quinta-feira, dezembro 02, 2021

Vitória até o fim

      “Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa. Porque ainda um pouquinho de tempo, e o que há de vir virá, e não tardará. Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.Hebreus 10.36-38

      Na ginástica olímpica duas coisas são importantes em várias provas, os movimentos que são feitos no ar e a chegada ao chão. Muitos se lançam bem ao ar, fazem peripécias extraordinárias por lá, mas quando tocam o chão perdem o controle e colocam tudo a perder. Vemos nas olimpíadas vários atletas cometerem esse erro, muitos, por serem suas últimas oportunidades de vitória, arriscam movimentos aéreos mais ousados, mas por não estarem totalmente preparados, ou focados naquele momento, encerraram a prova derrotados. Podemos tirar lições espirituais dessas provas atléticas. 
      A primeira lição é que nossa avaliação só ocorrerá no final, na eternidade, assim por mais que façamos aqui se não persistirmos no bem até o final não obteremos vitória. As provações que temos no mundo existem para que possamos anexar virtudes ao nosso espírito, e esse, enquanto encarnado, só retém virtudes após persistente trabalho moral aqui. As fraquezas do corpo, as limitações que temos para segurar as virtudes mais altas, são permitidas por Deus para que nosso espírito cresça e amadureça, mas o que de fato crescemos e amadurecemos só saberemos com toda certeza na eternidade. 
      A segunda lição é um alerta, tomemos cuidado, não façamos o que não estamos preparados para fazer, e os que mais podem incorrer nesse erro, não são os principiantes, mas os experientes. Esses, por excesso de confiança, podem tentar fazer “peripécias” para as quais não estão preparados e nem lhes são pedidas por Deus, essas “peripécias” ocorrem bastante em empreendimentos arriscados no mundo. Muitos pastores, depois de trabalharem por anos com sinceridade na obra, se acham no direito de colher aqui prosperidade material, isso pode levá-los a envolverem-se em negócios escusos. 
      Todos somos tentados pela vaidade, e há vaidade até no desejo de ser espiritual e no querer fazer o bem, ainda que a princípio não haja nisso segundas intenções. Às vezes pode ser melhor fazermos menos, mesmo coisas boas, o bem só é bem quando for obediência à palavra de Deus, e essa palavra até pode ser “não faça nada nessa situação, não se envolva nisso”. “Melhor é o pouco com justiça, do que a abundância de bens com injustiça” (Provérbios 16.8), entenda como bens qualquer coisa aparentemente benigna. Sigamos corretos até o fim, não sucumbamos às várias facetas da vaidade. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário