03/10/12

Espírito de confusão

    “Depois ele entrou numa casa, e novamente aglomerou-se uma multidão, de modo que não podiam nem mesmo comer. Quando seus familiares souberam disso, saíram para impedi-lo, pois diziam: Ele está fora de si. E os escribas que tinham descido de Jerusalém diziam: Ele está possuído por Belzebu. É pelo chefe dos demônios que expulsa os demônios.
Então Jesus os chamou e lhes disse por parábolas: Como pode Satanás expulsar Satanás? Se um reino estiver dividido contra si mesmo, tal reino não poderá subsistir. Se uma casa estiver dividida contra si mesma, tal casa não poderá subsistir. E se Satanás se opõe a si mesmo e está dividido, não poderá subsistir; mas chegou o seu fim. Pois ninguém pode entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem que primeiro o amarre; então lhe saqueará a casa.
Em verdade vos digo: Todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, bem como todas as blasfêmias que proferirem, mas quem blasfemar contra o Espírito Santo nunca mais terá perdão; mas será culpado de pecado eterno. Pois diziam: Ele está possuído por um espírito impuro.
Marcos 3.20-30

      Existe um tipo de espírito de confusão que é possessão demoníaca explícita, quando ocorre simula os dons genuínos do Espírito Santo. Nesse tipo de confusão, que pode atrapalhar cultos, as pessoas podem ficar confusas sobre se o dom de línguas ou de profecia, por exemplo, é ou não de Deus. Nesse caso, o demônio do possesso deve ser repreendido por servos de Deus limpos na autoridade do nome de Jesus, como se faz em qualquer possessão. Contudo, é preciso maturidade espiritual e prontidão para não ser enganado por tal espírito.
      Contudo, o espírito de confusão que vou me ater nesta reflexão, é um clima, um ambiente mais generalizado de confusão, que ocorre quando se reúnem a falta de vigilância dos cristãos com a atuação demoníaca de opressão, que sempre procura oportunidade para agir. Numa situação assim, as coisas ficam confusas, parecem não terem sentido, não terem controle, e o pior e que parece que tudo de ruim acontece de uma só vez, ao mesmo tempo. Na experiência de Jesus, veja bem o desencadeamento da confusão:

1º. Ele entrou numa casa para fazer uma refeição e as pessoas invadiram a casa, impedindo-o.
2º. Os familiares, que eram os que deveriam dar a ele algum apoio, disseram que ele estava fora de si, será que isso queria dizer que eles achavam que ele estava louco?
3º. Os escribas, que tinham se dado ao trabalho de vir de Jerusalém até aquele lugar, naquele momento, diziam que ele estava possesso pelo Diabo.

Podemos ver como a confusão que a princípio parece até algo normal, trivial, que começa num âmbito humano, até por causa de um motivo legítimo (no caso de Jesus, ele queria se alimentar), vai aumentando, se generalizando, alcançando esferas de maior relevância até que finalmente alcança seu objetivo maior: glorificar o inimigo de nossas almas negando totalmente a autoridade legítima do Cristo. Em meio a um espírito de confusão, o cristão fiel se vê sozinho, perseguido por todos, pelas pessoas em geral, pelos mais próximos, amigos e parentes, pelos poderosos e enfim pelo Diabo, essa foi a experiência de Jesus relatada na Bíblia.
Jesus desmascarou esse espírito através de uma explicação racional, lúcida, lógica: “Se um reino estiver dividido contra si mesmo, tal reino não poderá subsistir” (Marcos 3.24). A lição é que quando em meio a essa situação devemos agir, não com a emoção, mas com a razão, e uma razão baseada na palavra de Deus.
Em meio a um espírito de confusão, o que mais é desestabilizado é a nosso emocional, veja que Jesus tentava se alimentar, numa casa cheia de gente, repreendido pelos parentes, e envergonhado na frente de seus principais inimigos, os escribas, que o atacavam cruelmente. Mas ele foi à raiz do problema, para aquele que estava recebendo a honra final naquela situação, o Diabo. Ele não se confrontou com as pessoas, não começou um conflito com os poderosos, mas desmascarou Satanás.
      Se o Diabo é espírito, para desmascara-lo não é preciso escândalo, na verdade, as pessoas nem precisam ficar sabendo. Uma atitude sábia é se retirar, buscar alguma privacidade, mesmo que seja num banheiro, e verbalizar uma oração em voz alta, não necessariamente aos berros. Repreenda os demônios não só em pensamento, mas em voz audível, para que eles ouçam, mas repito, para que eles ouçam, não as pessoas. 
      Uma oração simples e convicta repreenderá  os espíritos malignos, estabilizará o emocional daquele que ora para que tenha forças para enfrentar o ambiente social e humano confuso. Se tiver que responder às pessoas, fale pouco, não tente convencê-las e nem compre suas construções fantasiosas. Não argumente com a confusão, fique em paz e confie em Deus.
Contudo, no final do texto, Jesus faz uma exortação importante, na verdade uma aparente exceção a toda a regra do Evangelho que diz que o perdão está acessível a todas as pessoas através de seu nome: “Em verdade vos digo: Todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, bem como todas as blasfêmias que proferirem, mas quem blasfemar contra o Espírito Santo nunca mais terá perdão; mas será culpado de pecado eterno. Pois diziam: Ele está possuído por um espírito impuro.” (Marcos 3.28-30).
Aquele que pecar contra o Espírito Santo, aquele que disser que é do Diabo algo que é de Deus, esse nunca terá perdão. Isso deixa bem claro que só existe salvação por meio de Jesus, salvação completa e eterna, e que se isso for negado, nenhuma salvação é possível. Tudo o que nega essa salvação, é blasfêmia contra o Espírito Santo. Quantas religiões, filosofias e princípios não oferecem ao homem outras maneiras de evolução e de purificação que não através do nome de Jesus? Pois bem, tudo isso é blasfêmia imperdoável.
Mas acredito que a maior das blasfêmias é dizer que Deus é o culpado pelos sofrimentos da humanidade, é dizer que Deus é injusto, que Ele não existe ou que se faz de indiferente diante de toda a dor e injustiça que os homens sofrem. A pior blasfêmia é jogar em Deus uma culpa que é nossa.
Concluindo, para se livrar do espírito de confusão, a primeira coisa é agir com calma, não se deixar levar pela confusão, agir racionalmente através da palavra de Deus. A segunda coisa é confiar no poder do nome de Jesus, para perdoar e transformar a natureza humana, assim como para calar, expulsar e destruir a atuação do Diabo.
É importante discernir a presença do espírito de confusão rapidamente, porque quando ele ocorre podemos ficar entorpecidos por ele, sem saber o que está acontecendo, presos numa rede emocional e espiritual por tempo demais. É preciso identificá-lo, tão depressa quanto possível, e então destruí-lo, pela palavra de Deus, através do nome de Jesus em uma disposição emocional lúcida e objetiva.


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Adendos

      Esta reflexão foi postada originalmente em outubro de 2012, é uma das postagens mais acessadas do blog. Talvez porque trate de dois assuntos muito sérios: espírito de confusão e pecado sem perdão ou o pecado contra o Espírito Santo. Gostaria, inicialmente, de fazer uma complementação ao assunto pecado sem perdão.
      Em primeiro lugar é preciso aceitar que isso está na Bíblia e foi dito por Jesus, não é invenção ou elucubração do dono do blog. Em segundo lugar, como sempre devemos fazer com a interpretação do cânone bíblico, estejamos abertos às aparentes exceções, mas prontos a buscar e aceitar a coerência e a coesão das doutrinas baseadas na Bíblia. Se um texto em particular parecer ir para um caminho diferente em termos de doutrina, daquele que vai a maioria, senão todos os outros textos, é preciso cuidado e sabedoria. 
      Com relação a perdão, a doutrina do evangelho nos ensina que todo pecado pode ser perdoado no nome de Jesus, enquanto estivermos vivos. A doutrina consensada pelos cristãos evangélicos e protestante, e aqui não incluímos católicos e ortodoxos, é que depois de mortos não temos oportunidade de redenção e perdão, assim não existe reencarnação, como é inútil interceder pelos mortos.
      Então, como entender as palavras de Cristo sobre pecado contra o Espírito Santo? Em oração, respeitando cada caso e sempre pedindo discernimento a Deus. Mas eu entendo que pecado sem perdão é algo que é feito de forma definitiva, sem arrependimento, é negar-se ouvir e obedecer uma orientação direta de Deus. Se Jesus disse isso em relação aos que o acusavam, é porque sabia que eles não voltariam mais atrás de seus posicionamentos hereges e maus. Jesus sabia que eles tinham pecado contra o Espírito Santo.
      É importante que entendamos também que Jesus precisava deixar bem claro para os apóstolos e discípulos, que ele cumpriria a obra de salvação, morreria, ressuscitaria e subiria ao céu espiritual, mas mandaria o Espírito Santo que teria a mesma sabedoria e autoridade que ele para ensinar as coisas concernentes ao Reino de Deus. Quem ouve a voz do Espírito Santo, e não de homens ou de religiões, é salvo, quem não ouvi, já está condenado.

      Para finalizar, para agir com responsabilidade, preciso também fazer uma complementação ao assunto espírito de confusão. Os seres humanos podem experimentar uma situação que também pode gerar um sentimento de se estar perdido, confuso, impotente, situação que pode estar ligada a enfermidades psiquiátricas. Depressão e outros transtornos emocionais podem nos levar a ter dificuldades para conviver com a realidade e com a sociedade.
      Bem, se a doença psicológica é causa ou consequência de ações espirituais do mal ou de falta de sabedoria do ser humano para enfrentar seus limites e viver com equilíbrio, o que eu posso dizer é que é um pouco de tudo. Mas se nós, cristãos sinceros, e mesmo pastores e líderes que servem a Deus com esforço, estivermos doentes, o melhor é parar e descansar, procurando obviamente ajuda de bom profissional da área médica, primeiro um psiquiatra depois um psicólogo, nessa ordem. Cristão mentalmente doente tentando estabelecer guerras espirituais só verá sua doença piorar. 
      Tenhamos humildade, procuremos ajuda e descansemos em Deus, colocar no Diabo a culpa por uma enfermidade nossa, principalmente na área psicológica, é dar vitória ao Diabo. Assim, se a confusão estiver grande demais e descontrolada, o problema pode não estar nas pessoas, no ambiente, na igreja ou mesmo no Diabo, mas em nossas cabeças. Essas cabeças poderão, nesse caso, serem restabelecidas muito mais com descanso, medicação e terapia, que com expulsão de espíritos malignos.
      Espírito de confusão não é exclusividade do meio pentecostal, mais avivado ou que busca e usa dons espirituais. Infelizmente, a depressão que tem sido um mal do nosso tempo, tem aprisionado muitos cristãos, principalmente pastores e reverendos de igrejas tradicionais como batistas e presbiterianas. Enquanto o erro na busca de uma interação só emocional com Deus tem alienado e infantilizado pentecostais, o erro de uma interação só intelectual, esfriando o Espírito Santo, tem levado tradicionais à depressão.
      Equilíbrio é sempre a melhor escolha para nos livrar de todo tipo de confusão e pecado contra o Espírito Santo.

José Osório de Souza, 2/02/2018

02/10/12

Loop perfeito

       Aos músicos da igreja:

viva como se estivesse tocando e cantando, com criatividade e sentimento,

toque e cante como se estivesse num ensaio, à vontade e com alegria,

ensaie como se fosse um culto, com unção e com foco,

cultue como se fosse a última vez, esperando a volta de Jesus para aquele momento,

espere a volta de Jesus sempre, em todos os momentos de sua vida,

viva!

01/10/12

Liberdade do Espírito Santo: uma necessidade

        Nos dias de hoje, onde o hedonismo, seja físico ou filosófico, impera, onde se pode tudo e não se sente culpado por nada, onde é colocada em dúvida a total legalidade da palavra de Deus, não podemos nos dar ao luxo de viver um cristianismo meramente intelectual. Um cristianismo frio e que não conduz o homem de forma efetiva à santidade, que aparentemente pode "controlar" as coisas, que considera vergonhoso, escandaloso ou simplesmente exagerado, uma manifestação emocional explícita dos sentimentos.
Nos dias de hoje, talvez os finais, é necessária, sim, uma interação plena e livre da alma do homem com Deus, através do Espírito Santo. As manifestações são urgências, o único remédio para as doenças emocionais, tão em moda atualmente, os dons certeiros para discernir as intenções, para separar o que é de Deus do que é engano da ciência e da religiosidade.
Não mude de cristianismo, achando que o antigo está errado, se você não conseguiu vitória em sua vida, através das primeiras coisas que aprendeu com Jesus, no chamado “primeiro amor”, não é esse cristianismo que está enganado, é você que desistiu, de Deus e de você mesmo. Volte-se pra Jesus, com todo o seu coração, ore mais, santifique-se mais, esforce-se, e busque o batismo no Espírito Santo, nessa posição você pode com certeza obter vitória sobre o mundo, sobre o Diabo e sobre seu ego.
 .

30/09/12

Oração: remédio eficaz

        Doenças psicológicas podem ser instaladas em nós através de disposições erradas sobre a vida, que mantemos durante anos, meio que inconscientemente, e que um dia se realizam como enfermidade. Certamente, quando ela afeta de forma objetiva a normalidade da vida, a doença tem que ser tratada com medicação. Contudo, a maneira de fazer com que a doença não volte mais, é mudar as tais disposições, bem, isso não é fácil pra ninguém.
Tenho experimentado na oração, uma forma eficaz para mudar as disposições erradas de minha alma, precisei de remédios para tratar certas doenças, mas hoje me sinto melhor do que estava antes da enfermidade, o mal foi trazido pra fora e está sendo curado, com auxílio médico profissional, sim, mas embaixo de oração.
Quer um conselho, caso você ou algum conhecido tenha esse tipo de problema? Procure profissionais sérios da área, mas fale com Deus a respeito, orar é um remédio eficaz, não somente para nos consolar das consequências da doença, mas para resolver a causa real dela.
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29/09/12

"Levanta-te e vai em paz"

        "Busquei o Senhor com todo o meu coração, com todo o meu pensamento, com todo o meu sentimento, com todas as minhas forças, entreguei a Ele todas as minhas ansiedades, todos os meus temores, pedi dEle um milagre, uma intervenção poderosa em todas as áreas da minha vida, uma mudança em minha disposição depressiva, em minha tendência pessimista, em meu gosto equivocado pelas coias ruins, clamei para que eu não achasse mais solução na ira, na pressa, nas palavras violentas, então Deus me respondeu: “levanta-te, vai em paz, eu ouvi a sua oração e farei o melhor em sua vida”".

28/09/12

O indivíduo, mais que a multidão

        “Olhando para eles ao redor, indignado e muito triste por causa da dureza do coração deles, disse ao homem: Estende a tua mão. Ele a estendeu, e ela lhe foi restaurada.” Marcos 3.5

Preocupados que estamos, muitas vezes, com grandes milagres, grandes realizações, que possam exibir nossa espiritualidade para os homens, nos esquecemos do sofrimento pessoal. Queremos a salvação de milhões, oramos por isso, mas não nos damos ao trabalho de dar atenção a uma pessoa em especial. Não paramos para conversar com alguém, que muitas vezes, se senta todos os cultos ao nosso lado, alguém que pode estar precisando e muito de uma atenção.
Pois quero misericórdia e não sacrifícios” (Oseias 6.6a), Jesus vivia esse princípio. Ele se deu pela humanidade toda, mas se entristecia com um coração endurecido, com um aleijado estigmatizado. Jesus olhava para os olhos de uma pessoa, mesmo perdida em meio à multidão, ele a identificava, sentia seu sofrimento, respondia ao questionamento mais profundo e sincero de seu coração, ele percebeu a mulher que sofria com hemorragia e que o tocou em meio à turba (Mateus 8.44).
Isso importava mais que deixar sem argumentos os fariseus, que se fazer conhecido pelos importantes, que obter poder social e político, e em prol de um indivíduo ele podia ignorar todo um circo armado por seus inimigos, foi o que ele fez com a mulher pega em adultério (João 8.1-11).
Quando entenderemos isso? Quando deixaremos de nos apegar a vaidades, mesmo as disfarçadas de espiritualidade, de prioridades ministeriais? Isso para amarmos o próximo, que como o próprio Evangelho chama, está bem próximo, precisando do nosso amor.
Não se pode viver o cristianismo com um coração frio, que não chora com os que choram e nem se alegra com os que alegres estão. Mas para ter essa empatia, é necessário se desfazer não só das vaidades, mas da inveja, do ciúme e de todo o tipo de egoísmo que nos impede de se preocupar mais com os outros do que com a gente.
O Espírito Santo tem me levado a refletir bastante, nos últimos dias (e quem acompanha esse blog pode perceber isso), sobre falsa espiritualidade e a importância de se viver um cristianismo que alcança o indivíduo, e não a massa. A massa esconde, minimiza, rouba a identidade, é tudo o que o verdadeiro Evangelho não faz. Ele revela, dá relevância, e respeita a identidade de cada um.
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27/09/12

Quando a bênção de Deus ocorre naturalmente

        A intervenção de Deus é sempre bem-vinda, como resposta a muita oração, seja para nos livrar de um pequeno inconveniente ou executando um milagre sem precedências que muda o rumo de nossas vidas. Contudo, deliciosa é aquela bênção que ocorre naturalmente, como se nós não precisássemos fazer nenhum esforço. Nesses últimos dias, provei por três vezes de bênçãos assim, que me pareceram tão naturais, tão leves, isso em sua manifestação, mas que teve como consequência atuações magníficas de Deus.
A primeira foi a bênção de poder evangelizar alguém, isso não aconteceu estando eu procurando conscientemente fazer isso, mas aconteceu porque estava no lugar certo, fazendo a coisa certa. Bem, nessa situação Deus me deu o tempo e a oportunidade para falar de Deus a uma pessoa, que me pareceu totalmente preparada para aquele momento. Sim, o Evangelho deve ser pregado a tempo e fora de tempo, mas como é prazeroso encontrar uma pessoa preparada, num lugar propício e com o tempo a nosso favor para podermos compartilhar com ela algo do coração de Deus.
A segunda foi a bênção da presença de Deus em um culto, mas veja, num culto que cheguei cansado, num momento que preferia mesmo ficar em casa descansando. Mas a presença de Deus foi tão forte que me inundou, veio de fora pra dentro, tocou meus sentimentos de uma maneira única, tirou de mim um louvor especial, me fez desejar ser mais santo. Nessa experiência a unção de Deus foi tão forte que transbordou, abençoou as outras pessoas, e ministrando que estava num instrumento musical, fez a presença sobrenatural do Espírito Santo alcançar a todos no templo.
A terceira foi a bênção de rever uma pessoa especial em minha vida, meu primeiro pastor, que me batizou em 1976, na Primeira Igreja de Santo André, São Paulo. Encontrei-o em São Paulo, capital, durante a celebração de 50 anos da “Edições Vida Nova”. Nessa ocasião, minha alegria já era grande, por estar naquele evento, fazendo o que mais gosto que é tocar meu instrumento, na companhia de minha filha de um pastor amigo, que me convidou para a noite. Mas o encontro com aquele pastor, foi um algo mais, desses que Deus nos dá por amor, amor de pai que quer presentear seu filho. Pensei muito nesse encontro, durante mais de trinta anos de minha vida, mas ele ocorreu naturalmente, num bom momento, e foi pura alegria, coisa de Deus mesmo.
Acredito que uma manifestação poderosa de Deus é desencadeada com os seguintes fatos: primeiro, uma vida em oração, que pede pela vontade de Deus e se prepara para ela. Segundo pela disponibilização, pelo trabalho, pela ação, que se coloca no lugar certo, fazendo a coisa certa. Para alguém que vive de acordo com esses dois princípios, não resta outra coisa a Deus senão abençoar, não só com o necessário, mas com mais que isso, Ele transborda para que a bênção não só abençoe a vida que orou e fez, mas os outros ao seu redor.
Essa experiência reflete a vida de Jesus. Cristo orava e muito, se preparava, se santificava, e se disponibilizava para executar a vontade de seu Pai. Com isso, as coisas aconteciam naturalmente, os encontros, tanto com indivíduos, como com a mulher pega em adultério, tanto com multidões, como na multiplicação de pães e peixes. Jesus não corria atrás da vontade de Deus, não diante dos homens, isso ele fazia em segredo, em oração. Mas em seu andar as coisas aconteciam naturalmente, e com muito poder, isso fazia com que a vida nunca o pegasse de surpresa, despreparado.
Ore, busque, santifique-se, leia a Bíblia, nivele sua fé, seja perdoado e perdoe, depois, descanse, a bênção de Deus é algo naturalmente simples. Nela o sobrenatural nunca o pegará de surpresa, os confrontos da vida não serão armadilhas pra você, e você nunca precisará dar qualquer “ajuda” para que a vontade de Deus aconteça. Repetindo a frase que ouvi do pastor e mestre Russell Shedd no culto de celebração que fui: “Não encontro paz em outro lugar que não seja na vontade de Deus”. Maravilhoso é quando podemos provar a vontade de Deus de maneira natural, chegarmos a um ponto onde Deus pode agir em nossas vidas sem maiores dificuldades, quando não somos nós que corremos atrás da bênção, mas é a bênção que corre atrás de nós, quando a bênção não é resultado de um esforço dolorido, mas de um descansar no melhor de Deus para nossas vidas.

26/09/12

Perdão dos pecados: nosso maior bem

        “Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados.” Marcos 2.5

Nós somente alcançamos a verdadeira espiritualidade, nossa vida espiritual muda de verdade, ou em outras palavras, “a ficha finalmente cai”, quando entendemos que o maior milagre que Deus pode executar em nossas vidas, não são curas físicas, bênçãos materiais como emprego e aquisição de bens, ou mesmo um noivado e um casamento. O perdão de nossos pecados é o maior bem que podemos receber de Deus.
Isso, e somente isso muda a nossa vida, a ótica que temos de Deus, de nós mesmos e das outras pessoas. Entender que o perdão dos nossos pecados é o maior bem que podemos possuir, faz-nos olhar as pessoas de maneira diferente, com verdadeira humildade. Perdoados sabemos e queremos perdoar, humilhados que fomos pelos próprios erros, não queremos humilhar os outros. Bem, mas como que nos dando um mimo, depois de nos perdoar, Jesus nos dá também todas as outras coisas, glórias a Ele por isso!

25/09/12

Mais sobre falsa espiritualidade

Se a espiritualidade não tiver como objetivo final e eficiente o amor a Deus e o amor ao próximo, sendo esse último manifesto através de amizade genuína, interesse pessoal e comunhão de fato e inteira, não apenas na igreja ou durante eventos, compromissos e cultos da igreja, desculpe-me, mas eu não acredito que essa espiritualidade seja verdadeira. É apenas religiosidade, mesmo que expressada com toda a ênfase "pentecostal" (ou não..).
Pare com os "efeitos" e converse com seu irmão, fale e ouça, de verdade, esse é o Evangelho que Jesus pregou, senão continue se enganando, saiba, contudo, que não adianta pedir unção e santidade se isso for usado para viver um suposto "cristianismo", cheio de egocentrismo e de aparências. O Evangelho é viver para Deus, mas de forma que isso tenha como consequência viver para o outro, e não para si mesmo.
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24/09/12

4 lições em Marcos 1

        “E esteve no deserto quarenta dias, sendo tentado por Satanás. Estava com as feras, e os anjos o serviam.” (verso 13). No deserto, tentando pelo inimigo, em meio às feras, os anjos te servem.

E ele curou muitos doentes acometidos de diversas enfermidades e expulsou muitos demônios; mas não permitia que os demônios falassem, porque eles sabiam quem ele era.” (verso 34). O sábio é discreto, não cai na armadilha da vaidade de ser reconhecido como tal nem mesmo por seus maiores inimigos.

dizendo-lhe: Olha, não digas nada a ninguém. Mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para que lhes sirva de testemunho.” (verso 44). Seja justo em tudo, mesmo em coisas aparentemente desnecessárias, todos têm direito a sua honra.

Ele, porém, saindo dali, começou a tornar público o que havia ocorrido e a divulgá-lo por toda parte. Desse modo, Jesus já não podia entrar abertamente numa cidade, mas ficava fora, em lugares desertos. Mesmo assim, as pessoas iam até ele, vindas de todos os lugares.” (verso 45). A publicidade positiva sem sabedoria faz mais mal do que bem, nem toda bênção deve ser compartilhada, algumas são melhores que fiquem em segredo.
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