Somos seres que não
sabem amar, decididamente é isso. Isso não é natural em nós, o amor. Gostamos
de quem nos adora e isso por pouco tempo. Logo nossa predileção já se mostra frágil
como flor ao vento frio de inverno. Não dura, não prevalece às fraquezas e
imperfeições que todos nós temos. Amamos por conveniência, baseados em valores
externos, materiais.
Faz-se necessário
buscar em Deus o amor, pedir a ele, clamar mesmo, a ação de amor de Deus em nossas
vidas é um milagre, e só pode existir depois que o perdão, a humildade e a ausência
de qualquer interesse egoísta sejam habitantes do nosso coração. Amar dá
trabalho, requer algum esforço, uma insistência, e tempo, o verdadeiro amor
resiste ao tempo.
Mas apesar de tudo
isso, é um mandamento fundamental do evangelho amar ao próximo, e quando se diz
próximo não significa amar ao pobre e injustiçado de um país africano, muitas
vezes esse tipo de amor é mais fácil, já que é direcionado para alguém distante e que
pensamos ser inferior (pensamos). Difícil é amar quem está perto, quem é igual e muitas vezes
nos parece superior, eu disse nos parece. Quem é mais próximo que um parente?
Mais ainda, que o esposo, a esposa?
Busquemos em Deus
esse amor, o que adianta-nos sermos bons cidadãos, bons chefes e empregados, bons
filhos e pais, se negamos amor àquele que mais precisa, que está ao nosso lado?
Quem é ele? É um pequenino de Deus, muitas vezes lutando sozinho e em silêncio.
Não tem jeito, é preciso amar, caso contrário não nos cabe a denominação de
cristãos. Muitas vezes não achamos nenhum motivo para nos aproximar de certa pessoa, mas existe um motivo sim, o amor, ele já basta, faz valer à pena qualquer batalha.
“Seja constante o amor fraternal. Não se
esqueçam da hospitalidade; foi praticando-a que, sem o saber alguns acolheram
anjos. Lembrem-se dos que estão na prisão, como se aprisionados com eles; dos
que estão sendo maltratados, como se fossem vocês mesmos que o estivessem
sofrendo no corpo.”, Hebreus 13:1-3.
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