segunda-feira, setembro 17, 2018

Não há mais nada a fazer...

      Algumas vezes, na vida, é preciso simplesmente admitir nossa impotência, nossa total incapacidade para resolver ou mudar certos assuntos. Às vezes é preciso orar a Deus, obedecer todas as orientações do Espírito Santo, tomar as atitudes necessárias com as pessoas, custem o que custarem, mas depois disso, aceitar, em paz, que não há mais nada a se fazer. Isso pode exigir de nós mais humildade que tentar mudar as coisas, isso pode moldar mais o nosso caráter que ver o problema resolvido, isso pode nos fazer confiar mais em Deus, que seguir com a consciência tranquila que tudo tem um final feliz. Crer em finais felizes sempre é um equívoco que vai contra o princípio básico da existência, aquele que todos nós temos que aceitar depois que nascemos: nascemos pra morrer, a vida na carne, neste mundo, não tem um final feliz, isso é irrevogável. O que nos consola para aceitar a morte, nossa e daqueles que tanto amamos, é a salvação em Cristo, sem ela tentaremos sublimar a dor da morte de várias maneiras. 
      Uns tentam melhorar a qualidade de vida do corpo para postergar o maximo possível a morte, outros apelam para religiões demoníacas achando que podem entrar em contato com entes queridos que morreram, outros simplesmente tentam se convencer que são ateus ou materialistas, para não sentirem a responsabilidade daquilo que colhemos após a morte de acordo com o que plantamos em vida física. Todavia, antes de morrermos, outras circunstâncias nos colocarão diante da verdade que em alguns momentos, com algumas pessoas, não há mais nada a se fazer, a não ser aceitar o jeito não mais adequado de como as coisas terminaram. O homem simples aprende com essa aceitação e tentará, ciente da dor que ela causa, não se envolver mais em situações que o levem a ter que provar essa amarga verdade novamente. Contudo, pela misericórdia do Senhor, o Espírito Santo, e só ele, pode nos consolar, mesmo que algo não tenha solução, Jesus pode nos dar forças para não seguirmos amargurados. 
      A doce palavra de Deus pode curar nossas almas, nos ajudar a superar impotências, através do perdão, não só que recebemos de Deus, e muito menos daquele que às vezes os homens nos negam, mas do perdão que nós damos a nós mesmos. Às vezes a cura pode estar numa oração simples, assim, “eu me perdoo por ter feito isso e tentarei não fazer isso de novo”. Por incrível que pareça, muitas pessoas desconhecem essa experiência, buscam perdão de Deus, perdoam as pessoas, pedem perdão às pessoas, mas nunca verbalizam um perdão a si mesmas, e creiam, esse perdão é poderoso, algumas vezes pode ser o único perdão que realmente necessitamos. Sem ele podemos continuar nos torturando por anos, exigindo de nós algo que nem Deus exige, num orgulho psicótico que no fundo nos coloca como mais reais que o rei. Coloquemos um fim nisso, aceitemos nossa humanidade, nos perdoemos, nos preocupemos menos com o que os outros pensam de nós, mesmo depois de errarmos, mas acima de tudo aceitemos o poder que há no perdão que Jesus Cristo conquistou na cruz, se Deus pode nos perdoar, quem somos nós para não perdoarmos os outros ou a nós mesmos?

      “Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.Romanos 8.31-33

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