“Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração” Romanos 12.12
Paciência, a virtude mais difícil de se praticar, paciência para lidar com um relógio interno, que nem sempre está sincronizado com o tempo do mundo, dos homens, mesmo daqueles que convivem bem próximos a nós. Paciência para estarmos habilitados para sermos instrumentos de Deus, para acalmarmos nossas ilusões, nossas preocupações, nossa carne, para encontrar o silêncio no qual nossos olhos e nossos ouvidos espirituais podem ser abrir para o Espírito do Altíssimo.
Paciência para esperar o tempo de quem tanto amamos chegar, que gostaríamos que não sofresse, mas que por não ter paciência para aprender com quem já errou e sofreu, só aprenderá errando e sofrendo. Mas que tenhamos paciência para esperar, orando, calados, para que quando o momento chegar, quando alguém realmente estiver preparado, possa achar em nós o amor necessário para erguer quem finalmente entendeu o caminho da humildade, o caminho que se deixa ser amado.
Paciência para amar quem não tem paciência conosco, a quem não podemos conceder o luxo de nos machucar, porque precisa de nós ainda que não saiba, ainda que saiba e não admita, mas que pode ter em nós a única mão estendida quando mais precisar. É preciso paciência para amar de verdade, mesmo que doa, resistir ao egoísmo de se fazer de vítima, ser mais que irmão, mais que esposo, mais que pai, ser amigo, que não releva a ofensa, o desprezo, e pacientemente ajuda.
Paciência para deixar que a vida seja a vida, que as pessoas sejam diferentes, que a mágoa apequene-se até sumir, que a dor se retire percebendo que nada tem a ver com o templo que estamos cuidando dentro de nós, lugar para Deus, para mais ninguém. Com paciência entendemos que Deus é amor sempre, que há oportunidade para nos levantarmos sempre, que a paz é possível sempre, que nós podemos mudar para melhor, e que é por isso que temos que lutar, com paciência, até o fim.
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