sexta-feira, outubro 06, 2023

Retidão é filha da humildade (5/5)

      “Eu fiz a terra, o homem, e os animais que estão sobre a face da terra, com o meu grande poder, e com o meu braço estendido, e a dou a quem é reto aos meus olhos.” Jeremias 27.5

      Na retidão não há malícia, falsidade ou julgamento, só a verdade que conduz sem desvios. Não é fácil sermos retos, e ser reto não significa nunca errar, é justamente quando não querermos mostrar que erramos que não somos retos. A malícia é filha do orgulho, a humildade é mãe da retidão, que não teme opinião do homem, culpa do acusador e o desconhecido do futuro, não tem receio de se mostrar como é, e é um perdoado em Jesus que prossegue praticando boas obras. Ser reto é ir diretamente ao ponto, sem dar justificativas por erros ou exagerar nos acertos, e ainda que não se tenha nada pelo que ser honrado por homens, confiar que Deus se agrada do que se é. Ser verdadeiro não é revelar pecados para qualquer um, mas é não precisar aparentar o que não se é. A retidão mais genuína se manifesta muitas vezes no silêncio.
      Se o reto caminha na luz pelo Espírito Santo levando a verdade, o malicioso faz as curvas da mentira, exagera o bem que fez, aumenta o mal que os outros fazem, desconfia da sinceridade de todos, se acha sábio e experiente, mas é só uma criança insegura sob camadas e camadas de falsidade e vaidade. A luz é tão reta que pode confundir os tortos, quem se acostuma com a mentira não sabe lidar com a verdade. A retidão liberta, deixa-nos leves e fortes, rejuvenesce-nos, aumenta os dias de paz, protege-nos dos vícios e das enfermidades. O reto não precisa fazer muito, nem tudo, mas só o que Deus lhe pede e quando pede, o malicioso é escravo da obrigação, seus dias são pesados e insatisfatórios, enfada-se por ter que aparentar o tempo todo virtudes que não possui e alegria que não tem. O reto acha alegria na simples e pura verdade. 

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