“Ele põe fim às trevas, e toda a extremidade ele esquadrinha, a pedra da escuridão e a da sombra da morte.” Jó 28.3
A dor não tem fim, a solidão não tem fim, a ilusão não tem fim, o prazer tem fim. O mistério sobre o universo não tem fim, a vaidade do homem não tem fim, o egoísmo humano não tem fim, o mundo tem fim. O que vemos, tocamos, ouvimos e levamos, tem fim, o que imaginamos não tem fim. A matéria tem fim, o espírito não tem fim, o homem tem fim, Deus não tem fim, a morte tem fim, a vida não tem fim.
Deus é Deus porque vai além dos fins, chega à beira do precipício, segue e não se perde. Deus constrói e desconstrói o abismo. A luz do corpo tem fim, a escuridão da alma não tem fim, Deus é luz sem fim na escuridão. Deus é espírito, Deus é o pai de todos os espíritos, Deus está além da vida e da morte, da luz e das trevas. Deus é vida eterna e essa não tem fim, Deus é amor e seu amor não tem começo nem fim.
Não tema a morte, tema a vida, depois da morte há outra vida para se viver e não se morrer mais. Enquanto há morte, há vida, mas sem morte há algo que vai além da vida, a vida eterna. Nós, seres humanos neste mundo, somos incapazes de entender o que é vida eterna, por isso veio Jesus. Jesus não foi só um santo encarnado, um organismo materialmente vivo, ainda que saudável por dentro e por fora.
Cristo homem foi a manifestação das virtudes eternas de Deus, verdade, amor e luz, o tanto quanto um espírito elevado pode se expressar encarnado. Ele não se sentia desconfortável por isso, amarrado, limitado, mas sereno, sob controle, satisfeito, ciente de tudo e ainda assim como se nada soubesse, esperasse ou quisesse, só ser, a verdade, o amor, a luz, e não falar, impossível verbalizar no mundo tais virtudes.
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