domingo, junho 02, 2019

Sem adoração a Deus, não há virtude

      “No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam. E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. E os umbrais das portas se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos.” Isaías 6.1-5

      Toda espiritualidade, toda virtude, se não tiver como objetivo adorar ao Deus único e verdadeiro, é falsa, inviável, mais ainda, é impossível de ser experimentada, pelo simples fato que se não há Deus de verdade, o ego humano impera, e no final, exigirá para si toda a glória. Assim o homem espiritual e virtuoso, ou que se acha assim, que não coloca Deus no lugar correto, quererá ser Deus. Isso, por mais sincero e benigno que possa parecer, não fará do homem um ser espiritualmente íntegro, mas semelhante a um diabo, qual um anjo rebelde, caído e absolutamente corrompido. 
      Adorar a Deus não é opção, não é escolha, mesmo que assim digam canções gospel, mas é destino, caminho natural do que se converte ao evangelho, que nasce de novo em Cristo. Isso é importante que saibam principalmente muitos ocultistas e ateus, que consideram a adoração divina dos cristãos uma fraqueza, uma ignorância, ou mesmo uma impossibilidade técnica. Alguns acham uma interação direta com Deus impossível por crerem que até existe um ser espiritual superior, mas que é tão alto que não pode ser acessado por homens, não como pai amoroso, pessoal e que pode se comunicar diretamente com os seres humanos através de Jesus Cristo e no Espírito Santo. 
      A alma redimida busca adorar a Deus como o sedento busca um copo de água, mas assim como só a água limpa e fresca mata de verdade a sede do corpo, só a mais genuína adoração sacia a alma humana e agrada a Deus. Adoração contempla a intimidade do Senhor, confronta o homem com a santidade de Deus, e nessa experiência o homem quer ser diferente, melhor, santo. Se não há desejo de santidade, não existiu adoração, não existiu encontro com Deus, sem esse encontro o homem não achará o caminho para as virtudes e para a verdadeira espiritualidade. 
      Adoração é muito mais que cantar, dançar e bater palmas em cultos coletivos, é um estado de espírito, constante, é a primeira coisa que vem ao coração daquele que busca a Deus em verdade. Assim não confundamos as coisas, não julguemos menos adorador aquele mais introspectivo e que socialmente é mais reservado, adoração de verdade ocorre no coração e o coração só Deus conhece. Também não achemos que por cantarmos mais alto ou sermos mais soltos no período de louvor de nossa igrejas somos mais espirituais ou acumulamos algum crédito diante de Deus. O melhor louvor muitas vezes é oferecido no santo dos santos em silêncio, na solidão, numa experiência que só Deus vê e sabe, quem viveu de verdade entende isso.

      “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu.” Hebreus 10.22-23

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