Confesso,
sou pessimista, não acredito na força do homem, na sabedoria do homem, na
sensatez do homem, nas boas intenções do homem, e quando digo homem cito a mim
em primeiro lugar.
Contudo,
confesso, sou crédulo, acredito no Deus invisível e poderoso, paterno e sábio,
um Deus já tão mal falado principalmente pelos chamados cristãos, que compartilham
com a boca aquilo que não testemunham com suas ações, que querem sentir, mas não
querem pensar, que querem pensar, mas não querem viver, que querem viver, mas
que não estão prontos para morrer, morrer ainda vivos, morte do ego.
Confesso
também que sou exagerado, choro por pouco, viajo na inocência das crianças e
dos verdadeiramente humildes, olho o que está por trás do sorriso, vejo o que
está atrás do otimismo, entendo o que a boca não fala, mas o coração sente, se
me irrito fácil, perdoo mais fácil ainda, se há sinceridade.
Confesso,
sou fraco, queria amar mais, esperar mais, me calar mais, tomar a iniciativa de
ser afetuoso com aquele que me despreza e me julga mal, contar até dez para
responder ao tolo, até mil para calar a boca do louco, até um milhão para não agradar
a mim mesmo.
Mas
acima de tudo eu confesso, Deus é meu amigo, meu companheiro, meu pai, meu
mestre, e tem feito tanta coisa boa através de minha vida tão falha, tem
abençoado tantas pessoas através de meu dom tão impreciso, tem feito morada em
meu coração, enchido-o com seu Santo Espírito e alimentado minha alma com sua
presença maravilhosa.
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