terça-feira, agosto 18, 2015

...mais sobre pais e filhos

       Não fui criado em lar evangélico, apesar de minha mãe ter sido, durante minha infância e adolescência, católica, meu pai era maçom e espírita cardecista, obviamente isso trouxe problemas espirituais e emocionais seríssimos pra mim e minha família, que começaram a ser resolvidos quando eu e minha irmã nos convertemos, e alguns anos depois, com a conversão de nossos pais. Contudo, minha esducação teve duas grandes qualidades: primeiro fui ensinado, mesmo que respeitando todos os credos e opiniãoes diferentes, a pensar e a analizar, não aceitando nada como dogmático ou verdade absoluta.
        Essa crítca sadia me faz, até hoje, idealista, o lado ruim disso é que tenho dificuldades de aceitar certas realidades, e sempre estou procurando uma igreja melhor, ou tentando mudar a que faço parte. Bem, esse espírito revolucionário é característica da minha geração, que tem hoje seus cinquenta e poucos anos.
        A outra qualidade que minha educação teve foi dar prioridade a valores espirituais, culturais e emocionais, mais que aos materiais, o que não se pode ver sempre foi mais importante que o visível pra mim. Assim, não julgo ninguém por aparência física ou por posse de bens materiais, mas por seu caráter, e mais que isso, por sua sinceridade, por sua vontade de acertar. Em termos culturais não preciso dizer muito, fiz oito anos de piano erudito, gosto de literatura, de bons filmes, de arte e filosofia, de maneira geral.
        Sei que isso não me faz melhor que ninguém, contudo, me livrou de frequentar ambientes e de conviver com pessoas onde o pecado tem mais permissividade, nunca gostei, por exemplo, de carnaval ou de danceterias, lugares fechados, com música alta e de má qualidade, e é a esse ponto que estou tentando chegar com esta reflexão, a importância de cultura secular, na educação dos filhos, junto com ensinamentos bíblicos.
        Já refleti em uma das últimas reflexões sobre educação de filhos, falei sobre referências de certo e errado e coerência, mas isso não tem a ver só com educação religiosa, sim, evangelho é o principal, não só define nossa eternidade, como nos ensina a viver neste mundo, com justiça, misericórdia, em amor e em paz. O evangelho nos conduz e vitória sempre e em todos os momentos, mas podemos viver os princípios do evangelho neste mundo, estudando, trabalhando, nos relacionando, em família, nas empresas e universidades, em áreas não mais importantes que a espiritual, mas também relevantes para uma vida de vitória e felicidade.
        Vejo, contudo, algo muito triste, pais ensinando Bíblia a seus filhos, levando-os a cultos intermináveis, todavia, quando chega a idade da consciência, uma idade que os pais cristãos precisam entender que é um tempo onde os filhos precisam ter liberdade de escolha, precisam querer o evangelho e a igreja, e não podem ser obrigados, não mais, duas coisas acontecem. Os pais não têm paciência e maturidade para conversar e respeitar os jovens, continuam tratando-os como crianças, e os jovens por sua vez, como pegos de surpresa, que só receberam ensinamento religioso e nada mais, que foram ensinados a odiar o mundo, vejo esses jovens fazendo escolhas terríveis, caindo num extremo de tudo aquilo que viveram até então.
       O extremismo de certos pais cristãos revela uma incoerência total, em filhos que ainda não se decidiram pelo evangelho, e é preciso uma decisão pessoal para ser cristão, conversão não é passada pelo DNA físico. Ao invés de provarem o mundo, numa possibilidade disso ser necessário, pelo menos com qualidade, com dignidade, provam da pior maneira possível. Então, meninas que até então só se vestiam com saias compridas e longos cabelos (e não estou dizendo que só isso, representa ou não santidade, é apenas um exemplo), são vistas em fotos do Facebook com trajes mínimos, não em lugares de nível mais alto, aproveitando de maneira sadia suas juventudes, mas em clubes noturnos onde o único objetivo é contato físico com desconhecidos e sem qualidade.
        Meninos, que até então frequentavam escola bíblica dominical, falando e se portando como os tantos da cultura-bandida, ouvindo música ruim, enchendo-se de tatuagens, usando força bruta para se auto-afirmarem, celebrando traficantes e se prostituindo. Por favor, entendam o ponto que eu quero chegar, não estou aqui defendendo o desvio, o mundanismo, mas acredito que seja importante para que o jovem amadureça um conhecimento da cultura secular. Contudo, se isso tiver que ser feito, que seja feito com o melhor, não com o pior, com equilíbrio, com algum temor.
        Os melhores cristãos, que farão diferença na sociedade, que verão além dos legalismos e religiosidades e de denominações, são os que conhecem tanto a Bíblia quando a cultura, a arte, a ciência, a filosofia, já que não se vence nesse mundo só com conceitos puramente espirituais. Estudar, trabalhar, relacionar-se, se casar e criar filhos, de maneira plena e vitoriosa, exige que o ser humano use todas as faculdades que Deus lhe deu, não somente o espírito, mas a inteligência e principalmente, suas emoções, de maneira sábia e virtuosa. Bem, não explicarei mais, quem precisa entender, já entendeu, que Deus abençoe a todos nós.
       


segunda-feira, agosto 17, 2015

Falsidade: a arma final dos inseguros

        A pior maneira de "resolver" um desconforto que sentimos por uma pessoa, é a falsidade. Em primeiro lugar é preciso entender que um desconforto acontece quando achamos que alguém, por algum motivo, mesmo que mentiroso, nos ameaça. Nos sentimos assim por achar que alguém pode nos tirar algo que possuímos, e reagimos, a princípio odiando tal pessoa. O ódio leva à inveja, essa disposição, não assumida, para nós mesmos e para os outros, pode nos tornar falsos, já que admitir essa ameaça e admitir que estamos em inferioridade. Então, por orgulho, tratamos a pessoa como se nada estivesse acontecendo, não queremos dar o braço a torcer assumindo que podemos ser ameaçáveis.
        É aí que um problema se transforma em muitos, como não resolvemos a visão equivocada que temos de nós mesmos e dos outros, passamos a tentar destruir a pessoa que nos ameaçou, caluniando, inventando histórias, potencializando mesmo as fraquezas reais do que nos ameaça, para destruí-lo. Uma série de coisas ruins, que começa com uma mentira, nos sentirmos ameaçados, faz o nosso orgulho odiar, invejar, mentir e nos transforma em pessoas falsas, a mentira inicial acaba numa grande mentira, uma insegurança pessoal pode nos fazer jogar muitas pessoas contra um inocente, que às vezes nem sabe que nos ameaçou de forma tão terrível, que às vezes se considera nosso amigo fiel.
        O mal se mata na raiz, toda essa reação em cadeia maligna começou com uma mentira, que nossas consciências inseguras dizem pra nós mesmos, alimentadas pelo diabo e por outras pessoas também inseguras, isso é o contrário do que nos diz o Espírito Santo. O Senhor diz que todos nós, todos nós, somos seres criados com um bom objetivo, todos temos nosso lugar ao sol, uma maneira de sermos felizes e de fazermos felizes os que nos cercam, sendo produtivos naquilo que fazemos de melhor. De posse dessa certeza, ninguém precisa se sentir ameaçado, então não precisa invejar, odiar, caluniar e muito menos ter uma atitude de falsidade, tentando esconder dos outros nossas inseguranças. Essa segurança se consegue buscando a Deus, conhecendo ao Senhor e consequentemente a nós mesmos.
        Esse auto-conhecimento nos leva a aceitar nossas impotências e a nos apossarmos de nossas habilidades, assim aprendemos a servir com o nosso melhor, a sermos úteis, nos valorizamos e é claro, assim, valorizamos também os outros. Seguros em Deus, não queremos ser o que não somos, nem precisamos disso, mas conseguimos ser felizes em sermos o que realmente somos. Se por algum motivo alguém nos ameaçar, bem, não são as pessoas que se colocam na posição de nos ameaçar, somos nós que nos colocamos como ameaçáveis, mas seja como for, em Deus nada e nem ninguém pode nos ameaçar. Sem ameaças, não há confrontos, não há guerras, não há inseguranças, não há orgulho, não há invejas, não há ódio, e seremos verdadeiros sempre, não teremos receio de sermos assim, não precisaremos usar a última arma dos covardes e inseguros, a falsidade. 

domingo, agosto 16, 2015

Sobre satanismo

        A maioria das pessoas acha que satanismo é aquilo que alguns cristãos dizem que é, pouca gente realmente sabe o que é satanismo, e desses, menos ainda admitem que sabem, nessa confusão, onde os verdadeiros mentem e os equivocados afirmam sem saber, quem sai no lucro é o personagem principal, astuto, inteligente, mas desde o princípio, um perdedor mentiroso.
        Em se tratando de possessão demoníaca, seja de homens ou de locais geográficos, o nome de Jesus Cristo com autoridade na boca de um convertido santo, basta, contudo, o controle do mal vai bem além de possessão de corpos ou mapas. É aí que é importante saber o que o satanismo e como ele tem procurado manipular a sociedade, na cultura, na arte, na política, na educação, e principalmente, dentro das igrejas. Esse controle subjetivo, emocional e intelectual, é sútil, disfarçado, onde o diabo usa sua maior e talvez única arma, a mentira.
        Esta reflexão, como a maioria aqui neste blog, não é para ser um estudo profundo e abrangente, é apenas, uma reflexão, rápida, um toque, algo pra nos fazer pensar e nos motivar a ir atrás de mais informações. Nestes últimos tempos, Deus tem levantado muitos homens com experiência real com o verdadeiro satanismo, uma rápida passeada pelo Youtube nos porá diante de vários materiais gravados interessantes. Os vídeos do pastor Carlo Ribas, que eu já citei aqui no blog, são materiais que eu recomendo, mas veja com sabedoria, em oração e confrontando com a Bíblia. 

sábado, agosto 15, 2015

Desviados e parados na fé: cuidado ao julgá-los

        Devemos ter cuidado ao julgar pessoas que já se postaram como cristãs, como crentes, como evangélicas, e não estão frequentando uma igreja no momento. Alguns chamam essa disposição de estar desviado, outros de estar parado no fé, seja como for, determinar que alguém está separado de Deus ou mesmo em pecado, só porque não está oficialmente membrado em alguma congregação, é um equívoco.
        É claro que estar numa igreja bíblica, ou o mais próxima disso, de forma produtiva, é o ideal do plano de Deus, isso é o ensinado nas escrituras, isso é o mais conveniente, essa é a forma mais adequada que Deus trabalha, amadurecendo e usando um filho seu, essa é a regra. Contudo, Deus vai muito além disso, de instituições, do que os homens podem ver e mensurar, de ligações religiosas e formais.
        Na verdade, o Senhor trabalha na vida de todos os homens a partir do nascimento, seja em que condições essas pessoas nascem, crescem e conquistam seus espaços neste mundo, seja em que religião, ou nãom, professam, e mesmo depois que uma posição é tomada em relação ao evangelho, que uma membresia é estabelecida, que se é batisado, mesmo assim, Deus pode usar maneiras não convencionais, de acordo com a opinião de alguns, para aperfeiçoar os chamados.
        Talvez, alguns desses que julgam os "desigrejados" de alguma maneira, que no fundo, mesmo que não admitam, se acham mais espirituais que esses, precisem passar por situações na vida onde nos escontramos longe oficialmente do convívio de uma congregação, só assim esses aprenderão a humildade de não julgar ninguém, nem duvidar das muitas e misteriosas maneiras como o Senhor trabalha.
        Não, esta reflexão não é para apoiar ou motivar ninguém a sair e continuar afastado de uma igreja, aos que estão nessa condição o Espírito Santo diz, busque em Deus um lugar para frequentar, Deus tem o lugar certo para que cada filho seu possa se sentir feliz e útil em sua obra. Mas àqueles que julgam, cuidado, a vida é longa e o mundo é mal, mesmo sendo Deus bom, misericordioso e poderoso, para proteger todos os que chama.
        Sim, a obra que Deus começou, ele a fará até o fim, e os que realmente tiveram uma experiência de conversão com Deus, eu digo com toda a convicção, nunca, nunca se perderão, mesmo que tenham que viver momentos de solidão. Mesmo porque, existem mais desviados e parados na fé dentro de igrejas, do que fora, como temos ouvido muito ultimamente, o diabo tem tido interesse muito mais em manter crentes equivocados dentro de ministérios, do que em tirar de vez esses crentes das igrejas.
        Sejamos humildes, Deus é real, é o selo do Espírito Santo que cria uma igreja, não um templo, uma instituição e costumes e eventos religiosos. O Espírito Santo é poderoso o suficiente para guiar seus filhos, e digo mais, nos últimos tempos, os verdadeiros cristãos só acharão orientação e alimento, no Espírito Santo, visto que falsos profetas e líderes gananciosos aumentarão e desejarão mandar em muitos ministérios, mas aquele que perseverar até o fim, esse será salvo.

sexta-feira, agosto 14, 2015

Sobre ser servo

        O que realmente nos dá referências para que tenhamos uma noção do que realmente somos, o que pode nos conduzir a um esboço, pelo menos, de um caráter humilde, é o conhecimento. Talvez alguns que se consideram espirituais não entendam isso, e assim não concordarão, já que pra esses, conhecimento, cultura, educação, estudo, são sinônimos de arrogância, de homem longe de Deus, e não de humildade. 
        Como músico, quando trabalhando em igrejas, sofro a perseguição e injustiça que muitos outros sofrem, mesmo lutando para fazer um trabalho bem feito, um trabalho onde é necessário além de talento e de muito estudo, vida de santidade para que a adoração seja agradável a Deus, ainda assim somos acusados de orgulhosos, de querermos fama e aplausos, de aparecermos demais. É claro que neste mundo evangélico atual, infelizmente, muitos têm usado a música em benefício próprio, ao invés de serem usados por Deus para usar a música como sacrifício santo de louvor ao Senhor. 
        Mesmo que isso não seja regra, no meio de pessoas com pouco estudo, que é a maioria do povo evangélico brasileiro, pessoas manipuladas por líderes que pregam a doutrina da prosperidade, mesmo dizendo que não pregam (eu repito e repito isso...), líderes que querem manter templos cheio ensinando que pela fé Deus pode fazer tudo e que milagres são suficientes para se viver nesse mundo, levando essas pessoas a estudarem o mínimo, a se esforçarem pouco, nessa cena, aqueles que estudam e se esforçam são vistos como arrogantes. 
        Então, voltando ao ponto do início desta reflexão, quando eu disse conhecimento, eu quis dizer que quando nos expomos, nos informamos e frequentamos escolas, universidades e empresas, vemos como existem pessoas capacitadas neste mundo, e na área da música, como tem gente de talento, esse conhecimento é que nos dá referências. Essas referências nos ensinam que não somos tão bons assim no que fazemos, ou pelo menos, que não somos os únicos. Na minha área, piano e teclas, eu sei como tem bons pianistas, músicos talentosos e superiores a mim, por aí, que chegaram longe, bem mais depressa. 
        Esse conhecimento me deixa na obrigação de ser humilde, para entender que o caminho é longo e que muito temos para aprender para chegar à excelência. Isso não nos faz crescer só nas aptidões intelectuais e artísticas, mas também na espiritualidade, essa não nos confere direito de mandar e de pisar nas pessoas, ao contrário, exige de nós atitude de servo, dá-nos a consciência que o melhor é se entregar, é ajudar, é fazer as pessoas felizes com aquilo que somos e sabemos, e quanto mais somos e sabemos, mais temos para servir e sermos realmente humildes.

quinta-feira, agosto 13, 2015

Azeda e seca

        Escolhemos o nosso caminho, consciente ou inconscientemente, escolhemos o que queremos fazer, com quem queremos fazer, onde e quando, assim ficam conosco os semelhantes, temos a equipe que merecemos, mesmo que digamos o contrário, nossa vontade acaba sendo feita, e dela os frutos serão produzidos. Portanto, não reclamemos, ao chupar laranjas azedas e com pouco caldo, depois de plantar na estação errada, de colher no momento errado, de trabalharmos com uma equipe mal preparada e descontente com o serviço que faz, de termos que consumir um fruto que deveria ser jogado fora. Mesmo que façamos, para todos verem, cara de quem está chupando a laranja mais doce e caudalosa do mundo, isso não vai convencer ninguém que fizemos as escolhas erradas, principalmente a Deus, contudo, na insistência do erro, essa laranja ruim pode ser o único alimento que nos resta para comer.

quarta-feira, agosto 12, 2015

Certo e errado, amor e respeito: sobre pais e filhos

      Como cristão, como pai e como filho, tenho aprendido algumas coisas sobre criação de filhos. Dois princípios devem ser seguidos para que filhos cresçam como pessoas realmente do bem: referência de certo e errado, e consciência de que são amados e respeitados. Muitos pais, usam de autoridade para mostrar o certo e o errado, assim falam, levam à igreja, exigem deles uma atitude religiosa e moral correta. Contudo, se forem distantes no dia a dia da realidade de seus filhos, essa autoridade será um dia confrontada e não será seguida, não facilmente. Referência de certo e errado nunca dá maus frutos, mesmo que faltem outras coisas na educação. Contudo, se estiver sozinha, os filhos terão que percorrer um longo caminho, dar algumas cabeçadas na vida, até que voltem a pisar o fundamento do certo e do errado. Bem, se nem isso houver em uma educação, a conversão para o caminho do bem terá preços ainda mais caros. 
        Contudo, o que faz com que os filhos andem certo mais depressa, que ponham em prática as referências de certo e errado que aprenderam, é algo que vai além da autoridade exercida pelos pais, é a consciência de que eles são amados e respeitados. Pra isso pais precisam estar próximos dos filhos, não somente nos bancos de igreja, não somente indo exaustivamente a escolas bíblicas e congressos. Como é triste ver pais que dizem ter criados os filhos na igreja por toda a infância e juventude deles, pedindo oração nos cultos porque seus filhos se desviaram, ou mesmo que não parem de frequentar igrejas, sejam crentes sem sal, sem vida, sem prazer em Deus. Isso acontece porque muitos pais falam e mandam, mas não vivem realmente com seus filhos.
        Estar próximo é amar e respeitar, amar e respeitar é dialogar, andar com os filhos, isso faz com que eles queiram ser o que somos. Na verdade os filhos, conscientes ou não disso, sempre desejarão ser o que os pais são, mas repito, ser aquilo que os pais realmente são. Se há hipocrisia, superficialidade ou incoerências, eles sabem disso, percebem isso, e serão, não o que muitos pais dizem que são, mas que são de fato. Contudo, se há amor e respeito, existe uma interação de fato entre o mundo de crianças e jovens com o dos adultos. Um filho confiante num pai amoroso, se abrirá com ele e quererá imitá-lo, não trocará essa relação por alguém lá de fora, por uma má influência.
        Algo que ouvimos com frequência é "meu filho é bom, mas o problema são as más companhias", desculpe-me, mas isso é desculpa de pai ausente, que falou, mas não viveu, que estava mais preocupado em ganhar dinheiro ou com suas necessidades pessoais, do que com os filhos. Filhos que seguem más companhias são crianças e jovens que encontram nessas más companhias o amor e o respeito, mesmo que equivocados, que não acharam nos pais. Filhos amados e respeitados não trocarão a ligação com os pais, por relações piores, filhos amados e respeitados imitarão seus pais e amarão e respeitarão a si próprios.
        Mas como filhos podem achar amor e respeito de pais que nunca acertam o casamento, que estão em constante separação, que se portam não como pessoas maduras, mas como adolescentes, às vezes mais inseguros que os próprios filhos, homens e mulheres que largam filhos com os avós para saírem à noite pra se divertirem, em bares e clubes? Bem, aqui não estou falando de pais cristãos, mas mesmo pais cristãos, às vezes estão mais interessados nas atividades religiosas, na ligação social que têm com ditos "irmãos" nas igrejas, do que realmente em viver com amor e respeito com filhos, esposas, esposos e famílias, muito usam a igreja para fugir de suas realidades, tanto quando os não cristãos usam os bares e clubes.
        Os quatro pilares têm que andar juntos: certo e errado, amor e respeito. O certo e errado ensinará que tudo na vida tem consequências e quando se faz algo deve-se estar pronto para assumir as responsabilidades pelas consequências. O amor e o respeito confere segurança aos filhos, não podem estar separados do certo e do errado, mas mesmo sozinhos, têm efeitos positivos. Filhos criados com amor e respeito, e sem referências de certo e errado, poderão até ter uma vida de liberdades sem limites, mas terão segurança. Essa segurança, sem referências, também conduz a caminhos ruins, e também fará com que as pessoas percam um tempo antes de encontrarem a si mesmos e a Deus.
        As gerações de quarenta anos atrás foram criadas com referências de certo e errado, mas sem muito amor e respeito, já as atuais, são criadas com amor e respeito, mas sem referências de certo e errado, bem, cada geração colhe seus frutos. Como cristãos, ensinando a Bíblia e levando à igreja, damos referências de certo e errado, e convivendo em casa, próximos aos filhos, presentes sempre, sabendo como eles estão ainda nos estudos, com quem andam, com quem e com o que convivem,  no mundo real e no mundo virtual da internet, estamos tratando nossos filhos realmente com amor e com respeito.

terça-feira, agosto 11, 2015

Qual foi a última vez que eu pedi perdão para alguém?

        Quer saber se você é espiritual, responsa pra si mesmo a seguinte pergunta: qual foi a última vez que pedi perdão para alguém? 
        Está certo que pedir perdão demais, também não é necessariamente prova de espiritualidade, já que ou podemos estar cometendo os mesmos erros e com as mesmas pessoas com certa frequência, ou podemos não estar tomando posse do perdão, e então estarmos nos sentindo culpados, mesmo por algo que já foi perdoado, daí a necessidade de pedir e pedir perdão.
       Contudo, analisando esse assunto por um outro ponto de vista, o santo não é o que se sente limpo, mas o que percebe, dia a dia, com maturidade e em paz, o quanto precisa melhorar, e consequentemente, o quanto precisa de perdão, seja de Deus, de si mesmo ou dos outros. 
        Todavia, infelizmente, o que mais vemos, é gente arrumando pra si mesma explicações de seus erros, justificações, de maneira que não precisem, por orgulho, pedir perdão pra ninguém, esse equívoco ocorre com muitos, principalmente com líderes e pessoas que já adquiriram posições e cargos nas hierarquias, seja das igrejas ou de outros ambientes.
        Pedido de perdão parece ser algo que inferioriza, por isso é difícil de ser feito, mas isso é um engano, é somente um momento de sinceridade e de amor, que na verdade iguala as pessoas, não diminui ninguém, e que nos colocará numa posição espiritual privilegiada diante do Senhor, portanto, se for preciso, peça perdão, faça a sua parte, indiferente daquilo que a outra parte vai pensar, Deus te honrará se assim agir.

sábado, agosto 08, 2015

Estômago de faquir?

        Se os olhos são portas da alma, quem tem conteúdo de vida, e principalmente, experiência com Deus, nós conseguimos perceber pelos olhos. Aquela pessoa que tem vida de oração, que pagou os preços para conhecer e obedecer a Deus, mostra isso nos olhos, o olhar do verdadeiro, do sincero, daquele que realmente teme ao Senhor, revela isso. Quem prestar atenção em olhos assim, reconhecerá uma pessoa de vida com Deus, e somente quem tem vida com Deus pode pregar uma palavra que gera vida nas outras pessoas. Como já dissemos aqui, só prega arrependimento verdadeiro, quem se arrependeu, só prega humildade real, que se humilhou de fato, só prega oração que funciona, quem teve encontro de oração com o Senhor. 
        Algumas pessoas, infelizmente, falam e falam nos púlpitos, gritam, gesticulam, exageram nos clichês, e isso principalmente no meio pentecostal, onde os efeitos emocionais tê mais ênfases que reflexões racionais, tais pessoas usam até de carisma e retórica, mas são como estômago de faquir, vazio, e não de carne, mas do Espírito Santo. Como tal, basta olhar pra elas e ver um olhar frio, morto, como suas almas, suas caras e falas soa falsamente, gente que se convenceu que prega, mas são mais atores que adoradores, e não tem o principal, real vivência com Deus para abençoar as pessoas. 
    "Senhor, nos livre da vergonha de acharmos que somos algo por nós mesmos, que antes de nos apresentarmos diante dos homens, nos humilhemos diante de ti, para que a tua vida seja compartilhada, que isso seja tão real que escape por nossos olhos, mesmo quando estamos em silêncio, aguardando que tu nos dê ordem para falar".

sexta-feira, agosto 07, 2015

Que nos façamos oposição a Deus, achando que estamos fazendo a homem

        Podemos nos levantar contra o homem, haverá consequências, desconfortos, mas é um mal menor, contudo, levantar-se contra o Espírito Santo na boca, no coração e na vida de um homem, dura coisa é. 
        Que tenhamos cuidado, que não fiquemos cegos a ponto de achar que uma oposição é de homem, quando é posicionamento de Deus, que não estejamos equivocados a ponto de lutarmos contra Deus, achando que estamos batalhando contra homens, que saibamos discernir o mover do Espírito de Deus na vida de seus profetas, profetas que muitas vezes não serão delicados como os pastores, ou pacientes como os mestres. 
        Alguém acha que João Batista, que vivia no deserto, habitava em cavernas, se alimentava de gafanhotos e se vestia de maneira rudimentar, era um pastor de ovelhas ou um professor de escola bíblica? Com certeza ele tinha um temor sem igual de Deus, uma sensibilidade de quem realmente conheça a intimidade do Senhor, contudo, Deus deu a ele, durante, talvez, anos e anos de preparação, a humildade, mas acima de tudo, a coragem para confrontar quem quer que fosse, a consequência disso foi o tipo de morte que teve. 
        Quanto aos profetas que Deus tem levantado, não temam, cumpram suas missões, calem-se quando lhes for pedido isso do Espírito Santo, mas falem, sem medo, quando o altíssimo mandar, para isso foram preparados, para isso vivem, e a Deus, somente a Deus, prestarão contas.

quinta-feira, agosto 06, 2015

Espere, logo logo a borboleta surgirá


Lagarta, casulo e borboleta

        A melhor construção que podemos fazer de nós mesmos, aquela que suportará a realidade de existir neste mundo, a injustiça dos homens e as mentiras do diabo, é a que fazemos em Deus, mas com o melhor de nós mesmos. Não que não aprendamos com os outros, aprendemos sim, tanto com os bons, quanto com os maus exemplos. Contudo, o processo de crescimento, em seus momentos mais decisivos, quando somos confrontados com aquelas escolhas que fundirão com fogo quase que insuportável o nosso caráter, é experimentado na solidão. É a sós que paramos de olhar para os outros, que cessamos de medir os outros, de julgar os outros, de nos comparar com os outros, a sós olhamos pra Deus e nesse espelho, limpo e cristalino, enxergamos a nós mesmos sem máscaras ou disfarces.
        Enquanto olhamos pra fora de maneira errada, não para Deus e esquecendo-nos de nós mesmos, temos medos, que criam inseguranças, que nos prendem a invejas, ciúmes e iras. Em Deus achamos forças, encontramos paz, nos fortalecemos à medida que assumimos nossas fraquezas e limitações. Então, assim, sozinhos, somos curados, transformados, recuperamos aquilo que temos de melhor e que foi perdido com o pecado. Portanto, não fique apavorado quando a vida te conduzir para um momento solitário, se estiver com Deus, entregue em suas mãos, confiante de que Ele está no controle e sabe o que faz, fique em paz, isso é só o final de um tratamento que te fará alguém melhor. Mas não fuja desse momento, fortaleça-se no Senhor, Deus não te deixará ser tentado mais do que você pode suportar, e saiba, ele acredita em você, sabe do teu potencial, mais até do que você mesmo acredita.
        Lembra-se da história da borboleta? Como lagarta, ela podia achar que já era um ser completo e perfeito, podia andar, se alimentar, enfim, sobreviver, mas ela podia ser muito mais. Contudo, antes de se transformar numa borboleta linda, que poderia voar e experimentar coisas que como lagarta ela nunca experimentaria, ela teve que passar um tempo como casulo. Num casulo, ela estava só, e muitos, vendo-a assim, poderiam até achar que era o seu fim, que nunca mais voltaria a ser uma lagarta. Mas a natureza a transformou numa borboleta, e com certeza surpreendeu a tantos, tudo o que ela precisava para ser uma borboleta estava dentro da lagarta, em seu DNA, em sua essência, mas teria que enfrentar a solidão do casulo, antes do glorioso final.
        Deus quer muito mais pra você, não tenha saudades do tempo de lagarta, parecia bom, mas foi só o começo, você achava que tinha independência? Mas andava rastejando, pensava que podia se mover? Mas só conhecia o solo ou natureza, contudo, preso a ela. Não fuja do casulo, suporte como um bom cristão, logo logo uma linda borboleta, colorida, com grandes asas, estará livre para voar, então, com as asas do Espírito Santo, ganhará alturas, surpreenderá a muitos, e será o seu melhor em Deus.