terça-feira, abril 19, 2022

Parábola das lâmpadas (79/90)

      Nesta parte e na próxima, do estudo “Quem você será na eternidade?”, uma parábola que me foi apresentada pelo Espírito Santo com imagens, só tive o trabalho de ver e registrar. Esteja à vontade para entendê-la, existem bem mais mistérios que são revelados nela que aqueles que coloquei no texto, mas esteja também à vontade para discordar dela assim como para confrontá-la com aquilo que você entende que a Bíblia fala sobre assuntos semelhantes. Que a voz final que te fale seja a do Espírito Santo de Deus, essa quando fala e quando é acatada sempre deixa nos corações uma paz imperecível.

      “Porque o Senhor Deus é um sol e escudo; o Senhor dará graça e glória; não retirará bem algum aos que andam na retidão.
  Salmos 84.11

      Quem está à luz de uma sala dentro de uma casa, quando sai da casa e vai para a luz do Sol, não se incomoda, até senti-se melhor, numa luminosidade mais natural. Mas quem está num quarto escuro e vai para uma sala iluminada, ainda que na mesma casa, sente-se desconfortável, a iluminação fere seus olhos, sua tendência é voltar para o quarto escuro, precisa se esforçar para se acostumar. 
      Nenhum de nós começa sua jornada espiritual neste mundo como um iluminado, quando cometemos o primeiro pecado somos lançados em trevas, saímos da infância e nos tornamos adultos, responsáveis pelos erros que escolhemos fazer. Se permitirmos, pouco a pouco Deus vai nos iluminando, nos ensinando, nos curando, assim aprendemos que estar na luz é melhor, ainda que doa no início. 
      Se formos humildes, de um quarto escuro iremos para uma sala iluminada, e quando amadurecermos o suficiente, poderemos sair da casa e nos expormos à luz forte do Sol. Lá, não somos limitados por cômodos e paredes, a iluminação não é restringida, mas temos liberdade para caminharmos pela Terra, conhecermos os moradores de outras casas, compartilharmos com eles o Sol que é para todos. 
      Alguns até iniciam esse processo, saem de seus quartos escuros e entram na sala mais clara, mas não se adaptam, sentem-se desconfortáveis por saberem que sob a luz eles podem ser vistos, do jeito que são. Se eles têm qualidades, elas são reveladas, se têm defeitos, eles também são exibidos, todavia, orgulhosos, não querem ser totalmente vistos, não são humildes para se aceitarem como são. 
      Ainda que esses tenham entrado numa sala iluminada, seus corações continuaram em trevas, e sendo assim sentem saudades do velho quarto escuro, lá eles não se viam, não se conheciam, por isso se iludiam. No quarto escuro podiam achar que eram quem desejassem ser, e ainda que não fossem, tinham prazer na ilusão da mentira e dos estranhos companheiros escuros que com eles viviam.
      Assim, ao invés de saírem para fora da casa e conhecerem o Sol, ao invés de desfrutarem da liberdade que amadurece à medida que se caminha pela Terra e se conhece outros, forasteiros pares, buscando crescer e entender  a verdade que só a luz do Sol revela, se fecham mais ainda no interior da casa, no quarto mais entrevado, se refugiam nele, trancam a porta e constróem lá seu universo.

      Quem somos nós nessa parábola? Estamos na Terra, debaixo do Sol, caminhando, descobrindo, conhecendo e sendo conhecidos? Ainda estamos dentro de casa, seguros numa sala iluminada, com algum conhecimento das coisas, de nós mesmos, mas limitados a quatro paredes e a uma luz menor? Ou somos o que se trancou no quarto escuro, que não quer a verdade por medo, que acha que é o que não é?
      No quarto escuro estão os que fogem de Deus, por isso fogem deles mesmos, não se conhecem, ainda que possam construir todo um mundo dentro desse quarto. Nesse lugar escuro eles não estão sozinhos, existem seres com eles, que eles chamam de amigos, mas que não sabem de verdade quem são, que no final pularão sobre eles e canibalizarão seus seres para poderem sobreviver, são espíritos vampiros. 
      Na sala iluminada estão os religiosos, sob eles existe alguma luz, mas limitada, assim como é limitado o espaço em que podem se mover. Eles temem a Deus, mas só sabem de Deus aquilo que os homens os deixam saber, os administradores da sala e da luz da sala. Eles são mantidos lá por medo, dos perigos do quarto escuro, e do desconhecido que há fora da casa, que os administradores dizem ser perigoso. 
      Mas fora da casa estão os realmente livres, que não dão satisfação de suas vidas a homens, os donos das casas com salas iluminadas e quartos escuros, mas só ao Senhor da Terra e do Sol. Esses entenderam que não existe só uma casa, só uma sala iluminada, nem só um quarto escuro, mas muitas casas, com muitos quartos e muitas salas, assim como muitos forasteiros, aventurando-se para saber mais sobre tudo. 
      Onde existem mais pessoas? Não é fora das casas, lá existem poucos, a maioria está escondida, dentro das casas. Muitos estão nas salas iluminadas, isso é certo, e em menor quantidade outros, dentro dos quartos escuros. O Sol segue brilhando, forte e eterno, à espera de todos. Entretanto, o que os que estão nas casas não querem saber, é que o tempo se aproxima, quando as lâmpadas das casas se apagarão. 
      O tempo final se aproxima, as luzes já estão fracas, porque elas não eram para estarem acesas por tanto tempo, eram para brilhar só enquanto os homens se acostumassem com a iluminação, depois todos deveriam sair para fora de suas casas e enfrentarem o Sol. Existem muitas casas, muitos quartos e muitas salas, e nas salas lâmpadas diversa e distintas, contudo, só existe um Sol, para todos os homens, Deus. 
      Interessante que só existem locais escuros dentro das casas, assim os mesmos que administram as luzes limitadas, também administram a ausência dessas luzes. Fora das casas, na Terra, não há locais entrevados, porque o dono da Terra e do Sol é luz plena e eterna, impossível para ele gerar trevas. As trevas são construções de homens escolhidas por homens para estarem nelas pelo tempo que quiserem estar. 

Esta é a 79ª parte da reflexão
“Quem você será na eternidade?”
dividida em 90 partes, para melhor
entendimento leia toda a reflexão.

José Osório de Souza, março de 2021

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