sábado, fevereiro 11, 2023

Nem é maldade, é só o jeito da pessoa

      “Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados. Sendo hospitaleiros uns para com os outros, sem murmurações, cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém.I Pedro 4.8-11

      Muitas vezes batemos de frente com certas pessoas, isso acontece principalmente no meio familiar com gente que não temos como fugir, que temos que conviver proximamente de um jeito ou de outro. Com essas pessoas parece que sempre pisamos sobre ovos, temos que tomar muito cuidado com o que dizemos ou fazemos, senão o encontro fadará à briga. Uma coisa aprendi sobre certas pessoas, não dê “pitaco” em suas vidas! Não sugira a elas maneiras que você acha melhores para que elas conduzam suas vidas, ainda que sejam justamente essas pessoas, que não querem que ninguém se meta em suas vidas, que mais se metem nas vidas dos outros, querendo sempre achar jeitos melhores em suas opiniões para que os outros vivam. 
      Com gente assim é preciso paciência, mais ouvir que falar, e nisso é necessário não só boa vontade, mas genuíno amor recebido do Espírito Santo. Outra coisa, contudo, Deus tem me mostrado sobre pessoas que se não tivermos cuidado batemos de frente, elas não são tão más quanto nós podemos achar que são. Podemos pecar gravemente nesse erro, especialmente se somos melindrosos demais, mas quem se machuca fácil deve se proteger mais, principalmente em oração e sabedoria. Tem gente que não é nem má, nem boa, tem apenas o seu jeito de ser, aliás, como nós também temos, e como podemos fantasiar sobre aqueles que nos incomodam de alguma forma, aliar o diabo a eles só porque veem a vida diferentemente de nós. 
      Já busquei a Deus estando bastante desconfortável com alguém, achando, na pressa, que Deus estava me dando um discernimento espiritual da pessoa, de opressão maligna. Depois, quando me acalmei e ouvi a voz verdadeira do Senhor, entendi que estava exagerando, que a pessoa nem era tão má assim, que na verdade era até sincera, e que Deus a respeitava, como também eu deveria respeitá-la, deixando-a em paz no seu canto. Talvez a pergunta melhor seja: por que algumas pessoas nos incomodam tanto? A resposta é simples: porque de alguma forma elas jogam em nossas caras, verdades que não queremos aceitar. Sim, meus caros, o problema não está em quem nos irrita, mas em nós sermos irritáveis, sejamos humildes e admitamos isso.
      Uma coisa é certa, aprendermos a conviver com tais pessoas do jeito correto nos leva a crescer muito espiritualmente, justamente por isso é que Deus coloca essas pessoas ligadas a nós com laços que não podem ser desfeitos, principalmente familiares. Deus não quer que reajamos para agredir ou humilhar, nem que fujamos, temos que enfrentar com espiritualidade, a pessoa não vai mudar, quem tem que mudar e para melhor somos nós. Os seres humanos vêm a este mundo com especificações, essas lhes dão facilidades para fazer certas coisas e dificuldades para fazer outras. Homens podem mudar e melhorar? Podem, mas só até um ponto, Deus respeita isso e nós também temos que respeitar, como parte da evolução de todos. 
      Agora, se em nossa presunção temos tanta certeza que uma pessoa está errada e precisa mudar, oremos por ela, não precisamos confrontá-la, caluniarmos sua vida para os outros, tendência que sempre temos com quem nos incomoda. Talvez a pessoa nem saiba que está errada, nem perceba que o que fala nos magoa, ela disse algo uma vez e se precisar dirá de novo, e nem se sentirá mal por isso, seguirá sua vida em paz e colocará a cabeça no travesseiro à noite para dormir como se nada tivesse ocorrido. Se temos uma percepção, nossa obrigação não é nos fazermos de vítimas e executarmos cobranças, mas orarmos a Deus, primeiro para sabermos se nosso juízo não é equivocado, e depois para abençoarmos muito a pessoa.

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