sexta-feira, dezembro 15, 2023

“No religion too…”

      “A vaca e a ursa pastarão juntas, seus filhos se deitarão juntos, e o leão comerá palha como o boi. E brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e a desmamada colocará a sua mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar.Isaías 11.7-9

      Imagine um mundo sem religião? John Lennon imaginou, mas nós cristãos muitas vezes temos ideia errada sobre os que se colocam, não só contra religiões de modo geral, mas contra o cristianismo. O que te vem à mente quando ouve “nothing to kill or die for and no religion too, imagine all the people living life in peace” (“nenhum motivo para matar ou morrer e também nenhuma religião, imagine todas as pessoas vivendo a vida em paz”)? Parte da letra do hit pop “Imagine” de John Lennon dos anos 70? Interessante como a negativa de religião vem depois de afirmar “nada pelo qual se matar ou morrer”. O poeta estava errado? Ou o cristianismo, para não citar outras religiões, nunca guerreou e matou em nome da sua fé? 
      De fato uma religião assim seria muito bom que nunca tivesse existido, mas existiu, existe, ainda existirá e por muito tempo. Não demonizemos o ex-beatle, há verdade em suas palavras, e acredite, ele não era um cara avesso à espiritualidade legítima. Isso me faz pensar como muitos cristãos, e confesso que fui um desses por muito tempo ainda que com boa sinceridade, taxam queles que vão contra sua religião com o termo genérico “satanista”. Hoje penso que um mundo sem religião seria perfeito, livre como foi Jesus homem. Mas entenda certo o que digo, não me referi a Deus nem ao evangelho, mas a cristianismos de homens, do mundo, assim como a outras religiões desviadas dos ensinos originais de seus fundadores. 
      Mas na prática o ideal seria, não nenhuma religião, mas tantas quantas são os seres humanos, ainda que com entendimentos em comum entre eles. O que não se pode são alguns homens com algum poder, geralmente político ou/e econômico, ditarem o que pensam como obrigação para outros pensarem, punindo com alguma forma de excomunhão ou expulsão os que não obedecem isso. Todos temos direito de compartilhar nossas crenças, mas sem violência e sem achar que os outros têm que crer da mesma forma. Minha fé em Jesus é inegociável, mas depois disso existem muitas variáveis, de acordo com níveis morais, intelectuais e espirituais do ser humano, Deus respeita isso, assim todos devemos respeitar também. 

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