quarta-feira, janeiro 08, 2014

Minha confissão

Confesso, sou pessimista, não acredito na força do homem, na sabedoria do homem, na sensatez do homem, nas boas intenções do homem, e quando digo homem cito a mim em primeiro lugar.
Contudo, confesso, sou crédulo, acredito no Deus invisível e poderoso, paterno e sábio, um Deus já tão mal falado principalmente pelos chamados cristãos, que compartilham com a boca aquilo que não testemunham com suas ações, que querem sentir, mas não querem pensar, que querem pensar, mas não querem viver, que querem viver, mas que não estão prontos para morrer, morrer ainda vivos, morte do ego.
Confesso também que sou exagerado, choro por pouco, viajo na inocência das crianças e dos verdadeiramente humildes, olho o que está por trás do sorriso, vejo o que está atrás do otimismo, entendo o que a boca não fala, mas o coração sente, se me irrito fácil, perdoo mais fácil ainda, se há sinceridade.
Confesso, sou fraco, queria amar mais, esperar mais, me calar mais, tomar a iniciativa de ser afetuoso com aquele que me despreza e me julga mal, contar até dez para responder ao tolo, até mil para calar a boca do louco, até um milhão para não agradar a mim mesmo.
Mas acima de tudo eu confesso, Deus é meu amigo, meu companheiro, meu pai, meu mestre, e tem feito tanta coisa boa através de minha vida tão falha, tem abençoado tantas pessoas através de meu dom tão impreciso, tem feito morada em meu coração, enchido-o com seu Santo Espírito e alimentado minha alma com sua presença maravilhosa.

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