segunda-feira, abril 16, 2018

Justiça

      “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus, mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo EspíritoI Pedro 3.18

      Fazer justiça é dar a alguém o que lhe é de direito, o mundo está cheio de justiceiros e de gente procurando e elegendo justiceiros. Políticos, artistas, líderes religiosos, o homem ama enchergar em homens assim salvadores da pátria, que façam justiça, principalmente para os pobres e menos favorecidos da sociedade. Atualmente, estamos vivendo um momento assim no Brasil, onde muitos veem num líder populista aquele que pode salvar a nação e que por isso é perseguido pelos que não têm essa ótica. Justiceiros idolatrados nunca estão errados para os que o idolatram, se encarcerados ou mortos, transformam-se em mártires, isso é algo perigoso, que cega as pessoas e cria ambientes de conflitos e violência.
      Mas todos nós em alguma instância nos sentimos injustiçados, desprezados, vítimas, esse sentimento tem sido bastante usado por pregadores mal intencionados para manipular o coração carente do ser humano. Manipulados, os homens fazem qualquer coisa, da adoração desmedida, ao oferecimento da própria vida, passando obviamente pela entrega total e incondicional de bens materiais. Isso é ainda mais preocupante quando vemos que muitos que agem assim, acham estar experimentando a vontade de Deus para suas vidas. Nessa heresia, religões perigosas têm sido mantidas, escravisando e fazendo lavagem cerebral em muitos que sinceramente querem uma vida melhor e livre.
      Contudo, será que todos nós somos realmente vítimas? Será que tdos temos direitos justos a serem reinvidicados? E se isso é verdade, se aplica a qual área, física, emocional, espiritual? Podemos responder essas questões sob dois pontos de vista, com Deus e sem Deus. Sem Deus o mundo é administrado por governos e empresas que valorizam o homem pelo estudo e pelo trabalho. Sei que não acontece de maneira justa para todos, mas no mundo que deveria ser civilizado poderia funcionar assim. Dessa forma, indiferente da relação que o homem tem com o divino, independente da religião ou não do ser humano, se há formação intelectual e trabalho, pode haver uma recompença de vida próspera e honra na sociedade.
      Justiça emocional é algo que o ser humano tem buscado muito nos últimos anos, todos querem satisfação e bem estar. Pra isso cuidam da saúde, do corpo, da alma, em academias, na disciplina alimentar, com psicoterapias, etc, por isso tem crescido tanto publicações de livros de autoajuda, palestras motivacionais e mesmo adeptos às religiões orientais que ensinam relaxamento, meditação e autocontrole. A burguesia também aplaca suas consciências pesadas com apoio a ONGs, asilos, orfanatos, ajuda aos países pobres, e mesmo na defesa do respeito para com animais, cachorros, gatos, etc.
      Todos procuram por justiça, e num mundo onde o cristianismo tem sido desmoralizado, e muitas vezes porque dá lugar a isso, procuram fazer justiça com as próprias mãos, mesmo que troquem uma ajuda financeira mensal pelo direito de portarem armas e matarem infratores. Aliás, eis outra bandeira de muitos no Brasil, direito ao uso de armas pelo cidadão comum, visto o crescimento da violência e do domínio da criminalidade e dos traficantes de drogas. Justiça, justiça! Todos clamam por justiça, a qualquer preço, e abrindo um parêntese, monta-se um palco ideal para a vinda do maior justiceiro do mundo, o anticristo, fecho parêntese.
      Mas qual é o ponto de vista de Deus sobre justiça? O que diz a Bíblia? No entendimento de Deus ninguém é justo, ninguém merece justiça pela vida que leva, tanto o homem mais correto deste mundo, quanto o mais abominável. Todos pecaram e distituídos estão da glória de Deus, ninguém tem créditos espirituais para receber nada, e se não tem espiritualmente, isso interfere em todas as outras áreas, emocional e material. O mais sério contudo, é que o homem nada pode fazer para mudar isso, nenhum esforço, abnegação, trabalho, estudo, religiosidade, caridade e até uma encarnação, se fosse possíve, nada disso pode aliar ao ser humano alguma qualidade que lhe dê direito à justiça.
      Por isso foi tão importante que o próprio Deus encarnasse e sem pecado vivesse, morresse e ressuscitasse em Jesus, para justificar o homem. De graça Deus oferece essa salvação, e isso é a coisa mais excepcional da redenção, algo que muitos homens arrogantes e incrédulos não aceitam. Não precisa dinheiro, nem trabalho, muito menos outras existências encarnadas, basta aceitar, pela fé, o que Cristo fez no lugar do homem. Isso feito, temos então direito à justiça, de maneira plena, completa. Cristom que foi o único que foi vítima de fato, pois morreu pelos outros, não por ele, nos concede gratuitamente todos os direitos da justiça.
      Todavia, existem, sim, vítimas neste mundo, gente numa pobreza extrema, e principalmente crianças, desnutridas, violentadas, injustiçadas. O culpa disso são desses todos, com dinheiro e tempo para buscarem satisfação pessoal, justiça emocional, mas que só olham para os próprios umbigos e não fazem deste mundo um lugar justo. Não, a culpa não é de Deus, nunca foi e nunca será, Deus não descerá do céu para mudar este planeta, não agora, não da maneira que muitos pensam. Cometem esse equívoco tanto os que se revoltam com Deus, exigindo que ele faça algo que não é a parte dele, tanto os que oram e oram solicitando milagres, crendo que Deus satisfará seus desejos egoístas, mas não vivem um evangelho de justiça neste mundo, que realmente ajude os menos favorecidos.

domingo, abril 15, 2018

Verdade

      O que é verdade? O dicionário diz que é "propriedade de estar conforme com os fatos ou à realidade, coisa, fato ou evento real" (Google), isso pode ser com relação ao relato de um fato histórico, é verdadeiro se realmente tiver ocorrido. Contudo, com relação às convicções de conceitos subjetivos, morais, e mesmo metafísicos, como certo e errado, bem e mal, existência ou não de Deus, a verdade não é absoluta, mas relativa ao ser humano que a usa. Na verdade, a relativização da verdade é o ponto filosófico mais discutido nos útimos tempos, dar a todo homem direito à sua verdade pessoal, talvez seja a maior bandeira que o mundo levanta atualmente, por trás da tolerância com todas as diferenças, seja de raça, religião, posicionamento polítivo ou gênero sexual. Cada um tem o direito de ser, querer e ter o que desejar, e claro, num mundo civilizado, desde que não violente ninguém. Sem filosofar muito no assunto, vamos ao uso comum e prático que o ser humano faz daquilo que considera verdade em sua vida diária, verdade moral, ética e religiosa de cada um.
      É interessante procurar entender também os conceitos de moral e de ética, algumas definições podem ser achadas no link "Diferença entre moral e ética", neste outro, da mesma página, leia "exemplos práticos da diferença" entre moral e ética. Um exemplo simples sobre a diferença entre moral é ética, está no tipo de atitude que podemos tomar, em relação a um mendigo que nos pede algo. Pela ética social não somos obrigados a dar esmolas a ninguém, mas por um princípio moral pessoal, podemos dar a esmola, assim, nesse caso, dar esmola pode ser uma verdade variável de pessoa para pessoa. A verdade sobre conceitos subjetivos está ligada à moral de cada indivíduo.
      Então eu chego às palavras famosas ditas por Cristo, "eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14.6), nelas Jesus afirma ser a verdade. Para um cristão convertido, Jesus é o único que salva, que conduz o homem a Deus. A obra redentora de Cristo, como ele nasceu, como ele viveu, como ele morreu, porque, quando e onde ele veio, representa a verdade religiosa. Todas as outras soluções, opções ou interpretações de ligação do homem com Deus, propostas por outras religiões, são mentira, ou no mínimo, inúteis. Parece um pensamento extremista? E é, eu nunca disse que o cristianismo genuíno não era extremista, quem vê o cristianismo de forma distinta, se engana. Contudo, contudo e CONTUDO, muito cuidado depois de ter esse entendimento, mesmo sendo extremo, e VERDADEIRO, o cristianismo não pode ser imposto, de nenhuma forma!! Violência, de qualquer espécie, não têm nada a ver com o verdadeiro cristianismo, aí é que está a diferença da verdade de Deus e das "verdades" humanas.
      A "verdade" do homem sempre acabará em violência, em imposição, mesmo que seja somente de forma ideológica, com a sutilidade da mídia e dos poderes intelectuais do mundo atual. O homem por ele mesmo, não pode exercer a verdade, por mais bonita, democrática e tolerante que ela pareça. Quando o ser humano tenta defender sua verdade, ele sempre experimentará ódio, preconceito, mesmo que seja preconceito contra o preconceito, disfarçado de vitimização. Só o Espírito Santo pode dar ao homem o amor puro e sem interesses egoístas, para compartilhar verdade sem violência, mesmo que ela confronte as "verdades" mais profundas e individuais do homem e diga a ele que tudo que ele acredita é mentira. A verdade de Deus vem ungida com muito amor, deixando depois paz, e nenhum tipo de guerra, os simples de coração realmente humilde, entenderão isso e serão transformados.
          Como já disse aqui tantas vezes, cristão, não imponha tua verdade, mesmo que ela seja embasada na palavra do próprio Cristo, afirmando que ele é a verdade, antes viva essa verdade numa vida justa, misericordiosa, de trabalho honesto e de virtudes profundas principalmente no ceio familiar, com cônjuge e filhos. Contra uma prática de vida cristã verdadeira, não há mentira que prevaleça, essa é a única verdade que pode vencer o Diabo e a carne, o mundo e as mentiras espirituais. Essa vitória inclui o prevalecimento contra as falsas bandeiras de tolerância e respeito, que ideologias como a esquerda política, tentam pregar, arrogando roubar do cristianismo o direito legítimo e exclusivo de oferecer ao ser humano um mundo melhor, começando pelo coração do homem.
      Mas mesmo cristãos novos nascidos de fato em Cristo, podem ter verdades distintas. Os apóstolos Pedro e Paulo enfrentaram diferenças, no tempo do início da Igreja na terra. Judeus convertidos se achavam melhores que os gentios convertidos, por serem descendentes de Moisés e do rei Davi. Por outro lado, gentios convertidos se achavam mais livres, por saberem que não precisavam obedecer à Lei judaica, integral ou parcialmente, depois de salvos por Jesus Cristo. De um lado havia arrogância por tradição, do outro lado, arrogância pela inovação, o ser humano sempre foi igual, buscando em si mesmo, motivos para se achar superior, pensando que a sua verdade é melhor que a verdade dos outros. O problema não está em ter uma verdade, mas em respeitar a verdade dos outros, e acima de tudo, em viver a verdade com coerência e sem hipocrisia.
      Jesus, Jesus e JESUS! Ele era a verdade, quando encarnado, e o é para sempre, ainda assim era manso e tranquilo, confrontando os homens mentirosos. Não se impunha, não exigia direitos, não era violento, seja em ações ou em palavras, e mesmo nos discursos mais profundos e doutrinários ("técnicos"), não manifestava nem a mais sutil das violências, ainda que tivesse argumentos inquestionáveis. Esse é o evangelho para o qual o Espírito Santo nos chama, o da verdade verdadeira, e me perdoem a redundância, no meio de um mundo onde todos querem ser donos da verdade. Sim, Jesus é a verdade, mas só teremos direito à ela se a vivermos em verdade.
      O segredo é o Espírito Santo, só ele pode nos dar o tom certo, infelizmente tantos de tantas formas interpretam de maneiras tão equivocadas o Santo Espírito. Alguns simplesmente o desprezam, dando lugar somente ao entendimento intelectual da verdade de Deus. Outros o violentam, colocando as experiências emocionais, estúpidas e infantis, acima da delicada, mas clara, voz do Consolador. Tenhamos cuidado, temor a Deus, paz e santidade para ouvir e obedecer a voz do Espírito Santo, só ele pode nos conduzir à verdade única de Deus, que não está em regras, leis, nas religiões e denominações cristãs, e mesmo na palavra escrita, por ela só. O Espírito Santo é a palavra da verdade do Senhor em nós, o verbo de Deus, que é Jesus Cristo, o caminho, a verdade é a vida.

sábado, abril 14, 2018

      "Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie." Efésios 2.8-9

      "Deus fez isso para que os homens o buscassem e talvez, tateando, pudessem encontrá-lo, embora não esteja longe de cada um de nós. ‘Pois nele vivemos, nos movemos e existimos’, como disseram alguns dos poetas de vocês: ‘Também somos descendência dele’." Atos 17.27-28

      "E Jesus lhes disse: Por causa de vossa incredulidade; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível." Mateus 17.20

      A fé realmente espiritual, dom de Deus, é descanso, ausência de força humana, e permissão irrestrita para Deus agir, da forma que lhe convier. Não a confundamos com aquilo que tantas vezes já disse aqui, a energia vital humana. Essa energia é uma convicção física, emocional e mental, mas que não é necessariamente a fé espiritual. Sim, essa energia pode beneficiar o homem, principalmente sua saúde física e mental, mas ela, por si só, não coloca o homem em comunhão com Deus, nem dá a ele direito à salvação na eternidade. A fé espiritual, contudo, que só o novo nascido em Jesus possui, que é fruto do Esírito Santo, quando exercida pode movimentar também essa energia física e emocional, mesmo que não dependa dela para existir e agir.
      Sabe quando as religiões e o mundo dizem, "o importante é ter fé, não importa em quem"? Eles esão se referindo à essa energia física e emocional, não à fé espiritual, mas mesmo muitos cristãos experimentam somente efeitos da tal energia e não da fé. Isso está errado? Não, mas o correto seria todos terem discernimento para diferenciar as coisas, e não usar um conceito que é do esoterismo, mesmo da magia e da bruxaria, e não do cristianismo verdaeiro. Penso que antes da queda do homem, as duas coisas funcionavam juntas, sem diferença, já que Deus andava entre os homens, conversava com ele, tinha uma comunhão plena e diferente da que temos hoje, mesmo salvos através do Espírito Santo. Essa separação ocorreu depois da queda, e é importante que se saiba que o satanismo usa muito essa energia, que não é necessariamente santa, para os satanistas, mesmo a "energia" presente em orgias sexuais é útil em cerimoniais para movimentar o que eles dizem ser "forças espirituais", forças do mal, que nada têm a ver com Deus.
      Quando se vê fé espiritual como força, pode-se cair no engano de achar que a fé é maior se a força humana, seja a convicção ou esforço em qualquer espécia de cumprimento de promessa, é a que movimenta a providência de Deus a favor do homem. Quando o apóstolo Paulo diz que fé é dom de Deus, ele revela que essa fé, o homem não pode adiquiri-la por esforço próprio. O homem pode, e deve, querer se aproximar de Deus, mas é Deus quem toma a iniciativa e se revela, dando grautitamente fé espiritual no penhor do Espírito Santo, para que o homem entenda as verdades espirituais e tenha uma relação de filhos com o Senhor. Quando Jesus diz que se tivermos fé poderemos mover montes, ele não se refere à quantidade de energia de convicção física e mental, não só a isso, mas a um desejo sincero de confiar em Deus e deixá-lo agir, mesmo que sua vontade seja não mover um monte de lugar.
      Você que acompanha o blog, sabe que esse é um tema recorrente, com certeza umas das ênfases do "Como o ar que respiro", mas é justamente porque o mundo e os hereges têm usado demais a fé de maneira errada, em primeiro lugar chamando a tal energia de fé, em segundo lugar empoderando o homem, jogando nele, não diretamente em Deus, a potência para se obter as coisas. Assim aumenta-se o número de "crentes" nas igrejas pedindo milagres físicos, mas diminui o número de homens salvos e maduros em Cristo. Você não concorda com isso? Então verifique o número de batizados em sua igreja mensalmente, compare com o número de novos membros já "convertidos" que são aceitos em sua igreja, remanejados de outras igrejas.
      Mas fé é preciso, o justo viverá por fé, e a fé mais genuína, mais poderosa, é aquela usada num momento de total desespenrança, de luta, de dor, onde colocamos toda a nossa confiança na ação de Deus fazendo sua vontade plena. Tenhamos fé, a mais pura, em Deus e por meio exclusivamente de Jesus Cristo. O Senhor nunca despreza alguém que chega a ele assim, nunca, acredite! Seu problema nunca será maior que Deus, pra Deus nada é impossível, eu já provei milagres maravilhosos de Deus, e creia, os maiores milagres de Deus muitas vezes são provados em segredo e nunca o testemunharemos nos púlpitos, sejam reais ou virtuais, mas os guardaremos nos corações para sempre, como provas do criador e mantenedor do universo respondendo ao pedido de fé.

sexta-feira, abril 13, 2018

Amor

      A grande verdade sobre amor, é que às vezes passamos mais tempo tentando não odiar, que realmente aprendendo a amar. Sabemos que como cristãos não devemos odiar ninguém, mas na prática nos negamos a amar alguns. Sim, como também sempre digo aqui, alguns devemos amar, mesmo que não gostemos deles, que não concordemos com suas atitudes, principalmente quando uma atitude deles é não nos amar. Mas isso é exceção, de acordo com um princípio fundamental do envagelho, devemos amar a todos, sem exceção. Por que isso agrada a Deus? Sim. Por que isso é civilizado? Sim. Por que isso é bom para os outros, para os que são amados, que desejam amor tanto quanto nós? Sim. Mas existe um outro motivo, até aparentemente mais egoísta, amar faz bem à nós mesmos, à nossa saúde física e emocional, mas acima de tudo ao nosso espírito, amar é bom, amar é saudável.
      Por favor, entendam, a primeira pessoa para a qual eu estou dizendo essas palavras sou eu mesmo: eu preciso aprender a amar, eu preciso amar mais, eu tenho total consciência disso. Amar é procurar o melhor em alguém, focar nisso, enchergar a pessoa por essa janela, promover essa qualidade, honrá-la. Quanto o lado ruim, podemos até, se houver permissão do outro, tentar ajudar, mas amar é ser elegante com esse lado, discreto, orar por ele, não dar a ele tanta importância. Amar é ser positivo, é ser proativo, é ser misericordioso, é ser generoso, mas é muitas vezes fazer sacrifícios, sacrifícios inteligentes e debaixo do temor de Deus.
      Eu tenho sempre muito cuidado para falar em fazer sacrifício para o cristão do século XXI, com dois séculos de cristianismo equivocado e herege, principalmente da igreja Católica, que o afastou da verdade simples e pura do evangelho de Cristo. Sem desconsiderar os muitos cristãos sinceros que existem dentro dessa igreja, essa igreja perdeu o direito à ajuda do Espírito Santo, quando se distanciou da verdade de Deus em idolatrias e heresias, então passou a ensinar os homens a viverem uma vida com sacrifícios feitos na carne para tentar agradar a Deus e experimentar santidade. Essa ideologia impregnou a culura religiosa cristã, assim, como eu disse, façamos sacrifícios inteligentes e debaixo do temor de Deus.
      Cônjuge, que para manter casamento, se anula, mimando o outro cônjuge, querendo mudar para agradar, aumentando seus deveres e dando direitos exagerados ao outro, não experimenta amor, nem um sacrifíco inteligente e que agrada a Deus. Isso só faz aumentar violência nas relações, principalmente contra a mulher e filhos. Depois de Deus, a primeira pessoa que devemos amar somos nós mesmos, depois então vêm os outros. Isso é egoísmo? Não, quem ama a Deus receberá dele as prioridades certas, então saberá se respeitar, para então amar os outros de forma equilibrada.
      Amar dá trabalho, é planta que se joga na terra a semente, depois se rega, para então crescer bonita uma flor, e depois continuar cuidando, para que novas flores nasçam e sobrevivam, amar dá trabalho, mas compensa. Depois de Deus, se sexo é a maior força no mundo físico, no mundo espiritual, o amor é a potência maior, que sobreviverá mesmo na eternidade quando tantos outros valores e dons não forem mais necessários. Insista em amar, meu querido e minha querida que me lê, eu insisto, eu também estou nessa luta e sei que vale a pena.

quinta-feira, abril 12, 2018

Santidade

      Ser santo é querer ser santo sempre, mesmo que não se consiga sempre, mas que seja na maior parte do tempo. Sim, porque como diz o ditado, "de boa intenção o inferno está cheio", além do mais, o Espírito Santo habita o coração do convertido, ele capacita o cristão a ser santo. Se alguém diz que é novo nascido em Cristo e não tem vitória sobre os vícios e pecados mais sérios, na maior parte do tempo de sua vida, alguma coisa está muito errada, esse alguém pode estar mentindo, convencido, não convertido.
      Outra argumentação equivocada é aquela que diz "a carne é fraca", nesse caso fraca, mas que vence sempre, muitos não vencem o pecado porque na verdade, no fundo de seus corações, não querem. Podem até racionalmente saberem que ser santo é melhor, agrada a Deus, não traz culpa, faz bem ao corpo, à alma e ao espírito, mas no sentimento, gostam principalmente do prazer que muitos pecados trazem, principalmente os ligados a sexo e consumo de substâncias que alteram o estado de consciência, como bebidas alcoólicas. Sim, a decisão de querer ser santo deve começar na cabeça, mas ela precisa ser sentida, com oração e consagração, no coração, de maneira profunda e extensa. Só essa disposição, séria e responsável, começará a mudar nossa vida de maneira efetiva. Senão seremos eternamente cristãos infantis, pecando de manhã, pedindo perdão à noite para pegar na próxima manhã novamente.
      Repito o que já disse aqui, não podemos nos acostumar com certos pecados, nunca, até a morte física, quando finalmente nos desprenderemos desse corpo corrompido e ganharemos novos corpos transformados. Ser santo é estar separado, é não seguir o que a maioria muitas vezes acha melhor, mais gostoso, mais certo. Ser santo muitas vezes é se isolar e perder amizades, incluindo dentro de igrejas, já que heresia é pecado tanto quando prostituição, e desagrada a Deus. Contudo, o cristão maduro terá sabedoria para ser santo, estar em comunhão íntima com seu Senhor, sem ser chato, fazer inimigos gratuitamente, deixar de viver uma vida equilibrada, mas satisfatória na sociedade.
      Para muitos outros, todavia, o maior desafio da santidade não é o que não fazer, mas o que fazer, saber ser livre, como Jesus era, e ainda assim se guardar do diabo e da carne. Para muitos ser santo é se libertar de legalidades religiosas, que são vaidades como qualquer outras, que no fundo só agradam a homens, mesmo que sejam homens que ostentem uma aparente santidade, que não é a santidade de Deus. Lembrando o grande ensinamento de Jesus, a santidade vem de dentro pra fora, começa no espírito e modifica o resto, alma, pensamentos, emoções, e então no corpo, jeito de ver, de ouvir, de falar, de se portar, de se vestir. Alterações na direção do andamento desse processo, não trará santidade, mas hipocrisia, falsidade e incoerência.

quarta-feira, abril 11, 2018

Gratidão

      Devemos ser gratos, dizem muitos, agradecer por tudo o que recebemos, sim, há verdade nesse princípio, mas agradecer pelo que se recebe não é gratidão, mas reconhecimento de favor, quase que uma troca por obrigação. O coração realmente grato agradece, em se tratando de Deus, mesmo quando aparentemente parecer não ter recebido nada, ele não troca, dá de graça, esse é o espírito da melhor gratidão. O grato profundamente espiritual, agradece pelo simples fato de existir, e obviamente, por Deus existir, o grato que mais agrada ao Senhor agradece por ser, não por ter. Nessa disposição, somos gratos o tempo todo, e não só em momentos especiais, e aí provamos a maior bênção da gratidão, desfrutarmos de um coração satisfeito e agradecido mesmo na falta, no pouco, na dificuldade. Isso é gratidão de cristão maduro, que já entendeu as prioridades da existência humana, que busca ser um homem realmente espiritual, se Deus nos concede tudo gratuitamente, demos a ele um louvor assim, santo, voluntário, sem conveniências.

terça-feira, abril 10, 2018

Esperança

      Uma expectativa, muitas vezes sem fundamento em algo concreto, um sentimento bom e inexplicável, uma visão que temos na alma, não pelos olhos físicos, ou simplesmente como diz a Bíblia, crer sem ver, enchergar como realidade algo que ainda não é real. De esperança se vive, a esperança é a última que morre: esperança é a consequência imediata da fé. Ninguém vive sem esperança, mesmo o incrédulo, mesmo o ateu, esperança é a grande força motivadora do ser humano, seja lá quem ou o que ele espera. 
      Mas às vezes ela parece desaparecer, é quando a alma humana experimenta o maior dos vazios, a morte em vida. Muito triste é o homem que não consegue renovar sua esperança diária. Pela ausência de esperança muitos fogem nos vícios, já que esperança gera prazer, joga adrenalina em nossa corpo, nos dá forças para continuarmos, nos esforçarmos, lutarmos e trabalharmos, mesmo vendo em curto prazo um retorno insatisfatório.
      Se a esperança é futuro, o que a deixa fraca são os outros tempos, o passado e o presente quando ruins. Boas lembranças do passado e um presente feliz devem fortalecer a certeza de que o futuro também será bom, se o construirmos nas bases físicas, morais e espirituais positivas do passado e do presente. Contudo, carregar na alma os erros passados ou tentar se agarrar num presente de prazeres irresponsáveis, mata a boa esperança.
      Se a esperança enfraquecer-se, se ficar transparente em nossa frente de forma a não vermos um futuro melhor, paremos e oremos. Lavemos-nos, antes de tudo, no sangue de Cristo, através do perdão, entremos em comunhão íntima com Deus, através da adoração, e por fim estejamos em paz com todos os que podemos, à medida do nosso possível. Em paz com Deus e com nós mesmos, na humildade de aceitar impotências e limites, mas na fé de fazer com todas as nossas forças a nossa parte, o Espírito Santo derramará em nossos corações o óleo perfumado e puro da melhor das esperanças.

segunda-feira, abril 09, 2018

Perdão

      "Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça." I João 1.8-9

      Perdão, um assunto que deve ser postado sempre, afinal de contas, o que diferencia o cristianismo das religiões, é o perdão. Na verdade, só o cristianismo oferece perdão de fato ao homem, algo que é mais que uma atitude humana para se viver em paz com os semelhantes, um dever social, cívico, que mesmo psicoterapeutas aconselham. O perdão do cristianismo é baseado na vida, morte e ressurreição do filho de Deus, Jesus Cristo, sem pecado e na carne, esse perdão tem poder de salvar, de dar paz, de religar o ser humano, criatura de Deus, ao pai, fazendo do homem, então e só então, filho de Deus.
      Contudo, o fundamento da vida cristã é, na prática, esquecido por muitos, e infelizmente, principalmente por velhos na fé, eu disse velhos, não maduros. Sim, muitos podem passar anos dentro de igrejas, assistindo cultos, decorando versículos, exercendo cargos, aprendendo a cantar, a falar, a se vestir e se portar, como evangélicos, mas sem realmente amadurecerem espiritualmente em Cristo. Por que isso acontece? Porque muitos se cansam de exercer perdão, de perdoar, de se perdoar, de pedir perdão, seja aos homens ou a Deus.
      Muitos têm o princípio espiritual equivocado que diz que quem pede muito perdão revela que é fraco, que é pecador, na jactância de quererem mostrar o que não são e nem precisam ser, pelo menos não pra Deus, param de pedir perdão. Existem pastores que consideram isso uma humilhação, uma descida de nível, esses parecem mais alguns sacerdotes romanos, com essa atitude arrogante, que pastores humildes do reino de Deus. Eles até pedem perdão a Deus, secretamente, mas aos homens, ah, isso é difícil. Essa atitude emperra toda a vida cristã, deixa cristãos velhos, mas nunca maduros.
      O cristão maduro não é o que não peca, mas o que sente a seriedade de seu pecado mais e mais, à medida que os anos passam. Ser santo é se sentir mais sujo, não menos, é aumentar a acuidade da lupa que procura e acha coisas que desagradam a Deus em nossas vidas. Entenda certo, esse cuidado não significa que não temos paz, que vivemos em pecado, e em maior quantidade a cada dia. Isso mostra que queremos ser mais e mais melhores a cada dia, mais santos, e portanto, experimentando mais e mais o perdão. Faço uma pergunta, a resposta revelará o nível real de espiritualidade de cada um: há quanto tempo você não pede perdão a alguém? Se faz muito tempo, ou você é perfeito ou é mentiroso, assumindo que não tem pecado quando tem.
      Não tenha medo de pedir perdão, não tenha vergonha, se é que você vive uma vida espiritul em primeiro lugar para Deus e não para os homens. Os outros vão saber que você errou? O outro poderá não te dar perdão, mesmo sendo um cristão? (E infelizmente isso acontece muito, muitas vezes é mais fácil ser perdoado por um ímpio, por um ateu, por um esotérico, por um espírita, que por um autodenominado “irmão em Cristo”). Enquanto o Espírito Santo mandar, peça perdão, mas saiba que Deus é sábio, ele sempre nos perdoa e nós devemos nos perdoar sempre, mas quando alguém não quiser nos perdoar mais, o próprio Espírito Santo nos orientará a não procurar o outro, isso pode acontecer, sim.
      Não durma sem analizar o dia e experimentar todas as direções do perdão. No casamento, então, isso é imprescindível, como dormir na mesma cama, ter intimidade física, compartilhar o preço da sobrevivência neste mundo, sem estar com o perdão em dia com o cônjuge? Impossível. Quanto for possível, façamos tudo o que está ao nosso alcance para perdoar e solicitar perdão, mas repito, muitos que se dizem cristãos, não o são de fato, pois negam ao outro, principalmente aos irmãos de fé, o perdão. Com esses mantenhamos distância educada e não nos sintamos em dívida, fizemos a nossa parte e o nosso pecado confessado foi pago na cruz, portanto, a dívida não é mais nossa, mas de quem retém o perdão.

domingo, abril 08, 2018

Evangelista, Pastor, Profeta

      Hoje em dia, tem evangelista querendo ser pastor, pastor querendo ser profeta e profeta querendo ser evangelista. Um mesmo homem pode ter as três chamadas? Sim, mas para cada palavra há uma narrativa distinta, uma unção diferente, uma aproximação específica com o ser humano que Deus quer abençoar através desses ministérios igualmente relevantes.
      O evangelista é chamado para dar a palavra inicial de salvação ao homem, trata com quem tem livre arbítrio para aceitar ou não o evangelho. A esse cabe paciência e uma porta sempre aberta para a igreja, só Deus sabe quando alguém se decidirá para o evangelho, e até a morte física, todos têm oportunidade.
      Um evangelista sem chamada para o pastorado que se coloca como pastor, poderá até encher um templo com um convite acalorado para a salvação, contudo, sem um alimento mais profundo para amadurecer o novo convertido, poderá cometer dois erros. Ou perderá os convertidos com a mesma facilidade com que os ganhou, ou manterá uma igreja cheia de crentes eternamente infantis. Haverá salvação? Sim, haverá, mas sem uma maturidade para levar o reino de Deus ao mundo com eficiência. Infelizmente, atualmente, esse é o equívoco mais comum entre as igrejas.
      Ao pastor cabe paciência, mas agora com convertidos, decididos por Cristo que escolheram seguir o evangelho, esses precisam de crescimento. Às vezes de disciplina? Sim, mas com amor, ele não está falando com qualquer um, mas com a amada noiva de Cristo. O pastor é o líder humano máximo da igreja, precisa de sabedoria para administrar todos e não deve ter preferências. Ele precisa saber ouvir tanto evangelistas quanto profetas, zelar pelo povo de Deus, mas antes de tudo, zelar pela palavra de Deus o pai da Igreja.
      Dura é a chamada para profeta, talvez a mais incompreendida atualmente (mas quando é que  não foi?). Não queira, na autoridade da palavra profética, o homem se colocar como pastor ou evangelista, ou machucará alguns ou afugentará outros. Por outro lado, pastor que se coloca o tempo todo como profeta perderá a confiança principalmente de cristãos imaturos ou fragilizados por algum motivo.
      Quem precisa de profeta não é o mundo, o mundo precisa de Cristo na palavra de um evangelista. Quem está precisando muito de profeta são as igrejas, como precisava Israel, seus reis e seus sacerdotes nos tempos do antigo testamento. Contudo, muitos pastores atuais, por vaidade ou para aparentarem uma super espiritualidade equivocada, têm se colocado como profetas, e aí se tornam falsos profetas. Por outro lado, tais pastores, desprezam os verdadeiros profetas, não os ouvem, e seguem com igrejas em pecado por tantas conveniências.
      Cabe a todas as chamadas amor, estão lidando com aquilo que Deus mais ama no universo: o homem. Cabe a todos os servos de Deus humildade: respeito com a chamada dos outros servos de Deus para que o homem, seja ímpio ou ovelha, seja abençoado pelo Espírito Santo de Deus. Cabe a todos os filhos de Deus conhecimento da vontade do Senhor para suas vidas e unção genuína para obedece-la: sem falsidade, vaidade ou medo. 

sábado, abril 07, 2018

A paz das crianças

       E traziam-lhe meninos para que lhes tocasse, mas os discípulos repreendiam aos que lhos traziam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se, e disse-lhes: Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de Deus como menino, de maneira nenhuma entrará nele. E, tomando-os nos seus braços, e impondo-lhes as mãos, os abençoou.” Marcos 10.13-16

      Jesus dá paz, essa foi uma das primeiras coisas que aprendi, logo que me converti. Se confessarmos os nossos pecados e pedirmos perdão, temos direito à paz, como compositor, foram muitas as músicas que fiz declarando isso. Já fazem 42 anos que me convertir, não tenho mais 20 anos, mas quase 60, a paz, com o tempo foi se tornando complicada, a facilidade com que eu a sentia na juventude, depois de uma oração, esvaiu-se com o tempo. Deus mudou? Não. O perdão de Jesus enfraqueceu-se, perdeu a validade? Jamais.
      Mudei eu, instalaram-se em minha alma mecanismos de culpa, de autocobrança, que me afastaram da paz fácil, sim, eu a provo, crendo e sentindo de todo o coração a promessa de perdão de Jesus. Parece que sempre fica um resto, lá no fundo da alma, de angústia, de dor, isso, contudo, não é totalmente ruim. É preciso alguma lembrança do mal que fizemos, um resto de cupa, para que não tornemos a pecar, principalmente na minha idade, depois de ter vivido tantas coisas.
      Contudo, temos que lutar diante de Deus para termos o coração de uma criança, sempre, que recebe o perdão com simplicidade e experimenta paz sem se ater ao tempo, aliás, esse é o grande problema da maturidade indo pra velhice, viver de passado. Uma criança não pensa no tempo, nem no passado, nem no futuro, pra ela só existe o presente, pra Deus é assim, é sempre presente. O Espírito Santo não fica preso aos erros passados, nem se ocupa com os receios de um futuro desconhecido, ele vive o presente, sem complicações, somos chamados a obedecer a esse Espírito.
      Não permitamos que o tempo, que a vida, que os nossos erros, que esse mundo moderno, rápido, caro e vão, que a realidade atual do nosso país, que o desvio herético das igrejas, que o diabo que usa essas coisas mais a mentira, não deixemos que tudo isso nos roube a paz, nos tire o direito de tê-la, direito conquistado por Cristo na cruz com a própria vida. Tenhamos paz, mesmo na luta, no medo, no mundo, preocupados, mas não desesperados, fracos, mas não rendidos, humanos, sempre, mas renascidos em Jesus para sermos por ele transformados, justificados, perdoados, honrados.
      Sejamos homens de bem, tenhamos a paz dos meninos, a paz das crianças, a paz de Deus.

sexta-feira, abril 06, 2018

Brasil: o momento é de tristeza

      "Os pecados de uma nação fazem mudar sempre os seus governantes, mas a ordem se mantém com um líder sábio e sensato. O pobre que se torna poderoso e oprime os pobres é como a tempestade súbita que destrói toda a plantação.
      Quando os justos triunfam, há prosperidade geral, mas, quando os ímpios sobem ao poder, os homens tratam de esconder-se. 
      Como um leão que ruge ou um urso feroz é o ímpio que governa um povo necessitado. O governante sem discernimento aumenta as opressões, mas os que odeiam o ganho desonesto prolongarão o seu governo.
      Quando os ímpios sobem ao poder, o povo se esconde; mas, quando eles sucumbem, os justos florescem."
Provérbios 28.2-3, 12, 15-16 e 28

      Sem entrar muito no mérito técnico da questão, ciente que um ex-presidente do Brasil não está sendo preso por uma injustiça, mas por coisas bem mais sérias que as causas dos processos vigentes até o momento, a prisão de Lula não deve ser motivo de alegria, pra ninguém, e muito menos para salvos no nome de Jesus Cristo. É um momento triste, para a nação brasileira.
      Estamos assistindo a queda de um homem que veio de baixo e através de conquistas legítimas, mas que foi vencido pela ganância, muito mais que ganância por riquezas materiais, por poder político. Quando a grana não basta, busca-se a adoração que só deuses desejam e que só Deus merece. Essas são as maiores tentações que líderes políticos e artistas experimentam, o poder e a fama, que depois de provados, viciam. Assim muitos que começaram bem, podem querer continuar experimentando-os, mesmo ilegitimamente.
      Luiz Inácio Lula da Silva podia ter sido um grande presidente, podia ter deixado para a história, e não somente para os cegos radicais que veem a ele como um mártir e o partido como uma religião, a memória de um líder de carácter, que os lúcidos poderiam olhar e tomar como bom exemplo a ser seguido. Mas pateticamente ele foi julgado, condenado e está sendo preso, triste, muito triste.
      Triste para o povo brasileiro, do qual Lula é fruto, povo que empoderou um homem, que se viu representado por ele, e que agora está sendo moralmente preso com ele. Sim, isso está acontecendo com os que votaram nele, e muito mais com os que continuam alegando insanamente sua inocência. Se não houver arrependimento, mudança de atitude, mudança de opinião, muitos continuarão encarcerados, na cegueira ideológica e moral em que teimam em se manter. 
      Aos cristãos não cabe qualquer espécie, por mais sutil que seja, de discurso de ódio, repito, o momento é de tristeza. Aos cristãos cabe temor a Deus, cuidado e oração. Uma fagulha, e o Brasil pode pegar fogo, elementos pra isso existem. Ao justo não cabe alegrar-se com a queda do ímpio, principalmente de alguém que foi a principal liderança política popular do Brasil desde a redemocratização. Oremos!
      O momento também é triste porque o ex-presidente petista e seus asseclas não são os únicos que precisam ser presos. Outros, de partidos políticos diferentes e de outras áreas da nossa sociedade, devem responder à justiça por crimes praticados contra a nação. Mas para aqueles que insistem em chamar de inocente, o ímpio, de mártir, um louco, de certo, o errado, deixo o versículo 13 do mesmo capítulo 28 de Provérbios do início:

      "Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia".

quinta-feira, abril 05, 2018

A parte do homem e a parte de Deus

      Quando eu me revolto com Deus porque acho que Ele é injusto abandonando o homem no sofrimento, cometo o mesmo pecado daquele que crê que se pedir qualquer coisa a Deus, Ele dará. O rebelde e o mimado cometem o mesmo equívoco, não entendem como Deus age, qual é a parte do Senhor e qual é a parte do homem neste mundo. A humanidade sofre injustiças por causa do homem, não de Deus, se nós buscarmos a Deus Ele nos dará forças para ajudarmos os homens que sofrem injustiças. Deus não descerá do céu para fazer a nossa parte, mas Ele pode habitar o coração do que O busca para ajudá-lo a fazer a sua parte.

quarta-feira, abril 04, 2018

Quem se sente à vontade com você?

      Com a exposição, há confronto, e mesmo que cerquemos nossa sinceridade com respeito com a verdade dos outros, alguns se sentirão pessoalmente atingidos e se colocarão como nossos inimigos. Isso pode acontecer mesmo que essa não seja nossa intenção, ou mesmo que tenha sido, que tenhamos pedido desculpa pelo desconforto que causamos.
      A verdade, contudo, é que trevas nunca ficarão à vontade com a luz, quem esconde intenções ruins, mesmo que disfarce com palavras e disposições aparentemente boas, num determinado momento revelará o que guarda no coração. Isso temos que aceitar em paz, sem a obsessão vaidosa de desejar agradar a todos.
      Fiquem à vontade conosco os homens de bem, os benignamente sinceros, os que procuram pontos em comum para somar, e não discórdias para enfraquecer. Fique à vontade com você os humildes de espírito e simples de coração, que têm a alma aberta com uma mesa farta de generosidade e alegria para nos receber sempre. 

terça-feira, abril 03, 2018

Que momento histórico é esse?

      "Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis." II Timóteo 3.1

      Este momento histórico em que vivemos, se houver futuro, será lembrado como o tempo da incoerência, da hipocrisia, de um falso moralismo, não só tradicionalmente dos religiosos, mas muito mais dos que justamente acusam os cristãos de falsos moralistas. Os que mais lutam por direitos e tolerância são os que mais vivem preconceitos e ódios, enfatizam as minorias, mas são maioria, desconstroem religiões, mas se portam como fanáticos religiosos, não acreditam em Deus, mas elegem e adoram deuses entre homens sem referências morais e cívicas, se vitimizam com violências que eles mesmos simulam. Mas este momento histórico talvez seja lido no futuro simplesmente como um palco de atores, onde ninguém quer assumir sua realidade, sua dor, mas quer atuar, como é notório também na maioria dos filmes lançados, como super herói. Quem é o inimigo? O outro, seja lá quem ele for, na verdade nem importa, o que importa é que cada um se empodere sem Deus.