quarta-feira, outubro 13, 2021

Sem limites para a estupidez humana (13/31)

      “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia.” 
Mateus 23.27

      Soube de uma notícia que me assustou, pessoas que fazem tatuagens em seus animais de estimação, não só pequenas, mas grandes, em quase todo o corpo do animal. Isso além de submeter o pet a uma dor que ele não escolheu e nem precisa ter, visto que não é um acidente, põe a saúde do bicho, seja por dermatites ou outras doenças, em risco. Felizmente leis já estão sendo aprovadas para coibir isso, que crueldade de quem buscando uma identidade na aparência, egoisticamente submete inocentes à tortura, que obsessão o ser humano pode ter para ser diferente. Não duvido se levantaram-se pessoas militando pelo direito de se fazer isso, dizendo que impedir isso é ir contra algum tipo de liberdade de expressão.
      Mas temos outro exemplo do quanto a estupidez humana pode sempre nos surpreender, esse está acontecendo com as vacinas para a Covid 19 em meio à pandemia. Gente furando fila, vendendo vacina roubada ou falsa, e gente comprando essas vacinas ilegais ou falsificadas, geralmente pessoas de mais posses, muitas já acostumadas a fazerem prevalecer seus direitos através da maior das estupidezes humanas, o mal uso do dinheiro. Aqui também ocorre o equívoco de se tentar estabelecer uma identidade diferenciada baseada em valores externos, naquilo que o dinheiro mostra na aparência diante de pares, esse engano sempre dá mais importância ao homem que a Deus, gradua pela matéria, não pelo espírito.
      Duas coisas precisam ficar claras: as pessoas têm o direito de tatuarem suas peles, de usarem acessórios como brincos e piercings, assim como de usufruirem aquilo que um dinheiro ganho de forma honesta pode permitir. Não estamos aqui julgando ricos nem tatuados, essas coisas não representam em si mesmas problemas. Se você pode comer num restaurante mais caro ou usar uma roupa mais luxuosa, pagando com um recurso que é teu, problema teu. Se você quer estender tua identidade interior a marcas em tua pele e a objetos anexados a ela, também é uma questão tua. Não podemos julgar ninguém pelo exterior físico, tanto quanto ninguém se julgue melhor por ele, seja no luxo ou no exotismo. 
      Contudo, o ser humano sempre tende à obsessão e ao vício. Isso perde o controle se suas quatro áreas, física, emocional, intelectual e espiritual, não estiverem em harmonia em Deus. Quem não milita em Deus (e não necessariamente por Deus em uma causa espiritual ou religiosa, o que não tem nada de errado) militará fora de Deus e, consequentemente, por bobagens, colocando esta reflexão no contexto do estudo “Militou errado!”. Muitos que começam a se tatuar viciam-se nisso e acabam querendo marcar a ferro quente a maior área possível de seus corpos. O que foi inicialmente um reforço de identidade, acaba se tornando uma obsessão, e aí nem é mais para os outros verem, mas só para satisfação de vício. 
      Outros, que tendo um pouco mais de grana trocaram um restaurante bom por um mais sofisticado, acabaram num restaurante caríssimo, nem por necessidade alimentar ou para provarem algo diferente, mas só para mostrarem para pares que podem pagar por isso. O dinheiro é um deus egocêntrico, começa dizendo aos homens que tê-lo é poder desfrutar de bens e prazeres melhores, mas no final o único prazer que o homem terá é ter mais e mais dele, quanto ao resto que o dinheiro pode pagar, nem terá mais valor ou dará prazer, dinheiro se torna fim em si mesmo. A mais importante militância no mundo é pelo dinheiro, ninguém se iluda sobre isso, ele está por trás de tudo, mesmo de causas aparentemente puras.
      Esses direitos, pelos quais tantos militam, melhoram o ser humano no principal? Não, só o deixam mais estúpido, e de uma maneira que eles nem percebem a vergonha que estão passando. Você quer ter direito de se tatuar? Tudo bem, isso não representa um problema, mas antes lute pelo direito de buscar a Deus e conhecê-lo, sem filtros, sem as manipulações das tradições religiosas humanas. Se estiver imbuído nessa militância as outras não serão tão importantes, você não achará assim tão relevante aparentar luxo ou exotismo, isso tudo passa e fica neste plano. Na eternidade seremos trevas ou luzes, sem lugar para marcas ou graduações físicas. Espírito não se tatua, não para sempre, só se purifica e se ilumina. 
      Mas tem outro lado de quem gasta grana com vícios, obsessões e vaidades, desperdiçar um dinheiro que poderia estar ajudando outros, que não estão ocupados em mostrar aparência para pares, mas só em sobreviver, comer e beber o básico que lhes permita continuar vivendo no mundo e trabalhando. Ricos, sejam na área que forem, serão mais cobrados no juízo pelo qual os seres humanos passarão na eternidade, se tiveram condições de ajudar outros mas foram irresponsáveis com o que receberam e cruéis com os que não receberam. Sobrou dinheiro? Doe. Recebeu misericórdia? Ame. Tem conhecimento sobre algum área? Compartilhe, hoje com a internet coisa fácil é compartilhar o que se sabe, milite por causas nobres. 

Está é a 13ª parte do estudo
“Militou errado!” dividido em 31 partes,
para um melhor entendimento, 
se possível, leia o estudo na íntegra.

José Osório de Souza, março de 2021

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