segunda-feira, julho 25, 2022

Livrai o aflito dos ímpios

      “Fazei justiça ao pobre e ao órfão; justificai o aflito e o necessitado. Livrai o pobre e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios.Salmos 82.3-4

      Como podemos obedecer as orientações do texto bíblico inicial? Como cristãos, o que temos feito para livrar o pobre e o necessitado das mãos dos ímpios? A primeira coisa que vem às nossas cabeças com essas palavras é que devemos fazer caridade, e no momento atual que o Brasil vive, com tantos desempregados, ajudar as pessoas com comida, roupa e abrigo, é uma urgência. Até que ponto evangélicos fazem isso? 
      Vemos católicos, espíritas e outros religiosos prestando auxílio material para os pobres e necessitados, mas o evangélico, em uma grande parte, parece que acha mais importante livrar o ser humano do inferno e do diabo, que da fome e da pobreza neste mundo. Assim, muitos acham que ajudam convidando para cultos, para que lá se convertam à sua religião, será que isso basta? Até que ponto isso é o mais importante?
      Livramos os aflitos dos ímpios de várias formas, e novamente digo aos evangélicos, podemos fazer isso fora de templos e não desempenhando necessariamente atividades religiosas. Quando damos bom testemunho em nossas vidas, no emprego, nos estudos, entre os familiares, estamos mostrando na prática um estilo de vida vencedor, e nesse caso não necessariamente por exibirmos prosperidade material.
      Algo que constantemente peço a Deus pelas minhas filhas, é que se tornem boas cidadãs, para serem pessoas honestas, justas, pacíficas, boas profissionais, influências do bem. Isso significa pagarem impostos, não usarem qualquer espécie de serviço ilícito, não lesarem de forma alguma empresas privadas ou públicas. Elas vão enriquecer financeiramente assim? Talvez, mas mostrarão uma vida moralmente correta.
      Alguns evangélicos não têm medo de pregar o evangelho, mas também não têm receio de piratearem internet e TV a cabo, por exemplo. Dar testemunho de justiça e honestidade é iluminar a sociedade, mostrar Deus por obras, não por palavras. Quem vive nessa luz tem o cuidado de Deus neste mundo, para ter uma vida material digna, e no outro mundo, um espírito harmonizado com Deus na melhor eternidade.
      Mas além de ajudar as pessoas materialmente e de praticar uma vida moral correta, uma maneira poderosa de livrar o pobre e necessitado é pela oração. Meus queridos, as pessoas precisam muito de nossas orações, não como rezas frias, ou com fé irracional, mas como reflexo da luz mais alta de Deus em seus espíritos. Muitos até estão bem materialmente, são até bons religiosos, mas possuem existências agoniadas. 
      Para muitos não adianta conversa, argumentos não vão convencê-los, principalmente se forem velhos, assim precisam de uma interferência espiritual poderosa em suas vidas. Para fazermos isso precisamos estar preparados, santos e crentes, e se for a vontade de Deus fazermos um clamor diferenciado, nos sentiremos direcionados para isso. Preparados e direcionados, oremos com pura convicção e com forte emoção. 
      Na oração você pode usar palavras, Deus abençoe, liberte, cure, resgate, mas a intenção emocional e espiritual, mesmo sem palavras, é mais importante que o som das palavras ou frases racionalizadas. Em tua mente conecte Deus à pessoa, visualize a luz de Deus sobre a pessoa, sobre o corpo, a mente, as emoções dela. Isso não é só imaginação, há nisso um forte envio de unção, muitos cristãos não entendem isso. 
      Ainda que tenhamos sincera intenção, se não houver forte vontade nossa oração pouco valor terá, assim, algumas vezes é melhor não orarmos que o fazermos desmotivados, só por obrigação. Orar não é só verbalizar um pedido, como quando solicitamos ao gerente do banco um empréstimo, deve haver profundo e sincero envolvimento mental e sentimental de nossa parte, para estabelecer a conexão espiritual. 
      Sei que muitos evangélicos não veem oração assim, mas não estou dizendo algo fora da Bíblia, quem tem experiência com dons espirituais entende o que digo. Sem unção, ainda que com intenção sincera, tentaremos desempenhar trabalho espiritual com forças humanas, sem unção a oração será cansativa para quem ora e ineficiente para abençoar por quem se ora. Sem unção a oração não livrará o aflito dos ímpios. 

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