terça-feira, maio 09, 2023

A matéria cobra seu preço

      “O que semear a perversidade segará males; e com a vara da sua própria indignação será extinto.Provérbios 22.8

      Nossos corpos e o planeta, feitos de matéria perecível, ambos podem cobrar caro pela má administração que fizermos deles. A chuva cai na terra, as pequenas gotas solitárias que viajaram pelo céu, transformam-se em enxurrada, que move-se das regiões mais altas para as mais baixas. Assim, rios se formaram nos vales, e por causa da abundância de água, civilizações se desenvolveram em suas margens. A água pode ser usada, mas a terra deve ser respeitada, assim, não faça-se habitações em encostas dos morros, nem arranquem árvores dessas áreas. Sem vida vegetal como obstáculos naturais, encostas tornam-se caminhos livres para a água da chuva se mover até as regiões mais baixas, e dependendo do caso, com violência. 
      O planeta pode ser usado, mas respeitando-se os caminhos que a natureza criou, na maioria das vezes por milhões de anos, se invadirmos esses caminhos sofreremos as consequências. Isso é o que têm ocorrido com as enchentes causadas pelas chuvas no Brasil, na Bahia, em Minas Gerais, mas principalmente no Rio de Janeiro, em regiões mais urbanas. O descaso da administração pública e de políticos, que não orientaram para que certas áreas não fossem habitadas, nem deram condições para que se pudesse habitar áreas melhores, tem causado muitas mortes. A culpa não é do planeta, da natureza, da chuva, nem dos rios, é só do homem. A natureza nunca erra, mas busca outro meios, caso seus meios naturais estejam impedidos. 
      No plano material nossos corpos são parte da natureza, do pó para o pó (Gênesis 3.19), possuem regras que se infringidas trazem sérios problemas. Nos adaptamos, isso é certo, fígado, pulmões, estômago, coração, rins, membros, cabeça, se forçados tentam sobreviver ainda assim, mas isso não é para sempre. Se mesmo fazendo tudo certo com nossos corpos, morremos, quanto mais se os violarmos de algum jeito, dor, enfermidade, interrupção do funcionamento de algum órgão virão e padeceremos, com tempos de vida abreviados. Quem passou a existência jogando dentro do corpo todo tipo de bebida, de comida, de fumaça, não pode achar que terá qualidade de vida até o fim. A matéria cobra seu preço neste mundo e de todos.
      Graças a Deus que não somos só matéria, somos espírito, esse pode ser perdoado e consolado, ele habitará a eternidade, não nossos frágeis corpos. Deus faz chover sobre nós as águas do Santo Espírito, se acharem corações humildes e crentes as águas nos alimentarão na medida certa, contudo, se nossos corações estiverem endurecidos e nossas mentes cauterizaras, o mesmo Espírito que traz palavra de vida trará palavra de juízo. Como o planeta paga se a natureza é ultrajada, assim somos nós, pagaremos na eternidade se não administrarmos no mundo virtudes morais. Contudo, ainda que nossa vocação seja a eternidade, cuidemos bem do planeta, nossos filhos precisarão dele para se aperfeiçoarem espiritualmente. 

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