terça-feira, dezembro 17, 2019

Jesus, filho amado em quem Deus se compraz

      “Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele. Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim? Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu. E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” Mateus 3.13-17 

      Até Jesus foi batizado por João Batista, novamente, até Jesus passou por rituais humanos, sociais ou religiosos. Contudo, Jesus reconheceu, na experiência do batismo nas águas, a palavra de um revolucionário, que pregava algo diferente da religião judaica tradicional, ainda que os textos dessa religião já haviam profetizado sobre João e sobre Jesus. Jesus sempre soube o momento de dizer não aos homens para dizer sim a Deus. Em termos técnicos, não existe ministério de João Batista e ministério de Jesus, ambos eram um, com uma introdução, um processo e um fim, João Batista era a introdução do maravilhoso ministério da nova aliança que nascimento, vida, morte e ressurreição de Cristo estabeleceria. 
      Deus pai, contudo, em sua maravilhosa sabedoria, em sua harmoniosa forma de trabalhar a revelação de sua vontade aos homens, permitiu que o Espírito Santo, de forma material visível, como uma pomba, descesse sobre Jesus durante o batismo nas águas. A metáfora encontra o real simbolizado, o material acha o espiritual, João Batista batiza Jesus, o Espírito do pai paira sobre Jesus (Jesus já era cheio do Espírito desde seu nascimento), o altíssimo aprovando tudo diz: “Este é o meu Filho amado em quem me comprazo.“. Que palavra maravilhosa, felizes os que a testemunharam pessoalmente, mas mais bem-aventurados nós hoje, que não vimos, mas cremos e recebemos o Espírito Santo. 
      Ah se os judeus oficialmente tivessem entendido o recado, se tivessem crido que Jesus era o messias predito em seus textos religiosos, se ao invés de invejarem a autoridade legítima do filho, tivessem glorificado o pai e recebido a salvação que só Jesus pode dar. Mas tudo estava predito, mesmo a perseguição, a injustiça, que fariseus e outros líderes deram a Cristo. O pior não é o justo ser perseguido pelo mundo, ou mesmo por seguidores, muitas vezes de conhecimento raso de suas doutrinas, o pior é o justo ser perseguido pelos líderes, que se dizem conhecedores profundos de sua religião, os que mais deveriam honrar aquele que só está fazendo a vontade do pai, o Deus que tais líderes dizem seguir. 

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