Aproximava-se o momento, o momento para o qual Jesus se preparou
durante toda a vida, um momento terrível de dor e solidão. Conforme muitos
interpretam, ele usou de sua onisciência para orientar Pedro e João na preparação
da ceia. Ele não poderia ter usado seu poder sobrenatural para escapar do mal
que lhe viria? Poderia, porém, Jesus só queria uma coisa naquele momento,
passar a Páscoa com os amigos.
Não posso deixar de me comparar, diante de um problema muito
grande, de um acontecimento ruim e que não pode ser impedido, eu me esqueço de
tudo e de todos, amargo a solidão, desprezo amigos, me isolo numa autocomplacência
que corrói minha alma. Sim, procuro a ajuda de Deus, mas sozinho e revoltado.
Jesus nunca deixou de pensar nos amigos, nos homens, nos seres humanos, sempre
teve compaixão deles, afinal de contas não estava encarnado no mundo por outro
motivo, senão o de salvar a humanidade.
Como diz a canção, “dá-me um
coração igual ao teu, meu mestre, dá-me um coração igual ao teu, coração
disposto a obedecer, cumprir todo o teu querer, dá-me um coração igual ao teu”.
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