domingo, agosto 31, 2014

Igreja, liberta-se dos falsos profetas

      Até que ponto a palavra de fé no impossível, de destruição dos inimigos, de incentivo a ter uma experiência sensorial de Deus é realmente uma palavra do Espírito Santo, uma palavra bíblica? Ou é apenas escapismo, imaturidade e acima de tudo não confronto do pecado? 

      Até que ponto a vitória incondicional pregada de maneira superficial e irresponsável em muitos púlpitos não é somente uma outra ótica do mesmo positivismo humanista tão difundido no mundo pelos palestrantes de motivação profissional, pelos gurus de autoajuda e pela nova era de maneira geral? 

     Até que ponto o nome de Cristo não está sendo usado para manipular as pessoas e enriquecer falsos ministérios, e não para salvar, libertar e dar crescimento para uma Igreja que se prepara para o arrebatamento? Até que ponto a heresia faz parte da igreja que participamos?

sábado, agosto 30, 2014

Direito a uma palavra que alimenta

Todo homem que possui uma palavra profunda, correta e forte de Deus para compartilhar, teve antes uma vida de provações profundas, corretas e fortes de Deus, a ferramenta tem eficácia e agudeza à medida que é preparada com eficácia e agudeza, o que fala com amor, mas com severidade, foi educado com amor e severidade.
Contudo, o homem que possui uma palavra vazia, desfocada e que não confronta o pecado, nunca se deixou ser tratado por Deus, por isso é vazio, sem foco e continua andando em pecado, mesmo que seja o da displicência.
Ovelha, você tem direito a um pastor que lhe entregue uma palavra que a alimente do púlpito, um pastor assim vive o que prega, portanto, não se acomode com menos que isso. É preciso crescer, só uma palavra bíblica e consequência de experiência vivida pode levar ao crescimento.

sexta-feira, agosto 29, 2014

Diligência com a exortação de Deus

    "O anjo que falava comigo respondeu-me: Não sabes o que é isto? E eu disse: Não, meu senhor. Ele me respondeu: Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos." (Zacarias 4.5-6).

    Contudo, muitas vezes Deus fala pelo Espírito, fala sem força, fala sem violência, então a vida e o mundo falam de uma forma mais dura, com força e até com violência, e mesmo assim o errado não se conserta. O amor de Deus só é limitado pela justiça, e ela tem tempo para acontecer.

    "Porque deste atenção à minha exortação à perseverança, eu também te guardarei da hora da provação que virá sobre o mundo inteiro, para pôr à prova os que habitam sobre a terra. Venho sem demora; conserva o que tens, para que ninguém tome tua coroa." (Apocalipse 3.10-11).

quinta-feira, agosto 28, 2014

A oração de um justo

O caminho do justo é plano. Tu, que tens a retidão, nivelas a sua vereda. Senhor, temos esperado por ti no caminho dos teus juízos; o teu nome e a tua reputação são o desejo da nossa alma. Minha alma te deseja durante a noite; sim, o meu espírito, dentro de mim, te busca ansiosamente; porque os moradores do mundo aprendem justiça, quando os teus juízos estão na terra.” (Isaías 26.7-9).

Se tiver que ser diferente da maneira que eu estou sentindo e entendendo neste momento, meu Deus, então mude a situação, o coração das pessoas, o meu coração, pois o Senhor é o Deus do impossível e pode reverter qualquer situação. Caso contrário, se o que eu estou sentindo e entendendo é realmente a tua vontade, continue firmando o meu coração na tua paz e nas tuas promessas, através da tua palavra e do teu Santo Espírito, confirmando a tua vontade, pois é a ela e somente a ela que eu quero obedecer”.

Essa deve ser a oração de um justo na hora de uma decisão importante que mudará sua vida de maneira radical.

quarta-feira, agosto 27, 2014

Punição dos levitas e avivamento

Mas os levitas que se afastaram de mim, desviando-se para seguir os seus ídolos, quando Israel andava errado, levarão sobre si a sua punição. Entretanto, serão ministros no meu santuário, tendo ao seu cargo a guarda das portas do templo e ministrando no templo. Imolarão o holocausto e o sacrifício para o povo e estarão diante dele para servi-lo.
Porque lhes ministraram diante dos seus ídolos e serviram de tropeço de maldade à casa de Israel; por isso fiz um juramento contra eles, diz o Senhor Deus, e eles levarão sobre si a sua punição. E não se chegarão a mim para me servir no sacerdócio, nem se chegarão a nenhuma das minhas coisas sagradas, às coisas santíssimas; mas levarão sobre si a sua vergonha e as abominações que cometeram.” (Ezequiel 44.10-13).

Para manter liturgias, tradições, igrejas cheias e bem organizadas, muitos líderes não confrontam o pecado do povo, principalmente daqueles que pisam o altar. Infelizmente liturgias, tradições, igrejas cheias e bem organizadas não significam necessariamente santidade e adoração a Deus, portanto não serão critérios para definir quem vai subir no arrebatamento.
Uma igreja avivada vai subir, mas será que as pessoas entendem realmente o que é avivamento ou estão confundindo com batismo no Espírito Santo e com manifestação de dons espirituais? Isso representa o avivamento, mas somente o começo dele, o passo inicial, pentecostalismo não é avivamento, assim como tradicionalismo não é necessariamente frieza espiritual.

terça-feira, agosto 26, 2014

Nosso melhor no melhor momento

        Só o tempo para nos fazer entender porque algumas portas se fecharam, Deus estava protegendo nossos tesouros, guardando o nosso melhor para o melhor momento, quando nossos tesouros poderão realmente dar os melhores frutos, para nós mesmos, para as pessoas e para Ele.

segunda-feira, agosto 25, 2014

Discernimento da paz

Eu vos tenho dito essas coisas para que tenhais paz em mim. No mundo tereis tribulações; mas não vos desanimeis! Eu venci o mundo.” (João 16.33).

Não andeis ansiosos por coisa alguma; pelo contrário, sejam os vossos pedidos plenamente conhecidos diante de Deus por meio de oração e súplica com ações de graças; e a paz de Deus, que ultrapassa todo entendimento, guardará o vosso coração e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.” (Filipenses 4.6-7).

A paz que Deus dá é realmente completa, duradoura e profunda, não confundamos as aflições desse mundo, com as quais todos convivemos e conviveremos sempre, até a volta de Cristo, com falta dessa paz.
Também não nos acomodemos com a falta de paz que é consequência de desobediência, por menor e mais plausível que seja, não aquela que é resultado de situação explícita e óbvia de pecado, com aflições normais.
Às vezes pecamos não por simplesmente fazer algo errado, ruim, sujo, mas por teimarmos em fazer algo que parece até certo, mas que não é no tempo, no lugar ou do jeito que Deus quer fazer as coisas.
Lembre-se Deus tem o melhor pra você sempre, se o teu desejo for realmente obedecê-lo e glorifica-lo, portanto não sofra ou se desgaste desnecessariamente, busque esse melhor que Deus lhe dará.

domingo, agosto 24, 2014

Que não sejamos motivo de escândalo

Jesus disse a seus discípulos: É impossível que não haja motivos de tropeço, mas ai daquele por quem eles vierem! Seria melhor que lhe pendurassem ao pescoço uma pedra de moinho e fosse jogado ao mar, em vez de fazer tropeçar um destes pequeninos.
Tende cuidado de vós mesmos; se teu irmão pecar, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Mesmo se pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes vier a ti, dizendo: Estou arrependido; tu lhe perdoarás.” (Lucas 17.1-4).

Ninguém quando prova uma overdose de álcool pela primeira vez passa bem, regurgita, o corpo quer devolver algo ruim e errado que entrou nele e que não lhe faz bem. Assim é com o pecado, quando o cometemos pela primeira vez temos uma forte crise de culpa, principalmente se já somos convertidos. Contudo, na insistência dele, o Espírito Santo se fere, se distancia, ao mesmo tempo que nossa alma fica fria e insensível, a culpa acaba diminuindo, ao passo que nosso racional começa a inventar e procurar motivos para continuar com o pecado, sem que haja arrependimento e cessar da prática do pecado.
Nesse processo, muitos querem continuar na igreja, mesmo com ministérios, mesmo com lideranças, querem manter a religião, mas sem abrir mão de uma atitude pecaminosa. Nesse processo muitos oram, cantam, pregam, fazem e acontecem, mas não querem abrir mão da vida de pecado que vivem.
Isso é a maior das apostasias, das heresias, dos pecados, isso é algo que tem tempo para acabar, e quando Deus coloca a mão numa situação assim, a queda é grande, a dor é enorme, o escândalo pode ser desproporcional. Muitos perdem, principalmente os ingênuos, inexperientes, que colocavam algum tipo de confiança naqueles que insistiam em fazer a obra em pecado.
Arrependamos-nos, a tempo de achar perdão, a tempo de não sermos escândalo para os pequeninos, os novos convertidos, que por causa de um escândalo podem se afastar do evangelho.

Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” (Isaías 55.6).

sábado, agosto 23, 2014

Glacê & chantili versus massa & recheio

Muitos se acostumam tanto com o glacê e o chantili que acabam achando que isso é o bolo, quando percebem estão comendo somente enfeite e açúcar coloridos, e nada da massa e recheio. Então, quando provam uma boa massa com um recheio maravilhoso, percebem que o glacê e chantili, são apenas coberturas externas, não fazem tanta falta assim.
A simbologia fala de causa e consequência, de interior e exterior, de carne, alma e espírito. Quando provamos uma experiência espiritual real de Deus, através do Espírito Santo e de sua palavra, obviamente nossos sentidos são tocados, e as emoções são despertadas. Contudo, pontuar uma experiência espiritual pelas emoções é dar valor ao glacê e o chantili, e não à massa e o recheio.
O que realmente importa, um culto cheio de manifestações emocionais, de gritos, de descontrole físico, de transes e frenesis, ou com um estudo profundo, inteligente e ungido da palavra de Deus? Um estudo que pode ser compartilhado sem clichês pentecostais, sem muito estardalhaço, sem apelações emocionais, sem criar um clima manipulador de que algo extraordinário vai acontecer, um estudo que simplesmente ensina a Bíblia.
Talvez muitos estejam querendo fazer o papel de Deus, dar uma ajuda ao Espírito Santo, tentando tocar naquele lugar do coração humano que só Deus pode tocar, isso é desnecessário, Deus sabe como, quando e onde fazer sua obra. Talvez muitos pregadores estejam preocupados mais em demonstrar seus talentos de oratória e teatro, ao invés de compartilhar uma experiência pessoal com Deus, porque querem colher frutos rapidamente e frutos equivocados. Os frutos de uma palavra ungida não são necessariamente a explicitação de emoções, gestos e palavras imediatos, mas a vida de santidade e adoração que acontecerá depois, no dia a dia.
É claro que nesse uso exagerado de glacê e chantili não podemos deixar de citar a música, que naturalmente já toca nossas emoções de maneira objetiva e forte, indiferente da qualidade de suas letras, harmonias ou melodias. Mas até que ponto aquilo, que muitos dos chamados "levitas" sentem, é unção, até que ponto é unção espiritual aquilo que muitas apresentações nas igrejas causam nas pessoas, até que ponto existe adoração, adoradores e a presença do altíssimo em tanta confusão e barulho?
O que sei é que nada que é artificial, falso ou carnal resiste ao tempo, à vida, a Deus. O chantili e o glacê exagerados causam dor de barriga, a emoção descontrolada que começa como escapismo, torna-se vício e então inútil para trazer refrigério. O teatro e a manipulação psicológica e emocional mostram que evidenciam só o homem e não adoram realmente a Deus. O que sei é que no final de tudo a palavra de Deus triunfa, é a única que pode curar, que pode nos levar a uma vida de amor e de santidade, as únicas coisas que realmente adoram o nome de Deus e que existirão por toda a eternidade.
Voltando ao bolo, eu prefiro aquele bolo de final de tarde, feito em casa, sem cobertura, apenas a massa, um bolo de milho para comer com um cafezinho feito na hora, esse a gente pode saborear todos os dias, alimenta muito mais. Pra mim isso representa a simplicidade e eficácia da palavra de Deus revelada na Bíblia, muito melhor que aqueles bolos complicados que se come em eventos especiais, que são interessantes, mas só de vez em quando. Contudo, tem muita gente que quer viver o tempo todo de festas de aniversários, de bolos complicados, de barulho e de emocionalismos, essas nunca provarão um evangelho maduro resistente ao tempo e à vida.

sexta-feira, agosto 22, 2014

Dons e frutos realmente espirituais

Porque todos podereis profetizar, um de cada vez, para que todos aprendam e sejam encorajados. O espírito dos profetas está sujeito ao controle dos profetas; porque Deus não é Deus de desordem, mas sim de paz.
Como em todas as igrejas dos santos, as mulheres devem permanecer caladas nas igrejas. Porque não lhes é permitido falar. Mas estejam submissas como também a lei ordena.” (I Coríntios 14.31-34).

A falta do dom espiritual é tão danosa quanto a falsa manifestação de dele, quando é falsa? Quando é priorizada sua consequência emocional e não sua causa espiritual. Sim, porque uma experiência espiritual meche com o emocional do homem de maneira impactante, contudo cabe ao homem controlar seu emocional, direcionando a capacitação física que ele potencializa no momento de uma experiência espiritual para algo realmente prático, útil para o próprio crescimento e para a obra de Deus.
É justamente o uso infantil dessa capacitação que escandaliza tantos outros e faz com que esses não busquem os dons, é claro que esses confundem uma consequência com a causa. A ordem correta das coisas é: uma experiência espiritual, uma “impactação” emocional momentânea e frutos práticos que perdurem.
Já vi todos os extremos desse assunto: exteriorização forte das emoções, sem frutos espirituais depois, assim como controle emocional demasiado sendo usado para limitar a ação do Espírito impedindo a pessoa de adorar e ter uma comunhão mais plena com Deus. Esses últimos, frios e distantes, se privam da capacitação que o Espírito Santo pode dar tanto quanto aquelas que se descontrolam emocionalmente caindo no chão e gritando freneticamente.
Todavia, já vi também pessoas comedidas e discretas usado a capacitação dos dons espirituais para viverem uma vida realmente santa, dando testemunho de Jesus no mundo e fazendo a obra de Deus com diligência e eficiência.

quinta-feira, agosto 21, 2014

Casamento, exclusividade possível somente em Deus

Casamento que dure é algo que se escolhe, que se quer, que se paga preço para manter, mas acima de tudo é prova de maturidade, de gente que entendeu que não se pode passar a vida toda como abelha, provando o mel de tantas flores quanto se pode.
A alma humana não foi feita pra isso, se insiste numa vida de paixões ilimitadas, ficando com alguém só enquanto houver atração carnal, torna-se promíscua, cheia de culpas, velha antes do tempo e da maneira errada.
Todavia, só vivendo no centro da vontade de Deus é que podemos manter relacionamento feliz e exclusivo com alguém, colhendo com isso todos os frutos de uma vida santa, frutos que não se colhe com paixões ou com a falsa liberdade que a carne diz que dá.
Se for o caso, volte-se pra Deus, limpe-se, respeite-se, e acredite em milagres, Deus te ama com exclusividade, e quer que você também ame, a ele e às pessoas, assim.

quarta-feira, agosto 20, 2014

Não seja tímido para adorar

        "quando tocaram as trombetas em uníssono e cantaram para serem ouvidos, louvando o Senhor e dando-lhe graças, e quando levantaram a voz com trombetas, címbalos e outros instrumentos de música, e louvaram o Senhor , cantando: Porque ele é bom, porque o seu amor dura para sempre; então uma nuvem encheu o templo do Senhor" II Crônicas 5.13

terça-feira, agosto 19, 2014

Unção (parte 8 de 8)

Conclusão

A unção de Deus é sentida no coração, de maneira subjetiva, mas ela produz frutos reais e objetivos, portanto, ela não é só emoção, os talentos humanos, oratória, inteligência, carisma e musicalidade, frutos transitórios, manifestação de dons espirituais de maneira isolada, mesmo não ungidos podem falar em línguas estranhas e até expulsar demônios. Mas ela é causa inicial espiritual, operação sobrenatural, frutos que permanecem, aquele que experimenta a verdadeira unção de Deus prova um avivamento em sua vida.
A unção de Deus interage com o ser humano em sua integridade. Ela limpa, aviva e motiva, corpo, alma e espírito. Ela dá ao homem forças espirituais, emocionais e físicas. Ela nos faz experimentar um pouco da eternidade neste mundo, um pedacinho da natureza de Deus. Ele sacia o homem, coloca-o no centro da vontade de Deus e capacita-o a servi-lo.

E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, com o qual fostes selados para o dia da redenção.” (Efésios 4.30).
A unção de Deus é de Deus, e sendo assim, glorifica somente a Deus. O pecado, a vaidade, a estupidez, por menor que sejam, ferem o Espírito Santo. Por isso o fogo tem que ser o do alto, o óleo deve ser santo, as águas precisam ser vivas, as vestes serão sempre limpas. O Espírito Santo não se retira do salvo, não mais, contudo, a unção pode ser perdida. Mas pode ser recuperada, através do arrependimento, da fé e da oração. Sem unção, completa e genuína de Deus, não se pode fazer a obra de Deus, não se pode experimentar aquilo que os apóstolos, que Paulo, que os primeiros discípulos experimentaram: o avivamento, aquele, que tanto temos buscado nos últimos tempos.

Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem no Espírito e em verdade.” (João 4.24).
Para experimentar a unção de Deus é necessário que o Espírito Santo tenha liberdade em nossas vidas. Ele tem liberdade à medida que é buscado, ouvido, entendido e obedecido. Isso não se ensina numa escola, não se é obtido com fórmulas ou receitas, isso só é experimentado por quem busca, com perseverança uma comunhão plena com Deus. É um processo que pode acontecer na conversão, levar alguns meses após elas, ou mesmo anos, é algo pessoal. Mas são esses os adoradores que Deus busca, os que o adoram com o espírito e no Espírito, esses podem provar os mistérios espirituais e os milagres, direitos daqueles que recebem a unção de Deus.


José Osório de Souza – 25/03/14

segunda-feira, agosto 18, 2014

Unção (parte 7 de 8)

VI. As virgens e as lâmpadas com azeite

Para entendermos a importância da unção na vida do cristão, saber que ela não é opcional, mas obrigatória, para aqueles que querem viver uma vida cristã real, e que desejam estar com Deus o mais rapidamente possível, não podemos deixar de refletir sobre essa parábola. Ela usa a simbologia das virgens com as lâmpadas cheias de azeite, para identificar a igreja ungida, interessante que essa simbologia reúne três metáforas que já citamos: as vestes brancas (das noivas), o óleo e o fogo. Nesse caso, o azeite é usado para iluminar, dentro da lamparina, e não apenas para emanar bom cheiro:

O reino do céu será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo. Cinco delas eram insensatas, e cinco, prudentes. Ao pegarem as lâmpadas, as insensatas não levaram azeite. As prudentes, porém, levaram azeite em suas vasilhas, juntamente com as lâmpadas.
E, demorando o noivo, todas começaram a cochilar e dormiram. À meia-noite, porém, ouviu-se um grito: O noivo chegou! Saí ao encontro dele! Então todas as virgens se levantaram e prepararam suas lâmpadas. E as insensatas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, pois nossas lâmpadas estão se apagando. Mas as prudentes responderam: Não; talvez não haja o suficiente para nós e para vós. Ide, porém, aos que vendem azeite e comprai-o para vós.
E, assim que elas saíram para comprá-lo, o noivo chegou; as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento, e fechou-se a porta. Depois também chegaram as outras virgens e disseram: Senhor! Senhor! Abre-nos a porta. Ele, porém, respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço. Portanto, vigiai, pois não sabeis nem o dia nem a hora.” (Mateus 25.1-13).

Já cheguei a ouvir de crentes, e bons crentes, a seguinte frase como resposta à pergunta se eles tinham certeza de sua salvação, se eles morariam no céu ou se eles seriam arrebatados: se Deus me achar digno, eu serei salvo, morarei no céu, serei arrebatado. Um cristão de verdade não deve pensar assim, ele precisa e tem todo o direito de ter a certeza, de que é salvo, de que morará no céu, de que será arrebatado. Isso não é arrogância e nem presunção, é privilégio. Não um convicção insana, mas baseada em testemunhos: primeiro da palavra de Deus, depois através das vidas de outros irmãos que participam da mesma igreja que ele, e por último debaixo da unção do Senhor, que nos dá a certeza de quem somos e para onde iremos.

A parábola, porém, nos dá alguns alertas:

1. Todas eram virgens e noivas: todas pareciam ser a igreja de Cristo, a noiva, e talvez todas fossem, há divergências sobre isso entre os teólogos, mas o que podemos entender lendo o Novo Testamento é que haverá oportunidade de salvação mesmo após o arrebatamento. Essa parábola nos parece que se refere ao arrebatamento, as bodas do Cordeiro, que só terão direito aqueles que partirem na primeira leva, digamos assim.
Mas não queira partir depois, o preço que se terá que pagar será muito alto, o livro de Apocalipse não faz entender que o preço será a própria vida. Pode ser, ainda, que haja oportunidade de salvação mesmo durante o milênio, contudo os que morreram em Cristo e foram arrebatados, terão um privilégio especial nesse período, administrarão a terra junto com Jesus.
Abrindo um parêntese, lembro que a simbologia de virgens e puras é bastante usada na Bíblia, e principalmente no Antigo Testamento, para se referir às pessoas que se mantinham longe dos ídolos. Pureza sexual é usada como analogia à pureza espiritual, assim adultério e prostituição, se refere àqueles que se sujam com a adoração de ídolos e entidades espirituais (demônios).
Contudo, nos dias atuais, a idolatria e a prostituição espiritual, que continua agindo debaixo da veneração de ídolos em imagens e esculturas, também assume facetas mais sutis, das quais muitos evangélicos não admitem que participam. A verdade é uma só: tudo aquilo que ocupa o lugar que é de Deus é idolatria, todos os que participam disso, estão com as vestes sujas e portanto numa condição de prostituição espiritual (fecho o parêntese).

2. Todas saíram ao encontro do noivo: todas eram voluntariosas com a ordem do noivo, obedientes, portanto não se ache que ativismo, religiosidade, presença nos cultos e nos ministérios e outros legalismos nos tornam ungidos  e merecedores de participar da bodas do Cordeiro.

3. As prudentes também cochilaram: por serem prudentes, não significa que eram perfeitas, mesmo elas se cansaram de esperar, isso, porém, não é desculpa para que não perseveremos. Ninguém pode dizer com certeza se a falta de vigilância é ou não condição para que as lâmpadas estejam cheias de azeite.

4. As insensatas saíram para buscar azeite: foram voluntariosas até o fim, dispostas, mas loucas, não tiveram a sabedoria para obedecer na hora certa, podiam até ter feito um cochilo, mas com as lâmpadas cheias de azeite; Loucos fazem e fazem, mas não têm discernimento, não agem com lucidez, com o equilíbrio do Espírito, porque não fazem para Jesus, mas para si mesmos, volto a bater nessa tecla (já falei sobre isso no estudo “Fazer a vontade de Deus”).


Talvez a lição mais séria e difícil de se aceitar nessa passagem seja: não basta ser noiva, tem que estar ungida. Aquele que realmente teme a Deus e o obedece saberá o momento certo de encher sua lâmpada, qual é o momento? Sempre, andando em vigilância. Não adianta fazer e fazer e não estar ungido. Essa disposição de vigilância se vive quando se anda num estilo de vida avivado, um estilo de vida onde a unção está sempre presente em nossas vidas.