domingo, janeiro 07, 2024

“Sou aquele que os consola”

      “Eu, eu sou aquele que os consola; quem, então, é você, para que tenha medo do homem, que é mortal, ou do filho do homem, que não passa de erva? Por que você se esquece do Senhor, que o criou, que estendeu os céus e fundou a terra, e todo o dia, sem cessar, teme a fúria do opressor, que se prepara para destruir? Onde está a fúria do opressor? O exilado cativo depressa será libertado, lá não morrerá, lá não descerá à sepultura; o seu pão não lhe faltará.Isaías 51.12-14

      Não adianta, essa é nossa tendência, prioridade de nossos instintos, sempre uma percepção forte e que tenta nos dominar: tememos o que vemos, duvidamos do que não vemos. Dessa forma, morremos de medo de pequenos cães barulhentos, mas não buscamos com atenção o leão escondido, que não vemos e que se nos atacar causará estragos muito maiores, é claro que isso é uma metáfora. Tememos o homem falastrão e arrogante, que tenta se impor pela aparência, e muitas vezes só pelas palavras, contudo, nos esquecemos do Deus para o qual entregamos nossas vidas e todos os nossos problemas e medos na noite anterior. Por que se esquece do Senhor, que estendeu os céus e fundou a terra, e todo o dia teme a fúria do opressor? 
      Sou aquele que os consola, o exilado cativo depressa será libertado, lá não morrerá, o seu pão não lhe faltará. A vida é passar de exílio para outro, um trocar constante de cela, sempre com medo que o pão falte. Isso pode ser ao pé da letra, mas de um jeito ou de outro todos temos prisões, carcereiros, e todos temos medo que nos falte grana para custear nossos padrões de vida, ainda que a qualidade da cela e o nível do padrão variem. A todos diz Deus: sou aquele que vos consola, pão não faltará, isso se andarmos com a vida em ordem com Deus e em equilíbrio com o universo. Ateu que anda certo também é abençoado materialmente, ainda que desconsidere a única coisa que pode dar-lhe paz espiritual eterna. 
      Se nossa tendência materialista não muda, se prisões nos acompanharão sempre aqui, e todo trabalho é prisão e todo patrão, senhor, temos que nos pôr em comunhão com Deus o tempo todo para lembrar a nós mesmos que o Senhor é maior que limitações, necessidades e homens. Trabalhar é preciso, mas quem faz no mundo e não vigia em oração constrói com uma mão e destrói com a outra. Temos que lutar por nossas necessidades físicas, mas só o trabalho espiritual de nos mantermos santos e amorosos, seguindo orientações de Deus a cada passo, nos dará forças contra cachorrinhos que muitas vezes ladram alto e não mordem. Medos e paredes não são restrições, mas proteções contra nós mesmos, que nos fazem confiar em Deus. 

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