domingo, julho 21, 2019

A verdadeira espiritualidade

      A verdadeira espiritualidade pessoal não precisa ser explicada aos homens, não necessita que seja falada nos púlpitos e nem se espera reconhecimento por ela, muitas vezes experimentamos a mais genuína das espiritualidades na privacidade, em segredo, e dela ninguém saberá. Podemos usar a espiritualidade dos outros como bons exemplos nos discursos e textos, mas a nossa, se existir, deve ser sabiamente calada, nas palavras, não na prática. A verdadeira espiritualidade produz frutos doces que permanecem e as pessoas os provam e são abençoadas por eles, alimentadas por eles. 
      A falsa espiritualidade quer ser vista pelos homens, deseja reconhecimento público, pode até produzir frutos, mas por buscarem a glória de homens por homens serão frutos amargos ou de pouca duração. Só o Espírito Santo num coração humilde e liberto de toda vaidade pode produzir a verdadeira espiritualidade. A verdadeira espiritualidade nasce em Deus, é exercida em Deus e recebe honra só de Deus. Isso infelizmente muitos demoram a entender, alguns acham sinceramente que são espirituais praticando a mais falsa das espiritualidades, fazem e falam, mas só para serem vistos por homens. Se a esses fosse pedido que ficassem um tempo sem púlpito, sem títulos e sem microfone, rapidamente não achariam razão para serem “espirituais”. 
      Se a maioria dos líderes evangélicos entendessem de fato isso, existiriam menos pessoas sentadas nos lugares mais altos dos templos, no chamado altar, menos pessoas desejosas de títulos e cargos, ao contrário, as pessoas teriam temor de serem conhecidas como pastores, diáconos, presbíteros, ministros, apóstolos e outros. A maioria estaria lá embaixo, amando, vivendo, tendo misericórdia, orando, estando próxima das pessoas e buscando ajudá-las. Desçam dos púlpitos, falsos espirituais, dispam-se de todos os títulos, vistam-se com mantos brancos de humildade e pratiquem o evangelho, falsos espirituais enojam o Espírito de Deus tanto quanto os adúlteros. Não posso encerrar esta reflexão sem compartilhar o texto a seguir, é desnecessário dar a ele mais explicações.

      “Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente. 
      E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.”

Mateus 6.2-6

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