Não
podemos ganhar todas as batalhas, não conseguimos gostar de todos os homens, não
sabemos respeitar limites, nossos e dos outros, enfim, somos seres totalmente
despreparados para amar. Só o evangelho, a presença do Espírito Santo, para
expandir nosso coração e dar discernimento das coisas. Naturalmente muitos, de
nós, não sabem derramar uma lágrima, outros são impossíveis de pedir perdão,
alguns nunca tomam posse do perdão, por isso se sentem sempre culpados. Se somos inviáveis para tantas coisas, a primeira coisa que precisamos fazer
é admitir isso.
Não
culpe o outro por não dizer aquilo que você quer ouvir, fazer aquilo que te
agrada, aceite que é você que é intolerável muitas vezes, difícil de agradar,
eu estou fazendo isso neste momento em que estou escrevendo esta reflexão. No
ponto da vida que me encontro sei que sou difícil de conviver com certas
pessoas, que tenho dificuldades para aceitar certas coisas, que tenho lutas
terríveis para ser o mesmo, o melhor de mim, com todos. Mas quem disse que isso
é necessário?
Não,
não odeie, não perca tempo com isso, mas não se sinta obrigado, seja por sua
consciência, seja pela religião, seja pela igreja, seja por seus líderes, seja
pela Bíblia, a gostar de todos. Sim, você precisa amar, querer o melhor para
todos, mesmo ter no coração a liberdade para orar por todos. Neste mundo,
todavia, não conseguiremos ter um relacionamento próximo de todos, de alguns
precisaremos mesmo nos afastar, não para odiar, para desprezar, mas para poder
amar, amar a distância. É melhor amar a distância do que odiar de perto.
Infelizmente
às vezes, na imaturidade, na inexperiência, nos apressamos em nos aproximar de
pessoas que não querem nossa aproximação, podem até dizer que querem com
palavras, jurarem de pés juntos que não têm nada contra nós. Mas descobrimos
com o tempo que uma proximidade com essas pessoas é impossível, nunca parecerá
sincera, cheirará a falsidade sempre. Então precisamos fazer uma correção no
percurso, correção que muitos podem não entender, achar que nós mudamos, éramos
de um jeito e depois ficamos de outro. Os errados na maior parte das vezes não
são os que exteriorizam agressão, mas que mantém uma atitude política a
aparentemente simpática.
Esse
é o risco que corremos quando achamos que todos estão preparados para serem nossos
amigos, então, numa próxima vez, o mais sábio é irmos com calma, antes de jurarmos
amor eterno, devemos gostar com cuidado, analisando, conhecendo, não nos entregando
mais do que o necessário. Se entendermos que é melhor ficar longe, amemos de
longe, contudo, se pudermos nos aproximar, amemos bem pertinho. Nessa experiência
podemos provar amizade verdadeira, uma experiência mais rara, mas que vale a
pena, a melhor aliança que se pode fazer neste mundo com semelhantes.
Não, você não tem que odiar ninguém, mas não precisa gostar de todo mundo, e quando digo isso me refiro a viver próximo, concordando e apoiando o que certas pessoas fazem. Amar a todos, todavia, é uma capacidade que o Espírito Santo pode nos dar, se agirmos com sabedoria.
Não, você não tem que odiar ninguém, mas não precisa gostar de todo mundo, e quando digo isso me refiro a viver próximo, concordando e apoiando o que certas pessoas fazem. Amar a todos, todavia, é uma capacidade que o Espírito Santo pode nos dar, se agirmos com sabedoria.
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