04/07/19

Imaturos e Maduros (Religião ou Deus? 2/3)

      Religião ou Deus, o que de fato queremos, o que de fato buscamos nas igrejas? Por favor, entenda certo esta reflexão, não estou generalizando nem julgando, apenas fazendo constatações sobre uma parte bem significativa da igreja cristã atual:

- dois tipos de pessoas conseguem permanecer em igrejas por algum tempo, o novo convertido e o religioso;
- dois tipos de pessoas não permanecem em igrejas por muito tempo, o imaturo e o que quer amadurecer.
      
      Na reflexão de ontem falamos sobre a primeira constatação, o novo convertido e o religioso, hoje reflitiremos sobre o imaturo e o que quer amadurecer.

Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo. II Coríntios 2.11-16

      “Dois tipos de pessoas não permanecem em igrejas por muito tempo, o imaturo e o que quer amadurecer”, essa afirmação parece contraditória já que fala de um mesmo tipo de pessoa, o imaturo, contudo, o que faz a diferença não é a imaturidade, mas o motivo que leva o imaturo a querer sair de uma igreja, na verdade a diferença não está no indivíduo, mas na igreja e na percepção que o indivíduo tem da igreja. Imaturo todos somos, assumir isso é o primeiro passo para deixar de ser imaturo, contudo, com algum tempo de caminhada com Jesus precisamos ter o mínimo de percepção para saber se estamos ou não recebendo o alimento certo, limpo e adequado para o nosso crescimento. 
      Se queremos sair de uma igreja porque estamos magoados com alguém, porque temos um problema pessoal, que não conseguimos resolver, ou se por causa de uma avaliação equivocada que fazemos de nós mesmos achamos que não estamos recebendo a oportunidade que achamos merecer, então estamos sendo imaturos no sentido de nós acharmos mais do que somos e de colocar a culpa de um problema que é nosso nos outros. Contudo, se queremos sair porque temos ciência em Deus que Deus quer mais para nós do que a igreja, seja por seus limites ou por pecado, pode nos dar, estão estamos querendo crescer, na verdade isso já é uma amostra de maturidade.
      Infelizmente, raramente os líderes apoiam membros que desejam ir para outras igrejas, principalmente se são membros trabalhadores, úteis para o ministério (ou, infelizmente, bons “dizimistas”). Tristemente a saída é quase sempre dolorosa, primeiro porque as pessoas não ouvem a voz de Deus e insistem até o último momento que não precisam mudar de igreja, momento que quase sempre acaba em conflitos. Tentemos resolver, naquilo que está em nossas mãos, que nos é possível, as coisas em paz, se não for possível, se a coisa parece algo esquisito, sem pé nem cabeça, numa situação de confusão, entenda que pode ser só demônios atuando, tentando amarrar o filho de Deus. Em situações assim fica difícil uma solução sensata e racional, o melhor é cair fora e não olhar para trás.
      Não, não vamos achar no cânone bíblico um texto que objetivamente nos oriente sobre mudar de igreja, buscar um lugar melhor para aprender sobre a vontade de Deus, ou mesmo que nos autorize a confrontar pastores em pecado. O momento histórico de Paulo, Pedro, João evangelista, Tiago e outros, era outro, era um tempo de formar as primeiras igrejas locais, de construir a doutrina do cristianismo, de estabelecer o reino de Deus na Terra. Hoje, quase dois mil anos depois da festa do pentecostes em Jerusalém, após pregação de Pedro que inaugura a Igreja no mundo com a descida do Espírito Santo, muita coisa aconteceu, como sempre falamos no blog. Contudo, Jesus nos evangelhos e Paulo nas cartas sempre confrontam os lobos em pele de ovelha, os falsos pastores e os hereges.
      Falamos bastante sobre maturidade, ser imaturo ou não, mas o que é de fato maturidade espiritual conforme o cristianismo? O texto de II Coríntios 2.11-16 fala sobre o espírito humano e sobre o Espírito Santo de Deus, entendê-lo é entender a essência do novo nascimento, vivê-lo é amadurecer em Deus. Nosso mestre é Jesus, o nosso pastor maior, ele está no céu intercedendo por nós, permitindo que recebamos perdão e toda espécie de riqueza espiritual material de Deus pai. Na terra, quem nos habita é o Espírito Santo, é ele quem nos ensina, tudo o que precisamos saber, mas como os cristãos se beneficiam pouco dessa presença, mesmo os pentecostais, que se acham tão espirituais, só conhecem a superfície do que nos pode ser revelado pelo Espírito de Deus. Por isso dependem tanto de igreja, de púlpito, de pastor, de espiritualidade alheia, de rituais, de aparência religiosa. Ser maduro não é ser perfeito ou santo em todo o tempo, mas é ter noção de quem seguimos e segui-lo sempre, de um jeito ou de outro.

Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” João 8.12

2ª parte do estudo “Religião ou Deus?”, postado entre os dias 3 e 5 de julho, veja no dia 6 de julho na íntegra.

03/07/19

Novo Convertido e Religioso (Religião ou Deus? 1/3)

      Religião ou Deus, o que de fato queremos, o que de fato buscamos nas igrejas? Por favor, entenda certo esta reflexão, não estou generalizando nem julgando, apenas fazendo constatações sobre uma parte bem significativa da igreja cristã atual:

- dois tipos de pessoas conseguem permanecer em igrejas por algum tempo, o novo convertido e o religioso;
- dois tipos de pessoas não permanecem em igrejas por muito tempo, o imaturo e o que quer amadurecer.
      
      Pense comigo sobre essas duas constatações, veja se isso pode ajudá-lo de alguma maneira, mas só opine depois de ler todo o texto e entendê-lo. 

      “Dois tipos de pessoas conseguem permanecer em igrejas por muito tempo, o novo convertido e o religioso”, pensemos nos novos convertidos, e eis um motivo de porque muitos pastores hereges e gananciosos ainda têm igrejas para administrar, esses pequeninos de Deus, carentes de salvação, de libertação, de paz, e que, por um motivo ou outro, não têm outro jeito de conhecer o evangelho a não ser por igrejas, igrejas de homens. O amor de Deus é grande e voluntário, vai atrás da ovelha perdida, e acha um jeito de falar com a ovelha de forma que ela entenda, se renda e seja ajudada. Muitos que arrogam ser donos de ministérios, que se consideram intocáveis, poderosos e melhores, não sabem que Deus só permite que permaneçam em suas posições por causa dos pequeninos, novos convertidos que ainda carecem de que serem alimentados com leite espirituail. Infelizmente a maioria das igrejas cristãs atuais só podem fazer isso mesmo, dar o leite, são incapazaes de suprir cristãos crescidos com alimento mais forte.
      Assim podemos entender o segundo tipo de pessoa que pode permanecer por anos em igrejas, o religioso. Por favor, novamente peço, entenda bem, não estou generalizando, mas atualmente na maior parte das igrejas só permanecem nas igrejas, suportando o pecado no altar, a ganância de líderes e a heresia de falsos profetas, os religiosos. Religiosos são, usando mal um termo, os “anões” na fé, envelhecem mas não crescem, têm as almas idosas, mas espiritualmente ainda são crianças, e peço desculpas aos anões, usei o termo errado, anões são seres humanos, mesmo com suas características físicas peculiares, lindos e perfeitos, já os tais religiosos não são anões, mas monstros, pequenos e velhos, infantis mas arrogando sabedoria. 
      Entenda que usei o termo religioso vendo o pior dele, não como simples praticantes de religiões, mas como cristãos que ouvem a verdade do evangelho, já aprenderam sobre andar com novidade de vida, e ainda assim se acomodam com assistir cultos, respeitar autoridades eclesiásticas, praticar rituais, mas tudo de maneira mecânica e superficial, sem conhecer, experimentar e avaliar se todas essas religiosidades realmente mudam suas vidas para melhor. A triste verdade é que os maus religiosos, melhorando um pouco minha afirmação, fazem uma espécie de sociedade com mais líderes, como não querem crescer, continuam cativos a vários pecados, bem, maus líderes o são também porque querem permanecer presos a pecados para terem algum tipo de vantagem pessoal com a religião. Assim os maus religiosos sabem que seus líderes estão errados, mas eles pensam, “quem são eles para apontar o pecado dos outros se eles mesmos também andam em pecado?”, veja que é uma interpretação diabólica de um texto bíblico:

E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.” Mateus 7.3-5

      O texto não nos orienta a manter o nosso pecado já que os outros, mesmo líderes, mantém os seus, o texto ensina a nos limparmos, mesmo que os outros não se limpem. Limpos podemos sim buscar líderes, igrejas e religiões igualmente limpas, limitados, sim, mas não com pecado escondido o tempo todo, no altar, na liderança, como se isso fosse o normal para uma igreja cristã. Só maus religiosos se acomodam com pecado no altar, com líderes gananciosos e com falsos profetas, porque desse modo eles mesmos não são confrontados, e pior que isso, podem ter cargos e honras nesses falsos ministérios, por anos, permanecendo dessa forma por anos em igrejas como muitas atuais, “paradas na fé”, “desviadas”, ajuntamentos sociais religiosos, mas não igrejas cristãs de fato. 

Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.” Atos 5.29

      Mesmo o novo nascido, que se converte pelo poder da palavra de Deus que tem poder em si mesma, que inicia sua caminhada numa igreja errada, se seguir em comunhão com Deus perceberá que o lugar que está não é o melhor para continuar crescendo, natural e espiritualmente buscará um lugar melhor. Mas um conselho, busque sempre em primeiro lugar o caminho do diálogo, tente conversar com seus líderes se achar que algo está estranho, que não bate com a Bíblia. Contudo, não tema homens e confie em Deus, sem medo de sair de uma igreja e procurar outra em que sinta paz. Sei que isso pode ser complicado, principalmente para o novo na fé, mas é preciso ter coragem e ouvir a voz do Espírito Santo, antes que de homens. Nós sabemos que estamos obedecendo a Deus quando vemos em nossas vidas frutos de arrependimento, de libertação, de justiça, em paz. Lucas 3.8, exortação de Deus pela boca de um dos homens mais espirituais da Bíblia, João Batista, vai de encontro ao engano de muitos líderes religiosos: religião não salva, tradição pouco significa, o que nos diferencia são frutos dignos de arrependimento.

Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento, e não comeceis a dizer em vós mesmos: Temos Abraão por pai; porque eu vos digo que até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão.” Lucas 3.8

1ª parte do estudo “Religião ou Deus?”, postado entre os dias 3 e 5 de julho, veja no dia 6 de julho na íntegra.

02/07/19

Worship - adoração instrumental contemporânea

      “Worship” (adoração em inglês) é um termo usado para um estilo de música e de sonoridades de instrumentos musicais usados em momentos de adoração e contemplação em cultos de igrejas protestantes e evangélicas atuais. Seja iniciado por esse ou aquele movimento, ministério, cantor, pregador ou banda, nacional ou estrangeiro, é fato que é uma forma de expressão muito utilizada nos últimos anos. Em termos de sonoridade, os timbres usados são de teclados eletrônicos, pianos acústicos sampleados mais “pads”. “Pads” nesse contexto se tratam de “synth strings” ou “ambiências” que possibilitam a criação de um clima tranquilo e sem mudanças de ritmo ou dinâmica muito extrema. 
      O “worship” perfeito feito pelo tecladista é aquele que não chama a atenção para a música ou para o músico, mas para a adoração, deixando a congregação à vontade para ouvir a palavra e cantar. Os “pads” mais adequados não são necessariamente “strings”, mas layers (camadas) mais sintetizados, com “ataques” lentos, “releases” demorados, filtros mais fechados, bem ao estilo “new age”. Muito evangélico não sabe mas essa referência de música de fundo para meditação vem de mantras e linhas harmônicas de religiões orientais, e não me refiro à música hebraica, que tem uma legitimidade mais bíblica, mas hindu, árabe e extremo oriente.
      Em termos de harmonia, tecladistas gospel atuais gostam de carregar na nona maior, mas a sétima maior também é constante, lembro-me de quando usar intervalos de bossa nova em música litúrgica era quase pecado. Mas para o meu gosto pessoal, a música de fundo para ouvir a palavra e adorar livremente em oração mais interessante, é a mais simples, evitando encadeamentos harmônicos e usando até mesmo só as quintas. É claro que o tecladista terá que vencer suas vaidades para criar uma harmonia que é quase um cantochão medieval, mas que cria um clima isento de tensões, absolutamente espiritual, ou o tanto que é possível criar por seres humanos neste plano. Se você, tecladista, nunca fez isso, tente, tive experiências bem profundas com Deus ministrando assim. 
    O grupo australiano Hillsong Worship (anteriormente Hillsong Live), grupo de louvor & adoração formado em 1983 na igreja Hillsong em SydneyAustrália, dentre outros ministérios, teve e tem tido uma grande influência no estilo que muitos chamam “worship”. No Brasil, o ministério “Diante do trono” da igreja batista de Lagoinha/MG, também teve uma forte influência no estilo, principalmente no uso de “mantras” (frases simples e curtas repetidas muitas vezes), dando um caráter mais emocional à música evangélica, opondo-se aos hinos tradicionais protestantes mais racionais, e mesmo a estilos de grupos de louvor como “Vencedores por Cristo” dos anos 1980.
      Sim, na sinceridade e santidade há agrado a Deus, não importando a ferramenta que se use, mas não se iludam os mais jovens, “worship” é só mais uma moda da alma, um tipo de expressão artística, não de manifestação espiritual. Ainda que toque forte emocionalmente os adoradores atuais, passará e outras modas surgirão, só Deus é que permanece sempre o mesmo. Posso dizer isso porque acompanho de maneira atuante a música, em várias igrejas diferentes, desde os anos 1970, já vi ministérios, bandas e cantores surgirem como novidade empolgante e envelhecerem, para darem lugar a outros com uma novidade mais recente. Mas importa que seja assim, que a adoração musical seja sempre renovada, a alma humana precisa disso. 

Texto originalmente postado no blog “Músicos que usam iPad”, 
por José Osório de Souza, em 15 de maio de 2019

01/07/19

Íris sem véu

       “Se clamares por conhecimento, e por inteligência alçares a tua voz, se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares, então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus. Porque o Senhor dá a sabedoria; da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos.” Provérbios 2.3-7a

      O texto a seguir não é um texto fácil de entender, usei muitas metáforas, na verdade haveria necessidade de outro texto com extensão semelhante para explica-lo. Mas o objetivo foi esse mesmo, esconder, não mostrar, os que precisarem e quiserem saber saberão. Se não for o teu caso, desconsidere-o, mesmo aqui no blog tem muitas reflexões que podem alimentar tua alma de um jeito menos complicado. O nome do texto, “Íris sem véu”,  é uma ironia com o nome de um conhecido livro ocultista de H. P. Blavatsky, “Ísis sem véu”, entendidos entenderão o paralelo.

      O véu do verdadeiro conhecimento só cai quando a ilusão é desconsiderada e a realidade é encarada sem filtros. 

      Existe um véu, fino e delicado, que cobre algumas coisas, ele até nos permite ver as linhas superficiais do que acoberta, mas nos impede de enxergar os detalhes, ver só o esboço pode nos levar a enganos perigosos. Sob o véu, podemos saber se a estátua é de um homem ou de uma árvore, mas não sabemos se o homem é bom ou mau, ou se a árvore dá frutos doces ou amargos, sob o véu um anjo pode parecer um demônio, e um demônio, um anjo. A verdade não pode ser conhecida assim, facilmente e por qualquer um, isso não é alguma espécie de melindre divino, mas valorização daquilo que é precioso e através do qual pode o ser humano ser abençoado de maneira diferenciada. Assim, quem acha que sabe tudo sobre Deus porque já orou bastante, já jejuou muito, já recebeu vários dons espirituais, já estudou muito a Bíblia, foi assíduo em cultos por anos num mesmo ministério, enquanto outros desistiam ou mudavam de igreja local, cuidado, existe um véu. Ele não pode ser negociado, comprado, trocado, na verdade só o vê quem não se acha merecedor dele, quem não se considera digno dele, quem acha quebrada a alma e ainda assim não nega o Senhor, ainda que siga sozinho, humilhado e marginalizado. Aliás, o véu é direito do desconhecido porque ele cobre o incognoscível, o que já acha que sabe tudo e que já recebeu nas igrejas sua parte, nunca terá noção que existe um véu, continuará enganado, aprendendo apenas o que aprendem as crianças ainda que se ache mestre.
      O que é o verdadeiro conhecimento? Isso não será dito aqui, não agora, não de maneira direta, ainda que seja compartilhado dia após dia neste espaço. O verdadeiro conhecimento não são as pepitas de ouro existentes por trás de duras e profundas camadas de pedra, mas é a ferramenta usada para quebrar a parede e abrir espaço até as pepitas. O objetivo são as pepitas de ouro? Talvez, para alguns pode até ser, mas estes talvez descubram depois, que as pepitas não eram tão importantes assim, que mesmo elas, caras, raras, acabam, o que se pode adquirir através delas é finito, limitado, conhecível. O que é essa ferramenta, então, é a fé, são as obras, é a adoração? Não, isso são as camadas de pedras, obstáculos e trabalhos do universo manifesto, da matéria, da vida encarnada, deste mundo, podem até ser importantes aqui, mas na vida puramente espiritual serão desnecessárias, mesmo vaidades do passado. No outro plano não precisaremos nos esforçar para crer, praticar ou adorar, na vida espiritual pura e plena não desejaremos estar, nem teremos que provar que somos, só seremos um com o Grande Eu Sou através do Único Verbo de Deus, Jesus. O verdadeiro conhecimento não são respostas, mas uma pergunta, só uma, que nos será soprada ao pé do ouvido pela voz mansa de Deus, o incognoscível, quando se faz essa pergunta não se precisará mais esperar nenhuma resposta, estaremos em paz com tudo, com o universo, com nós mesmos e com o altíssimo. Nela está o grande e maior questionamento, mas também está a resposta, aquela que responde tudo. 

      A ilusão é vasta e sem forma como uma neblina translúcida sobre um vulcão em erupção, mas é estreita e funda como um poço de água amarga, morna e negra.

      A ilusão é a morte para os que têm medo da vida, a vida para os que têm medo da morte, é o mar para quem tem medo da terra, e a terra para quem tem medo do mar. A ilusão é o amor, para quem tem medo da solidão, e a solidão para quem tem medo de amar. A ilusão é a paixão, que transforma a cobra em pomba e a pomba em cobra, que faz do feio, bonito infinito, e do lindo, um passado feio. A paixão é o grande véu, que ilude mesmo os deuses, os fortes, os eruditos, tanto quanto os tolos, fracos e elementais. O véu da paixão limita fazendo acreditar que revela, fecha fazendo crer que abre, enche o ventre de líquido enquanto mata de sede, farta a boca, nunca saciando a fome. O véu é a paixão e a paixão, uma ilusão, que ludibria sacros e mundanos, cristãos e pagãos, místicos e magos, pois amarra o investigador ao espelho, que acaba buscando resposta para o mistério que está dentro de si mesmo, não para o maior, que está lá fora. Apaixonado anda em círculo, ainda que cheio de energia e prazer no início, sempre acaba se cansando, então para e olha de novo no espelho. Atordoado, de tanto ter andado viciadamente, não percebe que vê no espelho a mesma imagem, que o dirige sempre para o mesmo lugar, então torna a caminhar, enganado, preso ao véu do conhecimento maior e não ao verdadeiro conhecimento.
      Aquele que é de fato honesto consigo mesmo, que compara discurso com prática, fé com obras, que olha de fora, de longe, tempo e espaço, e avalia não a pepita de ouro, mas a ferramenta, começa encarar a realidade. Aquele que entende que as pepitas e outras pedras preciosas perecem, que as duras camadas de rochas não ficam mais finas, mais fáceis, esse coloca as mãos no espelho, o senti, e percebe que ele precisa ser quebrado, esse começa a vislumbrar a realidade. Aquele que para e olha para a ferramenta pesada que tem nas mãos, entende que muitas vezes ela parece servir porque é útel, mas só para fazer o trabalho errado, trabalho que o faz escravo dos outros e não senhor de si mesmo, esse começa ver a realidade. A realidade é o universo sem ilusão, sem paixão, sem mentira, sem espelho, sem ferramenta na mão, porque na verdade não existe trabalho, não como se sachava que existia até então quando se estava atrás do véu. Quando não se esperar mais dos vendedores de peixes que tenham peixes para vender, ou que entreguem de fato peixes, a custo de lhes entregarmos nossas posses e almas, quando não se esperar mais dos vendedores do mundo que tenham um mundo para nós entregar, com campos verdes, com rios limpos, com ar puro, depois de lhes entregarmos nossas mentes e corpos, quando isso acontecer estaremos de fato rasgando o véu da ilusão. O véu cairá quando toda nossa expectativa no homem se for, e ainda assim conseguirmos manter nossos corações transbordantes de esperança no divino. 

      Buscas conhecer mistérios, mas não existem mistérios, nada está escondido, o que buscas são mentiras, a verdade já está revelada, a conhecem os simples. 

      A realidade, a princípio, é muito dura, ou pelo menos assim parece aos que estão acorrentados em subterfúgios, acostumados com uma existência anestesiada com a paixão, enganados em gaiolas de ouro. Todavia, o conhecimento mais reto e alto só se encontra na realidade, reto porque não ziguezagueia por poderes do segundo ou terceiro escalão da árvore esotérica, alto porque olha diretamente para Deus, não para uma enganosa coroa. Mas é possível olhar diretamente para Deus? Por Jesus e no Espírito Santo é, e esse é o maior dos mistérios, que mesmo os “mestres” e vigilantes dos grandes arcanos não admitem, ou por ignorância ou por arrogância, ambas são vícios dos que tentam ser maiores que Deus. Mas quem quer a realidade, ou melhor, quem precisa dela? Ela é assim tão útil? Não, não é, pelo menos não para todos, por isso a maioria amadurecerá, envelhecerá e morrerá atrás do véu, e nunca achará necessidade de mudar esse estilo de vida. Essa é a mais dura realidade, a ilusão, o grande reino da paixão, que enche estádios, prostítulos, bares e templos. Contudo, neste início de século XXI, alguns sentem uma necessidade, que chega a doer, de rasgar o véu, e esses são tão culpados de quererem saber quanto são os outros culpados por não quererem. Quem pode ir contra o próprio coração, se o próprio Deus respeita essa escolha maior?
      Os que buscam a Deus de todo o coração, com todo o entendimento, no Espírito Santo, têm o véu rasgado não por suas forças ou sabedoria, mas por Jesus, “E Jesus, dando um grande brado, expirou. E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo.” (Marcos 15.37-38). Na sua morte ele rasgou o véu que nos separava de um conhecimento reto e alto de Deus e em sua ressurreição sujeitou a ele todo poder, “Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus. Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja” (Efésios 1.20-22). Ninguém precisa ser escravo de ninguém, seja do homem, da paixão ou dos diabos, desde que haja coragem para querer, saber e viver tudo o que Deus tem para os que o buscam em sinceridade verdadeira e benigna. Nem toda sinceridade e legítima, mesmo que seja honesta, é preciso que ela seja provada pela luz do altíssimo, que seja andor de uma intenção de fato reta e alta, que tenha o objetivo de conhecer para depois obedecer a Deus. Na verdade o véu não esconde a verdade de Deus, mas impede os nossos íris espirituais de enxergarem, Deus nada tem a esconder de ninguém. Os que buscarem, contudo, além das ilusões, depois de homens e diabos, terão removidos o véu da íris espiritual. “Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.” (I Coríntios 13.12). 

José Osório de Souza - Abril/2019

30/06/19

Não basta sermos crentes, temos que ser cristãos

      “Jesus respondeu-lhes, e disse: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou. Disseram-lhe, pois: Que faremos para executarmos as obras de Deus? Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.João 6.26-9

      O que as pessoas dizem sobre fé e milagres?

- “O que importa é ter fé, quem crê recebe o milagre”: nesse pensamento os evangélicos precisam entender que muitos católicos que vão à cidade de Aparecida do Norte creem e recebem milagres, outros tantos que vão a curandeiros espíritas para submeterem-se a cirurgias espiritualistas e outras práticas também creem e recebem milagres, assim como muitos que fazem ioga, praticam o budismo ou o islamismo, dessa forma ter fé basta par se receber milagres? Sim, mas a pergunta é: o milagre vem de Deus?

- “Mas eu frequento igreja evangélica, não sou idólatra, nem satanista, meu milagre vem de Deus”: sim e não, em primeiro lugar quem sabe se o milagre provado por católicos, espíritas e de outras religiões não vem de Deus? Deus ama e ouve a todos, ainda que só salve para a eternidade por Jesus, abençoa a todos neste mundo, indiferente de suas crenças. Em segundo lugar fazer parte de igreja evangélica não legitima uma ação como divina. Mas alguém pode argumentar, “o que isso importa? Importa é que as pessoas recebam o que buscam com fé”. 

- “Pensamento positivo cura”: sim, e isso até a ciência estuda, uma atitude emocional e mental positiva, benigna, não ansiosa, tranquila, pode desencadear mecanismos químicos em nossos organismos que propiciam cura física, às vezes de maneira surpreendente. Nessa disposição tanto cristãos como não cristãos, religiosos como ateus, podem receber milagres, ainda que não seja uma ação divina extraordinária. Mas como Deus age, o que de fato é milagre, o que é fé? Se a pessoa recebe algo de bom isso já não representa uma manifestação do pai de luz, de Deus?

      O que precisamos aceitar é que o ser humano é essencialmente espiritual e crente, os que se dizem ateus ou confiantes apenas na ciência, poucos deles de fato conseguem praticar o que dizem, se é que mesmo esses conseguem. A maioria só substitui o objeto da fé, o chama por outro nome, mas ainda assim crê no mundo espiritual e exercita uma crença. Assim, fé não é direito exclusivo de cristão, de protestante ou evangélico, e muitos se convertem de fato ao evangelho, recebem a salvação, mas continuam vendo fé e milagre sob um ponto de vista profano.
       É preciso entender que a fé que salva é diferente, é dom de Deus, talvez seja o único, primordial e genuíno milagre, ela nos permite enxergar a especificidade de Cristo, o poder exclusivo de Jesus, a verdade única do evangelho, evangelho aliás que é muito mais que amar o próximo e ter práticas sociais de justiça. Quando essa primeira fé é experimentada nossas vidas entram em sincronismo com a vontade de Deus, Jesus nos sintoniza com o altíssimo, nessa “frequência”, se nos mantivermos obedientes, vivenciamos uma vida de milagres não excepcionais, mas naturais e constantes.  
      O novo nascido em Cristo não busca milagres, mas anda neles, o tempo todo, por isso é tão importante adorar, agradecer, mais que pedir, em Jesus já recebemos tudo, na terra e no céu, para sempre. Jesus não faz milagres, é bem mais que isso, ele é o milagre, milagre que habita-nos para sempre pelo Espírito Santo, assim qualquer intenção de pagar preços para se receber algo de Deus, além de ser ineficaz é desnecessária, para o verdadeiro filho de Deus. O salvo tem direito a tudo de graça, os que querem pagar para receber, seja por promessas, sacrifícios, dízimos ou mesmo assiduidade em cultos, esses ou ainda não são salvos ou não entenderam o que é serem salvos. 
      Por que essa discussão é importante? Bem, é relevante para os que querem conhecer mais de fato a Deus, quem só quer uma religião, algo para crer, ou só receber algo que precisa de um jeito sobrenatural já que por algum motivo não o pode receber por maneiras naturais, pra esses tanto faz. Mas nós, que seguimos o verdadeiro cristianismo, a estrada de fato estreita do evangelho, a Jesus o caminho, a verdade e a vida, que queremos ser mais que novos nascidos, mas cristãos maduros, nós buscamos muito mais que milagres físicos. Nós desejamos mudança de caráter, de comportamento, buscamos exercitar misericórdia, perdão, sermos curados de mágoas e rancores, termos a paz que permanece.
      Por que eu insisto tanto nesse assunto aqui no “Como o ar que respiro”? Porque vender milagres físicos é fácil, e pastores inescrupulosos têm se aproveitado disso, mas o mesmo tipo de povo imaturo espiritualmente que quer ouvir isso hoje em dia, queria ouvir na época em que Jesus andou na terra como homem encarnado. Sim, Jesus fez muitos milagres, e precisava fazer para convencer um povo superficial, carnal, incrédulo, mas se isso tivesse bastado para convencer o povo sobre quem era Cristo, Jesus não teria sido crucificado sozinho, sem apoio popular, trocado por Barrabás. Os que de fato entenderam quem era Jesus o seguiram depois e pagaram com o sacrifício das próprias vidas por isso, nenhum milagre os livrou disso.
      As perguntas finais que faço são: eu quero seguir a Jesus? De verdade? Ou só o busco para receber milagres? Qual a qualidade da minha fé? Ela se satisfaz com a oração de emprego, de casamento, ouvida? Ou tenho fé que o Senhor me dá forças, me dá paz, ainda que eu faça tudo certo e mesmo assim só tenha o suficiente materialmente para viver, ainda que o homem seja injusto comigo, ainda que eu nunca seja valorizado, respeitado, como eu gostaria de ser? Eu de fato estou pronto para ver morrer meu ego e viver o propósito maior de Jesus em mim? Ou faço as coisas do meu jeito e ainda, mesmo que inconscientemente, exijo que Deus me dê vitória só porque creio? Fé pode até alcançar coisas, mas só a genuína fé de Deus, em Deu e para Deus, pode nos aproximar de Deus e nos fazer seres humanos melhores. Não basta sermos, crentes, temos que ser cristãos. 

29/06/19

Conheça a Deus, não o difame

      Considero está reflexão muito séria, muitos não a entenderão, se você for um novo convertido eu aconselho que busque a ajuda de seu pastor sobre o assunto, mas leia o texto. Talvez não o entenda ou concorde com ele hoje, mas um dia, depois de viver um pouco com Jesus e de avaliar com honestidade a vida e o cristianismo ensinado em muitas igrejas poderá entender, quiçá concordar. Que fique claro, eu, com 43 anos de caminhada no evangelho e com 60 de vida, amo ao Senhor, provo sua realidade todos os dias e algumas vezes de maneira fantástica, andar com ele é o que dá sentido a tudo, glória ao Altíssimo Deus para sempre. 
José Osório de Souza, 6/03/2019

      “O que adquire entendimento ama a sua alma; o que cultiva a inteligência achará o bem.” Provérbios 19.8

      A maioria dos cristãos, para não generalizar, acredita numa mentira, vive uma grande incoerência, dia após dia, aprende e ensina ilusões e não exerce qualquer crítica sobre isso, não avalia e não chega a conclusões porque não pensa, e não pensa porque não quer a realidade, mas repito, quer a ilusão. Dessa forma, essa maioria torna o cristianismo uma ideologia como qualquer outra, um vício religioso para colocar no lugar de outros vícios, mais danosos às suas saúdes físicas e emocionais. Essa ideologia acha, por exemplo, que pelo mundo estar nas mãos de Deus, quem sofre sofre porque merece. Veja que muitos crentes podem não assumir isso conscientemente, mas na prática, de seus costumes, é o que vivem.
      Enquanto isso crianças inocentes passam fome, gente é injustiçada sem que tenha feito qualquer coisa para merecer tal injustiça. Ainda assim, mesmo sem ter resposta às suas preces, muitos cristãos, depois de orarem muito só por si mesmos, como que com algum remorso, lembram-se de orar por aqueles que não têm quem os ajude e que nem sabem orar, e continuam dizendo que Deus tem tudo em suas mãos e que só não são abençoados os que não querem, os que não buscam a Deus. Mas que culpa têm tantos injustiçados de receberem injustiças, repito, principalmente crianças, nas Américas, na África, na Ásia, que nunca fizeram mal à ninguém? 
      Deus é mal? Deus é seletivo? São os cristãos que não oram direito ou o suficiente? Ou são os cristãos que têm uma visão errada sobre o que é Deus? E mais, ou é a maior parte dos cristãos que não entende, e se entende não age, que é só o homem quem pode ajudar o homem, admitindo ou não esse homem que exerce essa ajuda pela graça de Deus? Se o que pensam a maioria dos cristãos sobre Deus fosse verdade, bastaria a oração de um justo para que inocentes de todo o mundo não sofrecem mais, mas não é assim que acontece. Quando nós cristãos vamos abrir a mente e entender que muita coisa que ouvimos e falamos nas igrejas é pura teoria, pregações e orações apaixonadas que nos dão alguma espécie de prazer dentro dos templos, mas que não refletem a realidade, não mudam absolutamente nada?
      Então eu devo deixar de ser cristão? Devo abandonar a fé? Não, o que nós precisamos é conhecer melhor o Deus verdadeiro, um Deus que mesmo que as pessoas não o entendam direito, que não o busquem do jeito e pelos motivos mais íntegros, as abençoa, a todos os que desejam estar em sintonia com ele, que querem sincronizar-se com seu Santo Espírito, e isso só através de Cristo Jesus. A verdade é que o planeta, a humanidade, a natureza foram dados ao ser humano para serem administrados, estando esse ser humano ou não ligados a Deus pela verdade redentora do evangelho, Jesus salva o espírito humano individual, mas só a humano pode salvar a Terra. 
      Se você pensa diferentemente, me desculpe, mas é porque você na verdade não pensa, não com clareza, se o Deus verdadeiro fosse esse pregado na maioria dos púlpitos, inocente não sofreria no mundo, não ocorreria tantas injustiças com tantos que nunca fizeram nada para merecer tanto sofrimento. Talvez a culpa de tantos cristãos terem sobre esse assunto um entendimento incorreto, seja, novamente, o “veo-testamento-centrismo” na teologia das igrejas, que classifica o mundo entre nações que temem a Deus e recebem dele proteção, e nações que não o temem e são punidas por isso. Mas essa visão não se aplica mais ao mundo, não depois que Jesus fez sua obra de redenção. 
      Nós também não podemos simplesmente dizer que os que são da Igreja espiritual, os cristãos novos nascidos e convertidos, são abençoados, sejam eles das nações que forem, e todo o resto sofre na perdição. Jesus não disse isso, mas nos orientou a sair pelo mundo pregando o evangelho, nesse ponto podemos fazer outro questionamento, que Tiago em sua carta chama tanto a atenção: o que é evangelizar, é compartilhar a boa nova espiritual do evangelho ou fazer obras materiais de caridade, dando comida, roupa, casa, saúde, ensino e direitos, a quem não tem? Os cristãos se tornaram teóricos demais, falam e não vivem, cantam, mas não adoram, oram e não praticam paz e misericórdia, enquanto o mundo padece.
      O mínimo que devemos ter é coerência, ganhamos isso pondo em prática tudo o que falamos ou falando menos, tendo mais cuidado com aquilo que dizemos que devemos fazer, mas principalmente tendo muito mais cuidado com o que dizemos que Deus é e faz. Senão estaremos promovendo no mundo difamações contra Deus, sim, é isso o que muitos fazem. Isso só serve de desculpa para muitos se afastarem mais ainda do cristianismo. Muitos cristãos pensando sinceramente que estão proclamando as virtudes do altíssimo, insanamente só difamam ao Senhor, pois jogam sobre ele a responsabilidade de fazer coisas que ele nunca disse que faria, pelo menos não nos dias atuais, pelo menos não do jeito que dizem que ele faz. 
      O que Deus faz? Ele nos perdoa, ele nos salva, ele nos cura emocionalmente num processo longo e que dura uma vida. Enquanto isso devemos ajudar a todos, em primeiro lugar os que recebem o evangelho, depois os próximos que se deixam ser ajudados, e então, os mais enfraquecidos e injustiçados do mundo, mesmo que não tenham recebido o evangelho e mesmo que estejam distantes. Não percamos tempo com soberbos e mentirosos de barrigas cheias, nem com vagabundos irresponsáveis, contudo, tenhamos consciência de que o mundo é responsabilidade nossa, que não devemos usar igrejas e religião como fuga do mundo, e que o templo de Deus que deve abençoar as pessoas são as nossas vidas.

28/06/19

Honra a quem honra merece

      “Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver.” Hebreus 13.7

      Glória a quem glória merece, a Deus e só a Deus, mas honra a quem honra merece, e nesse quesito os verdadeiros pastores de Cristo merecem de mim e de todos os quem temem a Deus respeito, cuidado e honra. Num mundo atual, com a sombra do final dos tempos já se levantando no horizonte, a fé de muitos têm esfriado, o amor tem sido corrompido, as igrejas têm se desviado, e muitos falsos pastores, interessados só em poder e grana, têm usado heresias para manipular um povo que não quer ouvir o verdadeiro evangelho do Espírito Santo, mas mentiras que lhe deem uma sensação de religião com promessas de prosperidade material. 
      Mas esse não é ponto desta reflexão, sobre isso já falamos bastante aqui no blog, o ponto aqui dessa vez é um depoimento, o meu depoimento pessoal, dizendo que sim, ainda existem profetas que não se venderam a Mamom e à insanidade e que ainda pastoreiam as ovelhas que não são deles mas de Jesus com trabalho árduo e santo, muitas vezes debaixo de perseguição e de injustiças. Existem bons homens e mulheres de bem que pisam no lugar mais alto dos templos com temor e tremor, cuja unção é do altíssimo, não de Lúcifer, esses têm nos celeiros de seus corações alimento do céu para os filhos do Senhor. 
      Por isso eu exorto a todos os que buscam a genuína água viva da palavra de Deus para alimentar suas almas, não se acomodem com igrejas estranhas, com os pastores mal intencionados, ainda que as igrejas sejam grandes e confortáveis e mesmo que os líderes tenham uma palavra doce e convincente. Esses de modo algum estão preparando uma igreja para o arrebatamento. Mas busquem e acharão, ainda existem boas igrejas cristãs no mundo com pastores realmente servos de Deus, isso acontece por causa do amor do Senhor para com seus pequeninos, aqueles que de fato querem seguir a Jesus e não a homens. 

27/06/19

Dobremos os joelhos a tempo

      “Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.Filipenses 2.9-11

      Isso vai acontecer, um dia, querendo o ser humano ou não, querendo demônios e diabos ou não, todos terão que dobrar os joelhos diante de Jesus, e todos confessarão que Cristo é o Senhor, seja para a vida com Deus no céu, ou longe dele no inferno. Mas para estar com Deus na eternidade, esse quebrantamento, Deus nos dá a oportunidade de vivenciar ainda neste mundo, se assim for teremos direito à paz eterna, contudo, felizes os que fazem isso a tempo. A tempo de não terem que passar os últimos dias de vida com o corpo e a alma em sofrimento para alcançarem a humildade de dobrar os joelhos diante de Jesus, a tempo de não terem que fazer “horas extras” num leito de hospital para confessarem, não com a boca, mas com o espírito, que Jesus é o Senhor. Se orgulho é porta para todos os males, humildade é chave para todas as bênçãos, assim, quem anda de joelhos espirituais nunca cai.

26/06/19

Medo de morrer?

      “Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias.” Salmos 23.6

      Talvez as pessoas se dividam em dois grupos, o grupo das quem têm medo de morrer e o grupo das que não têm medo. Também se diz que quem não tem medo da morte é porque tem medo da vida, o contrário também é válido? Eu nunca tive medo da morte, ao contrário, estar livre espiritualmente sempre me fascinou, libertado do corpo, das paixões, dos medos, das fraquezas. Mas é em Jesus que acho certeza para não temer a morte, o que vem depois que meu corpo parar de funcionar e meu espírito estiver solto. O problema, contudo, não é a morte, mas o que vai levar meu corpo a ela, muitas vezes é um processo lento e doloroso. 
      Contudo, eu tenho certeza que o mesmo Deus que nos dá uma vida de vitória, de honra, que nos supre em tudo, a nós e aos nossos queridos mais próximos que dependem de nós, esse mesmo Deus, movido pelo mesmo amor e com o mesmo poder, pode nos dar uma partida menos sofrida e em paz. Se estivermos ligados a ele, obedientes, temendo o nome dele, e como consequência disso tudo, fiéis às nossas alianças, casamento, vida financeira, amizades e ministérios, o Senhor será fiel e gracioso, nos livrará da violência e da dor sem remédio. O justo em Cristo, assim como viveu pela graça de Deus, também nela morrerá, na hora e no lugar certo, cercado de uma família e de amigos que o amam. 

25/06/19

Justiça ou misericórdia?

      “Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.Efésios 4.32

      Enquanto vivemos neste mundo Deus é justo com aqueles que não têm comunhão com ele através de Jesus, com aqueles que ainda não nasceram de novo em Cristo. Isso independe de religião, de boas obras, de ser alguém do bem e que faz bem ao próximo, se tudo isso houver, mesmo que não se seja filho de Deus o Senhor é justo e retorna bênçãos neste mundo. Mas com aqueles que são filhos, que nasceram de novo, que de fato se converteram a Jesus, Deus é misericordioso, para esses o Senhor pode fazer o impossível, mesmo o não merecido neste mundo, para abençoar os que o buscam com intimidade, e na eternidade dá uma posição espiritual perto dele, em paz, em glória. E nós seres humanos, como devemos tratar os outros, com misericórdia ou com justiça? A melhor resposta é, obedecendo a Deus, ainda que o evangelho nos oriente como regra geral que devemos ser misericordiosos, existem momentos que o Espírito Santo manda que sejamos justos. Isso não é tratar ninguém mal, mas com justiça. 
      Eu entendo o texto inicial como uma orientação de Paulo para tratarmos principalmente os da fé, os irmãos em Cristo, mas para o nosso bem é bom que demos a todos o perdão, já que ausência de perdão pode prejudicar mais ao que não dá que ao que não recebe. Contudo, para que Deus trabalhe, em alguns casos é bom perdoarmos, mas permanecermos distantes, não tentarmos uma reaproximação, entregar nas mãos de Deus e deixar que Deus aja e que a pessoa mude. Isso pode acontecer em certas situações onde tentamos resolver um problema de relacionamento e não conseguimos, você já deve ter tido experiências onde parecia que quanto mais tentava consertar mais o problema se complicava. Essa é uma situação típica de opressão espiritual, de atuação de demônios, e se o mal não está com você, que orou, pediu perdão e perdoou, o mal deve estar com o outro. Assim, entregue nas mãos de Deus e fique longe, em paz, não se pode vencer todas, nem todos querem estar próximos a nós e alguns passarão a vida dizendo que têm razão e que o problema somos nós. 

24/06/19

Deus é vivo

      “A minha alma está desejosa, e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo.” Salmos 84.2

      Desde que iniciei este espaço virtual, o blog “Como o ar que respiro”, em abril de 2011, tenho conseguido compartilhar uma reflexão por dia. Às vezes o Espírito Santo me adianta muitas postagens, assim já cheguei a ter postagens programadas para dois meses. Contudo, sempre que parece me faltar um tema, o Senhor me diz, fale do que você vive, não do que os outros vivem, nem do que você gostaria de viver, mas de sua realidade dia a dia. Sim, muitas reflexões são críticas às igrejas cristãs atuais, mas ainda assim fazem parte da minha realidade, falo porque tento ser parte da mudança, como membro atuante e vivo nos ministérios. 
      Vivo, esse é o ponto dessa reflexão, Deus vivo, e se ele é vivo o é todos os dias, quem caminha com um Deus vivo tem experiências renovadas todos os dias. Todo dia Deus nos fala, nos ensina, reafirmando sua aliança conosco em Cristo, quando achamos que isso não acontece é porque não prestamos a atenção correta à voz do Senhor. Para isso é preciso parar, ao menos um pouco, todos os dias, e permitir que a voz do Espírito Santo fale mais alto em nossos corações que nossas ansiedades, medos, mágoas. Se isso ocorrer bastará uma pequena frase de Deus para nós levantar, encorajar, vivificar, quem tem essa experiência tem algo pra compartilhar, sempre, algo de bom, de vivo, do Deus vivo. 

23/06/19

Deus nos conduz

      “Bom e reto é o Senhor; por isso ensinará o caminho aos pecadores. Guiará os mansos em justiça e aos mansos ensinará o seu caminho.Salmos 25.8-9

      Deus sempre nos conduz para o melhor caminho, o seu caminho. Durante toda a nossa vida, tudo o que nos acontece, debaixo da permissão de Deus, de bom e de ruim, é o Senhor nos conduzindo. Se formos obedientes e humildes, a maioria das coisas serão boas, e mesmo as ruins, serão suportáveis, mas se formos rebeldes, egoistas, orgulhosos, injustos, coisas muito ruins poderão acontecer, para quebrar nossa dura cerviz. O objetivo final do Senhor é o melhor para nós, em todas as áreas. Na área emocional ele quer nos dar cura, perdão, confiança e amor próprios, no corpo ele quer nos dar saúde e libertação de vícios, no espírito ele quer ter conosco uma íntima comunhão, preparando-nos para a eternidade. Assim, não existe surpresas, apenas correções de rumo, e se algo parece acabar, e porque algo melhor pode começar, a vida só acaba quando Deus determina, e isso só ocorre quando todas as tentativas divinas se encerram, conseguindo levar-nos ao melhor de Deus, ou não, mas sempre respeitando nossos livres arbítrios. Eu, porém, estou seguro que uma vez salvo Deus será comigo até o fim, e no fim, chegarei onde o Senhor quer que eu chegue, em paz e pronto para viver com ele para sempre na eternidade. 

22/06/19

Santidade e unção

      “Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.Eclesiastes 9.8

      Como um versículo pode conter tanta profundidade espiritual em duas simbologias perfeitas que só o Espírito Santo pode ao homem inspirar. Roupas alvas, roupas brancas, roupas limpas, ninguém civilizado se apresenta socialmente nú, mas vestido, não se vê o corpo, mas as vestes que cobrem o corpo. Roupas dão identidade às pessoas, conhecemos o gosto, o estilo de alguém, mesmo ante de alguém falar e expressar suas opiniões, pelo que ele veste. O escritor bíblico, o sábio Salomão, dá como princípio de sabedoria que o homem esteja sempre com vestes brancas, ele não se refere a uma preferência de cor de vestimenta, mas à santidade, da alma e do espírito. Uma consciência limpa e uma mente leve são consequências de limpeza interior, só o evangelho pode limpar o ser humano e dar a ele roupas alvas. Mas essa é só metade da benção que só o evangelho concede ao ser humano, e só o evangelho pode cumprir a palavra de Salomão, “em todo o tempo”. 
      Óleo sobre a cabeça, é a segunda metáfora, que significa unção espiritual, presença abundante de Deus, plenitude no Espírito Santo, uma coisa é consequência da outra. Não podemos ter a unção genuína de Deus sem antes sermos limpos por ele, só o santo pode ser ungido, assim tenhamos cuidado, muitos que se dizem e parecem ungidos, podem não ser. Muita alegria e liberdade emocional que se vê por aí em pregações e ministrações com música, mesmo usando palavras proféticas podem ser só paixão e carisma humanos, não óleo do Espírito Santo, se não houver na vidas das pessoas o temor que vem da santidade adquirida quando se está de fato diante do trono do Senhor. O evangelho nos dá um privilégio que o povo de Deus no antigo testamento não tinha, acesso ao Espírito Santo para sempre. Isso só aconteceu depois de completa a obra redentora de Jesus, a partir da descida do Espírito Santo na festa de pentecostes em Jerusalém, narrada no livro de Atos. 
      Santos e ungidos em todo o tempo, na prática nós conseguimos isso? Não, mas isso sempre deve ser nosso foco, nosso objetivo, nunca menos que isso.

21/06/19

Quem teme a Deus é amigo do tempo

      “Temei ao Senhor, vós, os seus santos, pois nada falta aos que o temem.” Eclesiastes 9.8

      Temer a Deus é saber que não se pode fazer qualquer coisa, em qualquer lugar, em qualquer tempo, de qualquer jeito e a qualquer um. Temer a Deus é andar com cuidado, ouvir com atenção, falar só quando necessário, mas agir depressa se Deus mandar. O que teme ora sempre, ouve a voz do Senhor, tem convicção do que Deus fala, não por ouvir dizer, não porque aprendeu um dia, o que teme a Deus conhece o Deus de um presente eterno, porque busca o Senhor todos os dias e tem no coração uma unção sempre fresca. Quem teme a Deus não teme armadilhas, surpresas, acidentes ou violências, Deus o avisa antes, Deus o avisa sempre, Deus o poupa, quem teme a Deus anda na luz e sabe quando falar e quando fazer. O temor ao Senhor nos faz amigos do tempo, do “universo”, não temer o futuro ou o desconhecido, pois apesar de não termos controle sobre tudo somos amigos íntimos de quem tem, e esse, não deixa que sejamos envergonhados, para quem teme ao Senhor nada falta. 

20/06/19

Efeitos da culpa

       “Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas. O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente; Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.” I Pedro 2.21-24

     Quando nos sentimos culpados, ou agredimos os outros, ou nos machucamos, a culpa, contudo, pode ser legítima ou não, mas de um jeito ou de outro só uma comunhão verdadeira com Deus pode nos curar dela, não obrigações ou acusações. Alguns agridem para não serem agredidos, assim tomam a iniciativa para se sentirem no controle, com poder, mesmo que no fundo saibam que são eles os errados. Outras pessoas se enchem de trabalhos, mesmo de ministérios, porque se sentem acusadas, acham que isso pode compensar pecados escondidos e que elas não querem deixar ou mesmo pecados que nem existem, mas que elas sentem porque não tiveram cura emocional.
      Sacrifício humano não compra créditos morais ou espirituais, seja para ganhar algo bom ou anular algo ruim, direito a perdão de toda culpa só em Jesus, e esse perdão ganham os que querem, buscam e tomam posse. O inocente, todavia, a exemplo de Cristo, mesmo sem culpa, não culpa os outros, injuriado, não injuria, ainda que padeça, não ameaça, mas confia no justo Deus e cumpre sua missão. A consciência limpa é arma contra todo tipo de cativeiro e violência. Em paz não nos colocamos debaixo de cargas injustas, nem submetemos os outros a elas, purificados de todo o pecado vivemos para a justiça, sarados de toda enfermidade emocional e espiritual. 

19/06/19

Família, uma dádiva de Deus

      “Jardim fechado és tu, minha irmã, esposa minha, manancial fechado, fonte selada.” Cantares 4.12

      “Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.” Salmos 127.3

      Muitos dizem atualmente, estou só por opção, não sou casado por escolha, não tenho filhos pois penso que isso é o melhor para mim. Longe de mim desrespeitar isso, seja como escolha, seja como realidade mesmo não escolhida e imposta por tantas variáveis, longe de mim, duvidar do desejo sincero de muitos em quererem esses estilos de vida, longe de mim duvidar que Deus faz pessoas diferentes felizes de maneiras diferentes, inclusive em relação às minhas escolhas, preferências e realidade. Contudo, é bom demais estar casado com a pessoa certa, é bom demais ver essa relação resistir ao tempo, às mudanças das partes, e a experimentar que a soma dessas duas partes é muito mais que dois, é três, quatro, oito, dezesseis, cem, mil, e não me refiro com isso ao casal ter um, dois, três, quatro, cinco filhos. 
      Um casamento feliz já nos faz mil, ganhamos força, viramos exército, e com Deus à frente conquistamos e mantemos o que conquistamos. Com filhos, então, somos uma tribo do povo de Deus, eternizamos nossos valores, fazemos diferença no mundo e não envelhecendo na alma, ainda que no corpo. Filhos nos fazem reviver e reviver, somos crianças de novo, jovens de novo, descobrindo e redescobrindo os sabores e as paixões, entendendo a complexidade humana, respeitando o tempo, dependendo mais de Deus e multiplicando a luz do Espírito Santo no planeta. Família, uma dádiva de Deus, que recebi sem merecer ainda que sempre desejasse, filhos me fizeram um homem melhor, esposa me fez querer ser esse homem para sempre, filhos e esposa me levaram mais perto de Deus, me fortaleceram contra o diabo e o homem mal, sou grato ao Senhor por ter e ser uma família. 

18/06/19

Às vezes só nos resta orar e esperar

      “Rogamo-vos, também, irmãos, que admoesteis os desordeiros, consoleis os de pouco ânimo, sustenteis os fracos, e sejais pacientes para com todos.” I Tessalonicenses 5.14

      É muito triste ver alguém passando uma dificuldade, saber que uma pessoa está experimentando uma situação que a está entristecendo, mesmo humilhando-a, uma dificuldade que conhecemos, que sabemos o quanto é complicada, porque nós mesmos já passamos. Mas me corta o coração me sentir com as mãos amarradas para ajudar uma pessoa, simplesmente porque a pessoa não me deixa, nem a mim, nem a ninguém, ajudá-la, o orgulho é tão grande que ela mesmo constrói ao seu redor uma muralha, que diz não, eu me viro sozinho, não preciso da ajuda de ninguém. 
      Em situações assim precisamos ter sabedoria, pois uma aproximação mesmo bem intencionada, pode fechar de vez mesmo o pequeno acesso que temos à pessoa, nesses casos é preciso sensibilidade e acima de tudo respeito pela escolha do outro, ainda que seja uma escolha orgulhosa. Em casos assim temos que orar e vigiar, esperando no Senhor uma oportunidade para ser benção, não acusador, solução e não mais problema, em situações assim precisamos amar de verdade, só o amor pode derrubar as muralhas do orgulho e exercer a paciência de esperar em silêncio. 

17/06/19

Ajudar financeiramente: considerações

      “O ímpio toma emprestado, e não paga; mas o justo se compadece e dá.Salmos 37.21

      “O rico domina sobre os pobres e o que toma emprestado é servo do que empresta.Provérbios 22.7

      “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.” Romanos 13.8

      “Ao Senhor empresta o que se compadece do pobre, ele lhe pagará o seu benefício.Provérbios 19.17

      Nos tempos em que vivemos, de crise econômica e de muito desemprego, de empresas falindo e gente tendo que baixar seu padrão de vida, todos nós enfrentamos a situação de ter que ajudar alguém financeiramente ou mesmo de precisar que alguém nos ajude, a Bíblia dá algumas orientações com relação a isso. Os versículos iniciais resumem tudo, quem ajuda, convém dar, e não emprestar (1º texto), já com o coração pronto para não ganhar nada por isso, sejam juros sobre o valor ou algum poder sobre o que recebe. Dar pra ganhar, seja em valor material ou no orgulho, não está ajudando, mas escravizando, prendendo alguém (2º texto), por outro lado quem recebe precisa ter essa consciência, e aqui não me refiro a alguém pobre, mas a alguém que está numa situação financeira difícil seja por circunstâncias do mercado, seja pela própria inabilidade (ou irresponsabilidade) em administrar seus bens. 
      O melhor é não pedir nada a ninguém (3º texto), principalmente em se tratando de dinheiro, antes, orar a Deus e fazer mesmo os sacrifícios necessários para sair da situação, ainda que abrindo mão do orgulho próprio. Mas quem ajuda precisa, antes de tudo, ter a consciência espiritual cristã de que se ele pode abençoar alguém com sua situação financeira melhor, é porque Deus, em sua grande misericórdia, permitiu isso (4º texto). Isso não é mérito próprio, e se alguém ainda se equivoca achando que tem o que tem e é o que é só por esforço pessoal, é porque ainda não entendeu e se entendeu não aceitou, a fragilidade que todo ser humano experimenta neste mundo, que todos estamos sujeitos a surpresas desagradáveis e mesmo terríveis, como acidentes e enfermidades. Convém a todo nós andarmos em humildade, nos colocando sempre no lugar do outro e entendendo que a vida dá voltas.

16/06/19

Deixe o outro brilhar forte

      “E Davi saltava com todas as suas forças diante do Senhor; e estava Davi cingido de um éfode de linho. Assim subindo, levavam Davi e todo o Israel a arca do Senhor, com júbilo, e ao som das trombetas. E sucedeu que, entrando a arca do Senhor na cidade de Davi, Mical, a filha de Saul, estava olhando pela janela; e, vendo ao rei Davi, que ia bailando e saltando diante do Senhor, o desprezou no seu coração.II Samuel 6.14-16

      Inveja, quem não sente de alguém? Todos nós invejamos alguém em alguma instância. Alguns só queremos ser o que eles são ou ter o que eles têm, mas para outros, mesmo que não admitamos, queremos algum mal pois tentamos nos convencer que aquilo que eles são ou têm não é merecido e pôde até mesmo ser conquistado de forma desonesta. A inveja tem vários níveis de manifestação, mas na verdade ela só tem uma origem, uma visão equivocada que temos de nós mesmos e que por orgulho não admitimos. 
      Inveja é uma oportunidade para sermos humildes, ela só pode ser anulada com humildade, trazendo o problema que é nosso para nós, e não tentando projeta-lo no outro que só faz brilhar sua luz e que nada tem a ver conosco. Tenhamos a lucidez de deixar o outro brilhar, e de aprender com a luz do outro, ninguém brilha por acaso, se há luz verdadeira, houve trabalho, há talento, existe merecimento, dessa forma, nos esforcemos naquilo que é nosso talento e façamos brilhar nossas luzes. 
      Nossa luz não tem que ser igual às dos outros, mas ela existe, e se for usada no lugar e no momento certos nos trará satisfação, alegria, suficientes para que não precisemos invejar ninguém. Na passagem inicial, Mical teve vários sentimentos com relação a Davi. Ciúmes? Inveja? Seja como for ela não se alegrou com a alegria do próprio amado, e sua insegurança foi tanta que ela não entendeu que a alegria de Davi era pelo motivo mais nobre de todos, a glorificação do nome de Deus.

      “Disse, porém, Davi a Mical: Perante o Senhor, que me escolheu preferindo-me a teu pai, e a toda a sua casa, mandando-me que fosse soberano sobre o povo do Senhor, sobre Israel, perante o Senhor tenho me alegrado. E ainda mais do que isto me envilecerei, e me humilharei aos meus olhos; mas das servas, de quem falaste, delas serei honrado. E Mical, a filha de Saul, não teve filhos, até o dia da sua morte.II Samuel 6.21-23


      Eu poderia ter usado outros textos nesta reflexão, mas essa passagem de II Samuel é muito séria. A história de Davi é dramática, seu principal inimigo era pai de seu melhor amigo, Jônatas, e de sua esposa, que talvez nunca tenha aceitado totalmente que Deus tinha escolhido Davi, e não Saul, seu pai, para ser rei de Israel. O final de Mical é triste, principalmente para uma mulher de seu tempo, quando a maternidade era quase que sua única missão, Mical nunca teve filhos. 

       É interessante como a Bíblia não romantiza personagens importantes que tantas vezes nós romantizamos, a verdade nua e crua é contada, sem dó, ninguém é protegido. A pior das invejas é a que sentimos de quem só está fazendo a vontade de Deus, assim, inveja entre cristãos é pior que entre ímpios. Infelizmente como ela existe, principalmente entre líderes, pastores, cantores, que desejam ministérios, não abençoados, mas famosos e ricos, só para serem maiores que aqueles que invejam. 

      O que é construído por inveja, não traz paz e nem fica de pé, pois é falso, é obra de homem, nunca de Deus. Descubramos nosso melhor m Deus, o executemos, com verdade, com trabalho, e estejamos totalmente realizados com isso. Ninguém é igual a outro, somos diferentes, com chamadas diferentes, com luzes distintas. Por outro lado, fama e reconhecimento público não significam necessariamente bom trabalho feito. Alguns são chamados para aparecer para muitos, outros serão luzes fortes, mas só para alguns, aceitemos isso com humildade. 

15/06/19

Juízo do Senhor

      “Ai da rebelde e contaminada, da cidade opressora! Não obedeceu à sua voz, não aceitou o castigo; não confiou no Senhor; nem se aproximou do seu Deus. 
      Os seus príncipes são leões rugidores no meio dela; os seus juízes são lobos da tarde, que não deixam os ossos para a manhã. Os seus profetas são levianos, homens aleivosos; os seus sacerdotes profanaram o santuário, e fizeram violência à lei. 
      O Senhor é justo no meio dela; ele não comete iniqüidade; cada manhã traz o seu juízo à luz; nunca falta; mas o perverso não conhece a vergonha. Exterminei as nações, as suas torres estão assoladas; fiz desertas as suas praças, a ponto de não ficar quem passe por elas; as suas cidades foram destruídas, até não ficar ninguém, até não haver quem as habite. 
      Eu dizia: Certamente me temerás, e aceitarás a correção, e assim a sua morada não seria destruída, conforme tudo aquilo porque a castiguei; mas eles se levantaram de madrugada, corromperam todas as suas obras. 
      Portanto esperai-me, diz o Senhor, no dia em que eu me levantar para o despojo; porque o meu decreto é ajuntar as nações e congregar os reinos, para sobre eles derramar a minha indignação, e todo o ardor da minha ira; porque toda esta terra será consumida pelo fogo do meu zelo. 
      Porque então darei uma linguagem pura aos povos, para que todos invoquem o nome do Senhor, para que o sirvam com um mesmo consenso.” 
Sofonias 3.1-9


      No Bíblia, nos textos do antigo testamento, onde a história da nação de Israel é contada, tem vários textos falando sobre a disciplina que um povo sofria quando se afastava do Senhor ou prejudicava o povo de Deus, ainda que como ferramenta de Deus para disciplinar seu povo. A correção, o juízo, descritos nesses textos, mesmo que de forma metafórica para o mundo atual (ou ao pé da letra), servem para que aprendamos como Deus trata o que se afasta de seus caminhos, seja ele povo físico de Israel, membros da Igreja de Cristo, igrejas locais, líderes e indivíduos como eu e você. Penso que muitos têm medo mesmo de ler esses textos, e devem ter, principalmente aqueles que andam em pecado não confessado e deixado, bem, o texto inicial de Sofonias é um desses textos. Sem fazer um estudo mais profundo sobre ele, mesmo histórico, reflitamos sobre a condição dos que se afastam de Deus, ainda que sejam seu povo, como faço na maioria das vezes aqui no blog, a palavra não é para os de fora, mas para os de dentro, não é para os ímpios, mas para uma igreja do final dos tempos tão afastada de Deus, ainda que presente em templos e cultos. 

      Um povo rebelde não admite seu erro e ainda oprime os outros, assim dobra seu erro. Quem está afastado de Deus perde a noção do respeito, quem desrespeita o Senhor, desrespeita tudo mais, seus próximos, seus semelhantes, os inimigos, mas mesmo os amigos e familiares. Não aceitar a disciplina de Deus por algo errado que fizemos faz aumentar nosso pecado, aí teremos que responder pelo erro inicial e por fugir do tratamento do Senhor. Sabe aquela história de homem que chega bêbado em casa e bate nos filhos, na esposa, no cachorro? É bem isso, chega errado, sabe que está errado, então tenta crescer sobre os inocentes e que têm razão em recriminar a atitude de seu erro, parecem “leões rugidores”, se tornam mais violentos ao invés de humildes. E mais, o rebelde que não aceita o juízo de Deus se torna mais e mais injusto e egoista, como “lobos da tarde que não deixam os ossos para a manhã”, querem tudo, agora e só para eles. Mesmo os que a princípio foram chamados como pastores e profetas, na insistência do erro se tornam levianos, materialistas, julgam e lideram conforme seus corações e seus interesses, não pela justiça e amor de Deus. 

      Deus é bom, e deseja que todos sejam felizes, por isso mostra o caminho melhor para as pessoas o tempo todo, contudo, “o perverso não conhece a vergonha”, eis um texto sério e realista, principalmente para o perverso dos tempos em que vivemos. Vergonha na cara, mesmo muitos pastores perderam isso, assim pregam em pecado, lideram na carne, são ociosos e manipuladores, e não sofrem nenhum pouco por causa disso, isso é muito triste. Assim muitos se verão sozinhos no final, os de fato maus conhecerão neste mundo honra, igrejas hereges e gananciosas crescerão, nos nos iludamos com relação a isso. Mas aquele que se afastou, tentado pelas riquezas deste mundo, desanimado com tanta injustiça, mas que ainda assim é filho de Deus, é pastor com chamada legítima de Deus, esse verá suas “praças” vazias, se verá sozinho. Essa solidão é a mão de Deus pesando para que ainda assim o desviado volte, o rebelde se acerte e congregue-se como povo de Deus com povo de Deus. 

      O final do texto diz, “porque então darei uma linguagem pura aos povos, para que todos invoquem o nome do Senhor, para que o sirvam com um mesmo consenso”, Deus dará uma linguagem, uma palavra, para que haja consenso, sabe do que Sofonias fala? Ele fala de Jesus, Jesus e o único que pode unir uma humanidade tão afastada, injusta, egoista e dividida. A “nova era” (seja lá o que isso signifique) tenta unir o planeta com bandeiras como tolerância religiosa, respeito à diversidade sexual, igualmente de sexos, raças e cores de pele, consciência ecológica, sustentabilidade etc, mas isso é o homem querendo fazer o papel de Deus, querendo ser Deus, e sempre que o homem quer ser Deus ele é Lúcifer. Só Jesus, vivendo nos corações dos indivíduos pode dar paz. Essas bandeiras parecem puras, mas não são, parecem bem intencionadas, mas não são, pureza não existe em ideologias ou religiões, mas só em Jesus. Voltemos para Deus, os tempos são difíceis e piores ficarão, busquemos os verdadeiros pastores de Cristo, eles existem e resistem às heresias e ganâncias, é tempo de nos congregarmos, a noite se aproxima, no Brasil e no mundo. 

14/06/19

E se Deus te dissesse que é só isso?

      “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos” II Coríntios 4.7-10

      Diz-se que a esperança é a última que morre, isso é ditado popular que remonta ao mito grego da “caixa de Pandora” (pesquise no Google para saber a respeito, é uma metáfora tão poética quanto real em nossas vidas). Sim, o que nos mantém vivos é a esperança, de um jeito ou de outro o ser humano precisa dela para levantar de manhã e seguir trabalhando, estudando, lutando, amando, construindo coisas boas. A esperança mantém viva a fé, e o homem precisa de fé tanto quanto de comida e de água, mesmo que ateus e materialistas digam o contrário.
      Esperança é aquela boa expectativa que se mantém no coração, muito mais que na cabeça, e que nos dá a estranha certeza que algo bom e que não sabemos bem o que é, e por isso é estranha, irá acontecer, de alguma maneira, em algum momento, tornando nossa vida melhor. Nós cristãos, novos nascidos em Cristo, temos nossa esperança viva em Deus através de Jesus no Espírito Santo, ela é mais que um bom sentimento, é uma certeza, não só pela fé, não por nós, mas pelo Senhor, criador e salvador de tudo.
      Com esperança passamos a vida, e mesmo com o corpo envelhecendo, adoecendo, se enfraquecendo, com a paixão se esfriando, com o desejo diminuindo, sempre mantemos dentro de nós a esperança, que a caminho do final de nossas existências fica (ou pelo menos deveria ficar) mais forte em Deus, não nas ilusões, nas mentiras, mesmo aparentemente boas do plano físico. Eu tenho esperança, e com sessenta anos ainda sonho, não mais com tolas vaidades, mas em ser mais útil para Deus, em ser ferramenta de benção que permanece nas vidas das pessoas. 
      Então, chego ao ponto desta reflexão, com uma pergunta, e se Deus te dissesse que é só isso? E se teu Senhor comunicasse a você que nada de fantástico, de milagroso, de impossível irá ocorrer na vida que te resta? Você se sentiria medíocre, inútil, desanimaria de vez para continuar vivendo? E se a esperança morresse, você ainda assim continuaria vivo? A ilusão mais difícil de morrer é a de querermos ser luzes fortes como cristãos para que todos nos vejam brilhar, mas querer ser espiritual também pode ser vaidade, e como tal, uma ilusão, ainda que com a intenção mais pura de querer agradar a Deus.
      Só os realmente maduros podem ouvir de Deus isso, “não há mais nada, isso é tudo”, esses poderão enfim entender o que é morrer para que Cristo neles viva. A verdadeira, melhor e maior das esperanças nunca morre, se morre é porque é uma falsa esperança, é uma ilusão, então, não se desespere, mas busque mais a Deus para entender o que de fato ele quer de você. Podemos passar toda uma vida com a expectativa equivocada, e é isso que acaba, acaba porque não é de fato um valor de Deus, o que é de Deus é eterno. 
      É só isso, nada mais há para você? Sim, para o que você talvez tenha sempre achado que era o melhor pra você, e que Deus até usou para te atrair, para te aperfeiçoar, mas ele não te mostrou que era ilusão porque você ainda não estava maduro, preparado o suficiente para saber a verdade. Receber essa notificação do Senhor não é o fim, é o recomeço, um novo e derradeiro recomeço, mas agora sem ilusões, só com verdades, afinal você cresceu e agora pode ouvi-las e obedecê-las. Se esse for o teu caso, bem-vindo à melhor idade espiritual, agora o Senhor poderá usá-lo sem ressalvas. 

13/06/19

Em que mãos estamos?

O homem é injusto, a vida é justa, mas Deus é misericordioso. 

      “Livra-me, meu Deus, das mãos do ímpio, das mãos do homem injusto e cruel.” 
Salmos 71.4

Não espere justiça do homem, de nenhum, nem de si mesmo, somos todos egoistas, rápidos para o julgar mal e lerdos para abençoar, e eu me incluo nisso. 

      “Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.” 
Mateus 5.4

Mas a vida, ou o univeso, como alguns preferem chamar, e eu prefiro dizer as leis do universo, seja no plano físico ou espiritual as quais foram estabelecidas por Deus, essas sempre são justas, quem não viu isso se cumprir é porque não esperou tempo suficiente, outra maneira de se dizer isso é, colhe-se o que se planta, ou simplesmente a “lei” da causa e efeito (o “carma” dos orientais e esotéricos).

      “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade.” 
Lamentações 3.22-23

Contudo, o Senhor, através de Jesus, pode ser mais que justo, justiça é dar na mesma proporção que se recebeu, assim Deus pode dar ao homem que pecou bênçãos, isso acontece se o homem buscar e receber perdão de seu pecado por Cristo, misericórdia é não tratar conforme o mal que se cometeu, mas desconsiderar o mal e devolver o bem, um bem imerecido. 

      “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas por isso alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda a sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer nele para a vida eterna.” 
I Timóteo 1.15-16

Em que mãos estamos? Nas mãos injustas dos homens? Na mão justa de Deus? Ou nas mãos misericordiosas do Senhor através de Jesus?