quarta-feira, setembro 04, 2013

Repensando santidade

Portanto, com o entendimento pronto para entrar em ação, tende autocontrole e esperai inteiramente na graça que vos é oferecida na revelação de Jesus Cristo. Como filhos obedientes, não vos amoldeis aos desejos que tínheis em tempos passados na vossa ignorância.
Mas sede vós também santos em todo vosso procedimento, assim como é santo aquele que vos chamou, pois está escrito: Sereis santos, porque eu sou santo.
E andai com temor, durante o tempo da vossa peregrinação, se chamais de Pai aquele que julga segundo as obras de cada um, sem discriminação de pessoas; sabendo que não foi com coisas perecíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa maneira fútil de viver, recebida por tradição dos vossos pais.
Mas fostes resgatados pelo precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de Cristo, conhecido já antes da fundação do mundo, mas manifestado no fim dos tempos em vosso favor.”
I Pedro 1.13-20

Se santidade fosse não fazer sexo errado, não beber bebidas alcoólicas, ajudar o próximo e viver uma vida totalmente desligada de valores materiais, monges e outros celibatários religiosos seriam as pessoas mais santas do mundo, bem, na verdade eles até podem ser. Contudo, essas atitudes às vezes representam mais desajustes sociais que consagração espiritual, isso porque é muito mais difícil ser santo, vivendo uma vida absolutamente comum, estudando, trabalhando, casando e criando filhos, e é também muito mais útil nas mãos de Deus, já que damos testemunhos convivendo com a maior parte das pessoas.
Nós, evangélicos, que pensamos que nos rebelamos contra o catolicismo durante a reforma protestante, ainda permanecemos muito mais católicos do que achamos. Ainda mantemos a religiosidade, a vida de aparência, a santidade feita de sacrifícios humanos, de nãos, de obediência a leis, características de religião morta, mas que ainda quer parecer viva. A santidade é algo que ocorre de dentro para fora, ensinada e executada pelo Espírito Santo, de forma a agradar e louvar a Deus, não aos homens. Em última instância a santidade do cristão deve servir a Deus, vem dele e volta para ele, dando testemunho dele aos homens.
Repense sua santidade, não deixe de fazer certas coisas, mas saiba o que é mais importante, a santidade representa um estilo de vida diferente do estilo dos que não têm uma real experiência de novo nascimento com Deus através de Jesus, mas por outro lado pode representar muito menos do que os legalistas e religiosos dizem que é, pode ser algo bem mais simples, que purifica algo que ninguém vê, somente Deus. Isso é para os que querem viver uma vida realmente para Deus, e não para si mesmos ou para os homens, isso é para os que realmente buscam espiritualidade.

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