sexta-feira, outubro 12, 2018

“Nossa” senhora aparecida: a verdade

      Sei que esse assunto é delicado, porque fala de algo a que muitos colocam muito amor e fé, mas é preciso tocar neste assunto à luz do verdadeiro cristianismo, assim, é com muito amor, em primeiro lugar, a Deus, e depois a você, católico, que deixo aqui esta palavra. Eu não seria cristão genuíno se deixasse passar o dia 12 de outubro, onde se celebra em nosso país o dia de “nossa” Senhora Aparecida, a dita “padroeira”do Brasil, sem fazer este registro. Sei que você tem muita devoção a essa santa maior, que você considera tão importante quanto Deus e Jesus, eu respeito isso, mas você tem saber, você tem posto fé em uma mentira, e isso por vários motivos. Você católico lerá este texto? Acho que não, infelizmente, talvez algum dia, depois de sofrer por anos a derrota espiritual de quem coloca suas crenças em algo equivocado, não em Deus. 
      Quando vejo na TV a sinceridade dos crentes em “nossa” Senhora Aparecida, o preço que romeiros pagam para oferecerem sacrifícios a essa divindade, fico emocionado, quanta energia emocinal o ser humano é capaz de focar naquilo que acha digno de fé. Mas outos experimentam os mesmos sentimentos, fazem as mesmas promessas, e mesmo vivenciam “milagres” semelhantes, crendo em outras coisas, seres, pessoas ou acontecimentos. Eles são melhores ou piores que os católicos por isso? Não. São mais crentes ou mais sinceros? Não. Os fatos extraordinários que vivenciam pelo que creem são mais reais, para eles, que os que os católicos vivenciam? Não. Sabe por quê? Porque crer no invisível e experimentar milagres é algo inerente ao ser humano. Por que é assim? Para que tenham comunhão com o Deus invisível. Contudo, e esse é o ponto, nem todos se rendem ao Deus verdadeiro, mas ainda assim a necessidade espiritual existe e para satisfaze-la a alma humana busca substituições, e é aí que os ídolos ganham espaço, tentando substituir Deus. 
      De todos os ídolos, de todos os tempos, de Baal a Atenas, das fadas a Iemanjá, do oriente, da Europa, da África, das Américas, não existe um mais sedutor que aquele que usa características de Maria, mãe humana de Cristo encarnado. Por quê? Porque esse ídolo chamado de “nossa senhora” reúne várias qualidades sedutoras. Em primeiro lugar diz ser mãe, que pessoa é mais respeitada e amada que uma mãe? Depois é mãe de Cristo, se é mãe, tem hierarquia maior que o filho, mesmo que seja Cristo. Mas antes de mãe é mulher e que concebeu virgem, isso confere pureza, sensibilidade, mais do que qualquer homem possa ter, mesmo Deus pai, visto por nós como uma figura, ainda que espiritual e onipotente, masculina. Mas se é mãe de Cristo, é esposa de Deus, assim possue no mínimo a mesma autoridade que o “esposo”. Mulher, mãe de Cristo, esposa de Deus, virgem, tantas qualidades, veem os católicos.
      Não, não estou exagerando nessa interpretação da chamada “nossa” Senhora, e estou colocando o “nossa” entre aspas porque ela (ou “isso”)  não é minha senhora, nem de muitos, mas é a senhora deles, daqueles que creem nesse ídolo. Sim, ídolo, uma fantasia, uma mentira, quando alguém diz crer nela, crê em algo que não existe, pois a Maria de verdade, que nunca foi assunta céu, que não é mãe espiritual de ninguém, mesmo que tenha sido mãe de Cristo encarnado, é só um ser humano como eu e você, que depois de morta permaneceu incomunicável para os vivos, até o final dos tempos como todos os mortos, e que não tem qualquer poder de intercessão entre homens e Deus, muito menos capacidade de responder orações ou fazer milagres.
       O ídolo “maria”, seja como “nossa” senhora ou como virgem Maria, tem várias versões, em países distintos, além da brasileira aparecida, no México é “nossa” senhora de Guadalupe, em Portugal é “nossa” senhora de Fátima, na França é “nossa” senhora de Lourdes, etc (veja neste LINK matéria sobre dez representações de “nossa” senhora ao redor do mundo). Em se tratando da “aparecida” brasileira, outros enganos se somam a todos esses, um deles o fato da tal escultura ser de material escuro, o que confere ao ídolo outra característica sedutora, ser uma “Maria negra”, remetendo a um povo, o africano, que tanto sofreu em sua condição imposta de escravo. Por favor aqui não há de minha parte qualquer espécie de racismo e preconceito, é justamente o oposto, reconheço a injustiça com a qual foi tratado esse povo, mas que na construção do ídolo, além de todas as características citadas, confere mais uma, a de vítima inocente. 
      Se fóssemos investigar de maneira científica as origens da estátua pescada por volta de 1717 na cidade de Guaratinguetá, veríamos que não há nada de divino nela. Mas um ídolo religioso é a combinação de elementos materiais e subjetivos que encontram na alma humana desviada do Deus verdadeiro, mas ainda carente de um deus para adorar, um lugar para depositar fé. Uma vez que fé é lançada, qualquer coisa que ocorra é interpretada como consequência dessa fé, e o objeto de fé, ídolo ou não, é reverenciado como origem do ocorrido. Ditos cristãos evangélicos e protestantes também caem no desvio de adorar ídolos quando acreditam em heresias. Isso não chega a ser um ídolo feito de barro ou madeira, de matéria física, mas de uma ideologia, tão maléfica quanto santos de pedra, já que se coloca no lugar do Deus verdadeiro.
      Algo que me entristece muito é ver que no mesmo lugar onde são vendidas estátuas de “preto véio” e outras entidades do afroespiritismo, que um católico como cristão devia saber que se referem a religiões contrárias aos ensinamentos do evangelho, da Bíblia, do cristianismo, é vendida uma imagem de “Maria”, estão lá, expostos nas mesma vitrine, um ao lado da outro, todos os ídolos, cercados de todas as espécie de espíritos malignos. Se “Maria” fosse tão importante assim, tão diferente, deveria ao menos ter alguma exclusividade, ser “vendida” num lugar especial, ou melhor, nem ser vendida. Que poder ter um pedaço de matéria que pode ser comprado com dinheiro? O melhor que se pode dizer disso é que o que importa não é a estátua, a imagem, a figura, mas a fé que se coloca nisso, e a sinceridade de quem crê, sim, meus queridos, eu respeito e muito tudo isso. 
      Eu não sairia quebrando imagens de gesso, queimando altares ou templos, isso não é de Deus, quando isso ocorreu no antigo testamento foi feito por profetas judeus limpando templos judeus emporcalhados com idolatria pagã. Os judeus não destruíram lugares de outras religiões, mas limparam os lugares de sua religião sujos por ídolos de outras religiões. Assim, crentes imaturos e estúpidos, não faltem com o respeito com a religião dos outros, Deus dá livre arbítrio e Deus, no tempo certo, julgará os homens. Todavia, posso postar aqui a ótica cristã sobre ídolos e sobre mariolatria, como posto aqui o desvio de cristãos evangélicos e protestantes na teologia da prosperidade e na dizimolatria.
      O que os católicos não entendem, é que eles cometem o mesmo pecado de espíritas, quando creem na comunicação com seres humanos mortos, mesmo sendo personagens bíblicos ou religiosos relevantes. Essa comunicação é impossível, quem reza pra Maria ou pra outro “santo” qualquer, reza pra ninguém. Mas milagres acontecem mesmo assim? Claro que acontecem, por vários motivos, não por uma ação extraordinária do tal “santo” ou “santa”, ídolo não tem ouvidos, olhos, nem boca, contudo o pensamento positivo do ser humano, aliado a outras coincidências e mesmo ações reais, como intervenções médicas, podem manifestar coisas que achamos serem impossíveis, por isso chamamos de milagres e assim os idólatras relacionam a um pedido ouvido de seu ídolo. Além disso Deus, em seu amor por todos os homens, idólatras ou não, católicos ou não, está sempre atento a orações sinceras, e pode abençoar mesmo o enganado ou o herege.
      Por que Deus abomina idolatria? Porque nenhuma outra devoção toma posse de um lugar espiritual tão íntimo no espírito humano, um lugar que só Deus deve estar, isso entristece muito o Senhor. Por isso Israel sofreu tanto no antigo testamento, por adorar a falsos deuses, por entronizar no altar de seus corações uma mentira, e quando é mentira somente um ser lucra com isso, o diabo. Mesmo que seja um ídolo com características físicas da mãe de Cristo encarnado, mesmo que o católico foque nesse ídolo amor, devoção, que faça a ele promessas duras, ande por quilômetros de joelhos, que jejue, que se sacrifique, ainda assim, “nossa” senhora Aparecida é uma mentira que desagrada profundamente ao único e verdadeiro Deus! Infelizmente a igreja com sede no Vaticano não para de criar ídolos, a cada homem ou mulher canonizados um caminho mentiroso é dado à humanidade como opção para não experimentar o único caminho que pode levar o ser humano a Deus, Jesus Cristo.

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