sexta-feira, maio 06, 2011

Bibliolatria

      Amo a Bíblia, em tudo, ela é diferente de qualquer outro texto religioso, de qualquer reflexão filosófica, de qualquer citação de escritor, historiador ou psicólogo. Ela consegue ser simples e profunda, e o melhor é que ela se renova sempre, podemos ler uma mesma passagem diversas vezes na vida, e cada vez que lemos ela nos fala de maneira especial. Já li a Bíblia inteira várias vezes e quero ler mais, e além de ser orientação espiritual, ela também é literatura, quantas histórias, quantos personagens, nem todos com finais felizes, mas enfim, ela é uma palavra que fala de gente de verdade, mesmo que provando o sobrenatural de Deus. Posto essa introdução, preciso dizer que vou fazer aqui uma das reflexões mais sérias que já fiz no blog. Tenho certeza que muitos não entenderão, poderão mesmo achar uma heresia, talvez o blog perca seguidores, mas eu preciso fazer estes questionamentos, e assumo todas as responsabilidades por eles, darei satisfação a Deus por isso.

Informações que interessam à reflexão

      1. Textos bíblicos relevantes

      "Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti."
      "Fizeste bem ao teu servo, Senhor, segundo a tua palavra." Salmos 119:11, 65

      "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam." João 1:1-5

      "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; o Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós." João 14:16,17

      "Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de DeusEfésios 6:17

      "Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.I Coríntios 13:9-12

      Grande parte das vezes que a palavra "palavra" é citada na Bíblia, refere-se à uma palavra dada por Deus, não necessariamente uma palavra que já foi escrita, registrada, mas uma promessa que alguém recebeu diretamente de Deus. Sim, os hebreus tinham suas escrituras, as leis mosaicas, que eles deveriam seguir à risca para realizar a religião que Deus havia dado a eles. Contudo, lembremos que naquela época Jesus não havia vindo e o Espírito Santo não havia sido enviado para morar definitivamente no coração dos convertidos, assim ele daria a palavra de Deus diretamente aos homens, não havendo mais necessidade dos textos escritos. A Bíblia se refere também a Jesus como o verbo de Deus, uma manifestação divina através de um imperativo com o poder de criar qualquer coisa do nada, foi assim que Deus criou todas as coisas.
      No Novo Testamento a palavra recebida de Deus é referida como a espada do Espírito Santo, portanto todos os que tem o selo do Espírito Santo tem dentro de si a palavra, é algo subjetivo, que não pode ser limitado por regras escritas em papel. Por outro lado, o texto de I Coríntios 13:9-12, é interpretado por alguns como a manifestação no mundo de uma palavra escrita e legitimada pela Igreja, a Bíblia, que poderia ser o guia doutrinário da Igreja e que substituiria os dons espirituais. Há também a interpretação que seria a segunda vinda de Cristo, o que na minha opinião é mais plausível e de acordo com o contexto do texto. No céu não haverá mais necessidade dos dons, a não ser o amor que será para sempre. A Igreja que se formou a partir do pentecostes de Atos, começou a colecionar textos, cartas de Paulo e dos apóstolos enviadas às igrejas da época, assim como o texto de Apocalipse, esses foram escritos pelo Espírito Santo através da nova aliança em Cristo, e é claro, com alguns filtros, são úteis para orientar cristãos de todos os tempos.

      2. Diferenças entre a Bíblia católica e a protestante
   
      O Novo Testamento contém 27 livros tanto na Bíblia católica quanto na protestante, o número de livros do Antigo Testamento, porém, é diferente, o cânon católico tem 46 livros e o protestante, 39. Nestes, estão ausentes os chamados livros deuterocanônicos, presentes na Septuaginta (versão em grego pronta no século I a.C.), só que não faziam parte do texto hebraico original. Esses 7 livros já constavam no cânon católico no Concílio de Cartago (século IV), mas só foram oficializados pelo Concílio de Trento (século XVI), são eles: Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico (Sirácida ou Sirac), I Macabeus e II Macabeus. Além disso, faltam na Bíblia protestante, alguns fragmentos dos livros de Ester e de Daniel.
      A Bíblia protestante tem assim um total de 66 livros, e diga-se de passagem Martinho Lutero quase deixou de fora os livros de Hebreus, Tiago, Judas e Apocalipse. Se você perguntar a um padre, ou a um pastor, porque esse ou aquele livro está ou não na Bíblia, as respostas de ambos serão: porque esse livro é inspirado e aquele não é. Mas quem estabelece os critérios de inspiração? É Deus ou são os homens? Bem, ambos dirão que é Deus e que Deus os orientou a tirar ou por esse ou aquele livro no cânon. Resumindo: subjetividade que pode aliar alguém a Deus e outro ao homem, dependendo da conveniência. É claro que há argumentos históricos como o do cânon protestante se alinhar com o cânon judaico tradicional, mas isso ainda não é um dogma, aliás, nada é.

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      A questão é a seguinte: existe em alguma parte da Bíblia uma profecia, uma promessa, uma orientação, dizendo que depois da vinda de Jesus, Deus formaria um cânon, com sessenta e seis livros, que seriam a palavra de Deus perfeita, completa e inequívoca para todos os tempos? No antigo testamento quando se referiam à palavra de Deus, se referiam principalmente aos livros da Lei, e é preciso entender que isso era a base da religião hebraica (como é até hoje). Eles não tinham a presença fixa do Espírito Santo nas pessoas e no mundo, assim como dois eram os fundamentos da religião judaica: os sacrifícios de animais para remissão de pecados e a obediência das leis mosaicas, para que o povo vivesse uma vida agradável a Deus e sem pecado. Havia também as comemorações das festas e outros costumes, mas o conhecimento e a obediência das leis era fundamental para um povo escolhido por Deus para testemunhar de Deus ao mundo.
      Bem, as leis caíram por terra, ou melhor, são cumpridas a partir do novo nascimento em Cristo, não é necessária mais a obediência às leis mosaicas, guardar sábado e festas, etc. Agora, após uma conversão a Deus pela fé, e pelo batismo em água (o único sacramento, digamos assim, orientado pelo novo testamento), as pessoas são seladas pelo Espírito Santo. A presença constante de Deus nas pessoas as ensina sobre a vontade do Senhor. Muda, no novo testamento, o conceito de palavra de Deus, não é mais o pentateuco, as biografias dos reis e as palavras do profetas (além dos livros poéticos, etc) que representa a palavra de Deus, mas o próprio Espírito Santo. Obviamente, como o antigo testamento foi inspirado pelo mesmo Espírito Santo que agora habita o coração dos convertidos, existe coesão, integridade e coerência, nos ensinos do antigo testamento, assim como nos evangelhos e cartas do novo testamento, colocando-se o evangelho como centro de tudo, priorizando sua ótica e sua importância vigária acima da religião hebraica.
      Os protestantes e evangélicos atuais, por mais que digam que fazem parte de uma igreja mais próxima à igreja cristã primitiva, por mais que exortem os católicos sobre a heresia que existe em colocar mediação entre Deus e homens em homens, os chamados "santos", não conseguem ver naquilo que chamam de palavra inequívoca de Deus um alerta sobre um desvio doutrinário tão significativo que aconteceria logo no quarto século, unindo igreja e estado, e mixando panteão greco-romano pagão com personagens do novo testamento. Esse desvio que durou, tecnicamente, mais de mil anos, foi quem oficializou a maior parte do cânon bíblico, que com algumas alterações de Lutero e dos reformadores, permanece até hoje, portanto, a santa bíblica, que não contem a palavra de Deus, mas que é a palavra de Deus, como os teólogos protestantes e evangélicos costumam dizer, foi uma escolha, em grande parte, da Igreja Católica.
      Preciso abrir um parênteses e dizer mais uma coisa, eu não tiraria e nem colocaria nenhum livro na Bíblia, sinto, em Deus, que ela é perfeita como é, mas creio também que é assim por pura misericórdia de Deus. Deus em sua graça, em sua sabedoria, em seu poder, permitiu, que de um jeito ou de outro, seja por idólatras católicos, por protestantes carnais, ou por evangélicos e pentecostais atuais também hereges e manipuladores dos textos, que a Bíblia chegasse ao cânon de sessenta e seis livros e que permanece assim. Contudo, e esse é o ponto do meu questionamento, muita coisa que está na Bíblia não pode ser entendida ao pé da letra, pelo menos não para o mundo atual. É aí que os líderes preguiçosos e os cristãos medrosos, não tementes a Deus, mas com medo de dogmas e leis humanas, que nada têm a ver com Deus, erram.
      Uma idolatria do cânon de sessenta e seis livros tem desviado as pessoas do Espírito Santo de Deus, uma idolatria tão conveniente a líderes manipuladores como foi aos líderes do século IV ou do século XVI. Leis são sempre convenientes, as pessoas não precisam pensar a respeito de leis, elas só tem que obedecê-las. É bom para quem lidera e é bom para quem quer ser liderado, não pelo Espírito Santo, mas por homens. Se liderado realmente por Deus implica em conhecer a Deus, isso dá trabalho, significa vida de oração, de resignação e de consequência obediência. Obedecer a Deus, de verdade, desagrada aos homens, e aqui não me refiro aos homens dos mundo, mas aos líderes de igrejas, e repito.

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      Você quer exemplos do que essa bibliolatria tem trazido de errado aos cristãos? Vou citar alguns, que já foram assunto de tantas reflexões aqui no blog:
  1. desprezo da ciência e satanização de uma possível evolução das espécies usada por Deus para criar o homem, a sua imagem e semelhança;
  2. insensibilidade total para com os homoafetivos generalizando características de alguns seres humanos simplesmente como pecado, promiscuidade; essa disposição é baseada nas leis mosaicas, mesmo na leitura que se faz de Sodoma e Gomorra, antes leis, e em textos de Paulo e mesmo no Apocalipse de João;
  3. institucionalização do dízimo do velho testamento como forma de manter ministérios, usado por líderes que não querem ser pastores a exemplo do novo testamento, mas reis, latifundiários e milionários do velho testamento, confundindo igreja espiritual com nação hebraica física e estatal; para alguns pastores a Bíblia poderia se resumir ao livro de Malaquias e alguns, bem poucos, milagres de Jesus, como o da cura da mulher com refluxo de sangue, já que pregam isso na maior parte do tempo;
  4. enquanto alguns textos são usados fora de contexto histórico e doutrinário, outros são simplesmente esquecidos, como o fato da Bíblia nunca ter feito qualquer espécie de censura à maneira como as mulheres eram tratadas a dois mil anos atrás, mesmo dentro das igrejas, assim como ao sistema de escravatura, essa depreciação humana passa batido na fala de pregadores que que defendem a atemporalidade do que se diz sobre homossexuais nos textos bíblicos, se a Bíblia não apoia inferiorização de mulheres e escravatura, ela também não condena;
  5. lei seca: prega-se que o cristão não deve consumir bebida alcoólica em nenhum circunstância, essa talvez seja uma das maiores hipocrisias dos crentes atuais, sempre ensinada, mas nunca vivida, enquanto a Bíblia não dá essa orientação radical em nenhum momento; mesmo os líderes são orientados a moderarem no vinho, não a nunca o bebê-lo, se esquecem que Jesus transformou água em vinho, não o contrário; 
  6. cito também a questão dos divórcios, tão comuns nos tempos atuais, por um motivo ou por outro, casamentos errados que são forçados a serem mantidos a custa de hipocrisia, muitos que só existiram para que relacionamento sexual fosse "legalizado", e aqui não estou apoiando separações por qualquer motivo, a manutenção da união deve ser buscada com todos os esforços, debaixo de oração e muito diálogo (nem vou falar de sexo antes do casamento, ou o que é realmente casamento nos dias atuais, já que tantos namoram vários pessoas, tem relações sexuais com várias pessoas, mas só casam no religioso ou na lei, uma vez, e ainda assim não são chamados de adúlteros, isso acontece também dentro das igrejas).
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      Bem, esses são alguns exemplos onde oração e bom senso são esquecidos para que textos fora do contexto histórico da Bíblia sejam obedecidos cegamente, como leis. Isso é matar o Espírito, o mesmo Espírito Santo que orienta, os que buscam, a não se deixarem controlar experiências emocionais exageradas e infantis, principalmente em público, como é costume de muitos chamados pentecostais. Lei é coisa de homem, não de Deus, pelo menos, não mais, e como tal é usada por homens quando lhes é conveniente. Ficar bêbado de vinho não pode, mas cair ao chão num frenesi insano, dizendo-se cheio do Espírito, isso pode, bem, os espirituais não ficam sem autocontrole nunca, seja por vinho, seja pelas emoções, os realmente espirituais o são porque são controlados pelo Espírito Santo e não pelas emoções, o Espírito Santo é equilibrado, inteligente, elegante, como era Jesus encarnado.
      Precisamos entender uma coisa, de uma vez por todas, sobre o homem: sim, como disse Agostinho, há um buraco no coração do homem no formato de Deus, contudo, as pessoas dificilmente o preenchem com Deus. Elas criam ídolos, não só de coisas, animais ou pessoas, como também de ideias, de filosofias, como também do próprio Deus, ou pelo menos do que elas acham que seja Deus, e preenchem seus vazios com isso. Então, se a primeira necessidade da alma é Deus, o primeiro trabalho da alma é fabricar ídolos. A Bíblia pode ser um ídolo muito eficiente, é Deus em papel, com capa de couro, tematizada para agradar a todo tipo de pessoa, em formatos e cores diferentes. Atualmente temos Bíblia de oração, Bíblia do homem, Bíblia da mulher, Bíblia Jovem, Bíblia da Criança, Bíblia dos homens de negócio, Bíblia Pentecostal, Bíblia Protestante, etc, etc, os título não têm fim. Muitos pregadores já não gastam mais horas preparando estudos e pregações, fazem uma rápida leitura na Bíblia do Pregador Ocioso e sobem ao púlpito. É aí que as heresias se multiplicam, mesmo tendo em mãos versões corretas, diversificadas, contextualizadas, bem traduzidas, não bastasse a interpretação incorreta ou descontextualizada, agora temos comentários e mais comentários, muitos equivocados, mas que as pessoas passam a dar tanto valor quanto dão ao texto original das escrituras.
      Usa-se se a Bíblia como objeto de poder em si mesma, não me refiro às palavras escritas nela na boca de homens santos e legítimos, mas o livro de papel, como se fosse um objeto mágico, bem, esse caminho tem sido trilhado por grande parte das igrejas que se apostatam da fé atualmente, o uso de objetos, principalmente de cópias daqueles usados no antigo testamento pelos hebreus, arca da aliança, candelabro sagrado (menorá), vestes dos sacerdotes levitas, etc. Deus é vivo, dinâmico, profundo e extenso, assim como as angústias, dúvidas, pensamentos e emoções do homem, é muito mais difícil de enfrentar esses mistérios. Um ídolo é mais fácil, pode ser definido no plano cartesiano, tem começo, meio e fim, comprimento, largura e altura, além do mais podemos fazer souvenir deles, colocá-los em chaveiros, em correntes, no espelhinho do carro. A Bíblia é usada por muitos assim, e agora nem me refiro ao conteúdo, mas ao livro de papel mesmo, muitos acham que só tê-la já confere ao dono alguma proteção, se deixá-la aberta numa mesa então (de preferência no Salmo 91), afasta qualquer mal agouro.
      Muitos se vestem de pastores, mas são bruxos, seduzindo as pessoas, usando ícones cristãos, usando a Bíblia, e é claro que muitos, em sua sinceridade e diante da misericórdia divina, que ouvem esses hereges, recebem bênçãos, contudo, lembro novamente a passagem de Mateus 7:21-23: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.". As decoram textos bíblicos e os usam, como qualquer reza romanista, mas seus corações estão longe de Deus. Hoje, na maior parte dos países do mundo, é fácil ter uma Bíblia, contudo, quantos desse portadores e colecionadores de Bíblia seguem realmente os passos de Jesus, vivem como ele viveu, falam como ele falou? Quantos se dão para a obra como Paulo se deu, Paulo que não tinham nenhum aparato teológico nas mãos, mas que evangelizou o mundo de sua época somete com a presença do Espírito Santo em seu coração? O Espírito Santo é a palavra de Deus.
      É preciso coragem para admitir que alguns textos da Bíblia não servem, não para os dias atuais, que muito conceito que se tem do pecado, é puro preconceito, alimentado por almas que não conhecem a Deus de fato, mas são somente obedecedores de regras humanas, regras que foram mantidas por séculos num cânon montado por homens, hereges e carnais, e não diretamente por Deus. É preciso coragem para entender que considerar com discernimento certos textos não é desagradar a Deus, mas é desmistificar códigos humanos, que ninguém na prática consegue viver. Mas é preciso ainda mais coragem, para, apesar de conhecer e aceitar as coisas como elas realmente são, ainda assim, de ver nos sessenta e seis livros do cânon bíblico a palavra de Deus, única, eterna e verdadeira. A Bíblia, em sua totalidade, é a palavra de Deus APESAR de só conter a palavra de Deus, não entendeu? Viva e tenha diálogos francos com Deus, então você vai entender, ou então obedeça as leis dos homens, aí você não precisa pensar, mas terá mais dificuldades para viver. Quanto a Deus, os homens não tem ideia de como Deus os respeita, assim Deus uso o que pode, o que está disponível para ter comunhão com os homens. Mesmo um texto imperfeito e humano, numa Igreja institucionalizada e corrupta, o Espírito Santo fala com os homens, senão dizendo exatamente o que quer, ensinando-nos a buscá-lo mais para entender aquilo que os homens distorceram.

Zé Osório, janeiro de 2016

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