terça-feira, agosto 16, 2011

Motivos e atitudes

Nós acabamos de ver Deus abrindo o mar, mas ficamos incrédulos se precisamos pular uma poça formada pela chuva. Nós recebemos de Deus uma cidade inteira, mas ainda assim oramos para que ele nos dê um país. Deus saciou a nossa sede com água limpa e fresca, mas insistimos em pedir que ele nos deixe encher a cara com a cerveja gelada espumando no copo. Ok, me desculpe pelas metáforas surrealistas (mas bíblicas), ver o mar abrir, receber uma cidade, bem, a água e a cerveja até que foram mais reais. Mas acho que você entendeu.
      Nos aproximamos de Deus por vários motivos, e com várias atitudes. Mas seja com incredulidade, com infantilidade ou com rebeldia, Deus sempre nos recebe. Se chegamos com insistência e emocionados, Deus é empático com a nossa necessidade, nos abraça, e fala carinhosamente ao nosso ouvido, “fica tranquilo, vou ver o que posso fazer”. Sim, eu sei, Deus pode fazer qualquer coisa, mas nem tudo é conveniente que ele faça em nossas vidas. Mas Deus sempre dá um jeito de responder com a delicadeza de pai, mesmo quando a resposta mais certa é um sonoro não.
      Contudo é bom aprendermos como nos aproximar de Deus. É preciso amadurecer e se contentar com o necessário, e o necessário nunca será objeto de tentação para nos afastar de Deus. É preciso experimentar a fé e sermos constantes nela, e não tentarmos a Deus com incredulidade e ingratidão. É necessário aprender o que é melhor para nós, para o nossa alma, para a nosso corpo e para o nosso espírito, e deixarmos para trás prazeres baratos que só roubam tempo, lucidez e unção.

Nenhum comentário:

Postar um comentário