Um
dia alguém tem que dizer em voz alta aquilo que nossas consciências até pensam,
mas têm medo de admitir mesmo para nós, um dia, se a nossa ficha não
cair, talvez seja preciso um puxão de orelha, um grito que nos tire de um
estado de sonolência afetiva.
Isso
é necessário para que nos libertemos de uma covardia e de uma displicência que
amarram nossas vidas a uma infantilidade glacial, que nos deixam insensíveis
aos verdadeiros valores da vida, ao amor, à misericórdia, isso se quisermos
crescer e achar o verdadeiro sentido da existência.
Ou é
isso ou é sermos deixados de lado educadamente por aqueles que simplesmente
desistiram de gostar da gente. Não de nos amar, pois quem ama, ama sempre, mas
amando podemos nos manter à distância, orando e torcendo, sem se aproximar por
já não achar nada em comum para se gostar.
Bom
é ser amado, mas melhor ainda é ser gostado, de perto, com cumplicidade, mas
isso é para os que se mantêm despertos espiritualmente, que não têm como
objetivo de vida coisas, mas pessoas, trabalhos, mas almas, alianças
profissionais e ministeriais, mas amizades, obrigações da mente, mas escolhas
do coração.
É
preciso acordar e se posicionar, pagar preços por isso, e se mostrar, de
verdade, com os defeitos e com as qualidades, porque quem quer e esconder
defeitos acaba sendo todo errado, mas quem se mostra por inteiro, terá mesmo os
defeitos gostados e respeitados por amigos de verdade.
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