domingo, setembro 30, 2012

Oração: remédio eficaz

        Doenças psicológicas podem ser instaladas em nós através de disposições erradas sobre a vida, que mantemos durante anos, meio que inconscientemente, e que um dia se realizam como enfermidade. Certamente, quando ela afeta de forma objetiva a normalidade da vida, a doença tem que ser tratada com medicação. Contudo, a maneira de fazer com que a doença não volte mais, é mudar as tais disposições, bem, isso não é fácil pra ninguém.
Tenho experimentado na oração, uma forma eficaz para mudar as disposições erradas de minha alma, precisei de remédios para tratar certas doenças, mas hoje me sinto melhor do que estava antes da enfermidade, o mal foi trazido pra fora e está sendo curado, com auxílio médico profissional, sim, mas embaixo de oração.
Quer um conselho, caso você ou algum conhecido tenha esse tipo de problema? Procure profissionais sérios da área, mas fale com Deus a respeito, orar é um remédio eficaz, não somente para nos consolar das consequências da doença, mas para resolver a causa real dela.
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sábado, setembro 29, 2012

"Levanta-te e vai em paz"

        "Busquei o Senhor com todo o meu coração, com todo o meu pensamento, com todo o meu sentimento, com todas as minhas forças, entreguei a Ele todas as minhas ansiedades, todos os meus temores, pedi dEle um milagre, uma intervenção poderosa em todas as áreas da minha vida, uma mudança em minha disposição depressiva, em minha tendência pessimista, em meu gosto equivocado pelas coias ruins, clamei para que eu não achasse mais solução na ira, na pressa, nas palavras violentas, então Deus me respondeu: “levanta-te, vai em paz, eu ouvi a sua oração e farei o melhor em sua vida”".

sexta-feira, setembro 28, 2012

O indivíduo, mais que a multidão

        “Olhando para eles ao redor, indignado e muito triste por causa da dureza do coração deles, disse ao homem: Estende a tua mão. Ele a estendeu, e ela lhe foi restaurada.” Marcos 3.5

Preocupados que estamos, muitas vezes, com grandes milagres, grandes realizações, que possam exibir nossa espiritualidade para os homens, nos esquecemos do sofrimento pessoal. Queremos a salvação de milhões, oramos por isso, mas não nos damos ao trabalho de dar atenção a uma pessoa em especial. Não paramos para conversar com alguém, que muitas vezes, se senta todos os cultos ao nosso lado, alguém que pode estar precisando e muito de uma atenção.
Pois quero misericórdia e não sacrifícios” (Oseias 6.6a), Jesus vivia esse princípio. Ele se deu pela humanidade toda, mas se entristecia com um coração endurecido, com um aleijado estigmatizado. Jesus olhava para os olhos de uma pessoa, mesmo perdida em meio à multidão, ele a identificava, sentia seu sofrimento, respondia ao questionamento mais profundo e sincero de seu coração, ele percebeu a mulher que sofria com hemorragia e que o tocou em meio à turba (Mateus 8.44).
Isso importava mais que deixar sem argumentos os fariseus, que se fazer conhecido pelos importantes, que obter poder social e político, e em prol de um indivíduo ele podia ignorar todo um circo armado por seus inimigos, foi o que ele fez com a mulher pega em adultério (João 8.1-11).
Quando entenderemos isso? Quando deixaremos de nos apegar a vaidades, mesmo as disfarçadas de espiritualidade, de prioridades ministeriais? Isso para amarmos o próximo, que como o próprio Evangelho chama, está bem próximo, precisando do nosso amor.
Não se pode viver o cristianismo com um coração frio, que não chora com os que choram e nem se alegra com os que alegres estão. Mas para ter essa empatia, é necessário se desfazer não só das vaidades, mas da inveja, do ciúme e de todo o tipo de egoísmo que nos impede de se preocupar mais com os outros do que com a gente.
O Espírito Santo tem me levado a refletir bastante, nos últimos dias (e quem acompanha esse blog pode perceber isso), sobre falsa espiritualidade e a importância de se viver um cristianismo que alcança o indivíduo, e não a massa. A massa esconde, minimiza, rouba a identidade, é tudo o que o verdadeiro Evangelho não faz. Ele revela, dá relevância, e respeita a identidade de cada um.
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quinta-feira, setembro 27, 2012

Quando a bênção de Deus ocorre naturalmente

        A intervenção de Deus é sempre bem-vinda, como resposta a muita oração, seja para nos livrar de um pequeno inconveniente ou executando um milagre sem precedências que muda o rumo de nossas vidas. Contudo, deliciosa é aquela bênção que ocorre naturalmente, como se nós não precisássemos fazer nenhum esforço. Nesses últimos dias, provei por três vezes de bênçãos assim, que me pareceram tão naturais, tão leves, isso em sua manifestação, mas que teve como consequência atuações magníficas de Deus.
A primeira foi a bênção de poder evangelizar alguém, isso não aconteceu estando eu procurando conscientemente fazer isso, mas aconteceu porque estava no lugar certo, fazendo a coisa certa. Bem, nessa situação Deus me deu o tempo e a oportunidade para falar de Deus a uma pessoa, que me pareceu totalmente preparada para aquele momento. Sim, o Evangelho deve ser pregado a tempo e fora de tempo, mas como é prazeroso encontrar uma pessoa preparada, num lugar propício e com o tempo a nosso favor para podermos compartilhar com ela algo do coração de Deus.
A segunda foi a bênção da presença de Deus em um culto, mas veja, num culto que cheguei cansado, num momento que preferia mesmo ficar em casa descansando. Mas a presença de Deus foi tão forte que me inundou, veio de fora pra dentro, tocou meus sentimentos de uma maneira única, tirou de mim um louvor especial, me fez desejar ser mais santo. Nessa experiência a unção de Deus foi tão forte que transbordou, abençoou as outras pessoas, e ministrando que estava num instrumento musical, fez a presença sobrenatural do Espírito Santo alcançar a todos no templo.
A terceira foi a bênção de rever uma pessoa especial em minha vida, meu primeiro pastor, que me batizou em 1976, na Primeira Igreja de Santo André, São Paulo. Encontrei-o em São Paulo, capital, durante a celebração de 50 anos da “Edições Vida Nova”. Nessa ocasião, minha alegria já era grande, por estar naquele evento, fazendo o que mais gosto que é tocar meu instrumento, na companhia de minha filha de um pastor amigo, que me convidou para a noite. Mas o encontro com aquele pastor, foi um algo mais, desses que Deus nos dá por amor, amor de pai que quer presentear seu filho. Pensei muito nesse encontro, durante mais de trinta anos de minha vida, mas ele ocorreu naturalmente, num bom momento, e foi pura alegria, coisa de Deus mesmo.
Acredito que uma manifestação poderosa de Deus é desencadeada com os seguintes fatos: primeiro, uma vida em oração, que pede pela vontade de Deus e se prepara para ela. Segundo pela disponibilização, pelo trabalho, pela ação, que se coloca no lugar certo, fazendo a coisa certa. Para alguém que vive de acordo com esses dois princípios, não resta outra coisa a Deus senão abençoar, não só com o necessário, mas com mais que isso, Ele transborda para que a bênção não só abençoe a vida que orou e fez, mas os outros ao seu redor.
Essa experiência reflete a vida de Jesus. Cristo orava e muito, se preparava, se santificava, e se disponibilizava para executar a vontade de seu Pai. Com isso, as coisas aconteciam naturalmente, os encontros, tanto com indivíduos, como com a mulher pega em adultério, tanto com multidões, como na multiplicação de pães e peixes. Jesus não corria atrás da vontade de Deus, não diante dos homens, isso ele fazia em segredo, em oração. Mas em seu andar as coisas aconteciam naturalmente, e com muito poder, isso fazia com que a vida nunca o pegasse de surpresa, despreparado.
Ore, busque, santifique-se, leia a Bíblia, nivele sua fé, seja perdoado e perdoe, depois, descanse, a bênção de Deus é algo naturalmente simples. Nela o sobrenatural nunca o pegará de surpresa, os confrontos da vida não serão armadilhas pra você, e você nunca precisará dar qualquer “ajuda” para que a vontade de Deus aconteça. Repetindo a frase que ouvi do pastor e mestre Russell Shedd no culto de celebração que fui: “Não encontro paz em outro lugar que não seja na vontade de Deus”. Maravilhoso é quando podemos provar a vontade de Deus de maneira natural, chegarmos a um ponto onde Deus pode agir em nossas vidas sem maiores dificuldades, quando não somos nós que corremos atrás da bênção, mas é a bênção que corre atrás de nós, quando a bênção não é resultado de um esforço dolorido, mas de um descansar no melhor de Deus para nossas vidas.

quarta-feira, setembro 26, 2012

Perdão dos pecados: nosso maior bem

        “Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados.” Marcos 2.5

Nós somente alcançamos a verdadeira espiritualidade, nossa vida espiritual muda de verdade, ou em outras palavras, “a ficha finalmente cai”, quando entendemos que o maior milagre que Deus pode executar em nossas vidas, não são curas físicas, bênçãos materiais como emprego e aquisição de bens, ou mesmo um noivado e um casamento. O perdão de nossos pecados é o maior bem que podemos receber de Deus.
Isso, e somente isso muda a nossa vida, a ótica que temos de Deus, de nós mesmos e das outras pessoas. Entender que o perdão dos nossos pecados é o maior bem que podemos possuir, faz-nos olhar as pessoas de maneira diferente, com verdadeira humildade. Perdoados sabemos e queremos perdoar, humilhados que fomos pelos próprios erros, não queremos humilhar os outros. Bem, mas como que nos dando um mimo, depois de nos perdoar, Jesus nos dá também todas as outras coisas, glórias a Ele por isso!

terça-feira, setembro 25, 2012

Mais sobre falsa espiritualidade

Se a espiritualidade não tiver como objetivo final e eficiente o amor a Deus e o amor ao próximo, sendo esse último manifesto através de amizade genuína, interesse pessoal e comunhão de fato e inteira, não apenas na igreja ou durante eventos, compromissos e cultos da igreja, desculpe-me, mas eu não acredito que essa espiritualidade seja verdadeira. É apenas religiosidade, mesmo que expressada com toda a ênfase "pentecostal" (ou não..).
Pare com os "efeitos" e converse com seu irmão, fale e ouça, de verdade, esse é o Evangelho que Jesus pregou, senão continue se enganando, saiba, contudo, que não adianta pedir unção e santidade se isso for usado para viver um suposto "cristianismo", cheio de egocentrismo e de aparências. O Evangelho é viver para Deus, mas de forma que isso tenha como consequência viver para o outro, e não para si mesmo.
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segunda-feira, setembro 24, 2012

4 lições em Marcos 1

        “E esteve no deserto quarenta dias, sendo tentado por Satanás. Estava com as feras, e os anjos o serviam.” (verso 13). No deserto, tentando pelo inimigo, em meio às feras, os anjos te servem.

E ele curou muitos doentes acometidos de diversas enfermidades e expulsou muitos demônios; mas não permitia que os demônios falassem, porque eles sabiam quem ele era.” (verso 34). O sábio é discreto, não cai na armadilha da vaidade de ser reconhecido como tal nem mesmo por seus maiores inimigos.

dizendo-lhe: Olha, não digas nada a ninguém. Mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para que lhes sirva de testemunho.” (verso 44). Seja justo em tudo, mesmo em coisas aparentemente desnecessárias, todos têm direito a sua honra.

Ele, porém, saindo dali, começou a tornar público o que havia ocorrido e a divulgá-lo por toda parte. Desse modo, Jesus já não podia entrar abertamente numa cidade, mas ficava fora, em lugares desertos. Mesmo assim, as pessoas iam até ele, vindas de todos os lugares.” (verso 45). A publicidade positiva sem sabedoria faz mais mal do que bem, nem toda bênção deve ser compartilhada, algumas são melhores que fiquem em segredo.
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domingo, setembro 23, 2012

O plano de Deus para a sua vida

        “André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram João falar e seguiram Jesus. O primeiro que ele encontrou foi Simão, seu irmão; e disse-lhe: Achamos o Messias (que significa Cristo). E o levou a Jesus. Este fixou nele o olhar e disse: Tu és Simão, filho de João; serás chamado Cefas (que significa Pedro).” João 1.40-42

André é pouco citado na Bíblia, na verdade na maior parte das vezes na lista dos discípulos mais próximos de Jesus. Dá-nos a impressão de que ele pouco fez, pelo menos pouco para ser citado. Contudo ele fez, com certeza, uma coisa, levou Simão Pedro, seu irmão, até Jesus. Seu irmão por sua vez se tornaria um dos apóstolos mais usados e mais conhecidos da Bíblia. André nada fez? Fez o que precisava ser feito, e isso bastou.
Muitos cristãos passam a vida querendo agradar a Deus, buscando entender qual o plano de Deus para suas existências, se esforçando para serem espirituais e constantes na obra de Deus. Mesmo assim eles nunca têm paz em seus corações, sentem-se cobrados para fazerem mais do que fazem e se acham sempre fazendo menos do que precisavam fazer.
Nessa empreitada equivocada, exercem cargos dentro na igreja, fazem caridade de tudo quanto é jeito, passam a maior parte do tempo possível com o povo de Deus, fazendo coisas pra Deus. Não, tudo isso tem que ser feito sim, mas não como um peso, uma obrigação, mas por amor e em paz. Contudo, pode ser que o real plano de Deus para a vida do cristão, aquilo que o cristão vai fazer de mais importante, sua razão de viver, seja bem menos do que aquilo que ele faz e que gostaria de fazer.
Qual é o plano de Deus para minha vida? Aquilo que somente eu posso fazer, aquilo que se eu não fizer, ninguém mais poderá fazer. Essa função tem a minha cara, cabe perfeitamente em mim, com todas as virtudes e todos os defeitos que eu possuo, mais ainda, até meus limites contribuirão para que o real plano de Deus para minha vida seja cumprido. Contudo, esse plano nem sempre é notório, é conhecido pelas pessoas, muitas vezes é executado em silêncio, em segredo, portanto para cumpri-lo é preciso se despir de vaidades.
Liberte-se das cobranças que são feitas por suas carências, por seus complexos, que o “superego”, usando um termo da psicanálise freudiana, exige de você, Deus não é seu pais terrestre, muito menos um “superego”, Deus te ama, te fez e quer te fazer feliz enquanto você faz o seu melhor fazendo os outros felizes também.
Alguém pode estar precisando conhecer a Jesus, alguém pode estar precisando urgentemente que alguém lhe fale de Cristo, e para esse alguém ninguém mais, além de você, pode levar o Evangelho. Você é a única pessoa que tem acesso a ele, de alguma maneira. Ou pela posição social e profissional que ele tem, pelo temperamento e personalidade que possui, pela cultura e pelo dinheiro que o cercam, ou simplesmente pela oportunidade de tempo e de lugar. Ninguém mais, a não ser você, pode falar e testemunhar de Deus para essa pessoa. Se essa pessoa for salva, toda a sua vida valerá a pena, porque uma vida vale muito pra Deus. Parece um exagero? Mas não é, quem disse que essa pessoa depois de convertida, não se tornará um grande pregador, que trará centenas de pessoas para o caminho de Jesus? Assim aconteceu com André.
Novamente eu preciso dizer o que já disse em outras reflexões: você não tem que ser espiritual para que os outros vejam, não precisa fazer e acontecer para suprir alguma necessidade afetiva sua, você precisa somente obedecer a Deus e ter toda a certeza do mundo que isso basta para que você seja feliz e cumpra o plano que o Senhor tem para sua vida.
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sábado, setembro 22, 2012

Aparências enganam

        Estereótipos, as pessoas acreditam na espiritualidade estereotipada, isso não é de hoje, a centenas de anos é assim, tem que "parecer" espiritual, mas as aparências enganam.
O espiritual, rezam essas regras hipócritas, tem que falar pouco, suportar tudo com um sorriso na cara, parecer antiquado e sem vaidades, usar jargões e clichês que são tradição dos grupos religiosos, não que isso tudo também não possa ser características de quem é espiritual. Na verdade para muitos ser espirituais é ser litúrgico, não só na cerimônia religiosa, mas na vida, fazer as mesmas coisas sempre.
Contudo, a maior mentira que acreditam esses que pregam estereótipos, é que o cristão não pode errar, se errar cai em descrédito, eles precisam ser perfeitos o tempo todo. Nega-se aí o conceito fundamental do cristianismo que é o perdão.
Jesus chocou o povo da época em que viveu como homem por vários motivos: falava o que ninguém sabia ou esperava, ficava quieto quando todos exigiam dele algum tipo de explicação, andava com gente errada, desprezava os que se achavam os mais certos, ia pouco a cerimônias e locais exclusivos para cultos religiosos, visitava as pessoas em suas casas, nos lugares públicos, se misturava com elas, sem vaidade, sem obedecer a um padrão de espiritualidade. E ele era espiritual, e muito, o Evangelho pelo qual viveu, morreu e ressuscitou, ensinava que o que vale pra Deus é o coração, os valores e atitudes que ninguém vê, mas que estão no interior do homem e influenciam toda a existência humana. Jesus desobedeceu todos os estereótipos de seu tempo.
Não pareça espiritual, seja espiritual, quem quer parecer o faz para homens, seja para Deus, pague o preço disso, já que a sinceridade e a verdade geram inimigos, gente no meio da igreja que se incomoda com atitudes que para eles, hipócritas e mal resolvidos que são, parecem incoerentes.
Para ver espiritualidade em alguém tem que enxergar Jesus na frente dessa pessoa, julgar alguém por um erro é injusto, quem sabe se o que cometeu tal erro já não se arrependeu e está perdoado por Deus? Mas para o falso espiritual, o espiritual não pode errar. Esses vivem uma vida de angústia já que a carga que jogam sobre os ombros dos outros em primeiro lugar jogam sobre eles mesmos. Quem não erra é Deus, e “deuses” não precisam de Deus, tem que ser homem, humano, para se provar a presença de Deus e ser realmente espiritual.

(Já refleti sobre este tema antes, se puder leia no link: Cuidado com a falsa espiritualidade ).
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sexta-feira, setembro 21, 2012

Não somos todos iguais

     Quem não participa, construindo, não tem o direito de criticar para destruir, se não quer se envolver, então fique quieto. Eu posso criticar a igreja evangélica porque estou dentro dela, fazendo o que posso para que ela seja melhor e não, necessariamente, concordando com tudo o que acontece dentro dela. 

    Agora para quem está fora: a tal bancada evangélica do senado não representa a maioria dos evangélicos brasileiros, a IURD (Igreja Universal) não é referência para igreja evangélica, e as igrejas evangélicas, diferente do que acontece com uma grande igreja cristã com sede no Vaticano (e nisso eu não estou fazendo qualquer espécie de crítica a essa igreja), não são todas iguais, se vestem do mesmo jeito, etc, portanto não use qualquer dos itens citados como desculpa para, generalizando, criticar todo o povo evangélico brasileiro, existe muita igreja evangélica idônea assim como muito evangélico lúcido e contextualizado. 

     Leia também Quem somos?   

Deus existe!

       Deus existe! Os ateus, os materialistas, os falsos cristãos, não acreditam nisso, não em um Deus pessoal. Esses até levantam a ideia de que uma influência energética positiva possa ser responsável por colocar ordem no universo, desde o “big bang” até hoje. Mas um Deus pessoal, que conversa com o homem, que se comove com suas mazelas, que intercede e age quando o homem pede, esse Deus não existe.
Mas como posso negar a existência de um Deus que dia a dia, e isso por anos em minha vida, tem se mostrado real? Quantas e quantas orações fiz, orações muitas vezes tiradas de um coração angustiado, apertado, incrédulo, quantos clamores levantei e Deus ouviu? E isso feito muitas vezes na solidão de um quarto, de uma sala, em absoluto silêncio.
Não, não houve um clarão, um anjo não desceu do céu e me apareceu, e pude contemplá-lo com meus olhos físicos, não aconteceu nenhum efeito cinematográfico “spielberguiano”. Quando abri os olhos, ou nem fechei, já que costumo orar de olhos bem abertos na maioria das vezes, me vi só, somente meu coração falava e falava. Mas quanta certeza tive de que Deus me ouvia, e ouviu, além do teto da casa.
Depois da oração testemunhei as coisas acontecerem, um relacionamento se refazer, um emprego acontecer, uma dor se substituída por uma paz infinita, um perdão limpar minha alma de uma maneira que me fez sentir uma criança novamente, e não um velho cansado. Sim, Deus existe, eu provo de sua existência a cada momento.
Contudo, é preciso que seja dito, provo dessa bênção me colocando em meu lugar, de ser humano, limitado e errado. Não me apresento como sabendo tudo, querendo dar conselhos a Deus, querendo mudar coisas que não podem ser mudadas. Não que não creia em milagres, mas isso é executado com lucidez, com temor a Deus, com inteligência.
Todavia, o mais importante que se deve fazer para se provar a Deus, é andar um passo de cada vez, com simplicidade, não se ocupar com coisas grandiosas demais, coisas que na realidade pouca diferença farão no dia a dia de nossa existência.
Acorde, ponha-se de joelhos e peça por aquele período, um sol entre duas luas. Peça pelas viagens que terá que fazer, de carro, de ônibus, nas ruas. Peça pelo seu trabalho, pelos colegas, pelo seu chefe. Peça por uma tarefa que terá que fazer naquele dia. Peça pela esposa, pelos filhos, quando esses estão fora do alcance de seus olhos, mas dentro da visão de Deus. Peça pelo seu levantar e pelo seu deitar, pela sua partida e pela sua volta. No final do dia, agradeça a Deus pelas suas muitas providências.
Faça, com humildade, acompanhando esses pedidos com trabalho e disposição, e verá os milagres, grandes e pequenos que Deus faz, pois Deus, Deus existe meu amigo!
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quinta-feira, setembro 20, 2012

Poda: tempo de descanso necessário

A alma humana precisa de tempo, aquele tempo quando se tem certeza que a semente foi plantada, mas que não se pode ver ainda a árvore crescida. Nesse tempo a terra parece vazia, contudo em seu interior uma vida cresce, cria raízes, e no tempo certo aparecerá. Um pedacinho se colocará para fora, a primeira folha, pequenina e verde, brotará.
Não se engane quem pensa que mesmo depois da árvore estar crescida, alta, com muitos galhos e folhas, e com flores e frutos dando no tempo certo, que não se viverá novamente um tempo de princípio, onde toda a beleza da árvore será retirada. Às vezes é difícil de entender esse tempo, ao invés de o aproveitarmos para descanso ficamos inúteis, ansiosos e duvidando de Deus. São necessárias podas temporárias para que os galhos antigos sejam retirados, e a árvore, então, possa dar novos frutos.
A lição disso tudo? Respeite seu tempo de poda, não fique exigindo frutos de árvore cansada, espere, novos galhos nascerão, flores lindas surgirão e frutos crescerão e poderão ser colhidos. Não, você não precisa estar envolvido em projetos mirabolantes o tempo todo, se dê ao direito de alguma reclusão, de estar só, em companhia somente dos mais próximos. Também não se compare com os outros, eles podem simplesmente estar numa fase diferente, deixe-os, não queira fazer as coisas somente para mostrar aos homens que você é espiritual.
Deus conhece seus limites e os respeita, Ele quer você inteiro, nãos aos pedaços, exausto, se for preciso pare e descanse, respeite o tempo da poda de Deus e fique em paz.

(Já falei sobre esse assunto numa outra reflexão, se puder leia (no link): Tempo da poda ).
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quarta-feira, setembro 19, 2012

Enfrente a vida com integridade

        “A integridade e a retidão me protejam, pois espero em ti.” Salmos 25.21

O que é integridade? Ser inteiro, ser o mesmo, sem rachaduras, sem divisões, em todas as situações, com todo o tipo de pessoa, em todos os lugares, seja com amigos ou com quem se coloca como inimigo, seja de manhã ou à tarde, seja no domingo ou na segunda-feira, seja na igreja ou no trabalho, seja íntegro, seja imparcial, não se venda ou mude debaixo de qualquer perigo ou tentação, e seja tudo isso em paz com Deus.
Assim, enfrente a vida, não tenha medo de qualquer circunstância ou de qualquer homem, siga de cabeça reta, nem abaixada e nem altiva, siga humilde, mas lúcido, convicto, mas não arrogante, com Deus à frente, atrás, dos lados, em cima e em baixo, totalmente coberto pelas asas do altíssimo. Siga perdoado, com a consciência limpa, com o coração leve, simples e sábio, sem malícia, porém consciente das astúcias do Diabo e do engano dos homens.
Enfrente a vida com integridade!

terça-feira, setembro 18, 2012

Sinta na carne o sofrimento de Jesus

     “deram-lhe vinho misturado com fel para beber; mas ele, provando-o, não quis beber.” Mateus 27.34

        A dor que Jesus sentia naquele momento, em sua carne e em sua alma, era tremenda, muito grande. Vinho com fel era um entorpecente da época que servia como anestésico, mesmo sofrendo uma agonia terrível, Jesus não aceitou essa mistura. (Fracos que somos, qualquer dor nos impede de orar, de ir ao culto, de tratar as pessoas com cordialidade, é álibi para nos fazermos de vítimas.)
Já li o capítulo 27 do Evangelho de Mateus tantas vezes em minha vida, contudo, nesta manhã, quando o li, senti uma tristeza muito grande. Parece que o sofrimento, testemunhado nesse capítulo sobre Jesus, eu senti na minha pele. Que tolo que sou, como se eu estivesse preparado, sobre qualquer aspecto, para tal sofrimento. Por outro lado, o sofrimento que Jesus passou não foi por ele, por mim, que covarde que sou, provocando o sofrimento de um inocente em meu lugar.
Mas, pela graça de Deus, essa experiência de Cristo não é pra me deixar com remorso, nem descontente, mas para que eu entenda, mesmo que somente uma parte, o tamanho do amor que o Senhor tem por mim. Mas creio que importa, sentirmos pelo menos alguma tristeza, quando lemos tudo o que Jesus sofreu por nós, se é que existe em nós alguma sensibilidade humana assim como algum entendimento espiritual.
A coisa mais importante do universo foi conquistada com muita dor, que coisa é essa? A minha vida, e de uma forma ou de outra, nada de bom vem a nossa existência sem dor, sem que nossa natureza carnal e rebelde seja subjugada pelo Espírito Santo de Deus, esteja preparado para isso.