quarta-feira, outubro 24, 2012

Ore antes

      A vitória sobre o pecado, sobre a fraqueza, sobre aquilo que nos envergonha, que nos enche de culpa, não é obtida, muitas vezes, com luta no momento em que somos tentados, nesse momento, a luta pode ser tardia. Algumas batalhas têm que ser travadas antes, num clamor cheio de fé diante de Deus, externando nosso desejo de não tornar a errar com toda a veemência emocional e racional de nosso ser.

Insustentável leveza do ser em Deus

Quando o homem é quebrantado, quando sua alma se torna barro mole nas mãos de seu Senhor,
quando o coração deserto é molhado com a água espiritual, quando os argumentos humanos se calam,
quando a humanidade é reconhecida em sua totalidade, sem máscaras, sem vaidades, e o ego é diminuído ao máximo,
quando os legalismos e tradições dão lugar ao pão da vida, quando Deus é eleito Rei dos Reis da existência, declarado único salvador e Senhor,
quando todo pecado e confessado e perdoado, quando todo perdão é concedido, toda mágoa dissipada, todo rancor lançado pra longe,
quando todas as incapacidade e impotências são assumidas, quando Deus é amado e adorado acima de tudo e de todos,
então a paz é abundante, a alegria é fácil, a santificação é possível, a liberdade é verdadeira, a solidão é encerrada, a vontade de Deus é reconhecida com tranquilidade,
o Senhor não precisa mais usar de disciplina, chamar a atenção de seu filho com sinais exagerados para que esse o obedeça, como se faz com uma criança, a maturidade se realiza com simplicidade,
o homem passa a entender as pequenas nuanças do mover de seu Deus, fazer a vontade do Senhor passa a ser para o homem algo natural, assim como respirar, “então eu passo a provar a Deus como o ar que respiro”.

(Gostaria de aproveitar essa oportunidade e compartilhar uma coisa com você. Numa manhã de maio de 2011, a campainha de casa tocou, eu atendi e era um evangelista. Eu resumi o atendimento, dizendo que já era evangélico, contudo ao se despedir o evangelista me deu uma passagem bíblica e pediu para que eu a lesse quando pudesse. A passagem era João 17.3, “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, que enviaste.”.
Bem, nesse mesmo dia em abri o blog “Como o ar que respiro”, João 17.3 é o texto princípio do blog, ele me fala bastante porque ensina que vida eterna não é frequentar uma igreja, ter uma religião, não é obedecer um conjunto de normas morais, ser sábio ou caridoso, mas é conhecimento, conhecimento de Deus.
Deus se conhece relacionando-se com Ele, caminhando com Ele, conversando, ouvindo e principalmente obedecendo-o. Esse é um processo que dura toda a existência encarnada. Durante a vida, podemos passar por tantas fases, desde aquelas que somos membros oficiais de igrejas, até aquelas que estamos mais distantes do povo de Deus. Contudo, acredito que o filho de Deus nunca se desvia realmente de seu pai, não o convertido genuíno.
O evangelista que bateu na porta de minha casa era Testemunha de Jeová, só pra constar, eu não sou e nunca fui dessa religião, fui batista tradicional durante um bom tempo e atualmente, graças a Deus, frequento uma Assembleia de Deus. Mas é maravilhoso como Deus pode usar qualquer coisa, pessoa ou situação, para cumprir seu propósito na vida de seu filho. Foi essa a experiência que tive na abertura desse blog.)
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terça-feira, outubro 23, 2012

"Quero Deus, seja pelo preço que for"

        Você já tentou e não conseguiu, você já pediu e não recebeu, você já lutou e se cansou, você já amou e se decepcionou, você já perdoou e tornou a se magoar, você já se levantou e tornou a cair, você já desistiu,
pois tente novamente, peça outra vez, continue lutando, ame mais, torne a perdoar, levante-se e não desista,
Deus pode te dar forças para continuar sua caminhada, nEle você pode entender os nãos e injustiças que sofreu, nEle há consolo e cura para toda a angústia do coração do homem,
humilhe-se mais uma vez, abra mão de uma posição altiva, de querer dar a última palavra, veja o que está atrás de tudo, das caras feias, dos julgamentos humanos, da incredulidade e da impossibilidade, diga:

“Senhor eu quero aquilo que o Senhor tem pra mim, custe o que custar, mesmo que tenha que voltar atrás, que pedir perdão pra muita gente, que perder muitos que considero amigos, na verdade eu largo mão de tudo e de todos para poder ficar bem com o Senhor, pois importa muito mais o que o Senhor pensa de mim”,

Diga isso e provará um milagre em sua vida, talvez não nas coisas aparentes, mas em seu homem interior, quando o seu coração mudar, tudo mudará, mas somente Jesus pode operar essa mudança!
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segunda-feira, outubro 22, 2012

Quem sabe de mim é Deus

        Quem pode julgar o coração alheio? Quem sabe o que há por trás da face fria, distante, cansada, das palavras duras, resumidas. Quem sabe quantas dores, quantas repressões, quantos nãos injustos, quanto silêncio estúpido, quanta incompreensão a pessoa recebeu para que se tornasse o que é? Mas Deus é bom e pode fazer novas todas as coisas!

Ore sempre

        O cristão não precisa ver seu inimigo, muito menos estar fisicamente na frente dele para travar uma batalha, seja o inimigo um demônio ou um homem. O cristão não precisa conhecer minuciosamente as armas de seus inimigos, as ações, os argumentos deles. A batalha, que o cristão trava, não é com a boca, com as mãos, mesmo com a mente, mas é com o coração, e isso em oração.
O confronto que vai acontecer amanhã, o cristão ora hoje por ele, o acidente que pode acontecer daqui a pouco, o cristão se livra dele agora, a armadilha que armaram contra sua vida, o cristão safa-se dela antes, tudo isso em oração.
Portanto, antes de fazer algo importante, ore, antes de fazer algo menos importante, ore também, na verdade ore sempre. Grande poder de atuação tem a oração de fé do cristão diante de seu Deus, poderosa para desfazer planos malignos, intenções de destruição, ações maléficas contra a sua vida e de seus queridos.
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domingo, outubro 21, 2012

Segue a vida

        E a vida segue, todos seguem, cada um planta a semente que tem nas mãos, rega essa semente, a vê brotar e crescer. Vai nascer uma planta, com certeza dará frutos, todas as plantas dão frutos, que frutos? Depende de cada um, frutos que alimentam o corpo, frutos desse mundo, frutos efêmeros, que dão força para começar um novo dia.
Outros, contudo, colherão frutos mais valorosos, que alimentam uma vida mais duradoura, frutos não tão belos, ao olhar, não tão doces, no paladar, mas que levam a existência para além das manhãs de trabalho, das tardes de caminhada, das noites de festa, das madrugadas de busca. E a vida segue, e todos procuram nas ruas e nas luas aquilo que está dentro deles mesmos, o toque de Deus.
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Sobre palavra profética

      “Assim, temos ainda mais firme a palavra profética. E fazeis bem em estar atentos a ela, como a uma candeia que ilumina um lugar escuro, até que o dia amanheça e a estrela da alva surja em vosso coração. Saibam antes de tudo que nenhuma profecia das Escrituras é de interpretação particular. Pois a profecia nunca foi produzida por vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, conduzidos pelo Espírito Santo.II Pedro 1.19-2

        (Leia todo o capítulo para entender todo o contexto do assunto.)

Já vi gente, sem nenhum temor a Deus, zombando dos termos usados nas palavras proféticas ditas pelo Espírito Santo, tanto nas profecias do antigo testamento como nos tempos atuais. É certo que a ministração profética do antigo testamento podia ser um pouco distinta da ministração verificada no livro de Atos e nas cartas. No antigo testamento, em sua maioria, eram profecias relativas a uma nação, Israel, com o cumprimento, muitas delas, em anos ou em centenas de anos. Esse tipo de ministração profética ficou estereotipada e muitos a entendem como o único tipo de profecia.
No tempo do antigo testamento o Espírito Santo não ficava permanente na vida das pessoas, ele visitava os tementes a Deus, fazia sua manifestação, depois os deixava. Davi, excepcionalmente, foi um homem que teve uma presença mais frequente de Deus em sua vida. Nos Salmos existem palavras proféticas semelhantes às palavras ministradas pelo Espírito Santo depois da obra de Jesus no calvário, palavras de consolo. O próprio Espírito Santo é chamado, no Evangelho, de consolador, nos tempos atuais as profecias que recebemos são mais pessoais e cumpridas em curto prazo.
Sem fazer qualquer espécie de legalização, ou tentativa de engessar a atuação do Espírito Santo, já que em Apocalipse a palavra profética dada no tempo do novo testamento é semelhante às palavras dos profetas do antigo testamento, existe em todas essas manifestações uma linguagem comum na maneira como fala o Espírito Santo.
“Assim diz o Senhor” e outras promessas como “farei novas coisas em sua vida”, “eis que a nova casa será maior que a antiga”, “vai na tua força pois eu estou contigo”, a maioria, palavras de motivação dadas a reis e profetas quando em batalha contra exércitos inimigos, são mistérios de Deus (mesmo esse termo também é bastante usado no meio pentecostal).
Obviamente toda palavra profética pode e deve ser julgada, baseando-se na palavra de Deus escrita na Bíblia, na sabedoria que o próprio Espírito Santo dá principalmente através das vidas dos líderes, mas acima de tudo através do temor a Deus, que todos devem ter. Mas não podemos negar que Deus usa, sim, com frequência termos e frases, que são citados originalmente na Bíblia, para falar com seu povo.
Muitos da linha do “gospel-pop-intelectual-contemporâneo” (essa denominação é minha), que estando desviados não admitem, tentam tornar ultrapassada, vulgar, fora de moda e mesmo ilegítima, a atuação do Espírito Santo. Essa, porém, é a maneira como Deus trabalha, é uma maneira antiga, e é antiga porque funciona (e sempre funcionará). Quem está realmente ligado em Deus, que tem intimidade com o Senhor, quem vive no falar em línguas estranhas uma realidade diária do andar com Deus, vê novidade e eficácia na maneira como Deus fala as coisas.

(É preciso discernimento, mas devemos tomar cuidado para não pecarmos contra o Espírito Santo, tomando como do inimigo uma palavra que é de Deus, leia a respeito na reflexão “Espírito de confusão: identifique-o e expulse-o”).
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sábado, outubro 20, 2012

Palavra de vitória: é essa que meu coração quer

        Uma palavra que salva, uma palavra que cura, uma palavra que traz vida nova, que traz paz, que traz alegria,
uma palavra que muda um caminho antes de derrota, de dor, de escravidão, uma palavra de esperança, que transforma a disposição depressiva da mente, a existência rancorosa e rejeitada,
uma palavra que tem poder sobre os demônios e enfermidades, que abre portas, que ressuscita os mortos,
uma palavra de ânimo, de entusiasmo, de motivação, uma palavra que empurra para frente, que levanta, que acorda, que rejuvenesce,
uma palavra de vida realmente abundante, que faz o solitário sentir-se acompanhado, que faz o incrédulo enxergar a possibilidade do milagre, enfim, uma palavra de Jesus,
é essa a palavra que meu coração busca, é essa a palavra que meu coração deseja, é essa a palavra que meu coração precisa, é essa a palavra que Deus tem pra mim e pra você,
não aceite menos que isso pois é isso que Deus tem pra você!
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sexta-feira, outubro 19, 2012

Medo

        Você tem medo?

Quem tem medo, foge,
quem tem medo, amedronta,
quem tem medo, carrega culpa,
quem tem medo, não ama, não perdoa,
quem tem medo, não confia, desconfia sempre,
quem tem medo, agride, está sempre na defensiva,
quem tem medo, tem o coração nas riquezas do mundo,
quem tem medo, não se conhece, não se assume, encena,
quem tem medo, não pode ter paz, não conhece a Deus, morre.

Humildade: o maior milagre de todos

        “Ela, porém, prosseguiu, dizendo-lhe: Sim, Senhor; mas também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem das migalhas dos filhos. Então ele lhe disse: Por causa dessa palavra, vai; o demônio já saiu de tua filha.” (versículos 28 e 29 de Marcos 7.24-30, leia toda a passagem para um entendimento mais completo).

A provação era mais que necessitar de um milagre na vida da filha que tinha possessão demoníaca, a provação era mudar o coração. A mulher mostrou que tinha um coração mudado, que tinha seu orgulho convertido em humildade, quando mesmo sendo rejeitada por Jesus, mesmo sendo chamada de “cachorrinho”, mesmo sendo negada como filha, ela ainda insistiu, crendo que Jesus poderia abençoá-la. Mais que uma cura, que um bem, Jesus quer mudar nosso coração, de arrogante para humilde, o humilde não se faz de vítima, de coitado, de rejeitado, ele assume sua condição, sim, mas continua crendo que Deus pode fazer um grande milagre em sua vida.

(Gosto muito dessa história, já fiz uma reflexão sobre o fato relatado, só que em outra passagem bíblica, Mateus 15.22-28, se quiser confira no link “Você suportaria isso?”).
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quinta-feira, outubro 18, 2012

Secularismos

A palavra secular significa mundano, profano, temporal, secularismos são coisas, costumes, disposições mundanas, profanas, relativas ao tempo desse mundo (a esse século, por isso secularismo). Um secularismo não é necessariamente algo ligado aos desejos carnais, aos apetites do corpo, às obras da carne, citadas em Gálatas 5.19-21: 

        “As obras da carne são evidentes, a saber: imoralidade, impureza e indecência; idolatria e feitiçaria; inimizades, rivalidades e ciúmes; ira, ambição egoísta, discórdias, partidarismo e inveja; bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a essas, contra as quais vos previno, como já vos preveni antes: Os que as praticam não herdarão o reino de Deus.”.

Podemos encontrar pessoas diluídas em secularismos vivendo uma vida aparentemente “santa”, limpa, livre, mas isso só acontece a princípio, se não tem Deus, certamente perderá o controle, será sujo pelo pecado, se afastará das coisas boas e certas. Isso porque essas obras são consequências de uma disposição pecaminosa para a qual Deus mesmo entrega aqueles que se afastam dele. Secularismos seriam causas, não consequências, como diz-nos Romanos 1.28: “Assim, por haver rejeitado o conhecimento de Deus, foram entregues pelo próprio Deus a uma mentalidade condenável para fazerem coisas que não convêm”.
O grande perigo dos secularismos é que eles vêm disfarçados de valores religiosos, e como tais, invadem de maneira sutil a igreja. Como já foi dito em outra reflexão (“Jesus, o único intercessor”), quando Deus é afastado da comunhão, quando ele morre nos corações dos homens, são enfatizados o culto às coisas, às pessoas e aos lugares. A devoção cega a qualquer princípio, e não à pessoa de Deus, mesmo que esse princípio tenha vindo originalmente de Deus, mesmo que seja religioso, pode ser um secularismo, que se preserva quando é transformado em tradição. Como tal, não traz vida, libertação, transformação, mas apenas esconde a morte. O que é morrer? É afastar-se de Deus, mesmo estando vive o corpo, já que viver é conhecer a Deus: “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, que enviaste.” (João 17.3).
Vida espiritual não é fazer parte de uma igreja, obedecer princípios éticos de uma religião dita cristã (ou outra qualquer), não é ser bom e praticar o bem, não é só isso. Viver espiritualmente é caminhar com Jesus conhecendo-o, tendo comunhão com ele, diálogo, ouvindo-o e falando com ele, numa amizade eterna. Essa comunhão pessoal com Deus tem como consequência uma comunhão, em amor e humildade, com as outras pessoas, e uma ligação santa e frutífera com uma igreja verdadeira de Jesus.
Como também já dissemos na outra reflexão citada acima, os secularismos entram na igreja de maneira sutil porque parecem coisas espirituais. O que é mais próximo das coisas espirituais que as artes e a filosofia? Elas parecem estar num nível mais alto que as coisas tradicionalmente entendidas como carnais. Verbalizar uma reflexão profunda sobre a existência, mesmo que ela pouco tenha a ver com os ensinamentos de Jesus, parece muito mais espiritual que se embriagar com vinho. Apreciar a sofisticação de uma sinfonia, o virtuosismo de um violinista, parece muito mais espiritual que fazer uma orgia. Repetindo, por parecerem espirituais, os secularismos podem invadir a igreja de maneira sutil.
Os secularismos são maneiras enganosamente elevadas e mesmo puras, de afastarem-se de Deus aqueles que arrogantemente se acham superiores, refinados, cultos. Mas na prática levarão o homem para o mesmo lugar, para as obras da carne descritas em Gálatas 5.19-21 já que é Deus quem entrega tais homens a tais obras, como diz Romanos 1.28-32.
Entristeço-me ao ver que muitos, afastados de Deus e sem coragem de assumir isso, tornam reuniões sociais e clubes fechados, em igrejas, fazem de filosofias e literatura, sua Bíblia, e encontram nas bebidas e nos banquetes, “unção” e alegria. Esses nem louvam mais o Senhor, não oram mais pedindo milagres, já que em suas jactâncias, se acham superiores, experientes, melhores, em posição de a tudo julgar e por ninguém serem julgados.
O secularismo não é mal que sofre aquele que nunca conheceu o Evangelho, o não convertido, mas ele aflige o desviado, aquele que experimentou Jesus como salvador, mas se afastou dele porque não quis abrir mão dos valores humanos, da religião do ego. Mas se os secularismos podem se confundir com os valores espirituais, como podemos discerni-los? Bem, nada resiste ao tempo, o que é mal, falso, que não é de Deus, sempre é revelado e revelado mostra a vida perdida que o desviado realmente tem. Contudo, mesmo que a máscara fique sobre a vida do desviado por algum tempo, esse não pode dar frutos, já que sem Deus não existe frutos espirituais. O secularizado pode falar e falar, e falar bem, mesmo conhecer a Bíblia, toda ela, mas ele não pode viver os ensinamentos de Deus, já que seu coração está inchado com o seu próprio orgulho e não cheio do Espírito Santo.
Contudo, mesmo aquele que está longe de Deus e não admite, pode provar uma vida de prosperidade material, de proeminência nesse mundo, e isso por muito tempo. O sol paira sobre justos e injustos, como diz o livro de Eclesiastes, com trabalho, seja ele honesto ou mesmo não tão honesto assim, o homem terá sua honra nessa vida. Mas isso não significa que ele esteja fazendo a vontade de Deus, provando a vida realmente abundante que o Senhor planejou para o homem no calvário. Não nos enganemos com as coisas externas, visíveis, os secularismos fornecem maneiras bem sofisticadas de maquilar a vida das pessoas de maneira que o errado pareça certo, que a perdição pareça vitória.
Prefira o bom e velho Evangelho, que por ser bom, tornou-se velho, mas que ainda pode renovar os homens, lhes dar novidade de vida, nascer de novo todos os dias dentro daqueles que preferem a palavra pura e quente que é a verdade, ao invés dos ensinamentos mornos e fermentados do secularismo, que não trazem nenhum proveito. Mesmo que possamos aprender muito com a literatura desse mundo, com as filosofias, com as artes, elas não podem e não devem substituir a unção que Deus nos dá através do Espírito Santo, quando lavados pelo sangue do cordeiro, nos colocamos totalmente disponíveis aos pés do Senhor.
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quarta-feira, outubro 17, 2012

Antes de falar, purifique seu coração

Então os fariseus e os escribas lhe perguntaram: Por que os teus discípulos não vivem segundo a tradição dos anciãos, mas comem pão sem lavar as mãos? Jesus lhes respondeu: Hipócritas, bem profetizou Isaías acerca de vós, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios; seu coração, porém, está longe de mim; em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. Abandonais o mandamento de Deus, e vos apegais à tradição dos homens.” (Marcos 7.5-8).

“Hipócritas!”, você teria coragem de dizer isso na cara de alguém e em sã consciência ainda se sentir espiritual, em paz? Evitamos dizer a verdade, muitas vezes, porque não sabemos dizê-la com amor e com autoridade do Espírito Santo. Pior ainda, muitos acham que verdades assim não devem ser ditas, que não é “espiritual” fazer esse tipo de confronto, que isso é coisa da “carne”.
Pois bem, Jesus dizia essas verdades na cara de seus opositores, sem medo, sem indiretas, mas ele sabia e podia dizer isso, pois o fazia cheio de temor a Deus, munido de autoridade espiritual, e acima de tudo abundando em amor. Por que ele conseguia dizer coisas assim do jeito certo? Porque ele não dizia com o coração cheio de ira, de ódio, de revolta humana, por se sentir desprezado ou ofendido.
O mesmo texto de Marcos 7 nos mostra porque era legítima a autoridade de Jesus, nos versículos 21 ao 23: “Pois é de dentro do coração dos homens que procedem maus pensamentos, imoralidade sexual, furtos, homicídios, adultérios, cobiça, maldade, engano, libertinagem, inveja, blasfêmia, arrogância e insensatez. Todas essas coisas más procedem de dentro do homem e o tornam impuro.”.
Dentro do coração de Jesus não havia motivações erradas, justiças equivocados, rancores encobertos, mas a genuína vontade de Deus que lhe permitia ter sabedoria para ficar calado, quando era necessário, e repreender na cara, sem meias palavras, quando era preciso.
Quer ter essa coragem? Antes de colocar palavras na boca, purifique seu coração, com perdão, oração e adoração, autoridade espiritual não é pra qualquer um, se não a tiver, é melhor que fique calado. Jesus não lutava por interesses pessoais, egoístas, mas lutava pelo cumprimento da vontade de Deus, por isso podia dizer o que era preciso.
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terça-feira, outubro 16, 2012

"Senhor, livra-nos da ingratidão"

        “Onde quer que Jesus entrasse, nos povoados, nas cidades ou nos campos, levavam os doentes para as praças. E rogavam-lhe que ao menos lhes permitisse tocar a borda do seu manto; e todos os que a tocavam eram curados.” Marcos 6.56

Como temos fé fácil para receber aquilo que nos convém, principalmente se tratando de bênçãos materiais, cura de enfermidades, recebimento de bens. Onde estava todo esse povo que foi curado quando Jesus foi crucificado?
Então Pilatos, querendo agradar a multidão, soltou Barrabás. E, tendo mandado espancar Jesus, entregou-o para ser crucificado.” (Marcos 15.15).
No meio dessa multidão que pediu a crucificação de Jesus, dificilmente não estariam pessoas que sabiam dos milagres que Jesus tinha feito, que ao menos conheciam alguém que tinha sido curado por Jesus, mesmo que tivessem recebido na própria carne uma atuação poderosa de Cristo. Mas se existiam essas pessoas, elas não se lembraram do bem que tinham recebido naquele momento e aprovaram a morte de um inocente.
“Jesus, novamente te peço, livra-me da ingratidão.”

segunda-feira, outubro 15, 2012

Compaixão e gratidão

        O texto de Marcos 6.30-44 relata a primeira multiplicação de pães e peixes, não, eu não farei um estudo detalhado sobre essa passagem dando ênfase ao milagre, contudo, gostaria de salientar duas lições desse texto.
Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e teve compaixão dela, pois eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas.” (Marcos 6.34).
A 1ª lição tem a ver com a compaixão de Jesus, Jesus sentia dor pela dor dos outros, ele sofria ao constatar a perdição, a angústia das pessoas. Essa compaixão era maior que seu cansaço físico, que sua fome, que o estresse que seu ministério com certeza lhe causava. Num momento em que ele e os apóstolos deveriam estar descansando, ele teve sensibilidade e forças para sentir a dor das pessoas e ajudá-las. Não há limite para o amor de Jesus, mesmo num tempo em que ele estava encarnado e como carne poderia ter seus limites.
E, tomando os cinco pães e os dois peixes, Jesus ergueu os olhos ao céu, abençoou os pães e os partiu. Em seguida, entregou-os aos discípulos para que os servissem; e também repartiu os dois peixes para todos.” (Marcos 6.41).
A 2ª lição é que Jesus, diante de um problema insolúvel humanamente falando, não clamou por um milagre, ele só agradeceu e abençoou o que tinha nas mãos, o milagre simplesmente aconteceu, de maneira natural. Que fé. Ajudamos as pessoas, mas elas que não venham nos atrapalhar em nossos momentos de descanso, nossa compaixão tem limites. Pedimos um milagre, mas como é menor nossa intensidade emocional depois que recebemos a bênção e temos que agradecer por ele, como é menor nossa gratidão, muitos vezes negligenciada.
Compaixão e gratidão, que às vezes esquecemos de exercer, eram abundantes naquele que deu a própria vida por milhões de pecadores insensíveis e ingratos como nós, que Deus tenha misericórdia de nós.
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