domingo, dezembro 03, 2023

O justo e o ímpio

      “O desejo dos justos é tão somente para o bem, mas a esperança dos ímpios é criar contrariedades.Provérbios 11.23

      Será que basta, dividir a humanidade entre salvos e condenados? Entendendo como salvos cristãos batizados e assíduos em cultos e missas, que aceitaram Jesus como salvador, e colocando como condenados seres humanos de níveis intelectuais e financeiros diferentes, de todas as nações e culturas, muitos fiéis em religiões não cristãs? Essa compreensão é suficiente para entendermos a razão de ser no mundo e o lugar onde estará no outro mundo? Isso explica as vidas de todos os seres humanos no planeta Terra, não só hoje, mas em todos os tempos, suas dores e lutas? Isso explica a existência, o propósito, e a identidade de Deus? Isso é suficiente para separar a humanidade entre justos e ímpios, para rotular todos? 
      Depende da fé de cada um, e se Deus não quer que ninguém se perca de seu caminho escandalizando-se em crença que não cabe em sua cabeça, não serei eu que direi o contrário. Cada um fique na religião em que achou paz em Deus, mas que ninguém condene quem crê diferentemente de si. A Bíblia, contudo, nos dá alguns critérios para diferenciarmos as pessoas, não pelo que falam ou creem, mas pelo que fazem. “E quebrarei todas as forças dos ímpios, mas as forças dos justos serão exaltadas” (Salmos 75.10). O ímpio não terá forças para se manter em paz até o fim, indiferente da fé ou da religião que tem ou não tem. O universo é justo, não mantém de pé trevas, mentira e arrogância, verá isso quem tiver paciência. 
      Entendamos uma coisa, a grande maioria das pessoas tem fé em alguma coisa, anda com confiança numa crença, ainda que seja para fazer explicitamente o mal, raríssimas as pessoas que estão perdidas, sem noção de nada. Assim a questão não é ter ou não fé, mas onde essa fé leva e persiste até o final da caminhada aqui. O ser humano de bem ainda que caia não fica caído, ainda que erre, se arrepende, ainda que esteja perdido, se encontra. Os muitos desacertos do justo o tornam humilde, tranquilo, amoroso, isso lhe trará saúde física e emocional. Mas o ímpio pode até ser bom cidadão, honesto, culto, mas seu fim será de conflito, com os outros, consigo mesmo, com Deus, não achará saúde dentro de si. 

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