Só o tempo para nos fazer entender porque algumas portas se fecharam, Deus estava protegendo nossos tesouros, guardando o nosso melhor para o melhor momento, quando nossos tesouros poderão realmente dar os melhores frutos, para nós mesmos, para as pessoas e para Ele.
26/08/14
25/08/14
Discernimento da paz
“Eu vos tenho dito essas coisas para que
tenhais paz em mim. No mundo tereis tribulações; mas não vos desanimeis! Eu
venci o mundo.” (João 16.33).
“Não andeis ansiosos por coisa alguma; pelo
contrário, sejam os vossos pedidos plenamente conhecidos diante de Deus por
meio de oração e súplica com ações de graças; e a paz de Deus, que ultrapassa
todo entendimento, guardará o vosso coração e os vossos pensamentos em Cristo
Jesus.” (Filipenses 4.6-7).
A
paz que Deus dá é realmente completa, duradoura e profunda, não confundamos as
aflições desse mundo, com as quais todos convivemos e conviveremos sempre, até
a volta de Cristo, com falta dessa paz.
Também
não nos acomodemos com a falta de paz que é consequência de desobediência, por
menor e mais plausível que seja, não aquela que é resultado de situação
explícita e óbvia de pecado, com aflições normais.
Às
vezes pecamos não por simplesmente fazer algo errado, ruim, sujo, mas por
teimarmos em fazer algo que parece até certo, mas que não é no tempo, no lugar
ou do jeito que Deus quer fazer as coisas.
Lembre-se
Deus tem o melhor pra você sempre, se o teu desejo for realmente obedecê-lo e
glorifica-lo, portanto não sofra ou se desgaste desnecessariamente, busque esse
melhor que Deus lhe dará.
24/08/14
Que não sejamos motivo de escândalo
“Jesus disse a seus discípulos: É impossível
que não haja motivos de tropeço, mas ai daquele por quem eles vierem! Seria
melhor que lhe pendurassem ao pescoço uma pedra de moinho e fosse jogado ao
mar, em vez de fazer tropeçar um destes pequeninos.
Tende cuidado de vós mesmos; se teu irmão pecar, repreende-o; se
ele se arrepender, perdoa-lhe. Mesmo se pecar contra ti sete vezes no dia, e
sete vezes vier a ti, dizendo: Estou arrependido; tu lhe perdoarás.” (Lucas 17.1-4).
Ninguém
quando prova uma overdose de álcool pela primeira vez passa bem, regurgita, o
corpo quer devolver algo ruim e errado que entrou nele e que não lhe faz bem.
Assim é com o pecado, quando o cometemos pela primeira vez temos uma forte
crise de culpa, principalmente se já somos convertidos. Contudo, na insistência
dele, o Espírito Santo se fere, se distancia, ao mesmo tempo que nossa alma
fica fria e insensível, a culpa acaba diminuindo, ao passo que nosso racional
começa a inventar e procurar motivos para continuar com o pecado, sem que haja
arrependimento e cessar da prática do pecado.
Nesse
processo, muitos querem continuar na igreja, mesmo com ministérios, mesmo com
lideranças, querem manter a religião, mas sem abrir mão de uma atitude
pecaminosa. Nesse processo muitos oram, cantam, pregam, fazem e acontecem, mas
não querem abrir mão da vida de pecado que vivem.
Isso
é a maior das apostasias, das heresias, dos pecados, isso é algo que tem tempo
para acabar, e quando Deus coloca a mão numa situação assim, a queda é grande,
a dor é enorme, o escândalo pode ser desproporcional. Muitos perdem,
principalmente os ingênuos, inexperientes, que colocavam algum tipo de
confiança naqueles que insistiam em fazer a obra em pecado.
Arrependamos-nos,
a tempo de achar perdão, a tempo de não sermos escândalo para os pequeninos, os
novos convertidos, que por causa de um escândalo podem se afastar do evangelho.
“Buscai o SENHOR enquanto se pode achar,
invocai-o enquanto está perto.” (Isaías 55.6).
23/08/14
Glacê & chantili versus massa & recheio
Muitos
se acostumam tanto com o glacê e o chantili que acabam achando que isso é o
bolo, quando percebem estão comendo somente enfeite e açúcar coloridos, e nada
da massa e recheio. Então, quando provam uma boa massa com um recheio maravilhoso,
percebem que o glacê e chantili, são apenas coberturas externas, não
fazem tanta falta assim.
A
simbologia fala de causa e consequência, de interior e exterior, de carne, alma
e espírito. Quando provamos uma experiência espiritual real de Deus, através do
Espírito Santo e de sua palavra, obviamente nossos sentidos são tocados, e as
emoções são despertadas. Contudo, pontuar uma experiência espiritual pelas
emoções é dar valor ao glacê e o chantili, e não à massa e o recheio.
O
que realmente importa, um culto cheio de manifestações emocionais, de gritos,
de descontrole físico, de transes e frenesis, ou com um estudo profundo,
inteligente e ungido da palavra de Deus? Um estudo que pode ser compartilhado
sem clichês pentecostais, sem muito estardalhaço, sem apelações emocionais, sem
criar um clima manipulador de que algo extraordinário vai acontecer, um estudo que simplesmente
ensina a Bíblia.
Talvez
muitos estejam querendo fazer o papel de Deus, dar uma ajuda ao Espírito Santo,
tentando tocar naquele lugar do coração humano que só Deus pode tocar, isso é
desnecessário, Deus sabe como, quando e onde fazer sua obra. Talvez muitos
pregadores estejam preocupados mais em demonstrar seus talentos de oratória e
teatro, ao invés de compartilhar uma experiência pessoal com Deus, porque
querem colher frutos rapidamente e frutos equivocados. Os frutos de uma palavra
ungida não são necessariamente a explicitação de emoções, gestos e palavras
imediatos, mas a vida de santidade e adoração que acontecerá depois, no dia a
dia.
É
claro que nesse uso exagerado de glacê e chantili não podemos deixar de citar a
música, que naturalmente já toca nossas emoções de maneira objetiva e forte,
indiferente da qualidade de suas letras, harmonias ou melodias. Mas até que
ponto aquilo, que muitos dos chamados "levitas" sentem, é unção, até
que ponto é unção espiritual aquilo que muitas apresentações nas igrejas causam
nas pessoas, até que ponto existe adoração, adoradores e a presença do
altíssimo em tanta confusão e barulho?
O
que sei é que nada que é artificial, falso ou carnal resiste ao tempo, à vida,
a Deus. O chantili e o glacê exagerados causam dor de barriga, a emoção
descontrolada que começa como escapismo, torna-se vício e então inútil para
trazer refrigério. O teatro e a manipulação psicológica e emocional mostram que
evidenciam só o homem e não adoram realmente a Deus. O que sei é que no final
de tudo a palavra de Deus triunfa, é a única que pode curar, que pode nos levar
a uma vida de amor e de santidade, as únicas coisas que realmente adoram o nome
de Deus e que existirão por toda a eternidade.
Voltando
ao bolo, eu prefiro aquele bolo de final de tarde, feito em casa, sem
cobertura, apenas a massa, um bolo de milho para comer com um cafezinho feito
na hora, esse a gente pode saborear todos os dias, alimenta muito mais. Pra mim
isso representa a simplicidade e eficácia da palavra de Deus revelada na Bíblia,
muito melhor que aqueles bolos complicados que se come em eventos especiais,
que são interessantes, mas só de vez em quando. Contudo, tem muita gente que
quer viver o tempo todo de festas de aniversários, de bolos complicados, de barulho e de
emocionalismos, essas nunca provarão um evangelho maduro resistente ao tempo e à
vida.
22/08/14
Dons e frutos realmente espirituais
“Porque todos podereis profetizar, um de cada
vez, para que todos aprendam e sejam encorajados. O espírito dos profetas está sujeito ao controle dos profetas; porque
Deus não é Deus de desordem, mas sim de paz.
Como em todas as igrejas dos santos, as mulheres devem permanecer
caladas nas igrejas. Porque não lhes é permitido falar. Mas estejam submissas
como também a lei ordena.” (I Coríntios 14.31-34).
A
falta do dom espiritual é tão danosa quanto a falsa manifestação de dele,
quando é falsa? Quando é priorizada sua consequência emocional e não sua causa
espiritual. Sim, porque uma experiência espiritual meche com o emocional do
homem de maneira impactante, contudo cabe ao homem controlar seu emocional,
direcionando a capacitação física que ele potencializa no momento de uma
experiência espiritual para algo realmente prático, útil para o próprio
crescimento e para a obra de Deus.
É
justamente o uso infantil dessa capacitação que escandaliza tantos outros e faz
com que esses não busquem os dons, é claro que esses confundem uma consequência
com a causa. A ordem correta das coisas é: uma experiência espiritual, uma “impactação”
emocional momentânea e frutos práticos que perdurem.
Já
vi todos os extremos desse assunto: exteriorização forte das emoções, sem
frutos espirituais depois, assim como controle emocional demasiado sendo usado
para limitar a ação do Espírito impedindo a pessoa de adorar e ter uma comunhão
mais plena com Deus. Esses últimos, frios e distantes, se privam da capacitação
que o Espírito Santo pode dar tanto quanto aquelas que se descontrolam
emocionalmente caindo no chão e gritando freneticamente.
Todavia,
já vi também pessoas comedidas e discretas usado a capacitação dos dons
espirituais para viverem uma vida realmente santa, dando testemunho de Jesus no
mundo e fazendo a obra de Deus com diligência e eficiência.
21/08/14
Casamento, exclusividade possível somente em Deus
Casamento
que dure é algo que se escolhe, que se quer, que se paga preço para manter, mas
acima de tudo é prova de maturidade, de gente que entendeu que não se pode
passar a vida toda como abelha, provando o mel de tantas flores quanto se pode.
A
alma humana não foi feita pra isso, se insiste numa vida de paixões ilimitadas,
ficando com alguém só enquanto houver atração carnal, torna-se promíscua, cheia
de culpas, velha antes do tempo e da maneira errada.
Todavia,
só vivendo no centro da vontade de Deus é que podemos manter relacionamento
feliz e exclusivo com alguém, colhendo com isso todos os frutos de uma vida
santa, frutos que não se colhe com paixões ou com a falsa liberdade que a carne
diz que dá.
Se
for o caso, volte-se pra Deus, limpe-se, respeite-se, e acredite em milagres,
Deus te ama com exclusividade, e quer que você também ame, a ele e às pessoas,
assim.
20/08/14
Não seja tímido para adorar
"quando tocaram as trombetas em uníssono e cantaram para serem ouvidos, louvando o Senhor e dando-lhe graças, e quando levantaram a voz com trombetas, címbalos e outros instrumentos de música, e louvaram o Senhor , cantando: Porque ele é bom, porque o seu amor dura para sempre; então uma nuvem encheu o templo do Senhor" II Crônicas 5.13
19/08/14
Unção (parte 8 de 8)
Conclusão
A
unção de Deus é sentida no coração, de maneira subjetiva, mas ela produz frutos
reais e objetivos, portanto, ela não é só emoção, os talentos humanos,
oratória, inteligência, carisma e musicalidade, frutos transitórios,
manifestação de dons espirituais de maneira isolada, mesmo não ungidos podem
falar em línguas estranhas e até expulsar demônios. Mas ela é causa inicial
espiritual, operação sobrenatural, frutos que permanecem, aquele que
experimenta a verdadeira unção de Deus prova um avivamento em sua vida.
A
unção de Deus interage com o ser humano em sua integridade. Ela limpa, aviva e
motiva, corpo, alma e espírito. Ela dá ao homem forças espirituais, emocionais
e físicas. Ela nos faz experimentar um pouco da eternidade neste mundo, um
pedacinho da natureza de Deus. Ele sacia o homem, coloca-o no centro da vontade
de Deus e capacita-o a servi-lo.
“E não entristeçais o Espírito Santo de Deus,
com o qual fostes selados para o dia da redenção.” (Efésios 4.30).
A
unção de Deus é de Deus, e sendo assim, glorifica somente a Deus. O pecado, a
vaidade, a estupidez, por menor que sejam, ferem o Espírito Santo. Por isso o
fogo tem que ser o do alto, o óleo deve ser santo, as águas precisam ser vivas,
as vestes serão sempre limpas. O Espírito Santo não se retira do salvo, não
mais, contudo, a unção pode ser perdida. Mas pode ser recuperada, através do
arrependimento, da fé e da oração. Sem unção, completa e genuína de Deus, não
se pode fazer a obra de Deus, não se pode experimentar aquilo que os apóstolos,
que Paulo, que os primeiros discípulos experimentaram: o avivamento, aquele,
que tanto temos buscado nos últimos tempos.
“Deus é Espírito, e é necessário que os que o
adoram o adorem no Espírito e em verdade.” (João 4.24).
Para
experimentar a unção de Deus é necessário que o Espírito Santo tenha liberdade
em nossas vidas. Ele tem liberdade à medida que é buscado, ouvido, entendido e
obedecido. Isso não se ensina numa escola, não se é obtido com fórmulas ou
receitas, isso só é experimentado por quem busca, com perseverança uma comunhão
plena com Deus. É um processo que pode acontecer na conversão, levar alguns
meses após elas, ou mesmo anos, é algo pessoal. Mas são esses os adoradores que
Deus busca, os que o adoram com o espírito e no Espírito, esses podem provar os
mistérios espirituais e os milagres, direitos daqueles que recebem a unção de
Deus.
José Osório de Souza –
25/03/14
18/08/14
Unção (parte 7 de 8)
VI. As virgens e as lâmpadas com azeite
Para
entendermos a importância da unção na vida do cristão, saber que ela não é
opcional, mas obrigatória, para aqueles que querem viver uma vida cristã real,
e que desejam estar com Deus o mais rapidamente possível, não podemos deixar de
refletir sobre essa parábola. Ela usa a simbologia das virgens com as lâmpadas
cheias de azeite, para identificar a igreja ungida, interessante que essa
simbologia reúne três metáforas que já citamos: as vestes brancas (das noivas),
o óleo e o fogo. Nesse caso, o azeite é usado para iluminar, dentro da
lamparina, e não apenas para emanar bom cheiro:
“O reino do céu será semelhante a dez virgens
que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo. Cinco delas eram
insensatas, e cinco, prudentes. Ao pegarem as lâmpadas, as insensatas não
levaram azeite. As prudentes, porém, levaram azeite em suas vasilhas,
juntamente com as lâmpadas.
E, demorando o noivo, todas começaram a cochilar e dormiram. À
meia-noite, porém, ouviu-se um grito: O noivo chegou! Saí ao encontro dele!
Então todas as virgens se levantaram e prepararam suas lâmpadas. E as
insensatas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, pois nossas lâmpadas
estão se apagando. Mas as prudentes responderam: Não; talvez não haja o
suficiente para nós e para vós. Ide, porém, aos que vendem azeite e comprai-o
para vós.
E, assim que elas saíram para comprá-lo, o noivo chegou; as que
estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento, e fechou-se a
porta. Depois também chegaram as outras virgens e disseram: Senhor! Senhor!
Abre-nos a porta. Ele, porém, respondeu: Em verdade vos digo que não vos
conheço. Portanto, vigiai, pois não sabeis nem o dia nem a hora.” (Mateus
25.1-13).
Já
cheguei a ouvir de crentes, e bons crentes, a seguinte frase como resposta à pergunta
se eles tinham certeza de sua salvação, se eles morariam no céu ou se eles
seriam arrebatados: se Deus me achar digno, eu serei salvo, morarei no céu,
serei arrebatado. Um cristão de verdade não deve pensar assim, ele precisa e
tem todo o direito de ter a certeza, de que é salvo, de que morará no céu, de
que será arrebatado. Isso não é arrogância e nem presunção, é privilégio. Não
um convicção insana, mas baseada em testemunhos: primeiro da palavra de Deus,
depois através das vidas de outros irmãos que participam da mesma igreja que
ele, e por último debaixo da unção do Senhor, que nos dá a certeza de quem
somos e para onde iremos.
A
parábola, porém, nos dá alguns alertas:
1. Todas eram virgens
e noivas: todas pareciam ser a igreja de Cristo, a noiva, e talvez todas
fossem, há divergências sobre isso entre os teólogos, mas o que podemos
entender lendo o Novo Testamento é que haverá oportunidade de salvação mesmo
após o arrebatamento. Essa parábola nos parece que se refere ao arrebatamento,
as bodas do Cordeiro, que só terão direito aqueles que partirem na primeira
leva, digamos assim.
Mas
não queira partir depois, o preço que se terá que pagar será muito alto, o
livro de Apocalipse não faz entender que o preço será a própria vida. Pode ser,
ainda, que haja oportunidade de salvação mesmo durante o milênio, contudo os
que morreram em Cristo e foram arrebatados, terão um privilégio especial nesse
período, administrarão a terra junto com Jesus.
Abrindo
um parêntese, lembro que a simbologia de virgens e puras é bastante usada na
Bíblia, e principalmente no Antigo Testamento, para se referir às pessoas que
se mantinham longe dos ídolos. Pureza sexual é usada como analogia à pureza
espiritual, assim adultério e prostituição, se refere àqueles que se sujam com
a adoração de ídolos e entidades espirituais (demônios).
Contudo,
nos dias atuais, a idolatria e a prostituição espiritual, que continua agindo
debaixo da veneração de ídolos em imagens e esculturas, também assume facetas
mais sutis, das quais muitos evangélicos não admitem que participam. A verdade
é uma só: tudo aquilo que ocupa o lugar que é de Deus é idolatria, todos os que
participam disso, estão com as vestes sujas e portanto numa condição de
prostituição espiritual (fecho o parêntese).
2. Todas saíram ao
encontro do noivo: todas eram voluntariosas com a ordem do noivo, obedientes,
portanto não se ache que ativismo, religiosidade, presença nos cultos e nos
ministérios e outros legalismos nos tornam ungidos e merecedores de participar da bodas do
Cordeiro.
3. As prudentes
também cochilaram: por serem prudentes, não significa que eram perfeitas, mesmo
elas se cansaram de esperar, isso, porém, não é desculpa para que não
perseveremos. Ninguém pode dizer com certeza se a falta de vigilância é ou não
condição para que as lâmpadas estejam cheias de azeite.
4. As insensatas
saíram para buscar azeite: foram voluntariosas até o fim, dispostas, mas
loucas, não tiveram a sabedoria para obedecer na hora certa, podiam até ter
feito um cochilo, mas com as lâmpadas cheias de azeite; Loucos fazem e fazem,
mas não têm discernimento, não agem com lucidez, com o equilíbrio do Espírito,
porque não fazem para Jesus, mas para si mesmos, volto a bater nessa tecla (já
falei sobre isso no estudo “Fazer a vontade de Deus”).
Talvez
a lição mais séria e difícil de se aceitar nessa passagem seja: não basta ser
noiva, tem que estar ungida. Aquele que realmente teme a Deus e o obedece
saberá o momento certo de encher sua lâmpada, qual é o momento? Sempre, andando
em vigilância. Não adianta fazer e fazer e não estar ungido. Essa disposição de
vigilância se vive quando se anda num estilo de vida avivado, um estilo de vida
onde a unção está sempre presente em nossas vidas.
17/08/14
Unção (parte 6 de 8)
V. A brancura das vestes
Algo
que completa a aparência espiritual do ungido de Deus, que orna e realça a
simbologia do óleo santo, são as vestes brancas, vamos refletir um pouco sobre
alguns aspectos dessa simbologia. Em primeiro lugar, veja que lindo é o texto
de Eclesiastes 9.7-8:
“Vai e come com alegria o teu pão e bebe o
teu vinho com coração contente; pois há muito tempo Deus se agradou do que tu
fazes. Sejam as tuas vestes sempre bem cuidadas, e nunca falte o óleo sobre
a tua cabeça.”.
Veste
brancas aparecem em Mateus 17.1-3, que experiência tiveram os três apóstolos
com Jesus, única em toda a Bíblia, em nenhum outro lugar mortos reaparecem a
vivos:
“Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro,
Tiago e João, irmão deste, e os levou em particular a um alto monte; e foi
transfigurado diante deles. O seu rosto resplandeceu como o sol, e suas roupas
tornaram-se brancas como a luz. Então apareceram diante deles Moisés e
Elias, falando com ele.”
(Esse
texto não nos autoriza a criar uma doutrina, a Bíblia tem que ser entendida
como um todo para se saber a vontade geral de Deus. Por outro lado, Deus é Deus
e pode fazer o que quer, quando quer, ele, e mais ninguém pode criar regras e
usar exceções. Todavia, Moisés e Elias são dois casos interessantes na Bíblia,
o local do sepultamente de Moisés é um mistério, veja em Deuteronômio 34.5-7,
Elias, por sua vez, foi levado por um redemoinho ao céu, veja II Reis 2.1-11.
Enoque, veja Gênesis 5.24, é outro exemplo de homem que parece ter sido
arrebatado por Deus ainda em vida, bem, são mistérios, no céu saberemos o que
realmente acontece e porquê).
Voltando
ao texto da transfiguração, a glória do Altíssimo deixou as aparências brancas.
Quem já teve experiências espirituais com demônios sabe que eles são o
contrário disso, mais negros que a noite. É uma escuridão diferente, medonha,
sem forma definida, e que fogem sob uma palavra de autoridade do filho de Deus
que a possui pelo sangue de Jesus. Aqueles que estão na unção são o oposto
disso, são luz, e como tais amam e praticam as obras da luz.
Vestes
sujas não se adquire apenas andando em adultério e deixando-se escravizar por
vícios da carne. Rancor, inveja, orgulho, ira, tudo o que nos coloca numa
disposição de rebeldia, de caluniadores e de reclamadores, promotores do lado
negativo e ruim das coisas e das pessoas, incrédulos para o bem, tudo isso é
andar em trevas, é estar com as vestes imundas. O ungido tem uma boa
consciência e um coração fácil para amar, perdoar, esperar, isso é sinal de
roupas espirituais brancas. A carta à igreja de Sardes em Apocalipse 3.1-6,
contudo, nos exorta sobre as vestes brancas e a vigilância:
“Escreve ao anjo da igreja em Sardes: Assim
diz aquele que tem os sete espíritos de Deus e as estrelas: Conheço tuas obras,
tens fama de estar vivo, mas estás morto. Fica alerta e fortalece o que
ainda resta e estava para morrer; porque não tenho achado tuas obras perfeitas
diante do meu Deus. Portanto, lembra-te daquilo que tens recebido e ouvido,
obedece e arrepende-te. Pois se não estiveres alerta, virei como um ladrão, e
tu não saberás a que hora virei contra ti.
Mas em Sardes também tens algumas pessoas que não contaminaram
suas vestes; elas andarão comigo, vestidas de branco, pois são dignas. Assim, o
vencedor será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei seu
nome do livro da vida, mas, pelo contrário, reconhecerei seu nome diante de meu
Pai e diante de seus anjos. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às
igrejas.”.
A
frase “tens fama de estar vivo, mas estás
morto” nos exorta sobre uma espécie de falso avivamento, de hipocrisia,
sobre aparentar uma coisa, contudo, ser outra. Ela aparece no mesmo texto que
honra aqueles que estão com vestes brancas, não os sepulcros caiados dos
fariseus, mas as roupas espirituais limpas no sangue do Cordeiro. O ungido tem
essas vestes, não são somente suas palavras que são pentecostais, sua
aparência, seus costumes, mas seu coração:
"Então me invocareis e vireis orar a mim, e
eu vos ouvirei. Vós me buscareis e me encontrareis, quando me buscardes de
todo o coração. Eu me deixarei ser encontrado por vós, diz o SENHOR, e mudarei
o vosso destino. Eu vos reunirei dentre todas as nações e de todos os lugares
para onde vos dispersei, diz o SENHOR; e vos trarei de volta para o lugar de
onde vos exilei." (Jeremias 29.12-14).
Santificação
é um processo constante, não como obseção, mas como adoração, como fidelidade,
daquele que deseja estar limpo para estar mais perto do pai. Não apenas dentro
do templo, não apenas durante os cultos, não apenas junto dos irmãos, mas
sempre. O ungido está sempre com as roupas prontas para uma festa, que festa é
essa? As bodas do cordeiro, o encontro que terá com Jesus, caso morra, ou caso
seja arrebatado, bem esse é o nosso próximo assunto.
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