sábado, março 17, 2018

Rendendo o talento com eficiência

      "Pois a quem tem, mais será dado, e terá em grande quantidade. Mas a quem não tem, até o que tem lhe será tirado." Mateus 25.29

      (Às vezes faço estudos bíblicos convencionais aqui no blog, mas neste caso como na grande parte das vezes, não. Leia o capítulo 25 de Mateus inteiro para entender melhor o assunto. Com certeza achará na internet estudos técnicos bem completos sobre o tema "rendimento do talento". Nesta reflexão, como sempre tento fazer, vou direto ao ponto, nesse caso, eficiência. O objetivo é entender que quantidade de trabalho não é qualidade. Spoiler: não vou dizer o óbvio presente em muitos estudos sobre esse texto, que diz que é preciso trabalhar muito para render o talento, isso muita gente faz, se engana e perde tempo, mas vamos à reflexão).

      Em primeiro lugar, veja uma definição da palavra eficiência:
"substantivo feminino
1. poder, capacidade de ser efetivo; efetividade, eficácia.
2. virtude ou característica de (alguém ou algo) ser competente, produtivo, de conseguir o melhor rendimento com o mínimo de erros e/ou dispêndios."
Fonte: Significados do Google

      Encher-se de trabalho e atividades não significa que o seu melhor está sendo bem aproveitado, que você está obedecendo Jesus e multiplicando teu talento, conforme orientação de Mateus 25. Sei que na situação econômica atual do Brasil, não temos muita oportunidade de escolha, estamos tendo que aceitar o que nos é oferecido para ganhar o mínimo para sobrevivermos. Mas ainda assim, pense, até que ponto você está fazendo a melhor escolha? 
      Lembro que os critérios para escolhas, na área ministerial e profissional, não são somente a avaliação de retornos financeiros ou, em se tratando de ministério, de frutos objetivos que teremos como retorno. Muitas vezes escolhemos fazer determinada coisa porque isso nos deixará bem com as pessoas, com um grupo social. Mas é preciso amadurecer e fazer uma avaliação objetiva da eficiência da nossa vida produtiva. 
      Algumas vezes, na área profissional, certos sacrifícios sociais, em curto prazo, nos darão feedback financeiro e de evolução na carreira, que farão valer a pena certos desconfortos imediatos com amigos e parentes, como nos mudarmos para outra cidade. Na área ministerial é semelhante, não agradar a certas alianças tradicionais que nos mantém presos a uma visão de produtividade menor, pode abrir possibilidades novas para trabalhos e atividades muitos mais eficientes e duradouros. Muitos fazem muita coisa só para não terem tempo pra pensar no que estão fazendo, com quem estão fazendo, para quem estão. Muitos acham ser eficientes e só se enganam e agradam os outros.
      É preciso, contudo, fé e coragem, abrir mente e coração para um plano lindo e muito maior de Deus para nossas vidas. Pergunte-se: eu quero ser realmente eficiente, multiplicar meu talento, ou apenas permanecer numa zona de conforto limitada, mas que me dá a aprovação de homens? Deus pode ter muito mais pra você, mas pra isso é preciso fé e coragem. É importante entender que fazer a coisa certa não é trabalhar pouco, não, você continuará trabalhando muito, contudo o rendimento será maior, a eficiência, melhor.
      Pra não dizer que não falei nada sobre o versículo inicial, veja que ele diz, "mas a quem não tem, até o que tem lhe será tirado", significa que o que não tinha rendimentos legítimos de seu talento, tinha alguma coisa, senão não diria "até o que TEM lhe será tirado". Assim entendemos que ele não tinha ficado ocioso, tinha trabalhado e produzido, e talvez muito, como tantos hoje em dia nas igrejas, contudo, não sob ordem de Deus. Eficiência não se tem trabalhando, mas obedecendo, e em se tratando de ministério, obedecendo a Deus em primeiro lugar.
      Quando obedecemos fazemos aquilo que Deus quer que façamos, o que Deus quer que façamos é sempre o nosso melhor. Não é o melhor que os homens querem para nós, mas o melhor que nosso criador, que nos conhece melhor que ninguém, quer. Diferente do que muitos falsos espirituais dizem, fazer o que nos agrada, agrada muito a Deus, mas tem que ser algo com o conhecimento da integridade do nosso ser, não só da carne. Os que querem agradar só à carne, não agradam a Deus, mas os que descobrem em Deus o melhor para seus corpos, almas e espíritos, serão felizes, farão os outros felizes, farão Deus, o pai, muito feliz, e serão plenamente eficientes no rendimento de seus talentos.

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