sexta-feira, agosto 19, 2011

"Espírito dos deuses santos"?

      “E ele prosseguiu: "Não tenha medo, Daniel. Desde o primeiro dia em que você decidiu buscar entendimento e humilhar-se diante do seu Deus, suas palavras foram ouvidas, e eu vim em resposta a elas” Daniel 10:12

      O livro de Daniel tem doze capítulos, metade do livro descreve as situações que Daniel e seus três amigos foram, muitas vezes só por inveja, confrontados a testemunhar de seu Deus mesmo pondo em perigo suas vidas. Em todas as situações uma perspectiva de destruição inicial findou-se em grande glória para os quatro. Inicialmente servindo no meio dos eunucos, tornaram-se governantes no império caldeu, medo e persa.
      Foi muita luta para Daniel, mas a sua persistência, o seu caráter e a sua confiança em Deus lhes trouxeram privilégio muito maior que a posição política proeminente no meio daqueles que deveriam ser somente seus escravizadores. A Daniel foram revelados acontecimentos futuros, que ocorreriam centenas de anos após sua vida neste mundo. Ele teve experiências com o mundo espiritual que poucos, à semelhança de João o evangelista, tiveram. Sim, valeu à pena ele ter confiado em Deus, enfrentado os poderosos, se mantido santo. Daniel obteve a intimidade do Senhor, que só conseguem os que são muito chegados a Deus. Daniel era um cara muito especial.
      A expressão “espírito dos deuses santos” é citada cinco vezes no livro de Daniel (Daniel 4:8, 4:9, 4:18, 5:11 e 5:14, versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel), essa expressão me chamou a atenção. É importante entender que o conceito de monoteísmo não era popular naquela época. As nações acreditavam em vários deuses e para elas o Deus de Israel era apenas mais um. Mas Nabucodonosor talvez tenha entendido pelo menos em parte o assunto, o Deus de Israel era o maior dos deuses. Outra coisa que ele percebeu é que o espírito que dava a Daniel a habilidade de discernir sonhos e visões era o espírito dos deuses santos. Diferente dos outros deuses, os de Daniel eram santos, limpos. Mesmo continuando com o conceito politeísta, Nabucodonosor viu que havia santidade no espírito de Daniel, diferente dos espíritos de adivinhação dos outros ditos sábios e magos de sua nação.
      Ser reconhecido pela santidade, como um filho de Deus, essa é a melhor maneira de se testemunhar de Deus. O filho de Deus não precisa ser o mais inteligente, o mais bonito, o mais articulado, o mais rico, mas deve ser santo. Foi por isso, pela santidade, que Daniel e os amigos lutaram desde o início. E veja que seria bem mais fácil se eles tivessem seguindo a maneira de viver da maioria. Eles já estavam em honra no meio dos caldeus, tinham sido escolhidos por suas qualidades para desempenharem cargos importantes. Pra que eles precisavam arrumar “encrenca”? Mas os cargos que eles tinham não subiram as suas cabeças, serem separados de Deus, santo, ainda era mais importante. O resultado foi que Deus deu a eles posições melhores ainda.

      “Meu Deus, muda o meu coração rebelde, faça-me entender o testemunho de Daniel, faça-me ver o que a Bíblia lança no meu rosto com tanta clareza, faça-me experimentar uma existência onde nada, nada mesmo, pode substituir uma vida de intimidade com o Senhor, de obediência, de santidade. As outras preocupações deste mundo? O Senhor cuida pra mim”, essa é a minha oração, faça a tua.

      “Eu ouvi, mas não compreendi. Por isso perguntei: "Meu senhor, qual será o resultado disso tudo? " Ele respondeu: "Siga o seu caminho, Daniel, pois as palavras estão seladas e lacradas até o tempo do fim. Muitos serão purificados, alvejados e refinados, mas os ímpios continuarão ímpios. Nenhum dos ímpios levará isto em consideração, mas os sábios sim” Daniel 12:8-10

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