terça-feira, novembro 08, 2022

Andar no Espírito

      “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito. Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.Gálatas 5.22-26

      Andar no Espírito é praticar três pilares da espiritualidade: oração realmente espiritual, mente vigilante e amor puro. Oração espiritual recebe unção que capacita e consola, não é só expressão intelectual, mas direta conexão com Deus por Jesus no Espírito Santo, que entrega um bom e poderoso sentimento. Mente vigilante fecha portas às vozes dos espíritos maus, às invejas dos homens maus e aos prazeres descontrolados do corpo, focando em Deus e em sua vontade, conquistando paz e santidade. Amor puro entrega sem pedir algo em troca, com paciência, elegância e buscando a glória de Deus, não do ego.
      Viver no Espírito é orar e louvar a Deus, focar no Altíssimo e amar sempre. Andar no Espírito é prática, é colher no passo a passo e no dia a dia o que se confessa como vida na oração. Não basta sermos fortalecidos em oração, acessarmos a vontade de Deus para nossas vidas e nos sentirmos muito satisfeitos com isso, temos que refletir isso em nossas relações diretas com a realidade, com as pessoas, com os negócios. Por isso à orientação de Paulo sobre viver e andar em Espírito, segue “não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando e invejando os outros”, frutos doces e que permanecem precisam ser colhidos. 
      Pode parecer óbvio, mas muitos conseguem entender os pilares da espiritualidade na oração, naqueles maravilhosos momentos de quebrantamento no coletivo das igrejas ou na privacidade de seus lares, contudo, não conseguem pôr em prática. Por isso estão sempre repetindo provas, voltando ao passo inicial da carreira cristã, isso até pode persistir por um tempo, mas depois pode enjoar, fazendo com que muitos desistam de praticar espiritualidade. Prática requer um andar cuidadoso, onde se retêm na alma a vontade de Deus e a confronta com a realidade à medida que se caminha. Isso requer fazer as coisas com calma. 
      Enquanto na oração as coisas podem ocorrer na velocidade do Espírito Santo, esse é rápido para agir e nem precisamos de muita racionalidade para entender, mais se sente que se pensa, o convívio com a realidade do mundo material requer tempo. Dessa forma, pôr teoria em prática exige paciência com nós mesmos e com os outros, mais pensar que falar. Se recebimento da unção é algo mais espiritual que intelectual, a prática do que se recebeu requer racionalidade, não para entender e fazer as coisas do jeito humano, mas para destrinchar o ensino recebido do Espírito Santo e pô-lo em prática, em cada atitude e em cada palavra.

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