sexta-feira, fevereiro 08, 2019

Liberdade ou só uma nova prisão?

      “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão.Gálatas 5.1

      Queremos ser livres, de verdade, ou apenas ter uma prisão diferente? Queremos descobrir nossa identidade pessoal ou apenas nos esconder no meio de grupos, tribos e outros coletivos? O ser humano tem uma característica que pode tanto ser qualidade quanto defeito, a adaptabilidade. Ela é eficiente quando precisamos nos adaptar a situações imprevisíveis e das quais não podemos nos livrar, não num curto espaço de tempo, assim adaptar-se e seguir em frente pode ser a única saída. 
      Contudo, o outro lado da adaptabilidade é o comodismo, querer permanecer numa posição porque é uma zona de conforto que não nos oferece perigo, mesmo que não seja o melhor lugar é um lugar que não nos surpreende mais, que conhecemos, que aprendemos com o tempo a chamar de lar. Assim, com receio de mudanças e desobedecendo as inclinações do Espírito Santo que é vivo e sempre nos leva a crescer, a aprender, a conhecer novas coisas que nos ensinam mais sobre nós mesmos e sobre o Senhor, acabamos não escolhendo a liberdade, mas apenas trocando de carcereiros, numa prisão nova, mas ainda uma prisão. 
      Uma nova prisão assim como um novo carcereiro podem assumir as formas mais sedutoras possíveis, o inimigo de nossas almas é astuto para criá-los e colocá-los em nossos caminhos, se não estivermos despertos e prontos para obedecer a Deus, podemos passar a vida de prisão em prisão, obedecendo este ou aquele carcereiro, mas nunca provando a real liberdade que Jesus tem para cada um de nós. A liberdade tem seus preços, primeiro vencer o medo do desconhecido, depois crer que Deus tem algo melhor para nós, por último não nos importarmos com o que os homens pensam ou dizem de nós. 
     Liberdade é algo muito pessoal, a de uma pessoa não é necessariamente a de outra pessoa, ser livre para alguém pode ser uma prisão para outro alguém, a liberdade de muitos pode nos parecer uma prisão, enquanto que a nossa liberdade pode ser um cárcere para outros. A liberdade mais profunda e genuína é específica e instransferível, é provada numa experiência individual com Deus, mesmo solitária, e abre mão de todo o abrigo cômodo que a coletividade oferece. A pergunta talvez não seja, “eu quero ser livre?”, mas “estou pronto para ser livre?”, muitos até querem, mas não estão de fato prontos.

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