terça-feira, março 02, 2021

Luz (2/2)

      “Busquei ao Senhor, e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores. Olharam para ele, e foram iluminados; e os seus rostos não ficaram confundidos. Clamou este pobre, e o Senhor o ouviu, e o salvou de todas as suas angústias.” Salmos 34.4-6

      O conhecimento mais alto de Deus ilumina, só na luz pode-se crescer, o cristão, que tem o privilégio de crer no único caminho que leva diretamente ao pai das luzes, ao Deus Altíssimo onde está a luz mais forte, pode ter uma mente, um coração e um espírito iluminados, mais do que ninguém. Entretanto, quantas trevas pode haver na mente de muitos frequentadores de templos evangélicos, e bastante na alma de católicos em catedrais. A verdade maior é viva e como tal não é limitada, quanto mais dela sabemos, mais queremos saber e mais podemos saber, contudo, quando se dogmatiza algo, se mata uma verdade, ela é aprisionada e fechada, líderes fazem isso por puro medo, medo de perderem o controle sobre outros homens. 
     Na luz espiritual temos visão infinita, podemos compará-la a um microscópio, onde, usando lentes cada vez mais potentes, podemos ver cada vez mais profundamente. No início podemos ver só a pele, mas depois vemos dentro do corpo, depois discernimos carne, músculos, ossos, veias, depois separamos o sangue em leucócitos, hemácias e plaquetas, depois vemos as células, e seguimos olhando dentro das células. A luz espiritual é tão infinita quanto Deus, não é uma claridade como a física que cansa os olhos e pode até cegar. Contudo, o que não está preparado para essa luz mais alta, por não ter olhos espirituais, olhará e nada verá, assim, talvez a grande pergunta a ser feita seja: para que realmente estamos olhando? 
      Essa pergunta o “Como o ar que respiro” tem feito de várias maneiras nos últimos tempos, com reflexões como as de “reavaliações de nossa crenças”, de questões como “Deus ou religião?”, assim como no livro compartilhado aqui sobre “Espiritualidade Cristã”, mas vou perguntar de novo: estamos olhando para Deus, diretamente para ele, através de Jesus e por meio do Espírito Santo, ou para o que os homens dizem ser Deus? O texto inicial diz, “olharam para ele e foram iluminados e os seus rostos não ficaram confundidos”, a iluminação está toda em Deus. Para ver Deus precisamos dos olhos que ele dá, ele é meio, o propósito original e o fim, a nós, homens, cabe somente nos colocarmos em plena comunhão com ele.   
      Vencer os preconceitos não é fácil, eles são construções das tradições e essas nos protegem pois entregam conceitos provados pelo tempo e aprovados pelos homens, que abraçarão quem neles se refugiar. Iluminação espiritual é jornada, que pelo menos no início, é solitária, pelo menos, porque o mais certo é que ela siga assim até o fim. Quem é iluminado entra num caminho sem volta, quem é libertado pelo conhecimento não se colocará cativo novamente. Finalmente, faço uma pergunta, quais são os teus temores, resumem-se a não ter grana para pagar o boleto que vence dia dez, ou já chegou no nível de querer saber mais sobre espiritualidade na luz do Deus Altíssimo? Deus responde, mas cabe a você perguntar, ou não. 
      Uma última palavra, agora aos não cristãos, aos “adeptos” e “iniciados” que se esforçam na “grande obra” de iluminação, através das “entidades” espirituais, de rituais e protocolos mágicos. Saibam vocês que ainda que a maioria dos cristãos se aprofunde pouco em alguns assuntos, e vocês muito mais que eles, os cristãos podem ter o que mais importa, que dá acesso, não às potestades rebeldes, mas a Deus, acima de toda potestade, por isso, o Altíssimo. Essa é a maior iluminação que um ser pode ter e que definirá sua eternidade, iluminação de verdade só existe através do Espírito Santo que têm os que creem em Cristo como único e suficiente salvador. Os cristãos podem lhes parecer rasos, mas eles são focados, no principal. 

Reflexão dividida em duas partes,
leia na postagem de ontem a 1ª parte.
José Osório de Souza, 10/11/2020

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