sábado, fevereiro 04, 2023

Confie na estratégia de Deus

      “Não te espantes diante deles; porque o Senhor teu Deus está no meio de ti, Deus grande e terrível. E o Senhor teu Deus lançará fora estas nações pouco a pouco de diante de ti; não poderás destruí-las todas de pronto, para que as feras do campo não se multipliquem contra ti. E o Senhor teu Deus as entregará a ti, e lhes infligirá uma grande confusão até que sejam consumidas.Deuteronômio 7.21-23

      Só Deus para saber de todos os nossos medos, muitos diante mesmo de pessoas que gostamos e que gostam de nós. Temos medo de sermos envergonhados, de acabarmos doentes e inúteis, de ficarmos desempregados e sem dinheiro, de termos família desamparada, de vermos aqueles que mais nos antagonizam, que mais duvidam de nós, que mais jogam em nossas faces nossos passados e erros antigos, terem motivos para dizerem, “eu não disse que você era um perdedor?”. 
      Não, meus queridos, os que confiam no Senhor não serão perdedores, e seus medos, todos eles, serão desfeitos como nuvens de fumaça, que sobem e somem. Não nos espantemos diante de tantos que nos amedrontam, um Deus grande e terrível é pelos humildes, e que não têm mais ninguém que os ajude. Duas coisas me chamam a atenção no texto bíblico inicial inicial, a primeira é, “não poderás destruí-las todas de pronto, para que as feras do campo não se multipliquem contra ti”.
      Às vezes algo que podemos achar limitação, vitória só em parte, tem um propósito, Deus nada faz pela metade. Se Israel destruísse todos os seus inimigos de uma vez naquele momento, ainda não estaria preparado para possuir e guardar toda a terra que conquistasse, assim muitos locais ficariam desprotegidos e seriam lugar para multiplicação de animais selvagens. Esses também eram inimigos, mas que não podiam ser destruídos como os homens, não em grande quantidade. 
      Deus pode usar até inimigos para proteger o que será nosso de inimigos piores, por isso pode ser melhor conquistarmos autonomia aos poucos, confiando que Deus sabe o que faz. Mas há outra vantagem em batalhas parciais, elas constroem reputação, e eis a segunda coisa que me chama a atenção no texto, o termo confusão. À medida que Israel vencia, sua fama chegava a outros inimigos que ficavam temerosos, isso por si só era um jeito de enfraquecer inimigos sem ao menos lutar com eles. 
      Nações inimigas podem simbolizar lutas que temos que vencer aos poucos, até conquistarmos vidas materiais dignas e virtudes morais eternas. Mas podemos comparar as feras do campo aos seres espirituais do mal, esses não podem ser vencidos como são outros opositores, devem ser enfrentados com sabedoria, à medida que nos fortalecemos. Se Deus nos desse tudo o que precisamos de uma vez, poderíamos ficar ociosos, não crescermos e cairmos diante dos ataques de demônios.
      Alguns inimigos vencemos com força e coragem, enfrentando-os objetivamente, ainda que seja parados e calados, esses são opositores visíveis. Outros, contudo, vencemos com paciência, de maneira indireta, teremos que amadurecer, sermos luzeiros, isso bastará para que à medida que caminhemos certo eles fujam de nós, sem necessidade de confronto direto. Não tenha pressa de lutar certas batalhas, nem reclame se ainda lhe faltar algumas coisas, só confie na estratégia de Deus. 

      “Ensina-me, Senhor, o teu caminho, e guia-me pela vereda direita, por causa dos meus inimigos.Salmos 27.11

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