quinta-feira, agosto 30, 2018

Trabalhando e vigiando

      “E sucedeu que, ouvindo Sambalate que edificávamos o muro, ardeu em ira, e se indignou muito; e escarneceu dos judeus. E falou na presença de seus irmãos, e do exército de Samaria, e disse: Que fazem estes fracos judeus? Permitir-se-lhes-á isto? Sacrificarão? Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas? E estava com ele Tobias, o amonita, e disse: Ainda que edifiquem, contudo, vindo uma raposa, derrubará facilmente o seu muro de pedra. Ouve, ó nosso Deus, que somos tão desprezados, e torna o seu opróbrio sobre a sua cabeça, e dá-los por presa, na terra do cativeiro.” Neemias 4.1-4

      “E sucedeu que, desde aquele dia, metade dos meus servos trabalhava na obra, e metade deles tinha as lanças, os escudos, os arcos e as couraças; e os líderes estavam por detrás de toda a casa de Judá. Os que edificavam o muro, os que traziam as cargas e os que carregavam, cada um com uma das mãos fazia a obra e na outra tinha as armas. E os edificadores cada um trazia a sua espada cingida aos lombos, e edificavam; e o que tocava a trombeta estava junto comigo. E disse eu aos nobres, aos magistrados e ao restante do povo: Grande e extensa é a obra, e nós estamos apartados do muro, longe uns dos outros. No lugar onde ouvirdes o som da buzina, ali vos ajuntareis conosco; o nosso Deus pelejará por nós.” Neemias 4.16-20


      Leia todos o capítulo 4 de Neemias para um melhor entendimento, vou dar um resumo rápido. Depois de tempos no cativeiro, o povo de Deus estava de volta a sua terra, que destruída pelas invasões daqueles que os tinham levado cativos, precisava ser reconstruída. Os inimigos zombavam dos judeus, duvidavam de seu restabelecimento como nação, mas o povo de Deus continuou, trabalhando e vigiando, prontos para a guerra, confiantes que Deus estava com eles, mesmo na fraqueza de um recomeço, na solidão de quem faz sozinho uma obra aprovada pelo Senhor.

      Não nos preocupemos tanto em guerrear a ponto de pararmos de fazer aquilo que Deus pede nós, nossa guerra é acima de tudo espiritual, mas nosso trabalho é neste mundo. Contudo, não nos ocupemos sobremaneira com a labuta diária, com nossa profissão, com pagar dívidas e fazer novas dívidas, e nos esqueçamos de vigiar espiritualmente, abrindo brechas em nossas vidas pessoais, abrindo mão da santidade, deixando de dar atenção à família, esposa e filhos, nem o trabalho na igreja deve ser mais importante que nossa vida pessoal com Deus e nossa família. 

      Tenhamos equilíbrio, entre vigiar e trabalhar, mas conscientes de que o Deus que nos chama, encaminha e fortalece, aprova a nossa chamada, e nos protege contra todos os inimigos, principalmente aqueles que duvidam da legitimidade de nossas chamadas. Não olhemos para os críticos, eles falam mais do que fazem, olhemos para Deus enquanto fazemos o nosso melhor. Por outro lado não demos importância exagerada às nossas obras, por melhores e mais sinceras que sejam, a maioria delas ficará por aqui, zelemos, sim, pelo nosso caráter em Cristo. Trabalhemos e vigiemos que Deus peleja por nós!

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