10/08/25

O cristianismo e o além (7/7)

      “Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus. Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.Efésios 5.14-17

      Depois de compartilhar aquilo que tenho aprendido pelo Espírito Santo sobre vida, morte e juízo, segue a conclusão desta reflexão. Se a doutrina do cristianismo protestante não contempla a existência do ser humano antes que ele, corpo e espírito, nasça neste mundo, desprezando tantas diferenças, mas impondo a seres humanos tão distintos, não só física, intelectual e emocionalmente, como também com origens geográficas tão variadas e espalhadas por todo o globo terrestre, a mesma salvação, fé num Cristo judeu nascido no primeiro século, essa doutrina também vê o fim de todos como o mesmo. Todos passarão por um juízo que avalia por valores morais de um cânone sagrado construído por uma tradição judaico-cristã. 
      Vendo o mundo espiritual como lugar de anjos (arcanjos, serafins, querubins e outros seres de luz), do diabo, de demônios, sendo que só temos legalidade para nos comunicar com Deus pai, Deus filho (Jesus) e Deus Espírito, ainda que os mortos possam estar lá, mas num estado de sono, aguardando o juízo, estando esses seres, e excetuando seres humanos mortos, em posições espirituais imutáveis, o mau será sempre mau e o bom sempre será bom, qualquer contato fora do protocolo bíblico é visto como diabólico. Assim são demonizadas muitas religiões, principalmente espíritas e afro-espíritas, e consequentemente levando quem usa de certas práticas a uma condenação eterna no inferno, após a morte do corpo neste mundo. 
      Se o que pode nos levar a duvidar de certos dogmas cristãos é verificar os frutos ruins que geraram na história, podemos dar crédito a doutrinas que parecem destoar das cristãs vendo seus bons frutos. Contudo, devemos fazer isso com experiência de primeira mão, não levando em conta palavras de outros baseadas em preconceitos. O lugar que este raciocínio nos leva pode ser até que ponto queremos vencer medos, principalmente do diabo e do inferno, quando essa linha é ultrapassada Deus pode nos revelar mistérios. Mas para isso ocorrer temos que querer e Deus tem que permitir, muitos querem mas não estão preparados, outros estão preparados, Deus quer mostrar-lhes mais, mas eles não saem da zona de conforto da religião. 
      Longe de mim escandalizar um crédulo, mas digo a evangélicos e católicos o que digo a adeptos de todas as religiões, sejam lúcidos e sensatos. Avaliemos até que ponto nossas crenças e nossas religiosidades estão fazendo de nós de fato seres humanos melhores, dignos de um céu e não de um inferno. Não usemos religião como fuga da realidade ou para saciar carência de aprovação ou vaidades, também tenhamos cuidado com líderes mal intencionados ou materialistas. Enfim, aprendamos com religiões, principalmente com as cristãs, mas busquemos uma experiência direta e reta com Deus, sempre checando os bons e duradouros frutos principalmente de virtudes morais que nossa conexão com Deus deve nos entregar. 

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