Bíblia

        O que é a Bíblia: religiosidade, álibi, amuleto ou decoração?

Religiosidade: quando se lê a Bíblia como um costume que por si só, sem haver entendimento ou ligação emocional com ela, constitui uma maneira de se obter o favor de Deus, como uma troca, um sacrifício para se aplacar o remorso que se tem quando não se prova o perdão verdadeiro de Deus.

Álibi: ocorre quando se usa a Bíblia, assim como a igreja e a religião, como formas de fugir do inferno, quando isso acontece aliena-se da realidade, se vive um cristianismo egocêntrico, a Bíblia é apenas uma desculpa para ser diferente e ter uma identidade.

Amuleto: nesse caso não há nem necessidade de se ler ou entender a Bíblia, acredita-se que o simples fato de portá-la dá ao portador privilégios e capacidades, pra uns ela pode ser usada mesmo como uma arma física, por exemplo, batendo com o livro na cabeça de possessos, isso não é piada não.

Decoração: também é uma espécie de amuleto, mas nesse caso ela nem é levada, fica aberta em algum lugar, da casa ou do estabelecimento comercial, frequentemente num salmo (o 91 é bastante usado pra isso), exposta para mostrar aos outros que se tem uma religião.

A Bíblia é a palavra de Deus e como tal é o alimento do cristão, esse precisa digeri-la diariamente para manter-se espiritualmente vivo.

Além de alimento ela tem o papel de limpeza espiritual, ela mostra-nos aquilo que precisa ser limpo e consertado em nós.

A Bíblia é proteção, sim, mas não como amuleto físico, como uma magia. A utilização do livro em si (papel, cola, linha e coro) ou mesmo de seu conteúdo de forma decorada como um encantamento, não tem a aprovação de Deus e como tal não ativará a graça de Deus. A proteção ocorre quando os ensinamentos bíblicos digeridos pelo homem, como já dissemos, são convertidos no interior do ser humano, existindo fé, santidade e obediência, em autoridade espiritual, aí sim será uma arma para se vencer o mundo e o maligno.

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Conhecimento com unção!

        Como todos sabem, existem várias versões da Bíblia disponíveis na língua portuguesa, usando como fundamento a versão de João Ferreira de Almeida. Eu tenho várias versões, costumo compará-las, dou prioridade àquela com linguagem mais informal e contemporânea, desde é claro que não deixe a interpretação original menos clara. Mas quem é que pode nos dizer qual é a interpretação mais verdadeira, de acordo com o objetivo original inspirado pelo Espírito Santo aos escritores dos textos sagrados?

Antes de responder a questão acima é preciso que seja dito que os “poderes desse mundo”, os políticos, as instituições e mesmo muitas chamadas “igrejas”, não têm interesse que os cristãos pensem. Quem não pensa precisa de leis rígidas e sacramentadas (dogmas) para que possa margear sua vida. Então para esse é necessário um caminho estreito, mais estreito ainda que aquele que o evangelho genuíno ensina. Por que os poderes mundanos querem pessoas assim? Porque são de fácil manipulação, viram coletivo e deixar de ser indivíduos (veja a reflexão “Especiais? Todos somos!”).

A verdade é uma, quando existe sinceridade, busca autêntica de Deus, o mesmo Deus trata de se revelar, seja qual for a versão da Bíblia ou mesmo a religião. Contudo, “o conhecimento tem seu preço”, “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, uma vez que houve crescimento, que houve discernimento, nossa vida será margeada a partir dessa referência, não dá mais para voltar atrás, Deus não nos deixa agir assim.

Então leia a Bíblia, no máximo de versões que puder, reflita seriamente sobre elas, assim como leia também livros científicos, psicologia, antropologia, etc... (já refletimos sobre isso em “Pensar é preciso”). Contudo, em cima de todo esse conhecimento ORE, e muito, a resposta para a pergunta é a unção sobrenatural do Espírito Santo. Se o Espírito escreveu é ele e somente que pode ajudar a entender. Conhecimento com unção, só assim tomaremos posse das revelações de Deus, respeitando a sensibilidade do nosso espírito e a inteligência de nossa mente, Deus, ele é tanto sensível quanto inteligente.

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Especiais? Todos somos!

        Líderes de forma geral, militares, políticos, religiosos, buscando divulgação para si mesmos, sedentos de poder, vaidosos e egoístas, satisfazem-se com multidões. Salas cheias, palanques frente a aglomerações, filas de homens disciplinados, todos submetidos as suas vontades, líderes adoram ser adorados.

E o indivíduo? A alma que sofre e que tem necessidade de compreensão específica? Isso não é importante, mesmo porque dá muito trabalho. “Liguem o microfone que falarei a todos”. Esse tipo de líder adora microfone.

Mas mesmo as pessoas sentem-se bem em meio à aglomeração. O coletivo fornece proteção, identidade, mesmo que no atacado. Fornece também álibi, “se todos fazem assim, eu também posso fazer”.

Essa nunca foi a intenção de Jesus, o propósito do evangelho. Jesus sozinho, indivíduo, salvou o homem, o indivíduo homem. Vendo assim deduz-se que a experiência de salvação é pessoal, então específica. Sim, é sempre através de Jesus, mas cada um trilha um caminho distinto.

O melhor de tudo é que Deus vai com cada um, satisfazendo cada necessidade de maneira diferente. Deus ama o homem em suas diferenças e ninguém precisa ser igual a ninguém. Para Deus todos nós, eu disse todos, somo especiais, autênticos, únicos!

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Estações da vida?

        Alguém, em algum lugar, em algum momento, dividiu a vida do homem em quatro fases, referindo-se às quatro estações, cada fase teria 20 anos: a primavera iria do nascimento aos 20 anos, o verão dos 21 aos 40, o outono dos 41 aos 60, e o inverno dos 60 em diante. Bem, eu já passei do meio do outono. É claro que isso não tem nenhum fundamento científico ou religioso, nem acontece assim, com tanta exatidão, mas faz a gente pensar...

Tenho minhas dúvidas quando uma pessoa diz que está em comunhão com Deus, que ora, que lê a Bíblia, mas não experimenta absolutamente nenhuma mudança em sua vida. Parece-me o homem que caminha com sede e fome, utilizando todo o esforço que possui, enquanto tem na mochila pão e água, guardados para não sei quando. Não, essa palavra não é pra ser poética, é apenas uma chamada de atenção, busque a Deus enquanto ele pode ser achado, principalmente se o inverno de sua vida estiver próximo.

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As bem-aventuranças (Bíblia Viva)

"Muito felizes são os humildes!" dizia Ele, "porque o Reino dos Céus é dado a eles”.
“Felizes são os que choram! Porque serão consolados”.
“Felizes são os mansos e simples! Porque o mundo inteiro pertence a eles”.
“Felizes aqueles que aspiram por ser justos e bons, porque terão a justiça com toda a certeza”.
“Felizes são os que são amáveis e têm misericórdia dos outros, porque a eles se mostrará misericórdia”.
“Felizes os que tem coração puro, porque verão a Deus”.
“Felizes aqueles que procuram promover a paz - pois serão chamados Filhos de Deus”.
“Felizes aqueles que são perseguidos por serem justos, pois o Reino dos Céus é deles”.
“Quando vocês forem maltratados, perseguidos e caluniados por serem meus seguidores - ótimo!”
“Fiquem contentes com isso! Fiquem muito contentes! Porque uma grandiosa recompensa espera vocês lá em cima no céu. E lembrem-se: Os profetas antigos também foram perseguidos”.

Mateus 5:3-12

Sabe por que Deus não faz milagre? (II)

        Mesmo que peçamos com fé, tendo a nossa vida no centro da vontade de Deus, ele pode simplesmente não fazer o milagre. Por quê? Porque não quer, porque não é o melhor pra nós, porque não saberemos administrar a vida com esse milagre, porque acabaremos mesmo nos distanciando dele, tendo o problema miraculosamente resolvido.

Novamente a dificuldade não está em Deus, mas em nós. O que devemos fazer diante disso? Sermos humildes, aceitarmos a vontade de Deus com humildade e aprender que não basta pedir para o milagre ser feito. Aí então provaremos um milagre, o milagre operado nas vidas através de uma atitude de quebrantamento, diante de Deus, da vida e do nosso maior problema.

O maior milagre de Deus é o quebrantamento dos corações, já que para corações assim Deus nada nega.

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Sabe por que Deus não faz milagre?

        Porque nós não pedimos. Nos tornamos tão racionais e ao mesmo tempo tão abnegados com a nossa dor que não buscamos mais em Deus um feito extraordinário. Se pedirmos, e isso em nome de Jesus Cristo, pois Deus não deu a nenhum outro nome autoridade e nenhum outro nome pode ser intermediário entre o homem e ele, se assim agirmos, com fé e com a vida em comunhão com ele, ele nos ouve e se for de sua vontade faz o impossível. Qual foi a última vez que você provou um milagre de Deus?  

Fragilidade humana

“Deste aos meus dias o comprimento de um palmo, a duração da minha vida é nada diante de ti. De fato, o homem não passa de um sopro.”, Salmos 39:5.

Frágeis, frágeis criaturas somos, mais que os animais e toda a natureza. Tão confiantes, achamo-nos capazes de qualquer coisa, mas basta um imprevisto, uma enfermidade ou um acidente, e toda a nossa ousadia cai por terra. Sábio é o camponês quando diz que o importante é ter saúde, ele sabe que se tem temor a Deus, só um leito pode impedi-lo de tocar sua vida como um homem de bem. Quantas vezes Deus livra-nos de violências e de doenças, e a gente nem fica sabendo, por isso ore, sempre. De manhã, à tarde, à noite, ore antes de sair para o trabalho, para os estudos, ore antes de viajar, de férias ou a serviço. Ore antes de fazer qualquer negócio, ore pedindo proteção, para si e para seus próximos. Ore pedindo e ore agradecendo, porque como diz o matuto, se Deus quiser faremos isso ou aquilo.

“Ouçam agora, vocês que dizem: "Hoje ou amanhã iremos para esta ou aquela cidade, passaremos um ano ali, faremos negócios e ganharemos dinheiro". Vocês nem sabem o que lhes acontecerá amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa. Ao invés disso, deveriam dizer: "Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo".”, Tiago 4:13-15.

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Lutando por amor

        “Agora que vocês purificaram as suas vidas pela obediência à verdade, visando ao amor fraternal e sincero, amem sinceramente uns aos outros e de todo o coração.”, 1 Pedro 1:22.

Somos seres que não sabem amar, decididamente é isso. Isso não é natural em nós, o amor. Gostamos de quem nos adora e isso por pouco tempo. Logo nossa predileção já se mostra frágil como flor ao vento frio de inverno. Não dura, não prevalece às fraquezas e imperfeições que todos nós temos. Amamos por conveniência, baseados em valores externos, materiais.

Faz-se necessário buscar em Deus o amor, pedir a ele, clamar mesmo, a ação de amor de Deus em nossas vidas é um milagre, e só pode existir depois que o perdão, a humildade e a ausência de qualquer interesse egoísta sejam habitantes do nosso coração. Amar dá trabalho, requer algum esforço, uma insistência, e tempo, o verdadeiro amor resiste ao tempo.

Mas apesar de tudo isso, é um mandamento fundamental do evangelho amar ao próximo, e quando se diz próximo não significa amar ao pobre e injustiçado de um país africano, muitas vezes esse tipo de amor é mais fácil, já que é direcionado para alguém distante e que pensamos ser inferior (pensamos). Difícil é amar quem está perto, quem é igual e muitas vezes nos parece superior, eu disse nos parece. Quem é mais próximo que um parente? Mais ainda, que o esposo, a esposa?

Busquemos em Deus esse amor, o que adianta-nos sermos bons cidadãos, bons chefes e empregados, bons filhos e pais, se negamos amor àquele que mais precisa, que está ao nosso lado? Quem é ele? É um pequenino de Deus, muitas vezes lutando sozinho e em silêncio. Não tem jeito, é preciso amar, caso contrário não nos cabe a denominação de cristãos. Muitas vezes não achamos nenhum motivo para nos aproximar de certa pessoa, mas existe um motivo sim, o amor, ele já basta, faz valer à pena qualquer batalha.

“Seja constante o amor fraternal. Não se esqueçam da hospitalidade; foi praticando-a que, sem o saber alguns acolheram anjos. Lembrem-se dos que estão na prisão, como se aprisionados com eles; dos que estão sendo maltratados, como se fossem vocês mesmos que o estivessem sofrendo no corpo.”, Hebreus 13:1-3.

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Salmo 23 (Bíblia Viva)

O Senhor é o meu pastor. 
Ele me dá tudo de que eu preciso!
Ele me leva aos pastos de grama bem verde e macia para descansar. 
Quando sinto sede, Ele me leva para os riachos de águas mansas. 
Ele me devolve a paz de espírito quando me sinto aflito. 
Ele me faz andar pelo caminho certo para mostrar a todos quão grande Ele é.
Eu posso andar pelo vale escuro, onde a morte está bem perto; mas continuo tranqüilo e não sinto medo. 
Tu, Senhor, me guias e proteges constantemente!
Preparas uma refeição deliciosa para mim, na presença dos meus inimigos. 
Tu me recebes como um convidado de honra; e a minha vida fica cheia das tuas bênçãos!
Eu tenho absoluta certeza de que a tua bondade e o teu amor cuidadoso me acompanharão todos os dias da minha vida, sim; eu viverei na presença do Senhor para sempre!