quinta-feira, janeiro 11, 2024

Fazer, mas do jeito certo

      “E, olhando ele, viu os ricos lançarem as suas ofertas na arca do tesouro; e viu também uma pobre viúva lançar ali duas pequenas moedas; e disse: Em verdade vos digo que lançou mais do que todos, esta pobre viúva; porque todos aqueles deitaram para as ofertas de Deus do que lhes sobeja; mas esta, da sua pobreza, deitou todo o sustento que tinha.” Lucas 21.1-4

      Todos viemos a este mundo com uma missão, um objetivo que ao mesmo tempo nos faz úteis e nos aperfeiçoa. A grande maioria de nós cumpre nas ações essa missão, pudera, muitos de nós não tem outra escolha, se não fizermos aquilo que nascemos para fazer, morremos. Mas isso basta para que o propósito de Deus dê essa missão por cumprida? Não, não basta fazer, temos que fazer do jeito certo, esse jeito não só nos fará mais úteis para os outros, já que mesmo fazendo do jeito errado podemos até certo ponto ser úteis, mas mais que isso, o jeito certo nos aperfeiçoará tudo o que podemos nos aperfeiçoar neste mundo. Ser aperfeiçoado é viver o exemplo do Cristo na medida do nosso possível. 
      Fazendo, mas do jeito errado, muitos transformam bênção em maldição, muitos usam capacidades e talentos que tiveram facilidade para desenvolver e que possuem desde o nascimento para que pudessem ser úteis e se aperfeiçoarem, para fins errados, para prevalecerem sobre as pessoas e as dominarem. Muitos pensam ser produtivos e até estar agradando a Deus, mas estão sendo mordomos cruéis e egoístas, servindo só a si mesmos, as suas vaidades e as suas carências mal resolvidas. Não, não basta fazer e muito, Deus até pode usar isso para beneficiar outras pessoas, Deus é inteligente, econômico, pontual, nada desperdiça, tudo usa para um bom objetivo, todas as coisas lhes são úteis e a tempo.
      Mas o que é feito sem amor, sem humildade e sem paz, não abençoa quem faz, não conduz ao crescimento espiritual. A bênção não está na quantidade, mas na qualidade, como na oferta da viúva, parecia pouco, mas era tudo que ela podia dar e dado com intenção certa. Era oferta de sacrifício, mas por amor a Deus, com humildade e sem cobrar retorno, e em paz, não para se exibir ou confrontar alguém. Nosso trabalho deve louvar a Deus e servir os outros, não glorificar e servir a nós mesmos. “E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens, sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis” (Colossenses 3.23-24). 

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