículos bíblicos, mas não viver, na realidade, nada disso. 
Não use falsa espiritualidade para fugir de uma responsabilidade, não jogue nas mãos de Deus aquilo que é tua obrigação, uma atitude de misericórdia cobre multidões de pecados, toda a oração do mundo não substitui uma ação de amor.
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20/04/13

Bem-aventurados os misericordiosos

Não julgue uma pessoa pelo que os outros te falaram dela, pode nem ser verdade, pode nem ser tudo o que falaram, principalmente quando você não sabe todos os lados da história, e mesmo que a pessoa tenha errado, como saber se ela se acertou ou não com Deus e com as outras pessoas?

"Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia." (Mateus 5.7).

19/04/13

Tome a iniciativa

Vós me buscareis e me encontrareis, quando me buscardes de todo o coração.“ (Jeremias 29.13).

O diabo fez uso de uma falsa espiritualidade quando tentou Jesus no deserto (Mateus 4.1-11), ele utilizou textos bíblicos, promessas divinas, para que Jesus escolhesse a saída mais cômoda para a luta que passava. Jesus resistiu, escolheu o caminho da dor, da prova, da privação, da negação do eu, de perder para ganhar obedecendo aquilo que era plano do Pai para sua vida.
Existem momentos que o Senhor não age porque esse é o momento de nós agirmos. A disposição disfarçada de falsa espiritualidade que joga tudo nas mãos de Deus, é desculpa para que nós não façamos a nossa parte, seja com Deus, com as pessoas ou com nós mesmos, seja na profissão, nos ministérios da igreja ou na vida privada e afetiva, nesse equívoco podemos usar até promessas do Senhor, para se esquivar de uma responsabilidade que é só nossa.
Tenha coragem e tome a iniciativa, Deus pode estar esperando um passo seu para que Ele dê nove em sua direção, resolvendo os problemas que você considera mais impossíveis em sua vida.
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18/04/13

Maravilhosos caminhos de Deus

    “Ao abrir o cesto, viu a criança, que estava chorando, e teve compaixão dela. E disse: Este é um dos filhos dos hebreus. Então a irmã do menino perguntou à filha do faraó: Queres que eu vá chamar uma ama dentre as hebreias, para que crie esse menino para ti?
A filha do faraó lhe respondeu: Vai. A moça foi e chamou a mãe do menino. E a filha do faraó lhe disse: Leva este menino e cria-o para mim; eu te pagarei. E a mulher levou o menino e o criou.” (Êxodo 2.6-9).

A mãe do bebê Moisés lançou-o nas águas do rio para salvá-lo da morte, mas achando que nunca mais o veria. A filha do faraó o achou e contratou a própria mãe para criá-lo. Que mudança para quem nasceu destinado à morrer? Quem mudança para uma mãe que achou que nunca mais veria o filho?
Moisés se tornou um príncipe do Egito e a mãe pode criá-lo, ganhando pra isso, e vê-lo depois em honra, adotado pela filha do faraó. Ah, os caminhos de Deus, misteriosos, maravilhosos, além de tudo o que imaginamos ou queremos.
Se você lançou suas esperanças no rio da vida, esperando o impossível, mas está triste, pesaroso, confie, Deus te conduzirá a um destino de bênção, fará algo que você não espera, maior que tudo o que você imagina, seu destino de morte será transformado em vitória, Deus fará o impossível acontecer.
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17/04/13

Perdoar é o único remédio

          Todos sabem disso: não são os outros que nos acusam, somos nós que somos acusáveis, não são os outros que nos incomodam, somos nós que somos incomodáveis, isso é filosofia.
Contudo, mesmo assim, perdoe, verbalize isso com convicção, eis a cura para ações objetivas do mal ou para disposições internas e subjetivas, isso é espiritual e nem todos sabem disso.
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16/04/13

Não "engula sapos", ame


Amar é uma atitude positiva, porém de ataque, é a única maneira de converter a negatividade que é produzida pela injustiça recebida exteriormente e que causa mágoa, medo e ódio, no interior, em paz e perdão. E deve ser assim, um ataque certo, já que mágoa, medo e ódio não se vencem ficando numa defensiva tímida.
Veja que muitas vezes fazemos de tudo para não amar: perdoamos, oramos pela pessoa, tentamos praticar um autocontrole, usamos a racionalidade, mas para permanecer, na verdade, numa indiferença. Dizemos: "eu estou em paz, não tenho nada contra ninguém, até oro pela pessoa", contudo não se pode ficar em cima do muro, não podemos não ter nada contra e nada a favor, ao mesmo tempo, ou se ama ou se odeia, e desprezo também é uma espécie de ódio, talvez a mais covarde.
Porém, se a negatividade não for expurgada em forma de amor continuará dentro de nós como "sapos engolidos", "sapos" transformam-se em doenças, físicas e psicológicas. Perdoe, mas não deixe de amar, o remédio mais eficaz para as doenças do ser humano.
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15/04/13

Você é coerente?

         Vida pública, vida privada, vida social, vida pessoal, vida profissional, vida familiar: coerência é viver o mesmo caminho de Jesus, ter a mesma fé, defender as mesmas prioridades e portar-se com a mesma atitude em todas as vidas.
Isso não é fácil não, por dois motivos: primeiro porque sem o Senhor somos seres falidos, destruídos pelo pecado, arrogantes, egoístas, achamos que podemos inventar as próprias verdades, rejeitando Deus, creditando, mesmo que inconscientemente, honras ao inimigo, isso inviabiliza qualquer coerência.
O segundo motivo é que mesmo conhecendo o evangelho podemos cair na vaidade de querer ser espiritual, simplesmente para mostrar a nós mesmos e aos outros que somos melhores, assim nos tornamos hipócritas, uma característica que somente os religiosos podem possuir, seja o que for que seja a religião que se tem.
Se você não consegue ser o mesmo em todas as esferas de tua existência, saiba que ninguém consegue, não sem Deus. Nivele-se em oração, é orando que nossas motivações e sentimentos são conhecidos e transformados, mas seja humilde, Deus não precisa mais do que tua humanidade para manifestar a vida eterna através de Jesus.
Somos coerentes à medida que assumimos e sentimos todas as nossas incoerências, diante de nós mesmos e diante de Deus.
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14/04/13

Palavra ungida

      A palavra racional, lógica, satisfaz por algum tempo nossas mentes, agrada o intelecto, mas somente a palavra ungida alimenta a alma. Essa sai do coração de Deus, atinge o nosso coração e pode ser compartilhada diretamente com os corações das pessoas.
A palavra ungida toca os sentimentos, de uma forma pura e divina, ela dá vida, esperança, torna o deserto em jardins floridos e com fontes de águas vivas e abundantes.
Pregador, não suba ao púlpito sem ter uma palavra ungida, músico, não ministre a adoração sem ter uma palavra ungida, crente, não abra a boca pra testemunhar do Evangelho sem ter uma palavra ungida.
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13/04/13

A morte do filho de Rick Warren, autor de "Vida com propósito"

Confunde-nos a incoerência aparente, o autor de um livro (best seller mundial) com o nome "Vida com propósito" perder o próprio filho vítima de perda de propósito de vida. Choca-nos a gravidade, um cristão enfrentar a possibilidade do inferno para se livrar de dor desproporcional. Acorda-nos a realidade, de que doenças mentais não são tão simples assim, fáceis, inteligíveis, resolvíveis, mesmo em uma pessoa com acesso a um evangelho verdadeiro e eficaz, que é o que nos parece ter ocorrido.
Mas como cristão eu não abro mão de um princípio: Deus tem controle de tudo e nunca permite luta maior que as forças do lutador. O coração do jovem suicida ninguém realmente conhece, só Deus, as escolhas que ele fez, escolhas morais e espirituais. O coração de Deus também é misterioso, seus propósitos, suas misericórdias, mesmo que seja doutrina consensual, condenar esse suicida à perdição, mesmo isso, é algo que não podemos fazer.
Esse drama me ensina algumas coisas, eu não abro mão de Deus assim como não devo julgar, apenas viver e compartilhar essa vida em Jesus. Sei que o orgulho é a grande barreira para a felicidade, orgulho que nos impede de assumir os próprios erros e de aceitar com humildade nossa impotência diante de tantas situações da vida. O humilde sempre acha paz e forças em Deus.

(Veja a notícia no link Filho de Rick Warren suicidou-se).
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12/04/13

Diga não ao pecado!

Às vezes um simples não, dito de forma consciente e convicta, é o suficiente para que não caiamos numa fraqueza da carne, que depois nos deixará tão cheios de culpa. Sim, é a dependência de Deus, a confiança no seu poder, que nos faz mais que vencedores, sem Ele nada somos.
Contudo, muitas vezes, ocorre de nós entrarmos numa batalha contra a carne, já derrotados, nós buscamos a Deus, queremos que Ele nos ajude a não cair, contudo deixamos de fazer a nossa parte, jogamos em Deus aquilo que é responsabilidade nossa.
Dessa forma deixamos Deus lutar sozinho, mesmo inconscientemente, agimos assim: “Deus me dá forças para não cair, eu não consigo, na verdade até quero o pecado, mas sei que isso não é bom, então me ajude, me ajude se não eu caio, já estou quase caindo...”.
Por favor, procure entender certo o ponto, não é que isso não seja verdade, mas nós temos que começar a buscar em Deus deixando bem claro, para Deus, para o Diabo e principalmente para nós mesmos, que não queremos fazer a coisa errada, que queremos ser santos, e que, finalmente, confiamos que Deus pode nos ajudar nesse propósito.
Às vezes, quando a tentação passa pela primeira vez em nossa cabeça, lançada pela nossa carne ou pelo inimigo, poderia bastar simplesmente dizer: “Não, eu não quero fazer isso e ponto final!”. Isso seria suficiente, aí então nos achegaríamos a Deus apenas para agradecer.
Deus se agrada dos que o buscam e confiam nEle mais do que em qualquer coisa, contudo, Deus se agrada muito mais dos crescidos espiritualmente, maduros, que têm uma posição firme de agradar a Deus e dizer não ao pecado.
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11/04/13

Respeito: prova real de maturidade

       Uma prova que mostra que somos cristãos amadurecidos, que crescemos espiritualmente, é o respeito que demonstramos por todas as diversidades humanas, pelas opiniões diferentes, posturas diversas, escolhas distintas, sejam no emocional, no intelectual, no físico ou no espírito, já que ser maduro é estar despido de toda espécie de preconceito.
Esse respeito existe em nosso coração mesmo por aqueles que estão em posição de queda, desviados do bem, da lucidez, de Deus, desprotegidos e fáceis de serem usados como proteção para os erros alheios, com esses nós agimos com cautela, não julgando antes do tempo, não diminuímos nossos erros a custa de promover os deles.
Com esses nós caminhamos, em amor, com paciência, e mesmo que sob o nosso ponto de vista a certeza da verdade que experimentamos discorde da convicção do engano que eles provam, esperamos até o último momento para que eles mudem e sejam felizes.
A vida, porém, pode surpreender-nos, se esperarmos até o último momento, quem pode mudar de posição somos nós, pode ser que descubramos no último instante que maduros eram os outros, e nós, apenas crianças ainda aprendendo, portanto respeitar os outros e acima de tudo respeitar a nós mesmos.
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10/04/13

Amigos de Deus, inimigos do mundo

        Tentamos, nos munimos de amor, de paciência, mas não tem jeito, luz e trevas não se comungam, o filho de Deus nunca será entendido pelos não filhos, sejam ateus, esotéricos, materialistas ou mesmo outros que se dizem cristãos, mas não o são.
Importa, porém, é agradarmos a Deus, não aos homens, importa é testemunharmos de Jesus, o único salvador e Senhor, mesmo que tenhamos que pagar o preço de muitos se colocarem como nossos inimigos, mesmo que tenhamos que perder alguns amigos.
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09/04/13

Avivamento -> Evangelismo -> Santidade

Avivamento para fazer evangelismo gera santidade: só existe santidade quando o ide de Jesus está sendo obedecido, só se executa o ide com o coração avivado.
Só se recebe avivamento quando existe o propósito de fazer evangelismo, fazendo evangelismo, o tempo é usado para estar no centro da vontade de Deus, se isso acontece naturalmente se vive em santidade. As três coisas estão ligadas, uma não pode ser desvinculada da outra.
Santidade sem evangelismo é vaidade espiritual e egocêntrica, evangelismo sem avivamento é impossível, já que avivamento é liberdade do Espírito Santo que leva à intimidade com Deus. Avivamento genuíno, por sua vez, gera santidade de fato.
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08/04/13

...e o faraó era eu

        Minha esposa tinha um compromisso na igreja no dia internacional da mulher, enquanto isso os homens da igreja tinham combinado de visitar outra igreja. Senti de Deus que deveria ir junto com minha mulher à igreja, mas não estava certo se deveria fazer a visita com os homens. Lá chegando, minha esposa entrou no templo e eu fiquei do lado de fora, com alguns irmãos, aguardando a hora de sair para a visita. Contudo, em alguns instantes minha esposa voltou, disse que a responsável pelo culto das mulheres estava perguntando se eu poderia ficar na igreja e ajudar com a música. Bem, tocar meu instrumento é minha chamada, não hesitei em aceitar o convide.
Durante o culto das mulheres eu fiz as ministrações no piano, acompanhei os hinos e toquei os interlúdios, entre as partes. Contudo, num determinado momento o Senhor começou a derramar de forma poderosa seu Espírito sobre as irmãs, mesmo eu, que procurava me manter no anonimato, num evento exclusivo para mulheres (somente eu e o responsável pelo som estávamos de homens no templo), comecei a receber a bênção. Senti-me como se estivesse próximo a uma fonte, mas fora dela, sendo que as águas que caíam eram tão fortes que os pingos resvalavam em mim, era tão poderosa a bênção que somente os pingos bastavam para que eu também fosse abençoado.
Contudo, enquanto o culto acontecia eu lia a Bíblia, estava fazendo a leitura do livro de Êxodo 7 a 12. Era o texto em que o Senhor mandava as pragas sobre o Egito para que o faraó permitisse que Israel saísse do país e fosse adorar a Deus no deserto. Enquanto lia a descrição de cada praga, eu pensava, “que homem duro, ações extraordinárias acontecendo, e mesmo assim ele resiste em deixar o povo partir”.
As primeiras pragas, os magos da corte do faraó até conseguiram imitar, o faraó poderia estar usando isso como desculpa para desacreditar no poder do Deus de Israel. Contudo, mesmo depois, quando os magos não conseguiram mais simular as ações, o faraó ainda continuou resistindo. Então não havia mais desculpas para ele não acreditar no poder do Deus de Israel, a única razão era a dureza de seu coração mesmo.
Enquanto lia, eu mais e mais julgava o faraó, pensando como ele podia ser tão duro e incrédulo, diante de feitos tão espetaculares. Contudo, num determinado momento, o Espírito Santo me perguntou: “quem é o faraó?”, eu não entendi a pergunta, mas logo em seguida o Espírito Santo me respondeu: “o faraó é você”, “como assim eu?”, questionei. Então o Senhor passou a me explicar.
É você quem está impedindo a sua bênção, é você quem está endurecendo o coração, tenho permitido tantas dores e dificuldades para que você obedeça minha voz e faça a minha vontade, mas mesmo assim você tem preferido a situação cômoda do Egito, onde você tem provisão, mas é escravo. Antes você até podia usar como desculpa o fato de que as dificuldades que está vivendo vinham do Diabo, mas agora não tem mais jeito, é seu coração duro que está falando mais alto mesmo. Não, não é o Diabo, sou Eu, seu Deus, que está dificultando sua situação atual para que você tome uma posição e siga em outra direção, obedecendo a minha voz. A minha vontade é que você siga para o deserto, atravesse-o e então chegue à Canaã, a terra que mana leite e mal. Lá, você e sua família, não viverão mais em cabanas, como estrangeiros na terra. Lá você poderá construir a sua casa, trabalhar na terra e viver do fruto de suas próprias mãos, não mais do sustento de escravo.
O culto das mulheres seguia e eu era abençoado duas vezes, pela ministração que as irmãs estavam recebendo e pela leitura da Bíblia que eu fazia. Além disso eu aprendi outra lição: quando Deus manda, obedeça mesmo sem saber onde ou porque, apenas vá, na hora certa Deus te dará os detalhes e a bênção, que vem de uma obediência pela fé, será maravilhosa, pra mim foi. Toda a glória seja dada a Deus, que é vivo, poderoso e sempre quer o melhor para nós, que devemos apenas ter a sensibilidade de entender sua voz e a diligência para obedecê-lo.
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07/04/13

Igreja local funcionando com excelência

A igreja é um corpo, cada membro é diferente do outro e todos são dirigidos e sincronizados por Cristo. O pastor, o líder humano, tem a função e a obrigação de entender com presteza e clareza essa direção de Cristo de maneira que possa auxiliar o corpo a chegar a tempo e com exatidão ao objetivo que Deus tem.
Existem muitas igrejas cristãs, mesmo que alguns nomes sejam semelhantes ou que pertençam a uma convenção, cada igreja local deve ser um corpo independente. Cada corpo, por sua vez, tem uma chamada, o ministério de uma igreja nunca é igual ao de outra, mesmo que a missão de todas as igrejas locais exista para abençoar as pessoas, salvá-las, curá-las e conduzi-las a uma eternidade com Deus.
Contudo, a diferença de ministérios que as igrejas locais têm, permite que pessoas diferentes sejam abençoadas de maneiras diferentes. Isso reflete o amor especial que Deus tem para abençoar pessoas especiais, que somos todos nós. Sendo assim o alimento que uma igreja local tem, alimento cuja visão parte de um pastor, de um líder humano, alimenta uma pessoa e pode não ser suficiente para outra. Então, ao invés de ficar criticando e brigando em uma igreja, devemos é procurar o lugar certo que Deus tem para cada um, se é que a questão está na diferença do ministério da igreja e não na dureza de nosso coração.
Eu acredito que para uma igreja local funcionar adequadamente é muito importante o diálogo entre ovelha e pastor. Sim, o pastor deve ser acatado e respeitado com a autoridade constituída por Deus, e a ovelha deve ser cuidada e respeitada como o principal objetivo que Deus tem para criar uma igreja. Contudo, o diálogo, deve existir, dúvidas e diferenças entre membro e líder, devem ser apresentadas e conversadas, assim como questões sobre rumo que o ministério está tendo. Da mesma maneira como o membro deve ter compromisso com a igreja local e o líder, a igreja e o líder também devem ter compromisso com o membro.
Eu procuro estar sempre em diálogo com meu pastor, procurando respeitar o tempo que ele possui, já que pastor é um, mas ovelhas são muitas. Assim, quando tenho qualquer diferença de opinião, depois de orar para ver se isso não pode ser resolvido só com Deus, eu busco meu líder para uma conversa.
Quando todos procedem assim, com sabedoria, mas com sinceridade, sem melindres ou temores, o corpo pode crescer com liberdade e santidade, já que grande parte de problemas que cerceiam o crescimento do corpo de Cristo e limitam a funcionalidade da igreja, se deve a questões não resolvidas ou mal resolvidas. Aconselho a todos a terem essa liberdade, com respeito e somente quando realmente for necessária, com seus pastores.
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06/04/13

As igrejas católicas

    Penso que existem, pelo menos, três igrejas católicas: a primeira é a da liderança, dos cardeais, talvez até mesmo acima do papa, essa é a igreja católica que manda, que prende e que libera, mas que acima de tudo quer manter um poder milenar sobre o mundo dos homens.
A segunda seria a dos padres de maneira geral, esses eu vejo mais como filósofos, visto que a maioria tem um preparo acadêmico bem aprofundado em ciências humanas, eles são os que definem o que é o catolicismo, pelo menos na teoria. Se querem saber, essa é a igreja católica mais coerente, mais real, talvez mais interessante.
A terceira igreja católica seria a dos fieis, a prática dessa se distancia da dos padres, mas é usada pela dos cardeais e papa. Essa terceira igreja católica é aquela que mais se diferencia do cristianismo primitivo de Jesus, essa tem nos santos, santas e principalmente em Maria, seus intercessores, entre eles e Deus. Essa é idólatra, impura no sentido que se mistura com outras religiões, portanto sincrética e mesmo pagã.
Contudo, é nessa terceira igreja católica onde se podem achar os sinceros, os “filhos de Abraão”, muitos que conhecem a Jesus, naquilo que dentro de uma igreja que prega um Deus distante pode ser possível conhecer.
Mas a meu ver, o julgamento mais severo de Deus será sobre a primeira igreja católica, que mantém um povo ignorante da verdade das sagradas escrituras, na terceira igreja, simplesmente para permanecer com o poder, assim como mantém uma massa pensante na segunda igreja, para achar alguma dignidade na religião que criam. 
        É essa segunda igreja, contudo, que paga os preços mais caros, para manter o celibato contendo de forma desumana e desnecessária sua sexualidade, é essa segunda igreja que mais está em crise, mas que pode, se quiser, fazer uma revolução na igreja romanista, já que ela conhece a necessidade real do povo, convive com ele e com a prática de um cristianismo algemado a tradições e ícones que matam o Espírito de Deus e que não alimenta os fiéis. 
Bem, é assim que eu vejo as coisas.
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05/04/13

A verdadeira humildade


A humildade é virtude que não deve ser desejada, se a desejamos, então já é prova que não a temos. Devemos buscar outras coisas, como misericórdia, paciência, amor, a vivência dessas virtudes faz com que a humildade apareça, não como vontade de uma falsa espiritualidade, mas como consequência de uma espiritualidade real. Isso acontece porque na verdade humildade é a total ausência de vaidades, incluindo as vaidades espirituais.
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04/04/13

Um Deus vivo não precisa de imagens

Quando estamos longe de um ser querido, por esse ter se mudado, viajado ou mesmo ter se afastado definitivamente por um motivo mais sério, recorremos a uma foto, a um vídeo, a uma gravação para matar a saudade. Diante de uma saudade a pessoa lembrada através de um registro ganha virtudes que muitas vezes nem tem, se for um falecido então, vira santo, nunca se fala mal de um morto, somente suas qualidades são rememoradas. Isso também pode acontecer com a vida religiosa.
À medida que a relação espiritual com Deus se esfria, as pessoas, que desejam mesmo assim de alguma maneira manter-se ligadas a Deus, apegam-se a coisas materiais, sim, registros, sejam em imagens ou esculturas, assim como textos, mesmo bíblicos, que são repetidos como rezas.
Infelizmente o uso de registros para “matar as saudades” é feito com pessoas que partiram e não mais serão vistas já que estão mortas. Bem, quem acredita num “deus” morto precisa desses recursos, e mais, precisa aliar à imagem, à figura, a estátua, os poderes que o “deus” tinha em vida. Não, Deus não morreu, mas na vida de muitas pessoas, para algumas religiões, Ele está morto. Morto não pode ser contatado, por isso a necessidades de registros do “deus” morto.
O cristão verdadeiro não precisa de lembranças, de ícones, ele se relaciona diretamente com o Deus vivo, através do Espírito Santo que mora em seu coração. Convivendo com o Deus vivo, os textos bíblicos não são usados como rezas, buscando um poder que está na simples repetição deles, como feitiços, mas a Bíblia se torna um livro vivo já que se tem a presença viva de Deus, através do Espírito Santo, para entender e praticar seus ensinamentos. 
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03/04/13

Ide por todo o mundo

E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura.” (Marcos 16.15).

Você que tem um ministério itinerante, por favor, não fique desconfortável com este texto, peço que leia e considere esta minha ótica. Entenda que não estou generalizando, creio, sim, que Deus pode manifestar sua vontade chamando pregadores e cantores para um trabalho desligado da igreja local, mas isso não é regra. Talvez essa chamada equivocada para um ministério itinerante seja o motivo pelo qual algo não está correto em sua vida, isso pode ser uma possibilidade. Mas você tem que descobrir isso em oração persistente e com fé, não permita que ninguém destrua seu sonho, mas seja sensato e julgue-se pelos frutos.

O ide de Jesus significa que a igreja local não pode se limitar a pregar o Evangelho somente nos cultos, entre as paredes do templo, é preciso sair, ao bairro, à cidade, a outras regiões e países. Muitos, contudo, usando essa desculpa, buscam um ministério independente de igreja local e de pastor, vejo isso bastante na área musical, onde os músicos acabam trocando seis por meia dúzia, quando fazem a permuta do culto de domingo à noite de sua igreja por um culto em outra igreja.
Isso não é obedecer o ide, desse jeito o Evangelho continua sendo pregado entre quatro paredes, além disso, o fruto é colhido por outras igrejas, ao invés de honrar a igreja local do músico, outra igreja que nem sempre sabemos como funciona, se é ou não diligente para tratar os frutos.
Por outro lado, aos que alegam fazer essa opção de ministério porque querem e precisam ter um retorno financeiro através de seu talento, novamente não generalizando, eu questiono: isso é vontade de Deus ou uma desculpa para não se dedicar mais a uma profissão fora da igreja? Ter uma profissão, ser independente financeiramente é bênção, já que não pesamos para a igreja, podemos contribuir mais principalmente para envio e manutenção de missionários em tantos locais do mundo, onde existe uma necessidade urgente e real de se pregar o evangelho.
Mas isso não acontece somente na igreja, muitos ao perceberem algum talento musical, param de estudar, de trabalhar e focam suas vidas nessa área. Lembro que o mundo atual é muito competitivo, dentro e fora da igreja, estudo e disciplina são necessários para todos que querem ter um ofício diferenciado. Além do mais, em se tratando de instrumentistas e cantores, foi-se o tempo que havia poucos e bons músicos dentro da igreja, hoje tem muita gente de qualidade, portanto não é tão fácil assim se destacar. O investimento num ministério ligado à igreja local, e debaixo da visão de um pastor, pode sim, em médio prazo, obter retorno financeiro, se esse for o plano de Deus,
Músico ore e realize um ministério do ide com o apoio da igreja, sob a liderança de seu pastor, invista na formação de um grupo espiritual e talentoso para evangelizar nas escolas, nas praças, nos hospitais, nos orfanatos, nos centros de reabilitação de viciados, em presídios, mas sempre debaixo da orientação de sua liderança local. Não use o ide de Jesus como um álibi equivocado para camuflar a rebeldia de não querer se sujeitar com simplicidade a uma igreja local e a um pastor.
Músico, na humildade Deus pode fazer grandes coisas com a sua vida, se necessário, repense sua chamado, verifique os frutos, e volte-se para Deus.
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02/04/13

A saída vitoriosa de Israel do Egito

Algumas considerações sobre Êxodo 3.18-21:

Eles atenderão à tua voz; e tu e os anciãos de Israel ireis ao rei do Egito, para dizer-lhe: O SENHOR, o Deus dos hebreus, encontrou-nos. Agora, deixa-nos ir caminhando por três dias deserto adentro, para oferecermos sacrifícios ao SENHOR nosso Deus.”
Deus é educado, não, Ele não mandou que o povo simplesmente saísse do Egito, Ele orientou que o povo pedisse ao rei do Egito para sair.

Sei, porém, que o rei do Egito não vos deixará ir, a não ser pelo poder de uma forte mão. Por isso, estenderei a mão e ferirei o Egito com todos os prodígios que farei no meio dele. Depois disso, ele vos deixará ir.
As pragas que o Egito sofreu de Deus foi opção dessa nação, o Egito teve a chance de escolher e não permitiu que Israel saísse, então, e só então, foi que Deus enviou as pragas.

E favorecerei este povo aos olhos dos egípcios, de modo que, quando sairdes, não saireis de mãos vazias. Porque cada mulher pedirá à sua vizinha, e àquela a quem estiver hospedando, joias de prata e de ouro, e também roupas, que colocareis sobre vossos filhos e sobre vossas filhas. Assim despojareis os egípcios.”
Era plano de Deus, o endurecimento do Egito favoreceu ainda mais Israel, diante de tanta desgraça, o Egito fez qualquer coisa para que o povo de Deus partisse, ofereceu-lhe joias e roupas, ficou no Egito uma nação pobre e humilhada, é assim que Deus faz com os inimigos de seus filhos.
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01/04/13

Crentes "moderninhos" ou desviados mesmo?

Preocupam-me crentes "moderninhos" e "cults" que não acreditam mais em profecia e em milagres, que não precisam mais de igreja e de pastor, e que demonstram, sempre, uma atitude positiva e feliz, como se estivessem satisfeitos com um Evangelho que eles não vivem, vivem na realidade como qualquer homem secular, com espiritualidade baseada em obras humanas, já que trocaram a graça de Deus pela filosofia e cultura, esses estão desviados e não sabem.

31/03/13

Músico: em qual grupo você se encaixa?

      Podemos dividir os músicos que tocam na igreja em três grupos:
1º Aqueles que têm pouco talento e experiência, mas que acham que sinceridade e unção já bastam para um bom ministério.
2º O oposto do primeiro grupo, aqueles que acham que oferecer uma música com técnica e experiência já é um ministério excelente, veja que nem estou dizendo que esses não têm unção, mas que esses pensam que qualidade musical agrada a Deus na mesma proporção ou mais que outros atributos.
3º Os que não têm talento ou experiência e também não buscam unção, estão indiferentes a qualquer coisa, fazem o que fazem porque gostam de música ou de estar num “palco”, mas sem qualquer outro interesse, seja musical ou ministerial.
4º Músicos talentosos e ungidos com consagração suficiente para abrir mão de seus talentos e experiências pela adoração ungida.
Em qual grupo você se encaixa?
Já foi dito isso aqui e repito, adoração é prioridade sobre tudo. Dentro desse parâmetro Deus até pode chamar músicos com menos experiência e preparo, temporariamente, para que a obra não seja prejudicada.
Contudo, o ideal de Deus é usar músicos talentosos e experientes, mas ungidos num ponto que possam abrir mão de tudo, inclusive do talento e da experiência, para que a pessoa de Deus seja manifestada em suas vidas e as pessoas sejam abençoadas pelos seus ministérios.

30/03/13

Crente pode ficar endemoniado?

Crente pode ficar endemoniado? Bem, podemos dar várias respostas para essa pergunta, uma delas é que pode, se não houver vigilância, todos podem. Outra, é que não, já que se existe o Espírito Santo no coração, demônio não pode entrar. Contudo, gostaria de refletir sobre um meio termo, não a possessão demoníaca, mas uma disposição totalmente demonizada.
Sim, o crente pode abrir uma brecha tão grande em sua vida que permita que a opressão demoníaca controle seu falar, seu sentir e seu viver, esse não tem o espírito possuído, mas tudo aquilo que o faz interagir com a realidade. No meio da igreja, entre os crentes, mesmo entre a liderança, já vi casos assim.
Então voltamos à questão das brechas (veja reflexão "Brechas"), elas devem ser detectadas no início, como um tumor, e prontamente fechadas. Caso contrário, a brecha pode se abrir e permitir que alma e a mente adquiram um comportamento demonizado. O que abre as brechas nós vimos na outra reflexão, é a inveja, o ciúme, a ira, os vícios e mesmo os exageros da carne, a glutonaria, etc.
Atitudes demonizadas podem ser percebidas quando existe, sutilmente, uma disposição do mal, nos crentes essas atitudes podem vir disfarçadas mesmo de espiritualidade, de zelo pela obra, mas quando não existe amor e temor, exortação e crítica se tornam acusação do Diabo. Devemos tomar cuidado, andar em oração constante, pedindo a Deus misericórdia, humildade e discernimento, para que o nosso falar, sentir e agir, sejam o falar, o sentir e o agir de Jesus.
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29/03/13

Paganismo + política + uma igreja desviada

      A delegação de uma capacidade intercedente a homens (e mulheres), sejam eles cristãos proeminentes (chamados “santos”) ou não, além de colocar mortais no lugar que só pertence a Jesus, declara que é possível a comunicação com os mortos, uma crença espírita, portanto idolatria de “santos” é uma prática de bruxaria.
Isso não nos espanta acontecer na igreja romanista, que não tem 2.000 anos de existência, visto que ela não teve início com a obra redentora de Jesus. A igreja católica tem +/- 1.600 anos (contando a partir do século IV quando o imperador Constantino fez do cristianismo a religião oficial do império), já que ela teve início com um acordo entre um imperador romano, religiões pagãs e uma igreja cristã morta e desviada.
A igreja cristã original está disponível e sempre esteve, cremos na providência divina, aos sinceros que buscam um relacionamento com Deus através e unicamente de Jesus, salvador da humanidade.
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28/03/13

Homem certo, mas despreparado

Aconteceu naqueles dias que, sendo Moisés já homem, saiu ao encontro de seus irmãos e viu o sofrimento deles; e viu um egípcio agredindo um hebreu, um de seus irmãos. Olhou, então, para um lado e para outro e, vendo que não havia ninguém ali, matou o egípcio e escondeu-o na areia.
No dia seguinte, saiu de novo e viu dois hebreus brigando; e perguntou ao agressor: Por que maltratas o teu próximo? Ele respondeu: Quem te constituiu líder e juiz sobre nós? Queres matar-me, como mataste o egípcio? Então Moisés ficou com medo e disse: Certamente já descobriram o que aconteceu.” (Êxodo 2.11-14).

A vontade de fazer justiça já estava na índole de Moisés, porém ele a fazia com as próprias mãos, de forma violenta e insensata. Essa falta de sabedoria o obrigou a fugir para o deserto, lá ele passaria quarenta anos para aprender a fazer a justiça de Deus, com a maneira de Deus e no tempo de Deus.
Como isso acontece com a gente, muitas vezes sabemos o que Deus quer de nós, queremos fazer isso, mas ainda não estamos preparados. Só anos no deserto nos tornarão humildes, tirarão de nós a violência, para que aprendamos a maneira de Deus de fazer as coisas.
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27/03/13

Às vezes basta educação: tocando com banda

Refletindo mais uma vez sobre a música na igreja, nem vou falar que é necessário talento, experiência e tudo isso ungido pelo Santo Espírito de Deus para que a música seja útil ao povo de Deus como instrumento de adoração e consagração, às vezes o levita tem os dois e ainda assim parece faltar alguma coisa. Vou falar de algo, que é claro não substitui os elementos básicos que devem estar presentes na chamada de um levita musical, mas que se existir, pode, se não ajudar na ministração, não atrapalhar. Esse elemento é a simples e velha educação, e digo educação social, nem é a musical.
Quando ouvimos uma orquestra executando uma sinfonia, além de qualidade técnica, que às vezes nem é preciso muito para tocar uma peça erudita, não nas partes individuais, o que produz a beleza estética é isso, a educação, que já vem escrita nas partituras. Esse cuidado o músico que toca de ouvido, precisa ter, é o que dá equilíbrio ao arranjo, que faz com que todos os instrumentos e vozes sejam ouvidos, sem que um confronte ou prejudique os outros.
(Veja que não me refiro a algumas experiências de música moderna onde é intencional que exista confrontos, confusões e desafinações, uma “bagunça” e uma liberdade sonora que podem ter sua função e significado, me refiro aqui à música mais convencional, de harmonia e ritmo digeríveis e com finalidade mais popular.)
Educação social é que faz com que paremos de falar, quando o outro está falando, para podermos ouvi-los melhor, ou então que falemos mais baixo, quando o outro grupo está falando, para que todos possam conversar ao mesmo tempo. Isso acontece na execução de uma sinfonia por uma orquestra quando cada instrumento toca na altura certa, altura referindo-se à frequência, mais aguda e mais grave, de forma que todos possam compor uma malha complexa e completa de sonoridades. O ritmo também é importante, clichês rítmicos diferentes são executados, em lugares diferentes, enriquecendo ainda mais a música, como um corpo onde cada membro tem sua função desempenhada sem atrapalhar o outro membro.
Na igreja, educação é importante principalmente para que a voz humana, o melhor e mais completo instrumento, seja ouvido sem que nada o atrapalhe, isso nas ministrações com a congregação, mas principalmente quando tocamos enquanto o orador prega ou o ministro compartilha a adoração com a congregação sem necessariamente estar cantando. O instrumentista deve aprender a tocar baixo, e quando com outros instrumentos, a usar uma faixa de frequência (grave, média ou aguda) diferente da do outro instrumento, assim também como usar um clichê rítmico diferente dos clichês dos outros. Dessa forma todos aparecem, o arranjo não fica pesado ou desequilibrado e a música como um todo fica plena.
Mas na dúvida, como eu disse no início, se você não pode ajudar, pelo menos não atrapalhe, se não estiver na unção e mesmo assim se atreveu a ministrar, ou então se não tiver experiência musical suficiente, toque baixo e simples, na humildade sempre existe honra, assim pode tocar o coração do Pai que colhe com misericórdia o que se achega com o coração contrito.

Seguem dicas sobre como tocar com outros instrumentos:

1. não é porque se toca bem sozinho que se tocará bem em grupo, a visão é outra;

2. tocar em frequências diferentes é explorar uma região do instrumento, grave, média-grave, média, média-aguda e aguda, que o outro instrumento não está explorando;

3. tocando com outros instrumentos de harmonia, como violão e guitarra, no piano (ou sintetizador/sampler com o timbre de piano) deve-se explorar o centro do instrumento com acordes fechados, as duas mãos colaboram para fazer um único acorde;

4. tocando com contrabaixo evitar notas graves nos outros instrumentos, o piano deve "esquecer" que existe a região que é normalmente tocada pela mão esquerda;

5. um cuidado especial quando tocando com violão, principalmente violão com cordas de náilon, já que esse instrumento tem uma faixa de frequência grande, quase como o piano, e regiões de grave e média-grave que chocam com o contrabaixo e piano;

6. a guitarra por explorar uma região mais média e aguda, não interfere tanto no piano, mas mesmo tocando frequências diferentes deve-se ter cuidado com o clichê rítmico, na verdade o equilíbrio do arranjo deve ser feito já na mixagem da mesa principal, graduando as frequências conforme o instrumento;

7. clichê rítmico é a levada do acorde, aquilo que é executado pela mão direita geralmente no violão popular, tocando guitarra base e piano fica melhor fazer clichês rítmicos distintos, assim: se um bate o acorde no tempo forte, o outro bate no contratempo, se um harpeja, o outro marca só a cabeça do compasso, o primeiro tempo, a ideia é se preocupar com que o outro instrumento toca, formando com ele um arranjo e não tocar cada um pra si, como se estivesse sozinho;

8. solos responsivos são aqueles feitos no espaço em que a voz não canta, contudo solos mais livres devem ser executados somente quando a voz parar de cantar;

9. mesmo com linhas de notas soltas, deve-se ter cuidado para não chocar com a voz humana, se for a de uma mulher, evitar regiões média e aguda, se for a de homem, regiões, média e média grave;

10. durante ministrações sem canto, apenas com palavras, ou durante a pregação, fazer poucas notas, acordes na cabeça de compasso ou nos tempos ímpares, para não competir com a voz, o objetivo sempre é realçar a voz, apoiá-la, e nunca apagá-la ou competir com ela;

11. contrabaixo e bumbo da bateria devem andar juntos, sempre, baixista e baterista, mais até que os outros instrumentistas, devem tocar um de olho no outro, em sincronismo, está no tempo preciso e exato desses dois a base da banda;

12. guitarra com distorcedor, fazendo "power chords", pode funcionar como base, feita pela seção de cordas de uma orquestra ou pelo piano, nesses casos cuidado com o que o sintetizador, fazendo timbres de cordas, e o piano fazem, já que a função é duplicada;

13. veja que passei aqui dicas para execução de música popular, pop/rock, baladas, etc, contudo essas regras podem e devem ser quebradas quando o arranjo tiver a intenção, por exemplo, de duplicar o baixo ou de pesar alguns clichês, nesses casos instrumentos diferentes podem executar a mesma frequência e o mesmo clichê rítmico;

14. humildade e disciplina é tudo, quando tocando com outros instrumentos, seja em banda, orquestra, etc, mas essas virtudes já devem estar presentes, obrigatoriamente, num grupo de cristãos que se reúne para adorar ao seu Senhor.
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26/03/13

Avivamento: o que é?

         Avivamento é uma intervenção de exceção, não é plano original de Deus, sabe por quê? Porque originalmente ele não seria necessário, aliás, o termo melhor seria REavivamento e não avivamento. O avivamento deve ser disposição presente em todo novo convertido, quando nos convertemos ao Evangelho estamos avivados, visto que estamos no primeiro amor.
Se usarmos as palavras de maneira mais severa, dizer que a pessoa precisa de avivamento significa que a pessoa precisa se converter, mas não é isso que queremos, quando usamos o termo. Contudo, se há a necessidade de reavivamento é porque o avivamento inicial foi esfriado, então Deus precisa fazer um mover especial do Espírito Santo para que o primeiro amor volte a estar presente.
Então o que é o primeiro amor, que existe inicialmente no cristão e que precisa, às vezes, ser reavivado? É o andar no centro da vontade de Deus, nesse centro confiamos plenamente em Deus, adoramos a Deus com todo o nosso coração e testemunhamos de Deus aos homens, de forma natural. Sim, o fruto consequente de um coração avivado é o evangelismo, a salvação de almas, é o fazer missões, e fazendo isso, temos vitória sobre o pecado.
(Entenda que não adianta querer viver uma vida santa sem que essa vida tenha como objetivo servir a Deus, somente como uma vaidade “espiritual” e egocêntrica, a santidade vem da vontade do homem, sim, e da capacitação de Deus, sim, mas como consequência de obediência, e a principal vontade de Deus para nossas vidas e obedecer o IDE. As reflexões a seguir falam sobre esse assunto: Santidade para evangelizar e Santidade: ferramenta limpa para uso de Jesus.)
Eis respostas que ouvimos das pessoas quando são questionadas sobre o que é avivamento: é o mover de Deus, é o fogo do Espírito Santo, é o falar em línguas, é um desejo de adorar mais e mais, cantar louvores, etc. Bem, isso tudo pode estar certo, mas a maioria dessas coisas são consequências emocionais de um coração avivado, não o avivamento em si. Avivamento não é só sentir a presença de Deus entre as quatro paredes do templo, mas ter uma experiência que nos motive a sair dessas quatro paredes e evangelizar em santidade.
Batismo no Espírito Santo e manifestação de dons espirituais, principalmente no falar em línguas estranhas, também não significam estar avivado, isso deve ser buscado, quando não ocorre nesse momento, logo após a conversão. Mas com certeza, ter a experiência de batismo do Espírito Santo, assim como os dons espirituais, deixa o cristão bem mais próximo de viver um avivamento espiritual e de mantê-lo.
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24/03/13

Adorador, antes que músico

        Uma maneira de verificar se o músico de igreja tem adoração como prioridade sobre técnica, é checar se existe empenho e experimentação do Espírito Santo mesmo quando a música é mais simples, com harmonia e ritmo menos sofisticados. O músico talentoso se entediará com isso, já o adorador terá a mesma experiência de comunhão com Deus que quando executa uma música com mais técnica. Mas a verdade é que a unção de Deus torna qualquer arte, sincera e adequada, em algo especial que sobe como incenso precioso ao trono do Senhor.