segunda-feira, abril 22, 2019

O amor desconcerta

      “E os fariseus, tendo saído, formaram conselho contra ele, para o matarem. Jesus, sabendo isso, retirou-se dali, e acompanharam-no grandes multidões, e ele curou a todas. E recomendava-lhes rigorosamente que o não descobrissemMateus 12.14-16

      A lucidez, o equilíbrio, desconcertam os que vêm em nossa direção armados com rancor, com inveja, com ódio. Os mal intencionados se calam diante da sabedoria genuína que muitas vezes reage com o silêncio, com o distanciamento, com nenhum argumento. Quem vence a vaidade de querer ganhar no grito, que não precisa se convencer e muito menos aos outros, quem olha nos olhos e consegue discernir quem quer construir e merece atenção de quem quer só se manter como vítima e dono da verdade, esse não será entendido pelas trevas, a luz desconcerta as trevas. O amor, todavia, é o que mais desarma, mas mesmo ele não deve ser usado com quem absolutamente não quer ser amado. Os arrogantes complicarão tudo, deixarão o perdão para amanhã, alegando que foram feridos demais, mas os humildes acharão facilmente a paz, verão o lado do outro, e terão de Deus a mesma misericórdia que derão aos seus semelhantes. O amor conserta os bons, mas desconcerta os maus. 

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