quinta-feira, agosto 11, 2011

Limites

Livro de Deuteronômio, capítulo 2, versículos 1-9, 13-19 e 24-25:

      “Então demos meia-volta e partimos para o deserto pelo caminho do mar Vermelho, como o Senhor me havia ordenado. E por muitos anos caminhamos em redor dos montes de Seir. Então o Senhor me disse: "Vocês já caminharam bastante tempo ao redor destas montanhas; agora andem para o norte.
      O povo de Israel tinha saído do Egito e após insistir no pecado de incredulidade e idolatria, Deus permitiu que o povo ficasse quarenta anos andando em círculos, sem chegar ao lugar de destino. Interessante que o povo passou um bom tempo andando próximo do monte Seir, onde habitava os descendentes de Esaú, parentes do povo de Israel, descendentes de Jacó, irmão de Esaú.
      E diga ao povo: Vocês estão passando pelo território de seus irmãos, os descendentes de Esaú, que vivem em Seir. Eles terão medo de vocês, mas tenham muito cuidado. Não os provoquem, pois não darei a vocês parte alguma da terra deles, nem mesmo o espaço de um pé. Já dei a Esaú a posse dos montes de Seir. Vocês lhes pagarão com prata a comida que comerem e a água que beberem".

      Israel fez o que muitas vezes nós fazemos, quando a coisa aperta, ao invés de procurar a ajuda de Deus, voltamos e olhamos para trás, procurando a ajuda dos parentes. Mas para quem já constituiu família, tem mulher e filhos, isso é um retrocesso. Como família Deus ordena que tenhamos a nossa independência e que busquemos o lugar que é nosso. O que é de nossos pais e sogros não nos pertence. Deus ordenou que nada tomasse dos descendentes de Esaú, mas que se precisasse de alguma coisa, o povo de Israel deveria comprar de Esaú.

      Pois o Senhor, o seu Deus, os tem abençoado em tudo o que vocês têm feito. Ele cuidou de vocês em sua jornada por este grande deserto. Nestes quarenta anos o Senhor, o seu Deus, tem estado com vocês, e não lhes tem faltado coisa alguma.

      Deus lembra que durante os quarenta anos que Israel passou no deserto, ele tinha cuidado do povo, nada lhes havia faltado, não seria diferente agora que estavam mais próximos de “parentes”.

      Assim, passamos ao largo de nossos irmãos, os descendentes de Esaú, que habitam em Seir. Saímos da rota da Arabá, de Elate e de Eziom-Geber. Voltamos e fomos pela rota do deserto de Moabe. Então o Senhor me disse: "Não perturbem os moabitas nem os provoquem à guerra, pois não darei a vocês parte alguma da terra deles, pois já entreguei a região de Ar aos descendentes de Ló".

      Israel precisou que Deus lhes chamasse a atenção para parar de andar em círculos, buscando a solução que para eles era mais fácil, no lugar de confiar em Deus e se por no caminho certo, de conquista da terra prometida. Então passaram pelos moabitas, que também eram parentes distantes dos israelitas. Nesse momento Deus tornou a exortar o povo, dizendo que nada deveria tirar dos moabitas, mas que deveriam seguir em frente.

      "Agora levantem-se! Atravessem o vale de Zerede". Assim atravessamos o vale. Passaram-se trinta e oito anos entre a época em que partimos de Cades-Barnéia, até quando atravessamos o vale de Zerede, até que pereceu do acampamento toda aquela geração de homens de guerra, conforme o Senhor lhes havia jurado. A mão do Senhor caiu sobre eles e por fim os eliminou completamente do acampamento. Depois que todos os guerreiros do povo tinham morrido,

      Os anos que o povo andou em círculos, vislumbrando uma Canaã errada, serviram para que Deus punisse a geração de homens incrédulos que não confiou que Deus os levaria, sãos e salvos, à terra prometida.

      o Senhor me disse: "Vocês estão prestes a passar pelo território de Moabe, pela região de Ar, e vão chegar perto da fronteira dos amonitas. Não sejam hostis a eles, pois não darei a vocês parte alguma da terra dos amonitas, pois eu a entreguei aos descendentes de Ló".

      Sobre os amonitas, Deus repete a orientação que deu sobre os descendentes de Esaú e moabitas, “não tomem nada deles, a terra deles não é de vocês”.

      "Vão agora e atravessem o ribeiro do Arnom. Vejam que eu entreguei em suas mãos Seom o amorreu, rei de Hesbom, e a terra dele. Comecem a ocupação, entrem em guerra contra ele. Hoje mesmo começarei a infundir pavor e medo de vocês em todos os povos  debaixo do céu. Quando ouvirem da fama de vocês, tremerão e ficarão angustiados".

      Finalmente, o povo de Israel, chegou à terra que Deus daria a ele. Se foi demorado para Israel, foi o tempo certo para Deus. Quando Israel chegou a sua terra, sua fama já tinha lhe antecedido, o medo fez com que Israel chegasse para lutar com um povo enfraquecido.
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      Deus põe limites nas coisas, não é tudo que é para ser nosso. Devemos aprender a enxergar esses limites, para não perdermos tempo lutando por algo que não é nosso, que Deus não nos deu. Aquilo que Deus nos deu, não custará nada para nós, a não ser obediência. Obedecendo a Deus, lutaremos uma batalha de vitória certa, contra um inimigo que já foi vencido antes mesmo que nós começássemos a lutar, Deus faz isso.
      Devemos entender que Deus não nos dá determinadas coisas porque elas são de outros. Não é somente nós, que somos amados por Deus, Deus ama a todos, e para cada um ele tem uma parte de prosperidade e de posse.
      Mas talvez você esteja vivendo uma situação em que parece estar fazendo tudo certo, está bem intencionado e vivendo de acordo com a vontade de Deus, nada pode te acusar. No entanto, está investindo num projeto, que Deus inclusive sabe que é uma necessidade legítima que você tem, mas o projeto absolutamente não vai pra frente, não funciona, não dá certo. Pode ser um emprego, relações sociais, aquisição de um bem, a coisa simplesmente não anda.
      Pode não estar andando, porque, apesar de você estar agindo com sinceridade, não é o que Deus tem pra você. De uma maneira talvez inconsciente, você está desobedecendo a Deus. Quando é assim, não adianta orar, se santificar, tomar todos os cuidados, não só isso, você não terá vitória no encaminhamento desse projeto. O mundo, a vida, mesmo a geografia, tem seus limites, Deus tem o lugar certo para cada um, só nesse lugar a batalha é viável e a vitória é certa.

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