sexta-feira, maio 17, 2019

As pessoas mudam, sim!

      “E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças. E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo. E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo. Mas ele se indignou, e não queria entrar. E saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos; Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado. E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas; Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se.” Lucas 15.25-32

      As pessoas mudam, e para melhor, se como cristãos não acreditarmos nisso, principalmente em se tratando de pessoas convertidas, estamos negando a principal intenção do evangelho. Se há o Espírito Santo no homem interior, a mudança é intrínseca, mas mudança nem sempre é rápida, na verdade não é, as que parecem ser eram só o final de um processo que se concluiu num evento, que o desinformado pode achar que foi um milagre, mas não foi. Enquanto libertações espirituais ocorrem no momento da oração, nas áreas moral e emocional, as mudanças sempre levam anos, mesmo com a presença do Espírito Santo ensinando, e o perdão sendo experimentado no nome de Jesus. Os que não mudam é porque nunca se converteram de verdade.
      Muitos, contudo, podem dizer, “mas eu vi um sujeito caso perdido entrar numa igreja e sair nova criatura, transformado, depois que se decidiu no altar”, talvez o momento da decisão desse sujeito tenha sido o final de um longo processo, que Deus acompanhou em seu amor, permitindo que o sujeito entrasse numa igreja no exato momento em que ele estava preparado para se converter, eu creio assim. Por outro lado, alguns se decidem em igrejas cristãs, principalmente quando são muito jovens, mas trazendo consigo dores e rancores, vícios e prisões, dos quais levarão muito tempo para se libertarem. Mesmo vivendo dentro de igrejas, poderão ainda errar muito, antes de serem libertos, mas ainda assim salvos, poderão mesmo aparentemente se desviar do evangelho. 
      Alguns olharão para esses e os acusarão, os odiarão, mas Deus os segue com misericórdia para que no momento certo eles vivam a plena liberdade emocional e moral que o evangelho tem para eles. Assim, não julguemos, mas acreditemos, as pessoas podem mudar para melhor, com Deus isso é possível, até o fim dessa vida muita coisa acontece. Os que condenam alguém a um momento passado ruim, escravizam aqueles que Deus quer curar, se fazem acusadores, não salvadores, se fazem demônios, não Jesus, tenham cuidado esses falsos cristãos, muitos últimos serão primeiros e primeiros serão últimos, quem é quem só sabe Deus (Mateus 20.16).
      Infelizmente muitos cristãos que começaram bem e mesmo foram fiéis em muitos anos obedecendo o evangelho, servindo nas igrejas, agem como o irmão do filho pródigo, se escandalizam quando há alegria na volta de um desviado, mantém cadeias em seus corações aprisionando aqueles que Deus liberta com festa. Talvez esses irmãos de pródigos precisem de uma conversão mais profunda, de um quebrantamento verdadeiro, assim se conhecerão melhor e a Deus, para então terem misericórdia dos outros, só dá misericórdia quem de fato ganhou, só acredita que as pessoas mudam para melhor, os que de fato mudaram. 

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