sábado, setembro 07, 2019

Em paz em uma igreja

      “Rogamo-vos, também, irmãos, que admoesteis os desordeiros, consoleis os de pouco ânimo, sustenteis os fracos, e sejais pacientes para com todos. Vede que ninguém dê a outrem mal por mal, mas segui sempre o bem, tanto uns para com os outros, como para com todos.” I Tessalonicenses 5.14-15

      Cheguei num ponto de minha vida com Deus que tenho duas certezas com relação às igrejas: convicção que é vontade do Senhor frequentar uma igreja, e nenhuma ilusão com relação a o que vou ter que enfrentar num grupo social, ainda que cristão, humano. Com algumas coisas na vida temos simplesmente que ser pragmáticos, sermos práticos, objetivos, e fazermos o que precisa ser feito, de forma racional e muito mais por fé que por paixão. Importante que façamos com convicção em Deus, já que quem faz algo por qualquer motivo, deixará de fazer facilmente também por qualquer motivo. 
      Os mais jovens ou novos convertidos podem não entender esta reflexão. Quando se é mais novo conviver com um grupo social, conhecer as pessoas, não sabendo de fato profundamente tudo, ou quando se é novo convertido, ainda no primeiro amor e apaixonado pelo cristianismo, pelas palavras iniciais, pela música, que muitas vezes são novidades se viemos de outras regiões, podem nos encantar de tal maneira que não vemos defeitos nas coisas. 
      Que fique registrado aqui que analisar as coisas, não aceitar tudo sem discordar, não é ser murmurador, nem desagrada a Deus, pode desagradar sim a homens que querem nos manipular e que para isso necessitam que aceitemos tudo de boca fechada. Mas num determinado momento, aceitamos as coisas, entendemos que neste mundo, entre seres humanos, nada é perfeito, mesmo entre filhos de Deus, assim acabamos escolhendo o que é menos ruim, e não o que é totalmente bom. 
      O Senhor nos conhece, nos ama, entende nossas limites e nossas necessidades, e à medida que procuramos com cuidado e boa sinceridade ele nos mostra o melhor lugar, a melhor igreja possível, de forma que possamos ser bons crentes para aprendermos mais sobre a Bíblia e o evangelho convivendo com pares. Contudo, e acima de tudo, é preciso que nos libertemos das ilusões, quem não se ilude não se desilude, é preciso que aceitemos a verdade sobre igrejas cristãs, todas elas, para assim, olhando sempre para Deus em primeiro lugar, conseguirmos frequentar comunidades em paz e por mais tempo. 
      O pastor nunca te entenderá plenamente, nunca te dará toda a atenção que você deseja, e seja misericordioso com ele, ele também é homem, limitado como você e com problemas pessoais que tem que conviver, junto dos problemas de muitas ovelhas. As pessoas da igreja também não são tão espirituais como deveriam ainda que tenham títulos e frequentem o púlpito com certa assiduidade. Mas se tivermos paciência, se dermos aquilo que gostaríamos de receber sem muita cobrança, enfim, ser formos realmente espirituais, Deus nos usará e nos abençoará numa igreja. 

sexta-feira, setembro 06, 2019

Tempo de calar

      “O que possui o conhecimento guarda as suas palavras, e o homem de entendimento é de precioso espírito. Até o tolo, quando se cala, é reputado por sábio; e o que cerra os seus lábios é tido por entendido.” Provérbios 17.27-28

      A melhor adoração é a obediência, entender, contudo, que a vontade de Deus para a nossa vida, ainda que tenhamos chamada para falar, é ficar calado, é um louvor que agrada muito ao Senhor. O silêncio pode ser fuga para os covardes, mas ainda esses, por estarem calados, podem ser tomados por sábios. Sim, há poder na palavra, Deus usa professores e pregadores, mas o silêncio pode ser espada de fogo do Espírito de Deus, ainda que difícil ao profeta, ao que ensina, manter-se calado, principalmente diante do tolo que se coloca sem sabedoria como mestre. 
      Mas mesmo que você saiba em Deus que o tolo só sabe expor suas tolices, ainda que ele ache estar sendo usado por um poder superior, não despreze o tolo, não zombe dele, e muito menos inveje-o ou ire-se contra ele, demonstre respeito, o mesmo que teve Davi por Saul. Quando agimos assim, Deus tem liberdade para trabalhar na vida das pessoas, nós não atrapalhamos o agir de Deus, e isso abrevia o tempo, tanto da disciplina do outro, quanto do nosso jejum de silêncio, sim, porque se calar em Deus é obediência, é um tipo de jejum, é adoração ao Senhor. 
      Contudo, por mais que seja difícil, controle-se e cerre os lábios, se isso for vontade de Deus, e cale-se com o espírito certo, sem se sentir desprezado ou castigado, mas como servo de Deus que sabe que se cala sob ordem do Altíssimo. Deus honra os que o obedecem, e se teu silêncio for o melhor sacrifício de louvor que você pode oferecer a Deus, adore ao Senhor com alegria e em paz. Quando nos calamos em Deus, Deus aparece, não nós, se Deus aparece até em nosso silêncio ele age com poder. (Esta é a 2ª reflexão que faço sobre o mesmo tema nesta semana, confira também em Profeta usado no silêncio, Deus sabe...).

quinta-feira, setembro 05, 2019

Por que adorar nos faz tão bem?

      “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.João 4.23-24

      Por que verbalizar as características de Deus nos faz bem? Por que adorar a Deus por ele ser superior a tudo abençoa o homem? Por que é necessário ao homem fazer isso, ter essa atitude, ter esse pensamento, ter esse sentimento? Por que manifestar por palavras e por tudo o mais a grandeza e infinitude de Deus alimenta o homem, fortalece-o, renova-o, cura-o, transforma-o? 
      Adorar a Deus é mais que admitir o óbvio por simples obrigação, pelo menos óbvio para os que têm o Espírito Santo habitando seus homens interiores, se fosse só isso bastaria uma disposição de fé, racional, para aceitar a limitação humana e a ilimitação divina e pronto, mas só isso não é adorar a Deus, e lembremos que só isso até o diabo faz e continua sendo diabo. 
      Mas é preciso um comprometimento total, com todas as faculdades humanas, disposição que de alguma forma parece conseguir, assim, entrar num contato mais íntimo com Deus. Adorar ao Altíssimo nos coloca numa frequência mais alta, superior aos homens, aos espíritos e anjos malignos, mesmo aos seres espirituais da luz, uma experiência que mudará nossa prática de vida depois. 
      Adorar é mais que um sentimento, um pensamento, é um estado que nos coloca numa posição espiritual diferenciada e melhor, a melhor que o homem pode experimentar no plano físico, a mais próxima da que viverá no plano espiritual através da salvação exclusiva de Jesus. Muitos cristãos de fato não estão preparados para entender o poder da adoração a Deus, mas o mais importante é que eles adoram a Deus e isso basta. 

quarta-feira, setembro 04, 2019

Amar é respeitar

      “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.Filipenses 2.3-4

      Respeito, é o que mais se prega hoje em dia, principalmente no mundo (por incrível que pareça), todos querem ser o que quiserem ser e serem respeitados por isso. Mas respeitar não é só aceitar a condição alheia e não se opor, seja por palavras ou ações, às suas escolhas, é mais que isso. Respeitar é ter uma consideração especial pelos outros, desejar algo bom mesmo na diferença de opinião, respeitar é não odiar, em nenhuma instância, respeitar no evangelho é amar. Para amar é preciso perdoar, não invejar, não se irar, mas também se comprometer e não ser indiferente. 
      Quem dá o maior exemplo de respeito é Deus, que ainda que o homem seja menor, pior, infinitamente inferior, em todas as áreas a ele, Deus ainda assim permite que o homem tenha livre arbítrio em relação à salvação de Jesus, e continua amando o ser humano na esperança que ele, em vida física, se converta e se torne seu filho. Se Deus respeita a todos, quem sou eu pra me considerar melhor que alguém e despreza-lo, ainda que seja no silêncio do meu coração? Respeitemos e seremos respeitados, e comecemos por respeitar a nós mesmos, quem se respeita respeitará os outros. 

terça-feira, setembro 03, 2019

Profeta usado no silêncio

      “Do homem são as preparações do coração, mas do Senhor a resposta da língua. Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas o Senhor pesa o espírito. Confia ao Senhor as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos.Provérbios 16.1-3

      Quando estamos no centro da vontade de Deus, em obediência e temor, somos usados, confrontamos as pessoas, até no silêncio. Se nos julgam por nosso silêncio é o coração do julgador que se apresenta para ser julgado por Deus, enquanto nós, em nosso silêncio, nos guardamos e buscamos em Deus qual é a atitude mais sábia a ser tomada para não pecarmos contra Deus nem julgarmos os homens. Boca que se abre sem temor aprisiona a alma aos limitados julgamentos humanos.
      Quando nada temos a dizer, e entendamos que Deus pode estar pedindo exatamente isso de nós em algumas circunstâncias, permaneçamos em silêncio e em paz, não sofrendo como quem é injustiçado, como quem está amordaçado, mas como quem confia em Deus e sabe, mesmo sem entender, que a vontade dele é sempre a melhor e tem um objetivo. Boca que se guarda em Deus deixa o espírito livre para aprender os mistérios da terra e dos céus pela boca do Altíssimo.

segunda-feira, setembro 02, 2019

A porção de Jacó é o Senhor dos Exércitos!

      “Embrutecido é todo o homem, no seu conhecimento; envergonha-se todo o artífice da imagem de escultura; porque a sua imagem de fundição é mentira, e nelas não há espírito. Vaidade são, obra de enganos; no tempo da sua visitação perecerão. 
      Não é semelhante a estes a porção de Jacó; porque ele é o que formou tudo; e Israel é a tribo da sua herança; o Senhor dos Exércitos é o seu nome. 
      Tu és meu machado de batalha e minhas armas de guerra, e por meio de ti despedaçarei as nações e por ti destruirei os reis; E por meio de ti despedaçarei o cavalo e o seu cavaleiro; e por meio de ti despedaçarei o carro e o que nele vai; E por meio de ti despedaçarei o homem e a mulher, e por meio de ti despedaçarei o velho e o moço, e por meio de ti despedaçarei o jovem e a virgem; E por meio de ti despedaçarei o pastor e o seu rebanho, e por meio de ti despedaçarei o lavrador e a sua junta de bois, e por meio de ti despedaçarei os capitães e os magistrados. 
      E pagarei a Babilônia, e a todos os moradores da Caldéia, toda a maldade que fizeram em Sião, aos vossos olhos, diz o Senhor.” 
Jeremias 51.17-24

      Quando o povo de Deus se afasta de Deus, se rebela, adora falsos deuses no lugar do Deus verdadeiro, Deus disciplina seu povo. Na disciplina Deus levatanta Babilônia e a usa para escravizar seu povo, tirando dele Canaã, privando-o de liberdade, assim Deus fez com a nação de Israel no antigo testamento e assim, ainda que de forma metafórica mas real, faz conosco, filhos por Cristo, hoje. A disciplina do Senhor, contudo, tem objetivo bom e tempo para terminar. Quando aprendemos a lição Deus nos dá novamente liberdade, nos livra e nos honra. 
      O que é Babilônia para nós nos dias de hoje? Pode ser termos que suportar um emprego duro onde a remuneração é pequena e o patrão é difícil, pode ser termos que conviver com parentela arrogante que não nos trata com o respeito que queríamos. Mas em Babilônia somos escravos, e como tais devemos aceitar nossa condição e não nos rebelarmos. De Babilônia se sai humilde e obediente a Deus, contudo, ainda que Babilônia tenha sido usada pelo Senhor para corrigir os filhos de Deus ela não ficará impune por ter sido cruel com o povo do Altíssimo. 
      O que acontece é que passado o tempo de cativeiro, que pode durar anos, Israel de Deus sai livre e amadurecido, quanto à Babilônia, que oprimiu, humilhou, desprezou os filhos do Senhor, recebe no final o pagamento da justiça de Deus. Como isso se aplica a nossas vidas hoje? Pense, avalie-se, ore, mas aprenda, é muito melhor estar debaixo da disciplina como Israel que sob a justiça como Babilônia. Deus não toma como inocente os que machucam seus filhos, mesmo que debaixo de sua autorização. A porção de Jacó não são falsos deuses, ídolos de gesso, madeira ou metal, o Senhor dos Exércitos é o seu nome, e com esse não se brinca. 

domingo, setembro 01, 2019

Poder de Deus: evoca-lo ou invoca-lo?

      O tema que mais tira “aleluias” de grande parte dos evangélicos atuais, na maioria pentecostais, nas igrejas é o poder de Deus, por outro lado, sabendo que o tema agrada, é assunto de muitos pregadores, e muitos por pura conveniência. Mas por que os crentes gostam tanto do tema “Deus tem poder”, para que esse poder é evocado? O problema pode estar justamente aí, o poder é evocado, não invocado, sabe a diferença? Vamos achar várias definições dessas palavras, seguem algumas que podem nos ajudar a entender essa reflexão.
      Evocar pode ser chamar para fora, já invocar pode ser chamar para dentro (como eu disse essas são algumas das definições que podemos dar a essas palavras quando se referem a coisas espirituais). A grande maioria quer o poder de Deus para realizar milagres externos, não para experimentar milagres internos. No exterior está o nosso corpo se relacionando com o mundo, no interior estão nossa alma e nosso espírito relacionando-se com Deus e com o mundo espiritual. 
      Milagres exteriores mudam condições materiais, acessam provisões físicas, bens, dinheiro, posição social, mesmo alianças afetivas como casamento. Milagres interiores mudam nosso caráter, nossos valores, nos fazem seres humanos melhores, ao invés de nos darem conforto e status no plano físico. As conquistas no plano físico ficarão aqui após a morte, as interiores levaremos conosco e definirão nossa eternidade. Isso nos faz pensar sobre quais são as prioridades da maioria dos evangélicos atuais. 
      Muitos podem argumentar, “mas Jesus fez milagres físicos e disse que se tivermos fé faremos milagres maiores ainda”, sim, ele fez, e fez muito mais para convencer incrédulos infantis que para ensinar a sermos crédulos maduros. O maior milagre que o poder de Deus realiza é nos perdoar, sermos seres humanos como foi Jesus encarnado, em sua santidade, em sua misericórdia, em suas prioridades com suas relações com Deus, consigo mesmo e com as pessoas, deveria ser o maior milagre que buscamos pelo poder de Deus.
      Como cantamos sobre o poder de Deus, como dizemos que queremos estar perto do Senhor para adora-lo, como queremos sentir o poder de Deus, mas para quê? Para fugirmos da realidade em algum êxtase, para termos status de espiritual, para ganharmos providências materiais? Jesus nos chama para fora, não para dentro de igrejas, a maior intimidade do Senhor revelamos quando andamos pelas ruas, nas empresas, nas salas de aulas, não no “altar” cantando alto com um microfone na mão.
      Os milagres que cristãos maduros provam do poder de Deus é serem seres humanos melhores, não terem condições de vida material melhores, o poder de Deus quer nos fazer prioritariamente ser, não ter. Não que Deus não nos dê fisicamente o que precisamos para termos vidas dignas, mas temos que entender de uma vez por todas que essa não é a prioridade do Senhor para filhos maduros que querem ser como o Cristo encarnado.
       Digo sempre Cristo encarnado porque hoje Jesus é plenamente espiritual, mas quando viveu no mundo, há quase dois mil anos atrás, viveu como homem para nos ensinar como podemos agradar a Deus como homens encarnados neste mundo. Jesus encarnado com todo o poder de Deus que tinha não era rico, casado, um homem bem sucedido no molde, por exemplo, do rei Salomão. Jesus era simples, humilde, manso, ainda que com autoridade legítima de Deus, e materialmente tinha só o mínimo que necessitava. 
      Não, não somos todos chamados para ser apóstolos, missionários, pastores, e as definições bíblicas dessas funções se diferenciam bastante do que muitos acham hoje serem essas funções. Deus nos chama para sermos bem sucedidos também no plano físico, em nossas profissões, em nossos casamentos, sendo que nessas áreas podemos experimentar muito do poder de Deus (que se manifesta principalmente através de nossos esforços pessoais, não por intervenções sobrenaturais). 
      Quando desejamos tanto a manifestação do poder de Deus, analisemos com honestidade esse desejo, para que queremos esse poder? Segue texto de Mateus 10.21-23 que ensina a prioridade do evangelho, como faço aqui em grande parte das reflexões, cito texto bíblico como exemplo, sem fazer estudo bíbulo detalhado, algo que ao meu ver já foi feito muito nos púlpitos reais e virtuais sem que vejamos mudança na realidade de grande parte do povo evangélico atual. 
      A lição do texto é uma, a melhor manifestação do poder de Deus está em mudar o coração do homem não em enriquecer seu corpo: “E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me. Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades. Então Jesus, olhando em redor, disse aos seus discípulos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!”.

sábado, agosto 31, 2019

O que é o amor de Deus?

      “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.Romanos 5.3-9


      O amor de Deus, temos a mínima ideia do que ele é. Em primeiro lugar porque a grande maioria de nós não sabe amar, e não sabe porque não recebeu amor nem foi ensinado sobre ele. O mundo confunde amor com paixão, com sexo, com intimidade física, e tudo isso, sim, também faz parte do amor, mas tem mais a ver com a alma e o corpo humano. Amor vai além de sentimentos e pensamentos, muitas vezes terá que agir por fé e deverá mostrar com obras, com prática de vida, que muitas vezes sacrifica, entega-se, antes de usufruir e receber. Mas o amor, o verdadeiro amor, é completo e sempre conduz à perfeição.
       Quem se olha, se conhece, se avalia, sem orgulho ou falsidade, e tem o mínimo de lucidez para discernir a vontade e o agir de Deus no universo, entende o amor de Deus, contempla-o e maravilha-se com ele, como alguém como Deus pode me amar tanto, eu questiono? Eu erro e continuo errando, ainda que insisto em dizer que não gosto de errar é que não quero errar mais, e ainda assim Deus deposita crédito na minha vida. Eu injusto com as pessoas, exijo delas o que não sou, o que não vivo, como se eu fosse juiz, não só outro réu, e ainda assim Deus tem misericórdia de mim e não me trata como eu aos outros trato.
      Mas conhecer o amor de Deus é conhecer o próprio Deus e se desvencilhar de equívocos religiosos que não têm a ver com Deus, mas com tradições religiosas. Muitos perguntam, “se Deus é amor por que tantos sofrem no mundo”? Outros respondem, “sofrem porque peçam”. Então o lúcido questiona, “mas tantos sofrem inocentemente, sem terem pecado diretamente, como crianças e mesmo adultos, subnutridos, sem potência intelectual ou emocional para reagirem”. Será que tantos que afirmam nos púlpito que Deu ama a humanidade e abençoa todos os que se aproximam dele em Cristo, assumem a verdade que tantos sofrem injustamente e o “deus” que eles creeem não faz absolutamente nada para ajudar a esses? 
      Sim, isso acontece, e quem quer de fato entender o amor de Deus não pode fechar os olhos para isso, enfrentar essa realidade nos levará a nos libertarmos da religião e a conhecer de fato Deus e seu amor. Não, Deus não é um pai rico e liberal que dá a todos de forma indiscriminada, e não basta uma oração aqui no Brasil para que crianças africanas sejam abençoadas, ou mulheres no mundo árabe sejam libertadas. A responsabilidade de ajudar essas crianças e essas mulheres é justamente daqueles que se dizem abençoados pelo amor de Deus.
      Os mais culpados pelas injustiças e sofrimentos do mundo não são os ateus, espíritas e esotéricos, mas os cristãos, essa é a verdade (aliás, em termos de caridade ateus, espíritas e esotéricos fazem muitas vezes muito mais que evangélicos e protestantes). Por quê? Porque esses são os que dizem mais receber de Deus, que testemunham como sendo os que mais conhecem e provam do amor de Deus. Ao invés de ficarem arrecadando dízimos para possuírem grandes templos, ainda que isso seja feito com sinceridade e sem a intenção de enriquecer lideranças, os cristãos deveriam assumir suas responsabilidades de transformarem em obras de caridade todo o amor que dizem provar de Deus. 
      Sobre os que mais recebem pesarão as maiores cobranças, ninguém se engane, melhor seria para muitos dizerem que não conhecem assim tanto a Deus, que não têm tanta intimidade assim com o criador e Senhor do universo, melhor seria para muitos terem mais vergonha de dizer que são filhos amados de Deus, aliás, muitos não têm vergonha do evangelho, mas o evangelho tem vergonha deles, e não me refiram aos carnais e presos aos vícios, mas a muitos que se acham espirituais. A verdade é que o cristianismo perdeu a vergonha na cara, e isso desde sempre nas denominações tradicionais e oficiais, sempre que homens dominam sobre homens em nome de um “deus”.
      Ainda assim Deus continua amando, o Deus verdadeiro que manifestou em Jesus todo o seu amor, que se deu para que aprendéssemos a nos dar pelos outros. O cristianismo, principalmente o das religiões e denominações fora do catolicismo, sofrerá uma grande perseguição no final, mas isso não acontecerá porque o diabo se fortalecerá, o diabo sempre foi e será fraco, fraco e vencido. Mas o cristianismo das igrejas cristãs que mais se aproximam do verdadeiro evangelho é que se enfraquecerá, e esse processo já se iniciou, são os que representam o cristianismo no mundo que estão entregando de bandeja o evangelho para o inimigo. 
      O Espírito Santo, contudo, nunca é fraco, nunca se vende, e ele não é propriedade do pentecostalismo dos evangélicos carismáticos, nem do conhecimento bíblico apurado dos tradicionais, ele é Deus, o consolador que Jesus disse que viria para lembrar e ensinar o evangelho ao mundo. É para ele que devemos nos voltar, ele é a Igreja corpo de Cristo, não os templos, as denominações, as religiões, os homens. Só ele nos conduz à verdade e pode nos fazer amar o amor de Deus, um amor de obras, não só de palavras, a única coisa que pode ajudar a humanidade e mudar o mundo. 

sexta-feira, agosto 30, 2019

Não precisamos saber tudo, só o mais importante

      “Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.Filipenses 2.10-11

      Existem muitos mistérios na vida e no universo, a ciência, dentro do espaço e tempo, vai conseguindo explicar as coisas. No futuro, ou no futuro possível que a humanidade terá antes que ela mesmo se precipite num caos iminente e derradeiro, poderemos através da ciência ter a resposta de muitas coisas que hoje ainda são mistérios. Eu creio que se houvesse tempo e humildade científica diante do evangelho, mesmo mistérios espirituais poderiam ser explicados cientificamente.
      Mas principalmente no plano espiritual, a fé nos dá certas seguranças, cremos mesmo sem saber, muitos que tentam saber o que não devem acabam se perdendo nas artimanhas do mal. O ocultismo e outras práticas mágicas e esotéricas podem até explicar, mas a Bíblia adverte que a busca desse conhecimento não é conveniente. Nem estou afirmando que isso ou aquilo não é verdade, não é possível, mas só que não convém, pelo menos não para a grande maioria dos seres humanos. 
      Como funcionam as potestades e legiões de anjos e demônios, como se desenha as hierarquias no mundo espiritual? O diabo, em sua arrogância, não sabe (ou não admite) por isso insiste em querer vencer ou sabe que vai perder e por isso quer levar os homens consigo para o inferno? Certeza ninguém tem de muitas coisas, e é assim para que aceitemos nossos limites e confiemos em Deus. Deus nos dá uma certeza, e ela basta por tudo, descansar nisso é segredo de paz. 
      O nome de Jesus Cristo tem poder acima de todo nome, sobre todo mal, mais alto alto que todo diabo, assim como perdoa todo pecado dos vivos neste mundo, dessa forma não precisamos saber como nem de onde vem certos males, mas apenas que o nome de Jesus nos protege de todo o mal. Não sejamos curiosos sobre certas coisas, gastando tempo e energia com o que deve continuar como mistério, mas saibamos o que mais importa, o nome de Jesus tem poder. 

quinta-feira, agosto 29, 2019

Tempo da informação

      “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno. Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente. E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará.” Daniel 12.2-4

      Vivemos o momento da informação, tudo sobre todos é compartilhado com todos o mais rapidamente possível, muitas vezes em tempo real. Isso não significa que haja mais verdade, ainda que as mídias, jornalismo, televisão e internet, arroguem ser o grande hierofante atual na luta de fatos contra fake (news). O que há é muito mais manipulação no jogo de poder, que agora, mais até que por ferramentas financeiras, culturais ou militares, usa a informação como arma. 
      O mais sábio é não levar muito a sério toda essa informação despejada sobre nossas cabeças pelas mídias, ouvir tudo e reter o que é bom (conforme I Tessalonicenses 5.21), não endeusando algumas coisas, ainda que pareçam até cristãs, nem demonizando outras, mesmo quer se declarem não cristãs, é tudo coisa de homem, e portanto, desse mundo e tudo sujeito a erro. Repito, tome cuidado com tudo, principalmente com quem diz que é contra fake news, esses muitas vezes são os mais disseminadores de fake news, ainda que de uma forma mais sofisticadamente manipulada. 
      A verdade no mundo hoje só vem de uma fonte, do Espírito Santo, ele é o consolador que Jesus mandou após sua partida como homem encarnado, o único embaixador divino legítimo, mais que pastores, igrejas e religiões. Urge que tenhamos mais tempo orando que lendo posts, ouvindo podcasts ou assistindo vídeos, urge que nos comuniquemos mais com Deus que com o mundo virtual, urge que tenhamos mais cuidado com tudo que diga ser oficial, profissional, mas que é deste mundo.
      Sim, depois disso, urge que estudemos mais, que nos informemos mais, que levemos mais a sério a ciência, o cristão precisa ser em primeiro lugar espiritual mas depois inteligente, racional, lúcido e bem informado. Entre as ultimas estratégias do mal para o final dos tempos, está o domínio pela informação, urge andarmos mais e mais na luz real do Altíssimo para termos discernimento sobre a verdade maior sobre tudo. Só quem estiver bem ligado a Deus saberá se desvencilhar dessas estratégias malignas e subirá na “primeira leva” do arrebatamento.

quarta-feira, agosto 28, 2019

Não seja plateia de batalha alheia

      Não se aproxime de uma batalha só por curiosidade, só para assistir, só para ver como as coisas funcionam, batalhas não têm plateia, tem dois lados em guerra. Quem achar que pode ficar neutro acabará sendo alvejado, e isso por qualquer um dos lados, já que quando não se toma partido somos inimigos dos dois que guerreiam entre si. Não tem como não fazer referência, nesse assunto, ao texto de Apocalipse sobre a carta do anjo da igreja de Laodiceia, “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.” (Apocalipse 3.15-16), ser plateia em batalha é ser morno, e o texto deixa bem claro o que Deus pensa dos mornos. Quando queremos ser só plateia? 
      Uma situação é quando queremos conhecer o mundo espiritual, os dons, e principalmente os seres espirituais, do bem e do mal, esse campo é algo muito sério e perigoso, ninguém entre nele despreparado. Como diz um ditado, “quem estuda o mal é estudado pelo mal”, nem todos são chamados para conhecerem com mais profundidade anjos e demônios, principados e potestades, como sempre a proteção está na obediência a Deus. Mas se Deus não mandou, a distância com respeito, não com medo, é o caminho mais sábio. Muito pior, contudo, são os que não têm a vida de fato entregue nas mãos de Deus, que ainda nem se converteram, mas que frequentam, por exemplo, centros espíritas, ainda que seja só por curiosidade, esses dão legalidade ao mal para entrar em suas vidas. Bem, se somos convertidos saberemos que essas práticas nenhum bem trazem, sejam por quais motivos forem. 
      Outra caso é se envolver com problemas alheios, principalmente se for problemas entre cônjuges, ou tomamos partido, e muito mais quando houver algum tipo de violência ocorrendo, e assumimos a responsabilidade por isso, ou nem tentemos opinar sobre o que de fato não sabemos. Novamente obediência a Deus e respeito para com os lados devem ser observados, de maneira que sejamos pessoas que contribuam para o bem, pacificadores, não só intrometidos curiosos querendo preencher vidas vazias com assuntos alheios. “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5.9), para o cristão que quer de fato obedecer o evangelho esse texto dá a orientação final, filho de Deus não guerreia, não com homens, mas busca uma solução equilibrada e pacifista sempre, jamais se porta covardemente só como plateia. 

terça-feira, agosto 27, 2019

Muito feliz é o perdoado por Deus

      “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano. Quando eu guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado. Por isso, todo aquele que é santo orará a ti, a tempo de te poder achar; até no transbordar de muitas águas, estas não lhe chegarão.” Salmos 32.1-6

      Como é bom ouvir do Espírito Santo a primeira frase do texto acima, quando chegamos com a cabeça cheia diante de Deus, nos sentindo acusados por nós mesmos, cansados de nós mesmos, frustrado com nós mesmos, para então experimentarmos a simplicidade curadoura que somente um pai de amor, um Deus misericordioso tem. “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto”, feliz é o que acha o perdão de Deus, e achar é conseguir se apossar dele, poder acreditar nele, e sem complicação receber paz. Só existe consolo no perdão, mas pra isso temos que admitir, confessar e deixar o erro, com todo o coração, para então seguir em frente.
      Interessante que o texto, na frase final, não diz que que achamos Deus para sermos santos, mas porque somos santos achamos o Senhor, e a tempo, mesmo no “transbordar de muitas águas”, mesmo que os problemas e os nossos erros estejam por nos submergir. Isso porque o que nos santifica não somos nós mesmos, mas é Deus, é ele que nos acha primeiro e se deixa ser achado por nós, assim, não sejamos negligentes com o amor de Deus, mas gratos, pois ele conhece nossos limites e não quer nos acusar, mas perdoar. Como diz Isaías 42.3, Jesus “a cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega; com verdade trará justiça.”, o Senhor não é estúpido, prepotente, mas nos respeita em toda a nossa fragilidade.

segunda-feira, agosto 26, 2019

Não arrogue ter a dor maior

      “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.Isaías 53.4-7

      Não caiamos no orgulho, disfarçado de autopiedade, de acharmos que somos melhores que os outros por termos sofrido mais, por pensarmos que temos a dor maior do mundo. Cada dor é de cada um, sob medida, pessoal, intransferível, e não pode, sob nenhuma circunstância, ser comparada, pode sim ser relativizada, mas não posta como absoluta. Só teve uma dor absoluta, uma dor de fato maior que todas, a de Cristo, e essa dor nem dele era, era minha, tua. A dor que cada um de nós deveria passar, o sofrimento que eu deveria sentir, pelos meus pecados, Jesus viveu por mim, até a morte.
      Se você sofreu com uma enfermidade, saiba que existe outra pessoa que sofreu mais, se eu sofri com uma violência, devo entender que existe gente neste mundo que sofreu com uma muito maior. Mas também não diminuamos ninguém que acha que sua dor é grande, quando talvez sob nosso ponto de vista essa dor não seja tão grande assim, respeitemos os limites de cada ser humano. Muitas vezes aquele que é mais fraco que nós numa área, em outra, é mais forte que a gente. Deus cuida de todos, autoriza tudo, e usa todas as dores com objetivos, nada acontece por acaso.
    Se alguém parece sofrer sem ter culpa, a culpa é minha e tua que não socorremos esse alguém em seu sofrimento. A verdade é que a dor existe para que aprendamos a não ligar muito pra ela, e quando aprendemos a viver em paz apesar dela, ela passa, e me refiro a dores emocionais ou aquelas que ainda que físicas passam mediante medicação, ainda que nunca sejam curadas inteiramente. Não pense que cristãos fiéis e limpos não têm dores sem cura, têm sim, mas, como dito antes, existem para serem deixadas de lado, senão acabam se tornando tronos para nossos egos.
      Não é fácil passar por coisas que nos machucam, principalmente enfermidades físicas, muitas que podem nos fazer contemplar a morte bem de perto. Mas que saiamos dessas batalhas mais humildes, não mais cheios de nós mesmos, o confronto com nossa fragilidade humana serve para nivelar nosso homem interior. Que essa experiência nos faça olhar os outros também diferentemente, com mais respeito, não como melhores por termos sofrido, mas de fato com o entendimento que os outros podem estar sofrendo e muito, ainda que não saibamos, que a dor nos torne mais misericordiosos. 

domingo, agosto 25, 2019

O que de fato é morrer pra dar fruto?

      “Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto. Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida, guarda-la-á para a vida eterna.João 12.24-25

      Já refleti sobre o texto inicial aqui outras vezes, mas sinto de refletir sobre ele novamente porque vejo que muitos de fato não entendem o que é morrer para poderem renascer e darem frutos. Muitos dizem, “eu morri pro mundo, pra minha carne, por isso quero trabalhar na igreja e dar frutos”, contudo, muitos não entendem que mesmo o trabalho dentro de igrejas pode ser ferramenta das nossas vaidades e inseguranças. Muitos se equivocam assim por acharem que o simples fato de trabalharem dentro de ministérios já lhes confere consagração, santificação, graduação espiritual, isso pode levar as pessoas a cometerem vários erros.
      Achar que igreja represente a vontade de Deus em si mesma pode nos levar a servir a homens, assim podemos estar seguindo hereges e gananciosos, achando que estamos servindo a Deus. Por outro lado, ter essa visão nos faz tentar servir a Deus do nosso jeito, já que achamos que se estamos trabalhando dentro de igreja o certo é fazermos mais e sempre, com quantidade e não com qualidade. Contudo, a morte da semente pode ser muitas vezes, e eu penso que todos que querem de verdade conhecer a Deus com profundidade serão levados a refletirem sobre isso, abrir mão mesmo de trabalhar em ministérios. Não, isso não é para sempre, não estou dizendo isso, mas por um tempo, até de fato morrer o ego. 
      Deus quer usar a todos para servirem nas igrejas, e com certeza trabalhar nos ministérios é o maior prazer que um crente fiel tem em sua vida. Mas muitos estão dispostos a tudo, menos se sentarem-se nos bancos por um tempo e serem somente cultuadores comuns, longe do altar, “fora dos holofotes”, sem microfones nas mãos, sem serem admirados como líderes, pastores, ministros, diáconos etc, serem somente cristãos. Isso é muito necessário para que haja cura visto que muitos têm uma obsessão doentia para se exibirem, e não se satisfazem se não ocuparem posições principais nos ministérios.
      Se o Espírito Santo estiver conduzindo tua vida para essa “morte” do ego, seja humilde, não recrimine as pessoas como se elas fossem as culpadas por você não ter oportunidade na igreja, ouça a voz de Deus, se acalme e deixa morrer tuas vaidades, tuas carências de aplausos, tua obsessão por palco, o reino verdadeiro de Deus não funciona assim. Tenha paciência e creia, quando essa fase passar, quando a “morte” acontecer, a semente viverá, numa linda planta, que vencerá a terra e à luz do dia subirá e dará lindo frutos, como você antes nunca deu, para a glória de Deus. Essa palavra é antes de tudo para mim hoje.