terça-feira, setembro 21, 2021

Não deixe nem começar!

       “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.Provérbios 22.6

     Algumas coisas temos dificuldades para terminar, mas podemos evitar que comecem. Vício é fazer algo errado pela segunda vez, só bastam duas vezes para nos viciarmos em algo. Não se vicia em coisas diretamente ruins, pelo menos não são ruins para quem as faz, ninguém cheira cocaína porque é ruim, cheira porque lhe dá prazer. O que livra as pessoas de vícios não é dizer a elas que algo é ruim, mas é acostumá-las com algo melhor. Vamos diferenciar vício de costume, costume não é vício, vício é aquilo que nos controla, costume é só a repetição de algo, sobre isso temos controle.  
     O ser humano até poderia provar algumas coisas, ao menos uma vez, e eu disse algumas coisas, se tivesse controle sobre si mesmo e se conhecesse. Temos controle sobre algo quando percebemos que algo não nos oferece uma satisfação completa, que de alguma maneira prejudica nosso corpo, nossa alma ou ambos, por isso o rejeitamos. Conseguimos nos livrar de vícios quando temos percepção suficiente para discernir se algo nos faz bem ou não, ainda que seja agradável. Só temos essa percepção quando temos sensibilidade baseada em referências altas de qualidade de vida física e moral. 
      Tem gente que prova uma vez bebida alcoólica, não gosta e nunca mais prova, outros, ainda que não gostem, por motivos diversos, incluindo ser aceito num grupo social, tornam a provar até que se viciam. Uma das principais características do ser humano é a adaptabilidade, ela é necessária para sobrevivência neste mundo. Contudo, assim como o ser humano pode se adaptar e gostar de algo que a princípio lhe é desconhecido, mesmo desagradável, mas que lhe faz bem, ele também pode se adaptar, e infelizmente com mais facilidade, a algo que não lhe faz bem e que lhe dá um prazer. 
      Bebidas alcoólicas podem prejudicar o fígado, assim como tabagismo pode prejudicar os pulmões, mas entorpecem o cérebro e entregam prazer, seja de calma ou de euforia. A quem interessa esses prazeres artificiais? A quem não encontra prazer equilibrado e não nocivo na vida real, no que bebe, no que come, na ocupação produtiva que exerce, nos relacionamento sociais e íntimos que tem. Alma angustiada, magoada, solitária, desocupada, é terra fértil para vícios, solução para todos esses problemas só vida com Deus, que experimenta e entrega perdão, que respeita a si e aos outros. 
      Ensine uma criança o que é melhor, seja na área que for, e ela não será presa do mal e de vícios, mas ensine-a de forma que ela tenha alegria no melhor, senão poderá ter efeito contrário. Muitos pecam simplesmente por falta de opção, não conhecem nada melhor para fazerem e terem prazer, assim se entregam a sexo antes do tempo e com pessoas erradas, buscam apoio em amizades tóxicas, porque não têm ninguém mais perto e com melhor intenção por companhia. Mas outros ainda que tenham tudo se viciam, porque insistem em andar longe de Deus, e eu disse de Deus, não de religião.
     Mas ensinemos a criança do jeito certo, dando exemplos práticos do que é ensinado e monitorando de perto, com amor e paciência. Falar sem dar exemplo ou estar longe, pode levar a criança a sentir aversão pelo que aprende, ainda que seja algo bom. O melhor é ocuparmos tempo e energia com coisas boas, assim o mal não terá oportunidade nem para uma primeira vez. Muitos têm se viciado na internet por acharem no mundo virtual companhia e prazer que não têm no mundo real, mas ela pode ser uma grande mentira, nos aproximemos de quem nos ama de verdade, isso nos protege de vícios. 

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